Concentrações de hormônio na carcaça de tilápias-do-nilo e maturação precoce após reversão sexual

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Data

2011-01-01

Autores

Zanardi, Munir Francisco [UNESP]
Koberstein, Teresa Cristina Ribeiro Dias [UNESP]
Urbinati, Elisabeth Criscuolo [UNESP]
Fagundes, Michele [UNESP]
Santos, Marcio Alves dos [UNESP]
Mataqueiro, Maria Isabel [UNESP]

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Editor

Sociedade Brasileira de Zootecnia

Resumo

Um total de 1.500 larvas de tilápia-do-nilo foi distribuído em 15 aquários de 20 L (100 larvas cada um) para comparação de dois métodos de masculinização: via oral, com dieta com hormônio (60 mg do 17 α-metiltestosterona.kg-1); e via banho de imersão (6 mg do 17 α-metiltestosterona.L-1), cada um com cinco repetições. As larvas e os juvenis foram amostrados no dia 1 (início do experimento) e aos 30 (final do período de alimentação com hormônio), 40, 45, 60 e 90 dias. Uma amostra de 0,5 g de peixe foi coletada em cada repetição para análise da testosterona corporal. Os peixes alimentados com a dieta com hormônio receberam ração experimental por 30 dias e ração comercial até o final do experimento, e banho de imersão receberam ração comercial e foram submetidos a banhos de imersão (6 mg da 17 α-metiltestosterona.L-1), de 36 horas, nos dias 6 e 10 após início do experimento. Nos peixes que receberam a ração sem hormônio (controle), os valores de testosterona corporal se mantiveram praticamente estáveis ao longo do experimento, aumentando moderadamente a partir de 60 dias. As concentrações de testosterona corporal nos peixes que receberam a dieta com hormônio ou o banho de imersão foram mais altas aos 30 dias. Nos peixes submetidos ao banho de imersão, os valores reduziram aos 40 dias e aumentaram novamente até os 60 dias de observação, enquanto naqueles submetidos à dieta com hormônio, as concentrações de testosterona aumentaram gradativamente até 60 dias. A utilização de 17 α-metiltestosterona por via oral ou banho de imersão das larvas estimula a maturação sexual dos peixes a partir dos 45 dias, especialmente naqueles alimentados com ração contendo hormônio. As concentrações desse hormônio na carcaça são inferiores ao preconizado pelo Codex Alimentarius do Brasil como seguras para consumo humano.
A total of 1,500 larvae of Nile tilapia was distributed in 15 20-L aquaria (100 larvae in each one) to compare two methods of masculinization: via oral application, using a diet with hormone (60 mg 17α-methyltestosterone.kg-1); and through immersion bath (6 mg 17α-metyltestosterone.L-1), each one with five replicates. Larvae and juvenile were sampled on day 1 (beginning of the experiment) and on days 30 (end of hormone feeding period), 40, 45, 60 and 90. One sample with 0.5 g of fish was collected from each replication for analysis of body testosterone. Fish fed diet with hormone were given experimental ration for 30 days and commercial ration until the end of the experiment, and fish in immersion bath received commercial ration and they were submitted to immersion bath (6 mg 17 α-metyltestosterone.L-1) for 36 hours on days 6 and 10 after the beginning of the experiment. For fish given ration without hormone (control), values of body testosterone were almost totally steady over the experiment, moderately increasing from day 60. Concentrations of body testosterone in fish fed diet with hormone or immersion bath were the highest on day 30. For fish submitted to immersion bath, the values were reduced on day 40 and they increased again until 60 days of observation, while for those submitted to diet with hormone, concentrations of testosterone gradually increased until 60 days. The use of 17 α-methyltestosterone through oral administration or immersion bath of larvae promotes sexual maturation of fish from day 45, especially on those fed diet with hormone. Concentrations of hormone in the carcass are lower than the recommended by Codex Alimentarius from Brazil as safe for human consumption.

Descrição

Palavras-chave

consumidor, dano à saúde, masculinização, metiltestosterona, consumer, damage to health, masculinization, metyltestosterone

Como citar

Revista Brasileira de Zootecnia. Sociedade Brasileira de Zootecnia, v. 40, n. 1, p. 7-11, 2011.