Práticas inclusivas na comunidade escolar: capacitação docente e planejamento educacional

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Data

2003

Autores

Almeida-Verdu, Ana Claudia Moreira [UNESP]
Fernandes, Maristela Couto [UNESP]
Rodrigues, Olga Maria Piazentim Rolim [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: A inclusão pode ser descrita como um fenômeno social complexo resultado de ações que são estabelecidas e mantidas por diferentes instituições, entre elas o governo, as instituições formadoras de educadores, as escolas e as famílias das pessoas com necessidades educativas especiais. Objetivo: Entendendo que uma parte desse fenômeno pode ser estabelecida pela modificação das práticas educativas adotadas pela escola, o objetivo deste trabalho foi estabelecer condições para membros de uma comunidade escolar de uma Escola de Ensino Fundamental do interior do Estado de São Paulo apresentassem atitudes que tornassem o ambiente escolar mais inclusivo. Método: Participou dessa proposta a coordenação pedagógica, 16 professores, quatro salas de aula com alunos inclusos com necessidades educativas especiais e pais desses alunos. As reuniões foram realizadas no próprio ambiente escolar, durante o HTPC, durante as aulas ou durante a reunião de pais, dependendo dos participantes envolvidos. A situação antecedente foi avaliada por entrevistas com quatro professores sendo dois de classe especial e dois do ensino regular, porém com alunos inclusos. Foram programadas reuniões para capacitação docente além de ações consideradas inclusivas a ser apresentadas pelos segmentos envolvidos, nos respectivos contextos de atuação. Resultados: Pela avaliação inicial foi identificada ausência de trocas de informação entre os professores de ensino especial e regular e uma não familiarização com uma proposta de trabalho com alunos com necessidades educativas especiais, sendo que esta não fazia parte dos objetivos da escola. Os principais resultados registrados decorrente das reuniões de capacitação estão relacionados à apresentação de práticas mais inclusivas e menos segregatórias pelos membros da comunidade escolar. Discussão: Ao apresentar aos professores elementos sobre temas relacionados à inclusão, pode-se tornar mais provável a troca de informação entre professores e aumentar a motivação por mudanças. A apresentação de modelos de interações positivas com os alunos em sala de aula pode-se estabelecer atitudes menos segregatórias entre estes. Orientando o professor no encaminhamento de situações discriminatórias em sala e nas dificuldades de acompanhamento do currículo regular, pode-se proporcionar alternativas para problemas práticos e evitar exposição a frustrações. Ao informar pais de alunos sobre a proposta de inclusão, deixou-se claro a função participativa destes na educação de seus filhos. Ao assessorar a coordenação pedagógica, estabeleceu-se uma rotina de trocas de informações sobre o tema inclusão na escola. A conseqüência final para todos esse conjuntos de ações foi a possibilidade de, em decorrência de planejamentos específicos, tornar a escola um ambiente com características inclusivas.

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