Efeito do manejo de aleitamento nos níveis de cortisol no metabolismo e na produção de leite de vacas holandesas

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Data

2006-12-01

Autores

Paiva, Fernanda Alves de
Negrão, João Alberto
Saran Netto, Arlindo
Porcionato, Marco Aurélio de Felicio [UNESP]
Lima, César Gonçalves de

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Editor

Sociedade Brasileira de Zootecnia

Resumo

Avaliou-se a influência do manejo de aleitamento nos níveis de cortisol, no metabolismo e na produção de leite de vacas leiteiras. Utilizaram-se 18 vacas holandesas e seus bezerros alocados em três tratamentos: T1: as vacas foram separadas dos bezerros 6 horas após o parto, sendo mantidas com suas crias 60 minutos por dia nos três primeiros dias; T2: as vacas foram separadas dos bezerros 6 horas após o parto; T3: as vacas foram mantidas com seus bezerros durante os três primeiros dias de lactação, exceto no momento das ordenhas. Foram coletadas amostras de sangue 168 horas antes do parto, no dia do parto (0 hora) e 24, 48, 72 e 96 horas após o parto para a determinação de glicose, triglicerídeos, proteína total e cortisol. A produção leiteira foi mensurada duas vezes ao dia e a porcentagem de leite residual foi estimada nas duas ordenhas posteriores à desmama. As concentrações de cortisol foram maiores ao parto, contudo, não houve diferença significativa entre os tratamentos. Durante o período experimental, as vacas separadas dos bezerros apresentaram maior produção de leite, porém, após este período, não houve diferença entre os tratamentos. Após a desmama, a porcentagem de leite residual foi maior em T1 e T3, demonstrando que o uso de ordenha mecânica exclusiva após um período de amamentação prejudicou a ejeção do leite, mesmo em vacas especializadas. Os níveis de glicose foram menores em T2 às 72 horas e as concentrações de triglicerídeos foram menores em T3 às 72 e 96 horas. Os manejos estudados não influenciaram os níveis de cortisol e o metabolismo das vacas e nem prejudicaram a produção leiteira após o período colostral.
The effects of different milking management on metabolism, cortisol levels, and milk yield of Holstein cows were investigated in this trial. Eighteen Holstein cows and calves were randomly assigned to one of the following three treatments: T1) cows were separated from their calves 6 h after parturition but reunited with them for two daily periods of 30 minutes each; T2) cows were separated from their calves 6 h after parturition; or T3) cows were maintained with their calves during the first three days of lactation except at milking times. Blood samples were collected 168 h before parturition, at parturition (0 h) and at 24, 48, 72 and 96 h after parturition and analyzed for glucose, triglycerides, total protein, and cortisol. Milk yield was measured twice a day and the percentage of residual milk was estimated based on the first two milkings after weaning. Although plasma cortisol levels were greater at parturition (0 h) compared to the remaining sampling points, no significant differences were observed among treatments. Cows on T2 yielded more milk than those on T1 and T3 during the first four days of lactation with no difference in milk production thereafter. After weaning, the percentage of residual milk was higher on T1 and T3 showing that the exclusive use of milking machine after a nursing period appeared to negatively affect milk ejection. Concentration of plasma glucose was lower at 72 h on T2 while that of triglycerides was lower at 72 and 96 h on T3. The studied managements did not influence the cortisol levels and metabolism of cows and did not prejudice the milk production after the colostral period.

Descrição

Palavras-chave

amamentação, desmama, leite residual, ordenha mecanizada, milking machine, residual milk, weaning

Como citar

Revista Brasileira de Zootecnia. Sociedade Brasileira de Zootecnia, v. 35, n. 6, p. 2376-2380, 2006.

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