Implicações do consumo de fibras alimentares na doença hepática gordurosa não alcoólica de adultos em programa para modificação do estilo de vidaImplicações do consumo de fibras alimentares na doença hepática gordurosa não alcoólica de adultos em programa para modificação do estilo de vida

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Data

2016-08-01

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Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) se refere ao acúmulo de gordura hepática e pode evoluir para esteatohepatite, fibrose, cirrose e hepatocarcinoma. O principal fator que leva ao acúmulo de gordura hepática é a obesidade, principalmente visceral. Para o controle da doença deve-se focar na mudança do estilo de vida com associação entre prática de exercício físico e intervenção nutricional. Esse estudo teve como objetivo avaliar o consumo adequado de fibras associado a programa superviosionado para modificação do estilo de vida em relação aos parâmetros relacionados à DHGNA, comparado a indivíduos praticantes de exercício físico sem adequação alimentar em 20 semanas. Foram randomizados dois grupos (intervenção e controle) sendo ambos participantes de protocolo de exercício físico. O grupo intervenção teve seu consumo de fibras adequado para 25g/dia. Foram realizadas avaliações antropométricas com peso, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), circunferência do quadril (CQ), diâmetro abdominal sagital (DAS), percentual de gordura corporal e percentual de massa muscular. Para avaliação do consumo alimentar foram aplicados três recordatórios de 24 horas. Foram coletados e avaliados dados demográficos e através de coleta sanguínea foram avaliados os parâmetros: glicemia de jejum, colesterol total, apolipoproteína de baixa densidade (LDL), apolipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídios, enzimas hepáticas (gama glutamiltransferase (GGT), alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST)), proteína C reativa ultra sensível (PCr-hs) e homeostatic model assessment insulin resistance (HOMA-IR). O índice de gordura hepática (IGH) foi calculdo mediante equação e a avaliação do exercício físico praticado foi feita por meio do nível de atividade física (NAF) referido em minutos por semana. Para análise estatística foi aplicado teste de normalidade (Shapiro Wilk), teste ANOVA de medidas repetidas para os dados normais e para os dados não normais distribuição Gamma. Houve diferença entre os grupos quanto ao consumo de fibras, sendo maior no grupo intervenção e neste grupo houve diminuição do consumo energético em 10 semanas. Quanto aos parâmetros antropométricos, o grupo intervenção apresentou diminuição no percentual de gordura corporal e aumento no percentual de massa muscular, já o grupo controle apresentou aumento do percentual de gordura corporal e diminuição do percentual de massa muscular. Quanto aos parâmetros bioquímicos ambos os grupos apresentaram diminuição de suas concentrações séricas em relação à glicemia de jejum, GGT, ALT e AST e o grupo intervenção apresentou diminuição da pontuação do IGH. O consumo de fibras associado à programa de mudança de estilo de vida tem efeitos benéficos na diminuição dos parâmetros relacionados a DHGNA e pode ser uma opção às dietas hipocalóricas propostas que apresentam pouca adesão a longo prazo.

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Palavras-chave

Doença hepática gordurosa não alcoólica, Fibras, Mudança do estilo de vida

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