Preservação de urediniosporos de Puccinia psidii sob ultracongelamento (-80°C) e avaliação da variabilidade patogênica

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Data

2013

Autores

Aparecido, Christiane Ceriani
Camilo, Caroline de Morais
Furtado, Edson Luiz [UNESP]

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Resumo

Aiming at improving the knowledge about the infective behavior and to determine a method that allows the preservation of the structures of Puccinia psidii in the laboratory this study was conducted. Were evaluated the viability of urediniospores preserved under -80o C for 7 months and the pathogenic variability of structures collected from different hosts using cross inoculations. Urediniospores were collected from Eucalyptus grandis-EG, Itatinga, SP; guava (Psidiumguajava)–GO, São Paulo, SP; Syzigyium jambos–JA1, São Paulo, SP and JA2,Torre de Pedra, SP; Eugenia pyriformi UV, São Paulo, SP; E. involucrata-CRG, Botucatu, SP; E. uniflora–PIT and Myrciaria cauliflora–JAB, both from Torre de Pedra, SP. To test the viability, urediniospores were painted on discs of agar medium (AA) deposited on microscope slides and remained within crystallizers lined with nylon foam disk moistened with distilled water. The crystallizers remained in the dark at 19o C for 6 hours. The pathogenic variability was studied using cross inoculations on E. involucrata, Eucalyptus cloeziana, S. jambos, P. guajava and E. uniflora. It was prepared an urediniospores suspension (2 x 104 urediniosporos.mL-1) and this was spraied on the leaves of hosts. The plants were kept in a moist chamber at 20 ±1° C for 12 hours. After this period the moist chamber was removed and the plants were transferred to the greenhouse. All materials tested for viability exhibited germination rates around 17% after 7 months, proving to be a promising method, although not a high value. The cross inoculations evidenced the existence of four especialization groups: G1(UEG and UJAB), which infects much E. cloeziana and S. jambos, a little E. involucrata and nothing P. guajava and E. uniflora; G2(UCRG and UPIT), that infects much E. involucrata, E. uniflora and S. jambos; a little E. cloeziana; a little or nothing P. guajava; G3(UGO, UJA1 e UJA2) that affects very much E. involucrata, E. cloeziana and S. jambos; G4(UUV) that infects much E. involucrata and S. jambos, but nothing E. cloeziana.
Objetivando aprimorar o conhecimento sobre o comportamento infectivo e determinar um método que possibilite a preservação das estruturas do patógeno em laboratório foi realizado este estudo. Foi avaliada a viabilidade de urediniosporos de P. psidii preservados a -80o C por 7 meses e variabilidade patogênica de estruturas coletadas de diferentes hospedeiros por meio de inoculações cruzadas. Foram coletados urediniosporos de eucalipto (Eucalyptus grandis)-EG, Itatinga, SP; goiaba (Psidium guajava)–GO, São Paulo, SP; jambo (Syzigyium jambos)–JA1, São Paulo, SP; e JA2,Torre de Pedra, SP; uvaia (Eugenia pyriformis)-UV, São Paulo, SP; cereja-do-rio grande (Eugenia involucrata) CRG, Botucatu, SP; pitanga (E. uniflora)–PIT e jabuticaba (Myrciaria cauliflora)–JAB, Torre de Pedra, SP. Para testar a viabilidade, os urediniosporos foram pincelados sobre discos de AA, depositados sobre lâminas de microscopia e permaneceram dentro de cristalizadores forrados com disco de espuma de nylon umedecido em água destilada, no escuro a 19o C. A variabilidade patogênica foi estudada através de inoculações cruzadas em: E. involucrata, Eucalyptus cloeziana (eucalipto), S. jambos, P. guajava e E. uniflora. Foi aspergida, manualmente, uma suspensão na concentração de 2 x 104 urediniosporos.mL-1 em ambas as faces das folhas dos hospedeiros. As plantas permaneceram em câmara úmida a 20 ± 1o C por 12 horas. Após esse período, a câmara úmida foi removida e as plantas transferidas para a casa de vegetação. Todos os materiais testados quanto à viabilidade exibiram porcentagens de germinação em torno de 17%, demonstrando ser um método promissor, mesmo não sendo um valor elevado. As inoculações possibilitaram constatar a existência de 4 grupos: G1(UEG e UJAB) com elevado grau de infecção sobre E. cloeziana e S. jambos; baixo grau de infecção sobre E. involucrata; sem infecção sobre P. guajava e E. uniflora; G2(UCRG e UPIT), com elevado grau de infecção sobre E. involucrata, S. jambos e E. uniflora; pouco E. cloeziana; baixo ou nenhum grau de infecção sobre P. guajava; G3(UGO, UJA1 e UJA2) cujos urediniosporos apresentaram elevado grau de infecção sobre E. involucrata, E. cloeziana e S. jambos; G4(UUV) com elevado grau de infecção sobre E. involucrata e S. jambos, mas sem infecção alguma sobre E. Cloeziana.

Descrição

Palavras-chave

Viability, Laboratory preservation, Physiological specializations, Viabilidade, Preservação em laboratório, Especializações fisiológicas

Como citar

O Biológico, v. 75, n. 1, p. 11-16, 2013.