Traço Falciforme: o risco é ignorar

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Data

2013

Autores

Hokama, Newton Key [UNESP]
Gondo, Fausto [UNESP]
Bueno, Carina Grespi [UNESP]
Giansante, Thais [UNESP]
Oliveira, Ana Elisa [UNESP]
Rosa, Jéssica Rodrigues [UNESP]
Hokama, Paula de Oliveira Montandon [UNESP]
Lisboa, Mayara da Silva [UNESP]
Guimarães, Amanda [UNESP]
Almeida, Michelle Ozaki de [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O traço falciforme é a forma assintomática e heterozigótica para a hemoglobina S. Cerca de 2% da população brasileira têm o Traço Falciforme (TF), sendo que a grande maioria desconhece ser portador. Os exames laboratoriais para o diagnóstico do TF são disponíveis na rede pública, incluídos na doação de sangue, no teste do pezinho, ou a critério médico. A detecção do TF permite a orientação e o aconselhamento genético para o risco de um casal ter um filho com Anemia Falciforme (AF), a forma homozigótica e sintomática desta alteração genética. A AF é doença sistêmica, associada a eventos agudos e crônicos, limitação física e intelectual e expectativa de vida curta. A única terapêutica curativa na Anemia falciforme é o Transplante de Medula Óssea, mas cujo tratamento é restrito para os casos mais graves, e que possuem irmão compatível no Sistema HLA para ser doador. Infelizmente, a grande maioria da população, e os profissionais da saúde, desconhecem tanto o Traço Falciforme como a Anemia Falciforme. Objetivos: Divulgar para a comunidade, incluindo os profissionais envolvidos nas Unidades Básicas de Saúde e de Saúde da Família da cidade de Botucatu, os principais aspectos do TF, permitindo capacitá-los para a Informação e Orientação Genética plena. Métodos: Após treinamento e capacitação dos alunos envolvidos no trabalho, elaboramos a estratégia de trabalho e os materiais didáticos para a divulgação do TF. Submetemos o projeto para a Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu e recebemos a aprovação. Elegemos a Unidade de Saúde da Família (USF) do Jardim Iolanda de Botucatu como primeiro local para projeto piloto. Todos os profissionais foram treinados, incluindo as 8 agentes comunitárias de Saúde. Foram escolhidas 160 famílias das 800 assistidas para responder ao questionário sobre o Traço Falciforme. Todas as famílias foram convidadas para palestras realizadas na USF sobre o TF. Para as palestras foi realizada divulgação em jornais e rádios, além da inclusão de serviço de manicure para todas as mulheres que comparecessem às palestras. Em todas as palestras foi realizada avaliação pré e pós palestra para o público, com o intuito de avaliar o aprendizado. No final do trabalho avaliamos as agentes comunitárias com relação ao conhecimento sobre o Traço Falciforme e sua opinião sobre o trabalho realizado. Resultados: O desconhecimento sobre o Traço e a Anemia Falciforme foi constatado em todos os níveis, seja na população assistida, seja nos profissionais da USF. O trabalho foi muito eficiente na divulgação correta sobre as questões genéticas envolvidas. A elaboração da linguagem, os folders, o livreto dirigido para os profissionais de saúde e o site para divulgação pela Internet são conquistas para as novas etapas.

Descrição

Palavras-chave

Traço Falciforme, Anemia Falciforme, Comunicação em saúde, Informação, Genética, Orientação genética

Como citar

CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 7., 2013, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2013, p. 09163