Falando sobre sexo: dialogando sobre singularidades com usuários da atenção psicossocial

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Data

2003

Autores

Firmino, Gilson Gabriel da Silva [UNESP]
Pena, Ricardo Sparapan [UNESP]
Scarante, Sidcléia Aparecida Arruda [UNESP]
Yasui, Silvio [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O Modo de Reabilitação Psicossocial constitui-se cada vez mais em uma "prática inventiva". É pensando nesta perspectiva que, dentre as várias oficinas expressivas realizadas no Centro Integrado de Atenção Psicossocial, no município de Assis - SP, a oficina de sexualidade mostra sua relevância pelo seu processo de criação constante, baseado na demanda que se apresenta na Instituição, observada por técnicos e estagiários. A questão da sexualidade e o relacionamento afetivo entre os usuários do CIAPS passaram a ser temas freqüentes nas reuniões de equipe e nas supervisões de estagiários. Objetivos: Desta forma, há dois anos criou-se um espaço com a finalidade de proporcionar um olhar mais aproximado a este tema, visando a produção de sentidos e exercício pleno da cidadania. Método: O grupo se encontra semanalmente, sendo facilitado por três estagiários de Psicologia. Muitos são os temas abordados: afetividade, amor, paixão, gravidez, homossexualidade, namoro, entre outros, com ênfase nas DSTs/AIDS e prevenção com o uso necessário e correto de preservativo. É importante apontar que esta oficina faz parte de um processo contínuo de invenção, não possuindo um formato encerrado em técnicas pré-estabelecidas, se criando conforme as demandas surgem. Resultados: É nítida a particularidade de cada encontro e, como os temas surgidos servem como dispositivos para que as oficinas ocorram, no decorrer das mesmas são suscitados outros temas que envolvem a sexualidade, aparecendo aspectos como a importância do diálogo, os cuidados de si e as discussões acerca do preconceito inerente à nossa sociedade. Além dos aspectos já citados, são trabalhados paralelamente a importância de respeitar e ouvir o outro, possibilitando a troca de experiências. É interessante notar como a ordem muitas vezes caótica que o grupo apresenta e a maleabilidade das situações mais distintas possíveis transformam-se nas vivências de vários atravessamentos e na construção de novos sentidos, tanto para os usuários como para os técnicos e estagiários que aprendem cotidianamente.

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