Museu de Minerais e Rochas do Instituto de Química de Araraquara

Nenhuma Miniatura disponível

Data

2001

Autores

Ruiz, Miguel [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O Museu de Minerais e Rochas do Instituto de Química de Araraquara - UNESP originou-se em 1963 a partir da aquisição pelo Professor William G. R. de Camargo de uma coleção particular pertencente ao Sr. N. Montessanti. No mesmo ano, foi incorporada a coleção do Professor Cirano Rocha Leite. Em 1967 foi incorporada a coleção de minerais e rochas da Escola de Farmácia e Odontologia de Araraquara e, finalmente, em 1980 foram adicionadas amostras doadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Durante esse período, a coleção foi incrementada por doações individuais. Desta forma, em inventário realizado em 1993, o Museu contava com aproximadamente 650 exemplares de minerais, 200 exemplares de rochas e 100 exemplares de gemas. Trata-se, portanto, de coleção consolidada. Entretanto, encontram-se disponíveis um grande número de amostras, incluindo fósseis e materiais de interesse arqueológico, ainda não catalogadas ou inventariadas, visto que foram se acumulando nos últimos anos a partir de doações individuais, além de amostras que têm servido como principal fonte de materiais cedidos em empréstimo para alunos de instituições de ensino de primeiro e segundo graus da cidade de Araraquara. Essa coleção não encontrava espaço adequado nas dependências do Instituto de Química de Araraquara, tendo sido transferida para as novas dependências do Centro de Ciências de Araraquara (CCA), o qual, por sua vez, já possuía uma coleção destes materiais, igualmente não catalogados nem inventariados. A inauguração das novas instalações do Centro de Ciências de Araraquara deu-se em abril do corrente ano. Desta forma, o acervo do Museu de Minerais e Rochas conta, atualmente, com mais de um milhar de amostras de minerais diversos e provenientes de várias localidades do Brasil e do exterior. Os museus em geral e os museus de minerais e rochas em particular, têm desempenhado um importante papel cultural e educacional ao longo dos séculos. O museu de História Natural de Londres conta com um acervo de centenas de milhares de amostras de minerais e rochas que são utilizadas para os mais variados fins, desde as simples exposições até a utilização no desenvolvimento de pesquisas nas diversas áreas do conhecimento científico. A instalação do Museu de Minerais e Rochas no Centro de Ciências de Araraquara visa, num primeiro momento, servir aos alunos e professores das redes pública e particular de ensino fundamental, médio e superior, seja no despertar do interesse pela ciência, seja em estudos genéricos das ciências da Terra, seja para estudos específicos com algum tipo de material disponível, podendo ser incluído dentre as atividades de Difusão de Conhecimentos. Por não estarem inventariadas e devidamente catalogadas, pretende-se, num primeiro momento, realizar exposições temporárias das amostras mais significativas, enquanto se realiza o inventário de todos os materiais disponíveis e se confecciona um catálogo digital atualizado. Num segundo momento pretende-se buscar meios de acondicionar apropriadamente os exemplares, na forma de uma exposição permanente, sendo que, ao mesmo tempo, pretende-se continuar servindo às instituições de ensino acima mencionadas. Em etapas posteriores pretende-se: produzir um catálogo digital mais completo, incluindo fotos dos exemplares e outras informações de interesse através de hipertexto, que poderá ser disponibilizado para consulta através da Internet; contribuir com material de apoio para as demais atividades científicas e formadoras a serem desenvolvidas no CCA, sejam elas nas áreas da Física ou da Química; utilizar os materiais do Museu para a realização de cursos para alunos dos primeiro e segundo graus da região de Araraquara, bem como para os demais membros da comunidade interessados no assunto, sejam colecionadores particulares, grupos da terceira idade, etc.; montar exposições itinerantes, a serem apresentadas em eventos internos ou externos. A transferência do Museu de Minerais e Rochas para o CCA tornou o material disponível a um maior número de pessoas, sejam elas estudantes, professores ou membros da comunidade em geral, permitindo uma melhor utilização deste material na transmissão e desenvolvimento de conhecimentos científicos. Desta forma, não se pretende manter o material apenas disponível para visualização, mas igualmente para realização de trabalhos de pesquisa que eventualmente sejam propostos. A exemplo de outras instituições semelhantes, o Museu poderá vir a ser o depositário de materiais pertencentes a pesquisadores e colecionadores particulares. As principais dificuldades encontradas até o momento são de duas ordens principais. Uma refere-se à falta de recursos humanos, não há funcionários ou estagiários que possam dedicar-se às atividades do Museu. A transferência e montagem das atuais instalações se deu graças ao trabalho voluntário de um funcionário e de uma ex-aluna do Instituto de Química. A outra dificuldade é de ordem financeira. Todo o mobiliário presente nas instalações do Museu foi obtido mediante doação de peças anteriormente utilizadas em outros locais do Campus da UNESP de Araraquara e nenhum deles pode ser considerado adequado para esse fim. Atualmente, o Museu conta com a colaboração sistemática de um voluntário, professor aposentado do Instituto de Química, e, esporadicamente, dos voluntários anteriormente citados. Para a consolidação desse projeto são ainda necessários: aquisição de mobiliário adequado às exposições (permanente e itinerantes) das amostras; aquisição de materiais adequados para o acondicionamento das amostras e exposição das mesmas; adequação das instalações elétricas da sala do Museu; instalação de dispositivos de segurança ( grades nas janelas e porta ) e de aparelho condicionador de ar nas dependências do museu; aquisição de microcomputador com softwares específicos para o catálogo de coleções e visualização de imagens fotográficas digitais; providenciar os meios para disponibilizar as informações na Internet; recursos humanos na forma de ao menos um técnico em regime de vinte horas semanais para que sejam feitos: a manutenção da sala e do acervo, a preparação de coleções para exposição, a atualização do catálogo, a recepção e registro de visitas e de materiais emprestados às escolas, o envio de material de divulgação, a recepção de inscrições, a preparação de materiais e o agendamento para os cursos oferecidos, etc. Com relação ao último item, cabe lembrar que as atividades do Centro de Ciências de Araraquara são bastante variadas e que os recursos humanos necessários ao funcionamento do Museu de Minerais e Rochas podem ser supridos pela existência de um corpo de técnicos que exerçam diversas atividades no CCA, ou seja, não seria necessário um funcionário exclusivo para o Museu. Até o momento, poucos foram os resultados obtidos, principalmente devido ao pouco tempo de existência do Museu em suas novas instalações. Desta forma, apenas foram realizadas visitas às suas instalações por ocasião da cerimônia de inauguração (cerca de cem visitantes) e por alunos de nível fundamental de uma escola pública de Araraquara (cerca de trezentos visitantes). Para a UNESP, os benefícios podem ser medidos pela presença na mídia, tendo sido veiculadas noticias a respeito do Centro de Ciências (da UNESP) em todos os jornais diários locais (imprensa escrita) e em uma edição do Jornal Regional (noticiário da emissora local de televisão, vinculada à Rede Globo). Além disso, encontram-se em fase de treinamento cerca de doze alunos estagiários do Instituto de Química de Araraquara (quatro com Bolsa de Extensão e oito com Bolsa de Apoio ao Estudante), os quais deverão atuar nas diversas atividades do Centro de Ciências, incluindo o Museu de Minerais e Rochas, o que deverá resultar em retorno à instituição, na forma de melhor formação de seus alunos.

Descrição

Palavras-chave

Como citar