O acaso, o poeta e a re-visão da ciência no límen do milênio

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Data

2010

Autores

Toneto, Diana Junkes Martha [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O Canto II do poema A Máquina do Mundo Repensada, de Haroldo de Campos (2000), é inovador ao trazer, para o cerne de um texto composto em terza rima, a ciência como protagonista da mensagem poética veiculada ao longo dos versos. Se na primeira parte do poema há um retorno aos textos da tradição, na segunda, ainda que esses diálogos permaneçam sub-repticiamente, o impulso para novos horizontes é assegurado pelo ingresso do tema científico no poema, que impulsiona o eu-poético a novos caminhos e estreita as possibilidades de estabelecimento do texto literário como palco das descobertas da ciência, ao mesmo tempo que questionador dessas descobertas. No Canto II do poema haroldiano, objeto de análise neste artigo, o desbravar das fronteiras da literatura tangencia o desbravar das fronteiras da ciência. Isso faz de Haroldo um poeta do “absolutamente novo”.
The second part of the poem A Máquina do Mundo Repensada, from Haroldo de Campos (2000), is very inventive as it brings up, to the center of this text, composed in terza rima, the science as the poetic message protagonist. If at the first part of the poem there is a return to the tradition texts, at the second, although these dialogues remain, the impulse to the newness is guaranteed by the ingress of the scientific theme in the poem, which conducts the poetic person to new ways, to unknown places and makes more emphatic the possibility of establishment of the literary text as the scene of modern physics discoveries, but, at the same time the poetic word inquires these discoveries. At the second part of the haroldian poem, which analysis is presented here, the literary frontiers’ challenge tangencies the science frontiers. All of this makes Haroldo a poet of the “absolutely new”.

Descrição

Palavras-chave

Ciência, Física quântica, Poesia, Modernidade, A Máquina do Mundo Repensada, Haroldo de Campos, Science, Quantic physics, Poetry, Modernity

Como citar

Revista de Letras, v. 50, n. 2, 2010.