Acontecimento e rotina na figurativização da forma de vida da adolescente descolada, presente na revista Atrevida

Imagem de Miniatura

Data

2012

Autores

Raiz, Amanda Cristina Martins [UNESP]
Nascimento, Edna Maria Fernandes dos Santos [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

D’après Greimas (2002), le sens se concrétise par le changement de rythme ou par une oscillation construite dans la linéarité du langage. L’étrange et l’imprévu, considérés comme des événements qui troublent la pratique habituelle d’une vie dans son parcours, entrent ainsi dans le domaine d’études de la sémiotique française. Le sujet a été discuté plus tard par Claude Zilberberg, avec la venue de la sémiotique tensive, pour qui l’appréhension d’un événement se donne dans le survenir. De plus, selon les observations de Greimas, pour la sémiotique, une forme de vie caractérise des manières par lesquelles les individus ressentent et expriment leur compréhension de l’existence à travers des façons de faire, d’être, d’organiser l’espace dans lequel ils vivent, etc. Devant ces présuppositions théoriques, nous analysons le reportage “Eu pego mas não me apego”, publié dans Atrevida, une revue dirigée vers un public féminin dont la tranche d’âge est de 15 à 19 ans, et nous discutons la manière dont l’énonciateur a configuré le simulacre de l’acteur “ado branchée”. Il en ressort que l’énonciateur a utilisé des stratégies verbales et qu’il met ainsi en discours l’idée d’un comportement qui parait transgresseur au niveau de la manifestation, ce que l’on peut caractériser comme un événement. Cependant, on notera la présence de marques textuelles implicites qui rendent possible un discours qui se réfère au comportement féminin traditionnel et qui caractérise une routine.
Para Greimas (2002), o sentido se concretiza pela mudança de ritmo ou por uma oscilação construída na linearidade da linguagem. O estranho e o inesperado, ao serem considerados como acontecimentos que estremecem a prática costumeira de uma vida em percurso, adentram, dessa forma, o campo de estudos da semiótica francesa. O assunto também foi discutido posteriormente por Zilberberg (2006b), com o advento da semiótica tensiva, que entende que a apreensão de um acontecimento se dá pelo sobrevir. Além disso, segundo as observações de Greimas (2002), para a semiótica, uma forma de vida caracteriza maneiras pelas quais os indivíduos sentem e exprimem sua compreensão de existência por meio de jeitos de fazer, de ser, de organizar o espaço em que vivem etc. Diante desses pressupostos teóricos, analisamos a matéria “Eu pego, mas não me apego”, presente em “Atrevida”, revista direcionada ao público feminino cuja faixa etária é de 15 a 19 anos, e discutimos o modo como o enunciador configurou o simulacro do ator “adolescente descolada”. Percebemos que o enunciador fez uso de estratégias verbais e, assim, discursiviza a ideia de um comportamento que, no nível da manifestação, parece transgressor, algo que pode ser caracterizado como um acontecimento. No entanto, notamos a presença de marcas textuais implícitas que viabilizam o resgate de um discurso que ronda o imaginário social, sendo que, no nível da imanência, tal discurso se refere ao comportamento feminino tradicional e caracteriza uma rotina.

Descrição

Palavras-chave

Sémiotique tensive, Routine et événement, Ado branchée, Forme de vie, Revue Atrevida, Semiótica tensiva, Rotina e acontecimento, Adolescente descolada, Formas de vida, Revista atrevida

Como citar

Estudos Semióticos, v. 8, n. 2, p. 49-57, 2012.

Coleções