Detecção de Escherichia coli shigatoxigênica (STEC) e enteropatogênica (EPEC) em peixes de pisciculturas e de vida livre

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Data

2014-08-26

Autores

Cardozo, Marita Vedovelli [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Although Escherichia coli is not an organism typically found in the fish gut, the microbiota of these animals is directly related to the quality of water in which they live. To evaluate the frequency of shigatoxigenic (STEC) and enteropathogenic (EPEC) Escherichia coli, a total of 472 fish fecal and muscle samples were collected (Oreochromis niloticus, called tilapia), as well as the water in which the fish lived. In animals from fish farms, only one STEC strain (0.2%) was isolated, and showed resistant to several antimicrobial of the quinolone, tetracycline, aminoglycoside and amphenicol classes. In wild fish, six isolates (6%) were obtained, five STEC and one aEPEC. All STEC were classified as pathogenic by phylogenetic grouping, and aEPEC was commensal. In addition, astA, ehxA, saa, efa1, paa, lpfAO113 virulence genes, and O55, O39, O116, H14, H18 and H36 serogroups were detected. Regarding Stx2 toxin variants, an unusual combination of stx2a, stx2c and stx2d subtypes was observed. According to the analysis of genetic similarity, the isolates are heterogeneous and showed a diversified clonal origin. The results of this study demonstrated that fish have the potential to transmit diarrheagenic E. coli to humans, as well as the possible indiscriminate use of antimicrobials in the intensive farming of these animals
Embora Escherichia coli não seja um microrganismo natural do trato intestinal de peixes, sabe-se que a microbiota desses animais está diretamente relacionada à qualidade microbiológica da água em que vivem. Para avaliar a frequência de Escherichia coli shigatoxigênica (STEC) e enteropatogênica (EPEC), foram coletadas um total de 472 amostras de fezes e musculatura de peixes da espécie Oreochromis niloticus (tilápia), bem como da água em que viviam. Nos animais provenientes de pisciculturas, somente uma estirpe STEC (0,2%) foi isolada, e esta apresentou resistência a diversos antimicrobianos das classes das quinolonas, tetraciclinas, aminoglicosídeos e anfenicóis, enquanto em peixes de vida livre, seis estirpes (6%) foram isoladas, sendo cinco STEC e uma EPECa. Todas as STEC foram classificadas como patogênicas pelo grupamento filogenético e a EPECa, comensal. Além disso, foram detectados os genes de virulência astA, ehxA, saa, efa1, paa e lpfAO113 e os sorogrupos O55, O39, O116, H14, H18 e H36. Em relação às variantes da toxina Stx2, foi observada a rara combinação dos subtipos stx2a, stx2c e stx2d em um mesmo isolado. De acordo com a análise de similaridade genética, os isolados são bastante heterogêneos e apresentaram origem clonal diversificada. Os resultados desse estudo evidenciaram que os peixes têm o potencial de transmissão de E. coli diarreiogênicas para o ser humano, e também o possível uso indiscriminado de antimicrobianos na criação intensiva desses animais

Descrição

Palavras-chave

Peixe - Criação, Genes, Saúde pública, Virulencia (Microbiologia), Microorganismos patogenicos, Escherichia coli, Fishes

Como citar

CARDOZO, Marita Vedovelli. Detecção de Escherichia coli shigatoxigênica (STEC) e enteropatogênica (EPEC) em peixes de pisciculturas e de vida livre. 2014. x, 77 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, 2014.