O silêncio cartográfico de João Teixeira Albernaz I nas representações da costa brasileira

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2015

Autores

Souza, Raquel Fulino de [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

The cartography, designed as an exercise in representation of the elements, phenomenical and spatial relationships, has always been linked to specific reasons for the society that produced it. However, usually the maps are listed as prestidigitados products, guided often a neutral or uniform perspective about the territories they represent, refusing any association between cartography and power. This is how the coastal atlas of João Teixeira Albernaz I, Portuguese cartographer of the seventeenth century, enters the historiography of the Brazilian colonial territory, absenting his landscape descriptions of critical analysis. This research aims explain the political-ideological dimension contained in the cartographic production João Teixeira Albernaz I, generated mainly in the context of unification of the Iberian crowns. For this purpose, we try to recover the state of the art Portuguese cartography of the sixteenth century to the first half of the seventeenth century, in order to contextualize the João Teixeira Albernaz I's cartographic production of the colony Brazil, marked by the movement of reconstruction of the aspects General provided that the development of their atlas and the deconstruction of symbolic and particular dimensions of regional letters contained. It is believed that this method will allow the emergence of specific factors underpin the drawn hypothesis, or better, the exercise of power in muted João Teixeira mapping. Expected to contribute fundamentally towards new (re)epistemological interpretations about the cartographic science and foster research within the Historical Cartography lusobrasileira
A prática cartográfica, concebida enquanto exercício de representação dos elementos, fenômenos e relações espaciais, sempre esteve vinculada a razões específicas da sociedade que a produziu. Porém, comumente, os mapas figuram-se como produtos prestidigitados, pautados, muitas vezes, numa perspectiva neutra ou unívoca acerca dos territórios que representam, sublimando qualquer engendramento entre cartografia e poder. É assim que os atlas costeiros de João Teixeira Albernaz I, cartógrafo português do século XVII, permeiam a historiografia do território colonial brasileiro, ausentando suas descrições da paisagem da análise crítica. A presente pesquisa visa, neste sentido, explicitar a dimensão político-ideológica contida na produção cartográfica de João Teixeira Albernaz I, gerada, principalmente, na conjuntura de unificação das Coroas ibéricas. Para tal intento, busca-se recuperar o estado da arte da cartografia portuguesa do século XVI à primeira metade do século XVII, de modo a contextualizar a produção cartográfica da colônia Brasil de João Teixeira Albernaz I, balizado pelo movimento de reconstrução dos aspectos gerais que proporcionaram a elaboração de seus atlas e a desconstrução das dimensões simbólicas e particulares das cartas regionais contidas. Acredita-se que tal método permitirá a emersão de elementos concretos que sustentarão a hipótese traçada, ou seja, o exercício do poder silenciado na cartografia de João Teixeira. Espera-se contribuir, fundamentalmente, para com novas (re)leituras epistemológicas acerca da ciência cartográfica, além de fomentar investigações no âmbito da Cartografia Histórica lusobrasileira

Descrição

Palavras-chave

Albernaz I, João Teixeira 1602-1649, Geografia - Filosofia, Cartografia, Epistemologia da geografia, Cartografia - História, Geografia - Metodologia, Geografia - Historia

Como citar

SOUZA, Raquel Fulino de. O silêncio cartográfico de João Teixeira Albernaz I nas representações da costa brasileira. 2015. 141 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Geografia) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2015.