HIDROLISADO DE FÉCULA DE MANDIOCA COMO ADJUNTO DE MALTE NA FABRICAÇÃO DE CERVEJA: AVALIAÇÃO QUÍMICA E SENSORIAL

Nenhuma Miniatura disponível

Data

1998-05-01

Autores

Venturini Filho, Waldemar Gastoni [UNESP]
CEREDA, Marney P. [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos

Resumo

Em virtude da progressiva substituição dos adjuntos amiláceos pelos xaropes com alta concentração de maltose nas cervejarias brasileiras, o presente trabalho teve por objetivo comparar hidrolisados de milho e de mandioca, como adjunto de malte, na fabricação de cerveja tipo Pilsen, em escala de laboratório. Os hidrolisados foram produzidos a partir de amido de milho e fécula de mandioca, sendo que na liqüefação e sacarificação da fração amilácea destes produtos foram utilizadas, respectivamente, as enzimas comerciais Termamil (alfa amilase bacteriana) e Fungamil (alfa amilase fúngica). Na fabricação das cervejas, a proporção de malte e hidrolisado foi de 2 para 1, na base do extrato. O mosto foi produzido pelo processo de infusão e após resfriamento e clarificação foi inoculado com levedura cervejeira de baixa fermentação. A fermentação transcorreu a 10 °C até 90% de atenuação do extrato aparente fermentável. As cervejas foram engarrafadas e, em seguida, maturadas a 0 °C, por 14 dias. Terminado o processo de fabricação, as cervejas foram analisadas química e sensorialmente. A semelhança na composição química dos hidrolisados de milho e de mandioca refletiu na composição química dos mostos e das cervejas. Não houve diferença estatística entre os mostos e entre as cervejas testadas para todos os parâmetros químicos analisados. Também, não existiu diferença sensorial entre as cervejas produzidas com hidrolisado de milho e hidrolisado de mandioca. Concluiu-se que a fécula de mandioca apresenta potencial de uso como matéria prima para a fabricação de xarope de maltose de uso cervejeiro e que há elevada probabilidade de sucesso no uso desse xarope para a fabricação de cervejas.
The brazilians breweries replace progressively starchy adjuncts by sugary liquid adjuncts made with maize. Thus, the objective of present work was saccharify cassava and maize and use them as malt adjunct on Pilsen beer production, in laboratory scale. The syrups (35 °Brix) were produced with cassava and maize starch by utilisation of Termamil and Fungamil commercial enzymes. The beers were made using malt and syrups in proportion of 2: 1, on extract basis. The wort was produced by infusion process, after cooling and clarification it was inoculated with lager yeast. The fermentation temperature was 10°C and the fermentative process was finished with 90% of attenuation. After that, the beers were bottled and lagered at 0°C by 14 days. The beers were chemically and sensorially analysed. The similarity of chemical composition of cassava and maize syrups reflected on the chemical composition of worts and beers. The chemical analysis showed there was not statistical difference between wort produced with cassava syrup and wort made with maize syrups. As well, the chemical analysis showed beers made with these adjuncts did not present statistical difference. The sensory analysis realised by triangular test, showed beer made with cassava syrup and beer produced with maize syrup were equal. It was concluded that cassava starch presents potential utilisation as raw material for brew maltose syrup production.

Descrição

Palavras-chave

cerveja, mandioca, xarope, maltose, adjunto, Beer, cassava, syrup, maltose, adjunct

Como citar

Food Science and Technology (Campinas). Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 18, n. 2, p. 156-161, 1998.