Utilização do intercepto-y na avaliação da aptidão anaeróbia e predição da performance de nadadores treinados

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2005-04-01

Autores

Papoti, Marcelo [UNESP]
Zagatto, Alessandro Moura [UNESP]
Freitas Júnior, Paulo Barbosa de [UNESP]
Cunha, Sergio Augusto [UNESP]
Martins, Luiz Eduardo Barreto
Gobatto, Claudio Alexandre [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte

Resumo

O objetivo desse estudo foi verificar a utilização do intercepto-y na avaliação da aptidão anaeróbia e predição da performance de nadadores treinados. Foram participantes do estudo 14 nadadores com idade entre 15 e 18 anos. Os atletas realizaram o teste de nado atado, performance máxima e velocidade crítica (VC) para determinação da capacidade de nado anaeróbio (CTA), todos em nado crawl em um período de três dias. 1) O teste de nado atado consistiu em realizar esforço máximo durante 30 segundos amarrado a um aparato de medição com células de carga para mensuração da força pico (Fpic), aptidão anaeróbia (AP ANA) e concentração de lactato pico ([la-]pic) conforme Papoti et al. (11); 2) Os participantes realizaram também performances máximas nas distâncias de 100, 200, 300, 400 e 600 m, com intervalo mínimo de duas horas entre cada nado; 3) E o teste de VC foi aplicado para determinação da CTA utilizando todas as combinações possíveis dos resultados das performances máximas, através do modelo de regressão linear entre distância versus tempo. Foi encontrada média de 25,07± 4,22 m nas 16 combinações de CTAs encontradas e coeficiente de regressão linear variando entre 0,99 e 1,00 e erro de coeficiente linear de 19,30± 5,9%. Não foram encontradas correlações significativas entre as CTAs e performances máximas, Fpic (227,81± 63,02 N), AP ANA (86,55± 13,05 N) e [la-]pic (6,80± 1,03 mM). Contudo, foram encontradas correlações significativas entre a AP ANA e as performances máximas. Desse modo, é possível concluir que a CTA representada pelo intercepto-y da relação distância versus tempo de nado, parece não ser um bom parâmetro na avaliação da aptidão anaeróbia e predição de performances entre 100 m e 600 m nado crawl.
El objetivo de ese estudio fue verificar el uso del intercepto-y en la evaluación anaeróbica de la aptitud y predicción de la performance de los nadadores especializados. Los participantes del estudio fueron 14 nadadores con edad entre 15 y 18 años. Los atletas realizaron la prueba de nado atado, máxima performance y velocidad crítica (VC) para la determinación de la capacidad de nado anaeróbico (CTA), todos en estilo crawl por un periodo de tres días. 1) La prueba de nado atado consistió en lograr el máximo esfuerzo durante 30 segundos atado a un aparato de medición con células de carga para la medida del pico de fuerza (Fpic), de la aptitud anaeróbica (AP ANA) y la concentración de pico del lactato ([la-]pic) según Papoti et al.(11). 2) Los participantes también lograron actuaciones al máximo en las distancias de 100, 200, 300, 400 y 600 m, con el intervalo mínimo de dos horas entre cada nado. 3) La prueba de VC se aplicó para la determinación de CTA que usa todas las posibles combinaciones de los resultados de las máximas actuaciones, a través del modelo de regresión lineal entre la distancia vs. tiempo. Se encontró un promedio de 25,07 ± 4,22 m en las 16 combinaciones de CTAs y se halló un coeficiente de regresión lineal que varía entre 0,99 y 1,00 con un error de coeficiente lineal de 19,30 ± 5,9%. No se encontraron en ellos correlaciones significantes entre CTAs y máximas performances, Fpic (227,81 ± 63,02 N), AP ANA (86,55 ± 13,05 N) y [la-]pic (6,80 ± 1,03 mm). Sin embargo, si se encontraron en ellos correlaciones significantes entre AP ANA y las máximas performances. de este modo, es posible concluir que la CTA representada por el intercepto-y de la distancia de la relación vs. tiempo de nado, parece no ser un parámetro bueno en la evaluación de la aptitud anaeróbica y la predicción de las actuaciones entre 100 m y 600 m del nado crawl.
The objective of this study was to verify the use of y-intercept from the critical velocity model in the evaluation of the anaerobic fitness and prediction of maximal performance in trained swimmers in crawl style. Fourteen swimmers with ages ranging from 15 to 18 years participated in this study. The athletes performed the tied swimming test, maximal performances tests and critical velocity (CV) for the determination of anaerobic swimming capacity (AWC). 1) The tied swimming test was applied through maximal effort during 30 seconds fixed to the equipment with load cells for the measurement of the peak force, anaerobic fitness and peak lactate. 2) The subjects also performed maximal performances at distances of 100, 200, 300, 400 and 600 meters with two hours interval between each swim. 3) AWC at CV model was determined utilizing all possible combinations by maximal performances applying the distance-time linear regression model. The AWC value obtained was of 25.07 ± 4.22 m, with linear regression coefficient between 0.99 and 1.00, and linear coefficient error of 19.30 ± 5.9%. AWC was not correlated with all maximal performances, peak force (227.81 ± 63.02 N), anaerobic fitness (85.55 ± 13.05 N), and peak lactate (6.80 ± 1.08 mM). However, the anaerobic fitness was correlated with all maximal performances. Thus, it was concluded that the AWC obtained by y-intercept of the distance/time of swim relation does not seem to be a good parameter for the anaerobic fitness evaluation neither to predict the maximal performances between 100 and 600 meters in crawl style.

Descrição

Palavras-chave

Capacidade de nado anaeróbio, Aptidão anaeróbia, Nado atado, Velocidade crítica, Natação, Capacidad de nado anaeróbico, Aptitud anaeróbica, Nado atado, Velocidad crítica, Natación, Performance lactato, Swimming anaerobic capacity, Anaerobic fitness, Tied swimming, Critical velocity, Performance, Lactate

Como citar

Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, v. 11, n. 2, p. 126-130, 2005.