Exposição neonatal a drogas ototóxicas e possíveis alterações auditivas

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Data

2013

Autores

Brandão, Paloma Glaucia Corrêa
Cardoso, Ana Cláudia Vieira [UNESP]
Delecrode, Camila Ribas [UNESP]
Goulart, Flávia Cristina
Lazarini, Carlos Alberto

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Resumo

Introduction: Scientific evidence indicates that neonatal exposure to ototoxic drugs cause hearing loss in newborns. Objective: To characterize the use of ototoxic antibiotics in newborns (NB), treated in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) and evaluate possible hearing modifications. Methods: A descriptive cross-sectional quantitative approach, using data from medical records of infants who were at some time in the NICU and used antibiotics, including ototoxic, from January to June 2004 as much as 2010, and the data were compared and analyzed. Parents/guardians of infants born in 2004 were contacted and applied a questionnaire containing questions about the children’s hearing. These children were submitted to audiological evaluation. Results: There was significant reduction in the time of use, the amount of antibiotics prescribed to newborns and Vancomycin prescription in 2010 compared to 2004. The hearing tests of 13 born in 2004 showed: sensorineural hearing loss in only 2 (one with moderate hearing loss and descending configuration in pure tone audiometry and the other with bilateral cochlear impairment); audiometric thresholds within the normal range in 11 patients, and the presence of otoacoustic emissions in 9. In Evoked Auditory Brainstem Response (ABR) no changes were observed. Conclusion: The reduction in the time of use, the amount and types of antibiotics observed may be related to the adoption of a Protocol in 2008, by the service. In contrast, auditory alterations may be related to a neonatal exposure to antibiotics in 2004.
Introdução: Evidências científicas indicam que a exposição neonatal a drogas ototóxicas causam perda auditiva em recém-nascidos. Objetivo: Caracterizar o uso de antibióticos ototóxicos em recém-nascidos (RN), atendidos em UTI neonatal e avaliar possíveis alterações auditivas. Métodos: Estudo descritivo transversal, com abordagem quantitativa, utilizando dados de prontuários de RN, que estiveram em algum momento na UTI neonatal e utilizaram antibióticos, inclusive os ototóxicos, nos meses de janeiro a junho, tanto de 2004 quanto de 2010, sendo os dados comparados e analisados. Os pais/responsáveis dos RN nascidos em 2004 foram contactados e aplicou-se-lhes um questionário contendo questões sobre a audição. Estas crianças foram submetidas a avaliação audiológica. Resultados: Observou-se redução significativa no tempo de uso, na quantidade de antibióticos prescritos aos RN e na prescrição de Vancomicina, em 2010, quando comparado a 2004. Os exames auditivos dos 13 nascidos em 2004 mostraram: perda auditiva do tipo neurossensorial em apenas 2 (perda auditiva de grau moderado e configuração descendente na audiometria tonal liminar em um e comprometimento coclear bilateral no outro); limiares audiométricos dentro dos padrões da normalidade em 11 pacientes; e presença de emissões otoacústicas evocadas em 9. No Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE), não foram observadas alterações. Conclusão: A redução no tempo de uso, na quantidade e nos tipos de antibióticos observada pode estar relacionada à adoção de protocolo, em 2008, por parte do serviço. Em contrapartida, as alterações auditivas encontradas podem estar relacionas à exposição neonatal aos antibióticos, em 2004.

Descrição

Palavras-chave

drogas ototóxicas, exposição neonatal, alterações auditivas

Como citar

Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, v. 15, n. 4, p. 48-56, 2013.