Dissertações - Agronomia (Proteção de Plantas) - FCA

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  • ItemDissertação de mestrado
    Manejo de Spodoptera frugiperda (j. e. Smith) (lepidoptera: noctuidae) nas culturas de milho, feijão, soja e trigo: integração de controles químico e comportamental
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-01) Santos, Daniel Mariano [UNESP]; Oliveira, Regiane Cristina de; Castro, Ancidériton Antonio de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A utilização da sucessão de culturas, plantios escalonados e culturas irrigadas, proporciona alimento disponível ao longo do ano para os insetos pragas. Entre as pragas que são beneficiadas está o complexo de noctuidae, destacando-se as espécies Spodoptera frugiperda (J.E. Smith), Chrysodeixis includens (Walker), Rachiplusia nu (Guenée), Helicoverpa zea (Boddie) e Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae). O desenvolvimento de ferramentas de manejo mais sustentáveis ao meio ambiente é importante para assegurar o potencial produtivo das culturas. O controle comportamental com a utilização de feromônios tem potencial de ser utilizado no manejo de Noctuidae, para S.frugiperda. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência da confusão sexual pela utilização do feromônio, integrado ao controle químico, no manejo de S. frugiperda, além dos impactos nas populações de adultos de C. includens, R. nu e Helicoverpa spp. O produto comercial utilizado foi PHEROGEN® na dose 90ml/ha, que possui registro para S.frugiperda. O estudo foi realizado em uma fazenda que utiliza de sucessão de culturas como soja, milho, trigo e feijão e as áreas foram divididas através do sistema de irrigação (pivô central) com cinco áreas que foram monitoradas de 20/08/2021 a 22/02/2022 no município de Itaí SP. As áreas tiveram a seguinte divisão: pivôs 3 (30 ha) e 6 (33 ha) sem controle comportamental e pivôs 1 (80 ha), 5 (65 ha), 4 (45 ha) com controle comportamental. Para avaliar os insetos foram utilizadas armadilhas “delta” com isca atrativa (feromônio de monitoramento). O controle comportamental foi eficiente na confusão sexual S. frugiperda reduzindo a captura total de insetos por área, média total de captura, média semanal de captura. O controle comportamental afetou a captura de C. includens nos cultivos de soja e trigo, reduzindo a captura. No cultivo da soja afetou a captura R. nu aumentando a captura e a média total. Para Helicoverpa spp. não ocorreu influência do manejo comportamental.
  • ItemDissertação de mestrado
    Aprimoramento da criação massal de Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Scelionidae) para utilização no manejo de pentatomídeos-praga na cultura da soja
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-05-11) Parra, Letícia Martins; Oliveira, Regiane Cristina de; Hoback, William Wyatt [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae) é uma das principais pragas da cultura da soja, podendo comprometer a qualidade dos grãos e a produtividade. Parasitoides de ovos, como Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae), são altamente eficazes no manejo de ovos de E. heros. A liberação massal destes insetos feita geralmente com ovos parasitados à granel, é uma estratégia de controle biológico dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP) que pode impedir o estabelecimento de pentatomídeos na cultura em níveis de dano econômico. Para que isso seja possível, a criação massal do parasitoide e do hospedeiro é de suma importância, bem como o estudo de diferentes parâmetros que interferem na criação. Neste trabalho, foram avaliadas a influência de diferentes dietas ofertadas a E. heros em parâmetros biológicos e na capacidade de parasitismo de T. podisi em laboratório, assim como as exigências térmicas do parasitoide, a partir de bioensaios em esquema fatorial duplo compostos por seis dietas [(1): dieta natural e ovos frescos; (2): dieta natural e ovos criopreservados; (3): dieta artificial 1 e ovos frescos; (4): dieta artificial 1 e ovos criopreservados; (5): dieta artificial 2 e ovos frescos; (6): dieta artificial 2 e ovos criopreservados] e em sete temperaturas: 15±1°C, 18±1°C, 21±1°C, 24±1°C, 27±1°C, 30±1°C e 33±1°C. Um bioensaio de campo foi realizado nas Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE) (Botucatu-SP) comparando dois diferentes métodos de liberação de T. podisi em soja, compondo os tratamentos: (1) 1 hectare de soja liberando-se adultos de T. podisi previamente alimentados com mel; (2) 1 hectare de soja liberando-se pupas à granel; (3) 1 hectare de soja sem liberação (controle). Para a alimentação prévia, gotículas de mel foram depositadas dentro das cápsulas de liberação antes da emergência dos insetos. Avaliou-se em campo também a eficácia da liberação aérea de pupas à granel de T. podisi em soja, realizando bioensaios na Fazenda Santa Fé (Pardinho-SP). Os tratamentos foram compostos por: (1) 50 hectares com liberação de ovos parasitados por T. podisi à granel; (2) 50 hectares tratados com manejo químico; (3) 15 hectares sem aplicação de produtos (biológicos ou químicos). Em ambos os bioensaios de campo, foram realizadas liberações aéreas via drone (7500 fêmeas/ha), avaliando-se a sanidade de sementes (via teste tetrazólio), densidade de insetos e parâmetros reprodutivos e produtivos da soja. Nos bioensaios laboratoriais, observou-se uma relação inversa entre temperatura e sobrevivência de fêmeas. As temperaturas de 21±1°C a 30±1°C foram benéficas aos parâmetros biológicos e na capacidade de parasitismo de T. podisi, bem como a utilização de dietas artificiais na criação do hospedeiro. Nas FEPE, ambos os métodos de liberação reduziram a população de ninfas e os danos causados por E. heros em comparação ao controle, recomendando-se a utilização do controle biológico com liberação inundativa de T. podisi independentemente do método de liberação. Na Fazenda Santa Fé, não foi constatada a presença de nenhum pentatomídeo-praga nas avaliações.
  • ItemTese de doutorado
    Cowpea mild mottle virus em soja: interação vírus x vetor, incidência e vetor associado, variabilidade do vírus e impactos na qualidade fisiológica de sementes
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-10-27) Barreto da Silva, Felipe; Krause Sakate, Renate; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Doenças causadas por vírus podem impactar negativamente a cultura da soja (Glycine max L. Merril). Entre elas podemos citar a necrose da haste causada pelo cowpea mild mottle virus (CPMMV), cujo vetor é a mosca-branca Bemisia tabaci (Gennadius) (Hemiptera: Aleyrodidae) atualmente caracterizada como um complexo de espécie crípticas, das quais as mais invasivas são Middle East Asia Minor 1 (MEAM1, também conhecida por biótipo B) e Mediterranean (MED, conhecida por biótipo Q). Com o objetivo de verificar a distribuição destas espécies crípticas em áreas produtoras de soja no Estado de São Paulo, bem como a incidência do CPMMV nestas regiões, foram realizadas coletas de plantas de soja e mosca-branca por três anos consecutivos e avaliada a presença do vírus e caracterizada a espécie críptica de B. tabaci associada a plantas de soja. Isolados representativos de CPMMV tiveram o seu genoma completo sequenciado por sequenciamento de nova geração (HTS). Além disto foram estudados aspectos da transmissão do CPMMV por B. tabaci MED e MEAM1 e o efeito do CPMMV nos aspectos agronômicos e qualidade fisiológica das sementes de soja. Os resultados indicaram que MEAM1 ainda é a espécie predominante em áreas de soja, entretanto algumas áreas, como em Buritãma, tiveram predominância de MED na primeira safra de soja avaliada (2019/2020) com redução nas safras posteriores (2020/2021 e 2021/2022). Em Santa Cruz do Rio Pardo e Óleo houve um aumento de incidência de MED ao longo das safras de soja avaliadas. Os ensaios de transmissão com um único espécimen de mosca-branca revelaram que MED é um melhor vetor de CPMMV comparado com MEAM1, sendo capaz de transmitir o vírus com apenas dois minutos de período de acesso à inoculação. A análise filogenética das sequencias do genoma completo de isolados de CPMMV coletados nos Estados da Bahia e de São Paulo, mostraram que eles pertencem ao grupo BR2, que compreendem os isolados de CPMMV mais representativos do Brasil. O CPMMV afetou drasticamente a qualidade fisiológica das sementes de soja produzidas a partir de plantas infectadas, reduzindo a germinação das sementes. Os resultados deste trabalho reforçam os impactos negativos do CPMMV em soja e a importância do monitoramento de espécies crípticas de B. tabaci como forma de subsidiar as táticas de manejo desta praga e vetor de virus.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação de dietas para criação de Galleria mellonella l. (Lepidoptera: Pyralidae) e multiplicação de nematoides entomopatogênicos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-11-23) Souza, Jennifer Kawane Aparecida; Wilcken, Silvia Renata Siciliano [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Galleria mellonella é um inseto modelo aceito em estudos de interações patógenohospedeiro e sobre compostos antimicrobianos. É oferecida como hospedeiro em diversos laboratórios no mundo, por sua facilidade de manuseio, aceitação de técnicas de infecção e pelo seu sistema imune inato, semelhante ao de mamíferos. Essa espécie é empregada em pesquisas relacionadas a saúde humana, animal e no desenvolvimento de técnicas e tecnologias de controle biológico de pragas. Em nematologia agrícola, as lagartas de G. mellonella são oferecidas aos nematoides entomopatogênicos (NEPs), como hospedeiro padrão. Embora a criação da espécie de mariposa seja considerada fácil, a nutrição desses insetos é um fator limitante, pois quando inadequada influencia diretamente nos processos de infecção, virulência e multiplicação de Heterorhabditis e Steinernema (gêneros das famílias de NEPs). Em compor uma dieta que beneficie o ciclo de vida de G. mellonella, estimulando a fase larval, aumentando o tamanho das lagartas e o número de adultos na população final, com uma prole saudável e bem desenvolvida, essa pesquisa tem por objetivo, estudar a resposta de indivíduos de G. mellonella quando submetidos a uma nova dieta artificial e verificar se as lagartas alimentadas por ela, podem comprometer, favorecer, ou não serem significantes, nos processos de infecção, virulência e multiplicação de criações de nematoides entomopatogênicos em laboratório. Para isso duas etapas foram utilizadas nesta pesquisa, a primeira corresponde as avaliações biométricas, demográficas e dos parâmetros de vida e fertilidade para as lagartas de G. mellonella nutridas com diferentes dietas artificiais, sendo o tratamento 1: favos secos umedecidos com solução de mel a 75%, tratamento 2: dieta composta de leite em pó integral, mel, farinha de aveia, gérmen de trigo e proteína de soja e tratamento 3: dieta padrão criada por Guerra (1973). As populações foram avaliadas por 8 gerações. Para a segunda etapa, foram verificadas as influências da alimentação das lagartas sobre os processos de infecção, virulência e multiplicação de nematoides entomopatogênicos, em que os tratamentos correspondem as lagartas da oitava geração de G. mellonella padronizadas em comprimento e largura para cada dieta em 6° instar, oferecidas a cinco espécies de nematoides entomopatogênicos, sendo elas: Heterorhabditis bacteriophora, H. amazonensis, Steinernema puertoricense, S. rarum e S. feltiae. Sobre as dietas, pode-se verificar que as lagartas alimentadas pela dieta adaptada de Jorjão et al. (2018), baseada em Guerra (1973) e modificada de Parra (1998) apresentaram os melhores índices de desenvolvimento e médias positivas para grande parte dos parâmetros avaliados, enquanto a dieta correspondente ao tratamento 1 demonstrou médias negativas sobre o desenvolvimento da espécie G. mellonella. A dieta do tratamento 3 se mostrou nesta pesquisa uma boa opção de alimentação a lagartas da espécie, porém seu uso não é recomendado para criações com finalidade de hospedeiras a nematoides entomopatogênicos, visto que as lagartas alimentadas por essa dieta, apresentam baixa produção de juvenis infectantes. Para as avaliações da influência da alimentação das lagartas sobre os processos realizados pelos NEPs, a dieta correspondente ao tratamento 2 se apresentou favorável a infecção, virulência e multiplicação para às cinco espécies avaliadas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Bioatividade, dinâmica e residual de neonicotinóides e lambda cialotrina na alimentação de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em soja
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-30) Nakaghi, Adilson Massami; Baldin, Edson Luis Lopes; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] é a principal commoditie agrícola brasileira. Dentre as inúmeras pragas que podem provocar danos econômicos, o complexo de percevejos se destacam pelo enorme potencial de ocasionar prejuízos. Ao se alimentarem dos grãos, afetam diretamente o rendimento e a qualidade da cultura da soja. Entre as principais espécies está o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) que possui ampla dispersão e é a espécie mais abundante no Brasil. Dentre os métodos utilizados para o manejo de percevejos na soja, o controle químico ainda é a forma mais eficaz e mais rápida para minimizar os danos à cultura. Ainda que o controle químico seja o mais eficaz no manejo de E. heros, a dinâmica desses produtos nas plantas e pragas ainda é pouco conhecida para várias moléculas. Neste estudo a proposta foi calcular a CL10 e CL25 de alguns inseticidas e entender os possíveis efeitos letais e subletais sobre a alimentação do E. heros. A partir do tempo total de alimentação em 180 minutos, o tempo por punctura dos percevejos foi reduzido em quase 2 vezes pela CL10 da Lambda cialotrina e em até três vezes para as CL10 e CL25 do produto Dinotefuran, superando todos os tratamentos. Quando observada a mortalidade aos 3 dias após a aplicação, destacou-se as CL10 e CL25 Dinotefuran e Tiametoxan apresentando 75,8 e 72,5% de controle, respectivamente. Também foi avaliada a translocação e o período residual de alguns inseticidas na planta de soja, utilizando o próprio E. heros como alvo biológico para as análises de mortalidade. Identificou-se provável movimentação dos inseticidas Dinotefuran + Lambda cialotrina e Tiametoxan + Lambda cialotrina tanto pelo xilema quanto pelo floema pois ambos mostraram controle tanto no estrato inferior como no superior das plantas de soja. Nas análises de cromatografia líquida juntamente com o espectrômetro de massas foi verificado nas folhas que não houve translocação para os estratos da planta onde não foram aplicados os tratamentos, sugerindo novos estudos de translocação em vagens pois é a principal fonte de alimentação dos percevejos. Bons resultados também foram apresentados pelos produtos Dinotefuran + Lambda cialotrina e Tiametoxan + Lambda cialotrina no ensaio de avaliação residual, juntando-se a eles o produto Sulfoxaflor que apresentou efeito de choque. No ensaio de danos aos grãos concluiu-se que todos os tratamentos utilizados foram superiores à testemunha, sendo viável a utilização deles no manejo de percevejo-marrom na cultura da soja.
  • ItemDissertação de mestrado
    Controle da formiga cortadeira, Atta sexdens (Hymenoptera: Formicidae), utilizando inseticidas: estudo sobre os mecanismos comportamentais
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-10-11) Mota Filho, Tarcísio Marcos Macedo [UNESP]; Forti, Luiz Carlos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As formigas cortadeiras do gênero Atta, Acromyrmex e Amoimyrmex (Hymenoptera: Formicidae) são consideradas importantes pragas de plantios florestais, da agricultura e pecuária. Isca tóxica contendo o princípio ativo sulfluramida ou fipronil é o principal método de controle destes insetos. Contudo, ainda sabe-se pouco sobre como ocorre a dispersão do inseticida no interior da colônia, se por trofalaxia entre as operárias da colônia, ou se seus comportamentos de autolimpeza, limpeza mútua, bem como o contato entre operárias contaminadas e não contaminadas proporcionam a dispersão. O objetivo do estudo foi determinar se os comportamentos de autolimpeza, limpeza mútua, ou toque entre operárias de Atta sexdens (Hymenoptera: Formicidae) dispersa os inseticidas fipronil e sulfluramida entre os membros de um grupo ou colônia. Para isso esses inseticidas foram aplicados topicamente em operárias e as interações entre operárias contaminadas e não contaminadas, a nível de grupo e de colônia foram estudadas. Com o aumento do tamanho do grupo ou de operárias contaminadas na colônia, a frequência de interações entre operárias aumentou, sendo o toque o comportamento mais frequente. Os inseticidas foram transmitidos por contato direto entre as operárias, seguido de auto-limpeza e limpeza mutua. Esses comportamentos foram responsáveis pela rápida dispersão dos inseticidas entre os membros do grupo ou colônia. Os resultados, portanto, sustentam a hipótese de que as interações sociais promovem a contaminação e dispersão de inseticida entre membros de um grupo ou colônia.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação de fungos entomopatogênicos obtidos de diferentes ecossistemas brasileiros no controle biológico de Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) e de Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-28) Gêa, Bianca Cristina Costa [UNESP]; Wilcken, Carlos Frederico; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) e Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) biótipo B, são pragas da soja, Glycine max, no Brasil. O controle de ambas as pragas é majoritariamente realizado com inseticidas químicos, mas há demanda pelo controle biológico, incluindo o microbiano. Os fungos entomopatogênicos têm vantagens devido ao modo de ação, variabilidade genética e permanência no ambiente. Assim, o estudo teve por objetivo isolar e identificar fungos entomopatogênicos obtidos de solos dos estados de SP, PR e MA, avaliando a patogenicidade dos microrganismos sobre E. heros e B. tabaci. Os fungos foram obtidos pelo “Bait Method” com larvas de Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae), alocados em potes com 50 g de solo. Os insetos mortos foram coletados diariamente e mantidos em câmara úmida para isolamento dos fungos, posteriormente foram preservados pelo método de Castellani e identificados por caracterização morfológica e molecular. Os testes de patogenicidade foram feitos em ovos, ninfas de 3º ínstar e adultos de E. heros e em ninfas de 4° ínstar de B. tabaci, com isolados que apresentaram viabilidade acima de 90%. Uma alíquota de 127 μl de cada suspensão fúngica na concentração de 1x108 conídios/mL, com 0,01% de Tween 80, foi aplicada com aerógrafo a 10 psi de pressão em cada placa de Petri contendo cinco ovos ou quatro ninfas/adultos de percevejo marrom ou dez ninfas de mosca-branca. O controle consistiu em água destilada autoclavada com 0,01% de Tween 80. Os experimentos com E. heros permaneceram em sala, a 25°C e UR de 80%, e foram avaliados diariamente por 15 dias, enquanto que os experimentos com a B. tabaci permaneceram por oito dias sob condições controladas em câmara tipo BOD (Temp. de 25 ± 1 °C e fotofase de 12 h). Os insetos foram avaliados diariamente, e levados para câmara úmida, favorecendo a esporulação. Foram identificados 28 isolados de Metarhizium anisopliae, 10 de Beauveria bassiana, sete de M. robertsii, três de Purpureocillium lilacinum, dois do gênero Cordyceps e um M. guizhouense. Foram avaliados 25 isolados em adultos e 28 em ninfas e ovos, nos testes de patogenicidade contra o percevejo marrom. Os mais patogênicos foram os isolados LCBPF 11, 19, 20 e 28, além do produto comercial Octane® para adultos, LCBPF 23, 77, 79, 80 e 82 para as ninfas de terceiro ínstar e LCBPF 08, 13, 63 e 81, além do produto comercial Octane® para os ovos. Para a mosca-branca, foram avaliados 27 isolados, se destacando o LCBPF 23 de B. bassiana, LCBPF 11 de C. javanica, LCBPF 02 de C. amoene-rosea e LCBPF 15 de B. bassiana, com eficiência de 100%, 100%, 95% e 95%, respectivamente. Sendo assim, os fungos entomopatogênicos apresentaram potencial de controle para ambas as pragas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Caracterização de preferência e performance de Bemisia tabaci MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) em plantas daninhas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-31) Gerage Sacilotto, Matheus; Baldin, Edson Luiz Lopes; Carbonari, Caio Antonio; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) (Hemiptera: Aleyrodidae) é uma das pragas de maior importância econômica para a agricultura a nível global. Dentre as espécies crípticas de B. tabaci, Middle East-Asia Minor 1 (MEAM1) destaca-se como uma das mais problemáticas e disseminadas em todo o mundo. Trata-se de um inseto sugador com expressivo grau de polifagia, capaz de infestar uma ampla variedade de espécies vegetais envolvendo grandes culturas, hortaliças, plantas ornamentais e plantas daninhas. As plantas daninhas podem atuar como hospedeiros alternativos de mosca-branca, oferecendo oportunidade à manutenção de populações do inseto durante o ano e possibilitando a migração dessa praga entre plantas e diferentes sistemas agrícolas. Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo avaliar a preferência e a performance biológica de B. tabaci MEAM1 em 15 espécies de plantas daninhas abundantes em lavouras brasileiras, além de cinco espécies cultivadas (tomateiro, pimentão, soja, milho e algodoeiro). Para tanto, foram realizados testes de antixenose com e sem chance de escolha, além do acompanhamento da performance dos insetos confinados sobre as espécies de plantas. Além disso, as plantas foram avaliadas quanto à densidade de tricomas e parâmetros colorimétricos, visando identificar fatores físico-morfológicos envolvidos no processo de seleção hospedeira. Os resultados indicaram correlação positiva entre a oviposição de B. tabaci e a densidade de tricomas, correlação negativa entre o número de insetos e os índices L* (luminosidade) e a* (verde), e correlação positiva entre o número de insetos e b* (amarelo). Nos ensaios com chance de escolha, as espécies Solanum lycopersicum, Senna obtusifolia, Glycine max, Emilia sonchifolia e Euphorbia heterophylla foram mais infestadas na média dos períodos de avaliação, diferindo de Spermacoce latifolia, Amaranthus viridis e Richardia brasiliensis que apresentaram as menores médias de insetos. Neste mesmo ensaio, S. lycopersicum e E. sonchifolia revelaram as maiores taxas de oviposição, diferindo da maioria das demais espécies. Em ensaio sem chance de escolha, E. heterophylla, Galinsoga parviflora e S. latifolia se destacaram dos demais materiais, apresentando as maiores taxas de ovos e ninfas por cm². Em ensaio de performance biológica, as espécies Ipomoea grandifolia, S. lycopersicum e E. sonchifolia possibilitaram os menores períodos de desenvolvimento do inseto e elevadas viabilidades ninfais, mostrando-se hospedeiros favoráveis ao desenvolvimento de B. tabaci MEAM1. Os resultados obtidos neste estudo evidenciam o potencial de algumas espécies invasoras como hospedeiras de B. tabaci MEAM1, e podem contribuir para o manejo preventivo de populações dessa praga nas lavouras.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação e prevalência de fungos associados à cultura da macadâmia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-28) Silva, Rosicléia da; Halfeld-Vieira, Bernardo de Almeida; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A macadâmia é uma noz originária das florestas tropicais e subtropicais da Austrália, e vem ganhando destaque devido a sua importância no setor alimentício e de cosméticos. A produção mundial é liderada pela África do Sul e Austrália. No Brasil, o estado de São Paulo é o maior produtor. Dada a importância dessa cultura em expansão e à escassez de informações referentes a problemas fitossanitários no Brasil, o presente trabalho teve como objetivos identificar os microrganismos associados e os fitopatogênicos à cultura da macadâmia, bem como definir as suas épocas de ocorrência, temperatura ideal de crescimento e sensibilidade a fungicidas. Os órgãos da planta com sintomas de doenças e/ou sinais de colonização fúngica foram coletados mensalmente, por três anos consecutivos (2019, 2020 e 2021) em áreas de cultivo de macadâmia, predominantemente, em Dois Córregos, SP. Isolados representativos com patogenicidade confirmada foram identificados por caracterização morfológica e molecular. Ensaios do efeito da temperatura no crescimento micelial de Cladosporium sp., utilizando as temperaturas 20-30 °C, e dos isolados Lasiodiplodia sp. e Colletotrichum sp. com as temperaturas 23-30 °C foram realizados bem como a sensibilidade desses isolados a seis fungicidas distintos. As principais doenças, seus agentes causais e época de prevalência foram: cancro do caule, causado por Lasiodiplodia pseudotheobromae (novembro a abril); seca do rácemo causada por Cladosporium xanthochromaticum (março a agosto) e podridão do fruto causada por Colletotrichum siamense (abril de 2021). Os fungos C. xanthochromaticum e C. siamense apresentaram melhor desenvolvimento a 23 °C e L. pseudotheobromae a 30 °C. Quanto aos fungicidas, hidróxido de cobre inibiu a germinação de C. xanthochromaticum; epoxiconazol + piraclostrobina, clorotalonil, azoxistrobina + ciproconazol e fluxapiroxade + piraclostrobina inibiram tanto C. xanthochromaticum, L. pseudotheobromae e C. siamense; e procimidona inibiu somente o crescimento de L. pseudotheobromae. Os três fungos associados às doenças na macadâmia são relatados pela primeira vez no Brasil, sendo o primeiro relato de C. xanthochromaticum e C. siamense como agentes causais da seca do rácemo e podridão do fruto em macadâmia, respectivamente.
  • ItemDissertação de mestrado
    Inibição do desenvolvimento de sclerotinia sclerotiorum em sementes de feijão com o uso de óleos essenciais e fungos antagonistas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-27) Chaga, Larissa Moreira; Kronka, Adriana Zanin; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O feijoeiro-comum é suscetível ao mofo branco, doença causada por Sclerotinia sclerotiorum e que resulta em redução da produtividade devido à morte das sementes e das plântulas, além de poder originar plantas infectadas. O seu controle envolve uma série de medidas integradas, incluindo o tratamento de sementes. A pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento sementes de feijão com os óleos essenciais (OE) de cravo–da–índia e pimenta–preta (Capítulo I) e com os antagonistas Clonostachys rósea e Trichoderma spp. (Capítulo II) sobre a incidência de S. sclerotiorum nas sementes e a qualidade fisiológica das sementes tratadas. No primeiro capítulo, inicialmente, os OE foram adicionados ao meio de cultura BDA para verificar o seu efeito in vitro sobre o desenvolvimento fúngico. BDA + fungicida tiofanato metílico + fluazinam e BDA puro constituíram os tratamentos testemunhas. O OE de cravo-da-índia promoveu 100% de inibição no crescimento fúngico, com desempenho igual ao do fungicida. O OE de pimenta-preta apresentou potencial de controle in vitro, porém com menor eficiência. Em seguida, as sementes foram tratadas com os OEs, para avaliar seus efeitos na qualidade sanitária e fisiológica das sementes. Sementes tratadas com tiofanato metílico + fluazinam (750 ppm), sementes não inoculadas e sementes inoculadas, ambas sem tratamento, foram incluídas no experimento. A sanidade foi avaliada pelo método do papel filtro. Não houve incidência do patógeno nas sementes tratadas com OE e fungicida. Para avaliar a qualidade fisiológica, foram realizados testes de germinação de vigor (primeira contagem de germinação - PCG). Para avaliar o efeito do tratamento de sementes no desevolvimento das plântulas, o índice de velocidade de emergência (IVE) em substrato e o comprimento e massa fresca e seca da parte aérea e radicular das plântulas foram avaliados em casa-de-vegetação. Não houve diferença entre as sementes inoculadas e não inoculadas, ambas sem tratamento, para todas as variáveis estudadas. Com exceção do OE de cravo a 0,75%, que interferiu negativamente na PCG e germinação, os demais tratamentos não tiverem efeito no potencial fisiológico das sementes. Com relação aos testes conduzidos em substrato, o OE de cravo-da-índia mostrou-se fitóxico nas concentrações avaliadas, impedindo a germinação das sementes. O OE de pimenta-preta interferiu negativamente no IVE, mas à concentração de 0,75%, proporcionou desenvolvimento de plântulas satisfatório. No segundo capítulo, o experimento de biocontrole foi iniciado por uma etapa in vitro, para avaliar a ação dos antagonistas sobre S. sclerotiorum. Os dois antagonistas tiveram efeito inibitório sobre o patógeno, com maior ação supressora de C. rosea. Em seguida, foi feito o tratamento de sementes com os antagonistas e o fungicida tiofanato metílico + fluazinam. Sementes inoculadas e não inoculadas, ambas sem tratamento, foram incluídas no experimento. Foram analisadas a sanidade e a qualidade fisiológica das sementes conforme descrito para os experimentos de OE. Os antagonistas não controlaram o patógeno nas sementes. De maneira geral, o tratamento biológico não interferiu na qualidade fisiológica das sementes e no desenvolvimento das plântulas. O OE de pimenta-preta mostrou potencial de uso no tratamento de sementes para controle de S. sclerotiorum, porém, mais estudos são necessários para melhorar a eficiência do tratamento no que diz respeito à qualidade fisiológica. Com relação ao tratamento biológico, apesar do efeito inibitório in vitro, os antagonistas não controlaram o patógeno nas sementes, sugerindo a necessidade de ajustes na aplicação do tratamento.
  • ItemDissertação de mestrado
    Prospecção de bactérias no controle biológico de nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita) e promoção de crescimento vegetal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-24) Amorim, Deucleiton Jardim; Wilcken, Silvia Renata Siciliano [UNESP]; Leite, Luís Garrigós [UNESP]; Gabia, Adriana Aparecida; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os nematoides-das-galhas, gênero Meloidogyne, causam prejuízos à agricultura, com perdas estimadas em mais de 100 bilhões de dólares em todo mundo. O manejo desses nematoides é um complicador para muitas culturas agrícolas. Assim, ao longo do tempo, muitos mecanismos foram adotados, a fim de minimizar os danos desses fitopatógenos, entre eles o controle biológico, além de outros. O objetivo deste trabalho foi selecionar bactérias, para possível controle biológico de Meloidogyne incognita e promoção de crescimento vegetal. Plantas de tomateiro Santa Cruz ‘Kada Gigante’ foram inoculadas com esse nematoide a partir de uma população pura. Após 60 dias, raízes dessas plantas foram processadas para obtenção de juvenis de segundo estádio (J2s). Cento e um isolados bacterianos foram inoculados em meio NB (Nutrient Broth), incubados a 180 rpm por 72 h, até chegarem, aproximadamente, 108 unidades formadoras de colônias (UFC). Os testes in vitro foram realizados em três etapas, a primeira para seleção de isolados com mortalidade igual ou a 50%. Na segunda etapa foi utilizado nove isolados com de 10% de concentração da suspensão bacteriana, com avaliações às 24, 48 e 72 h, após a inoculação), inoculando 100 J2 mL-1. Cinco isolados foram selecionados para uma terceira etapa, com sete concentrações (0; 2; 4; 7; 10; 15; 20%), adicionando-as em tubos de ensaio e depois, uma suspensão de 500 J2 mL-1, após homogeneização, foram inoculados em placas de Petri de 6 mm de diâmetro sobre 12 g de areia sílica esterilizada, com avaliação realizada às 92 h, após a inoculação. Todas as triagens seguiram um delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições em duplicata, tendo como testemunhas, água destilada e meio NB. As etapas in vivo foram divididas em duas, a primeira para avaliação do controle do nematoide, após 60 dias da inoculação de 1.000 J2 mL-1. Os tratamentos foram compostos de 5 e 15% da concentração da suspensão bacteriana dos seguintes isolados: 195b, MA07, 287a, 321b e 311a, tendo como testemunha água e meio NB. O segundo experimento foi composto pelos mesmos tratamentos, nas mesmas concentrações, para avaliação de promoção de crescimento vegetal, sem nematoides. As avaliações ocorreram após 60 dias da inoculação, sendo as variáveis: nematoides por grama de raiz, altura da parte aérea, massa fresca e massa seca da parte aérea, crescimento, massa fresca e massa seca da raiz, aferidas. Os experimentos foram repetidos duas vezes, com quatro repetições cada tratamento. O “screening” de toda a diversidade de bactérias finalizou com 14% do total com mortalidade igual ou a 50% (20 isolados). Na segunda etapa cinco isolados foram eficientes, em uma concentração de 10% da suspensão bacteriana. Esses resultaram com mortalidade acima de 80%, já na terceira etapa, os cincos isolados nas diferentes concentrações atingiram mortalidade próxima de 100%. O isolado 287a foi o mais promissor no experimento de controle do nematoide, este demostrou ser um agente bacteriano potencial, para o controle de juvenis, tendo uma baixa concentração de ovos + J2, quando comparado com as testemunhas não tratadas com bactérias. Os isolados testados promoveram crescimento vegetal, pois as plantas inoculadas com bactérias cresceram mais que àquelas não tratadas. Esses resultados são promissores, pois indicam que foi possível selecionar isolados potenciais para o controle biológico de Meloidogyne incognita sob triagens in vitro e in vivo. Outros estudos em condições de campo necessitam ser realizados.
  • ItemDissertação de mestrado
    Nichos de sobrevivência de Pseudomonas savastanoi pv. glycinea, agente causal do crestamento bacteriano da soja (Glycine max L.)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-28) Melo, Luana Laurindo de; Silva Júnior, Tadeu Antônio Fernandes da [UNESP]; Nascimento, Daniele Maria do; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Pseudomonas savastanoi pv. glycinea (Psg), agente causal do crestamento bacteriano, causa prejuízos severos à cultura da soja (Glycine max L.), e o conhecimento de seus nichos de sobrevivência é de elevada importância para o manejo eficiente da doença. Apesar de ser recorrente nas regiões produtoras de soja do Brasil, há poucas informações disponíveis sobre a ecologia de Psg. Desta forma, os objetivos deste trabalho foram avaliar em condições de campo: I) a sobrevivência de Psg como células livres em quatro tipos de solo; II) a sobrevivência de Psg na filosfera e rizosfera de 12 espécies de plantas cultivadas utilizadas em rotação com a soja; e em condições de casa de vegetação: III) a colonização endofítica de plantas cultivadas por Psg. Para avaliar a sobrevivência no solo, dez experimentos foram realizados e, após a infestação, as avaliações foram realizadas a cada dois dias até a não recuperação de células viáveis da bactéria. Foram conduzidos três experimentos para avaliação da sobrevivência de Psg na filosfera e rizosfera de Avena sativa (aveia branca), Avena strigosa (aveia preta), Crotalaria juncea (crotalária), Glycine max (soja), Helianthus annuus (girassol), Hordeum vulgare (cevada), Lolium multiflorum (azevém), Phaseolus vulgaris (feijão comum), Raphanus sativus (nabo forrageiro), Sorghum bicolor (sorgo), Triticum aestivum (trigo) e Zea mays (milho), com avaliações a cada sete dias, por até 70 dias. Para a colonização endofítica, dois experimentos foram conduzidos com as mesmas espécies de plantas cultivadas, com dois métodos de inoculação de Psg, com e sem ferimentos nas plantas. As avaliações ocorreram a cada 14 dias, pelo máximo de 70 dias. O isolado Soj. 1462 de Psg, patogênico à soja, e resistente a 100 μg.mL-1 de rifampicina, foi utilizado em todos os experimentos, e os períodos de sobrevivência da bactéria foram confirmados por PCR com primers específicos. Nos solos, Psg apresentou uma baixa sobrevivência com períodos inferiores a dois dias, em todos os experimentos. Na filosfera, os maiores períodos de sobrevivência de Psg foram em soja (70 dias), e aveia branca, aveia preta, azevém, girassol e sorgo (35 dias). Na rizosfera, os maiores períodos de sobrevivência de Psg foram verificados para aveia branca, aveia preta, azevém, cevada, milho, soja e trigo (28 dias). Para a colonização endofítica, em plantas com ferimentos, os maiores períodos médios de sobrevivência (PMS) foram verificados em soja (70 dias), aveia branca, aveia preta e azevém (63 dias), e sorgo (49 dias). Nas plantas inoculadas sem ferimentos, os maiores PMS foram em azevém e soja (70 dias), aveia branca e aveia preta (49 dias), e sorgo (42 dias). Com base nesses resultados, o solo não é um nicho favorável para a sobrevivência de Psg, assim como a rizosfera das plantas avaliadas. O cultivo de aveia branca, aveia preta, azevém, cevada, girassol, milho, sorgo e trigo em rotação/sucessão à soja, em áreas com histórico de crestamento bacteriano não é recomendado. Nessas áreas, o indicado é o plantio de crotalária, feijão comum e nabo forrageiro para redução do inóculo bacteriano.
  • ItemDissertação de mestrado
    Eficácia, movimento superficial e atividade sistêmica dos fungicidas triazóis, triazolintiona, estrobilurinas e carboxamidas isolados no controle da ferrugem da soja
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-05) Gotardi, Guilherme Augusto [UNESP]; Sakate, Renate Krause; Kronka, Adriana Zanin; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A soja é a principal cultura plantada no Brasil, sendo o país o maior produtor mundial da cultura e responsável por cerca de 40% da produção mundial. Diversos fatores abióticos e bióticos podem afetar sua produção, sendo a ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a principal doença da cultura no Brasil. A falta de controle da doença pode levar a perdas de até 90% da produção e seu controle exige a adoção de diversas ferramentas. Entre elas está o controle químico, feito utilizando-se principalmente moléculas fungicidas dos grupos dos inibidores de quinona externa – estrobilurinas, inibidores da desmetilação – triazóis e triazolintiona, inibidores de succinato-desidrogenase – carboxamidas. Além da eficácia de cada molécula, o seu movimento na planta após a aplicação é de extrema importância para um bom controle da doença. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi analisar a eficácia, o movimento superficial e a sistemicidade das moléculas fungicidas tebuconazol, difenoconazol, ciproconazol, protioconazol, picoxistrobina, azoxistrobina, trifloxistrobina, piraclostrobina, benzovindiflupir, bixafen e fluxapiroxade aplicadas de forma isolada. Para estas avaliações, considerou-se o controle da doença após a aplicação dos fungicidas e inoculação do patógeno. Quando comparada à testemunha, as moléculas protioconazol, azoxistrobina, piraclostrobina e benzovindiflupir apresentaram as melhores porcentagens de controle da doença no ensaio de eficácia. Já em relação à movimentação superficial, as moléculas protioconazol, picoxistrobina, azoxistrobina e fluxapiroxade apresentaram as menores porcentagens de severidade da doença. No ensaio de translocação, as moléculas protioconazol, tebuconazol, ciproconazol e picoxistrobina apresentaram movimentação acropetal reduzindo a severidade da doença e controlando o patógeno.
  • ItemDissertação de mestrado
    Controle biológico de Alternaria dauci com Bacillus pumilus e Bacillus subtilis em sementes de cenoura
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-16) Riceto, Mariane Pereira; Kronka, Adriana Zanin; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A queima-das-folhas na cultura da cenoura pode ser causada por um complexo etiológico, entre os quais se destaca o fungo A. dauci. Este patógeno é transmitido por sementes infectadas, podendo reduzir a germinação e vigor, ressaltando a importância da utilização de sementes isentas deste fungo. O gênero Bacillus tem sido investigado pela sua habilidade de controlar fitopatógenos, característica concedida principalmente ao mecanismo de antibiose. Seu emprego possui o intuito de minimizar os efeitos negativos do uso de produtos químicos e aumentar a produção de alimentos de melhor qualidade, propiciando, assim, o desenvolvimento de uma agricultura alternativa e/ou sustentável. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo verificar a viabilidade do emprego das bactérias B. pumilus e B. subtilis como alternativa de controle de A. dauci em sementes de cenoura, avaliando a ação in vitro destas antagonistas sobre o patógeno e os efeitos de seu emprego no tratamento das sementes sobre a qualidade sanitária e fisiológica das sementes tratadas, e no desenvolvimento inicial das plântulas. Inicialmente, foi avaliado o efeito in vitro de B. subtilis (linhagem QST 713) e B. pumilus (linhagem QST 2808) sobre o A. dauci por meio do teste de pareamento em meio de cultura, em placas de Petri. Em seguida, sementes de cenoura cultivar Brasília foram tratadas com as espécies de Bacillus, para averiguar o efeito dos antagonistas in vivo. Sementes tratadas com fungicida à base de ditiocarbamato, sementes inoculadas não tratadas e sementes não inoculadas não tratadas compuseram os demais tratamentos. Após os tratamentos, as sementes foram avaliadas quanto à qualidade sanitária, pelo método do papel filtro, e ao potencial fisiológico pelos testes de primeira contagem de germinação (PCG - vigor) e germinação (G). Para avaliar o efeito dos tratamentos no desenvolvimento das plântulas, em casa-de-vegetação, foram avaliados o índice de velocidade de emergência (IVE), comprimento de raiz e de parte aérea, e massa fresca e seca de raiz e parte aérea. No teste in vitro, não houve diferença estatística entre os tratamentos para a formação do halo de inibição, mostrando que os isolados de B. subtilis e B. pumilus empregados têm pouco e/ou nenhum efeito antagonista contra A. dauci. O tratamento biológico com B. subtilis e B. pumilus diminuiu a incidência do patógeno nas sementes de cenoura. Com relação à qualidade fisiológica, B. subtilis não interferiu na germinação e vigor (PCG) das sementes, mas B. pumilus apresentou efeitos distintos sobre estas variáveis nos dois ensaios, interferindo negativamente na PCG e germinação no primeiro ensaio. O tratamento biológico das sementes não interferiu no desenvolvimento das plântulas nos experimentos em casa-de-vegetação. Os resultados indicam que B. subtilis tem potencial de emprego no manejo de A. dauci nas sementes de cenoura. Embora B. pumilus tenha sido eficiente na redução do patógeno nas sementes, os efeitos deste antagonista na germinação e vigor sugerem a necessidade de mais investigações para a sua recomendação na microbiolização de sementes de cenoura.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos de óleos essenciais sobre Lasioderma serricorne (Fabricius) (Coleoptera: Anobiidae)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-10) Baptista, Yago Alves; Baldin, Edson Luiz Lopes; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O besouro-do-fumo, Lasioderma serricorne (Fabricius) (Coleoptera: Anobiidae), é uma praga altamente polífaga e prejudicial que infesta diversos produtos armazenados, incluindo o tabaco. Seu controle é obtido principalmente por meio de aplicações de inseticidas sintéticos, cujos efeitos adversos ao meio ambiente e pressão de seleção têm sido amplamente discutidos. Dentre as opções de manejo alternativas ao método químico convencional, o uso de derivados botânicos configura-se como uma ferramenta eficiente e mais sustentável a longo prazo. Nesse sentido, o uso de óleos essenciais tem se destacado no manejo de artrópodes-praga dos armazéns. Os óleos essenciais de plantas têm sido considerados uma alternativa promissora ao manejo convencional de insetos-pragas. Os principais objetivos do presente estudo são introduzir novos compostos naturais ambientalmente seguros para o controle do besourinho do fumo, L. serricorne, além de retardar a seleção de resistência de populações de insetos-pragas. Por esse motivo, avaliamos os efeitos tóxicos e repelentes de óleos essenciais de duas espécies de Piperaceae separadamente e em uma mistura binária contra adultos de L. serricorne. Inicialmente, a atividade inseticida dos óleos essenciais separadamente foi avaliada. Em seguida, as concentrações necessárias para causar 50 e 90% de mortalidade na população de L. serricorne foram determinadas para ambos óleos essenciais. Em seguida, os tratamentos foram utilizados para determinar o tempo necessário para causar a mortalidade de 50% da população e verificar os efeitos repelentes em L. serricorne. Por fim, o efeito sinérgico da mistura binária entre os óleos também foi verificado. Os óleos essenciais separadamente de Piper aduncum e Piper marginatum, além de sua mistura binária foram os altamente tóxicos contra L. serricorne. As concentrações letais do óleo essencial de P. aduncum, necessárias para matar 50% e 90% das populações de L. serricorne, variaram entre 26,41 a 138,48 µL L -1 , respectivamente, enquanto que P. marginatum variou entre 15,64 a 48,90 µL L -1 . Todos os tratamentos agiram rapidamente e causaram mortalidade de 50% da população de L. serricorne em menos de 38 horas de exposição à fumigação. A mistura foi mais tóxica do que os óleos essenciais aplicados separadamente, o que indica a ocorrência de efeitos sinergistas. Além disso, o óleo essencial de P. aduncum foi repelente para L. serricorne. Os resultados indicaram que os óleos essenciais testados e sua mistura binária tem potencial para serem desenvolvidos como inseticidas e repelentes naturais para o controle de populações de L. serricorne, além de também poderem ser utilizados como alternativa para o manejo da resistência dessas populações.
  • ItemDissertação de mestrado
    Interação eletrostática: assistência de ar na deposição da pulverização e viabilidade de fungos entomopatogênicos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-09-30) Silva, Daniel Petreli da; Raetano, Carlos Gilberto; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A aplicação de produtos fitossanitários busca evoluir diante dos desafios no manejo de pragas, doenças e plantas daninhas na agricultura, com otimização no processo de aplicação para atingir alvos biológicos com maior precisão, melhorando a capacidade operacional dos equipamentos aplicadores e minimizando a contaminação do ambiente. Neste contexto há grande expectativa de os produtos biológicos avançarem como estratégia de manejo fitossanitário nas culturas agrícolas. Para isso se faz necessário o desenvolvimento ou aprimoramento de técnicas para aplicação dos produtos biológicos, pois os equipamentos aplicadores foram desenvolvidos para aplicação de produtos químicos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar um sistema de pulverização com adaptação de assistência de ar combinado com transferência de carga elétrica às gotas para avaliação da viabilidade de fungos entomopatogênicos na calda de pulverização sob três níveis de tensão elétrica, bem como avaliar a distribuição da pulverização em plantas de soja e o depósito da pulverização a campo nessa cultura. No experimento 1, desenvolveu-se um sistema eletrostático assistido por ar para avaliar de forma qualitativa a pulverização em alvos artificiais nas plantas de soja. No experimento 2 foi realizado a análise quantitativa da pulverização, por meio do corante marcador Azul Brilhante, em lavoura comercial de soja e utilizando o pulverizador automotriz Jacto, modelo Uniport 3030 EletroVortex para comparar a pulverização convencional (sem ar e carga elétrica) à pulverização assistida de ar associada à eletrostática em diferentes taxas de aplicação. Por fim, no experimento 3 foi avaliado o efeito da carga eletrostática gerada pelo sistema na viabilidade dos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana, Isaria fumosorosea e Metarhizium ansopliae. As gotas eletricamente carregadas quando associado à assistência de ar promoveu os mesmos depósitos com 50% do volume de aplicação quando se comparado com a pulverização convencional com 100 L ha-1. A transferência de carga elétrica às gotas da pulverização por indução indireta até 7.000 V não afetou esporulação de Metarhizium anisopliae e não afetou a germinação dos esporos de Metarhizium anisopliae, Beauveria bassiana e Isaria fumosorosea.
  • ItemDissertação de mestrado
    Variabilidade do vírus do mosaico da alface e comportamento de cultivares tolerantes de alface (Lactuca sativa L.)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 1997-02-21) Stangarlin, Olita Salati; Silva, Norberto da [UNESP]; Pavan, Marcelo Agenor; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Com objetivo de se estudar a variabilidade do vírus do mosaico da alface "Lettuce mosaic virus" - LMV nos plantios comerciais do Estado de São Paulo, 32 isolados obtidos em condições de campo foram inoculados na cultivar suscetível de alface Babá de verão. A recuperação de plântulas através de sementes das plantas infectadas garantiu a obtenção de isolados do LMV isentos de outros vírus que afetam a cultura. A caracterização e a confirmação do LMV foi feita por meio de hospedeiros diferenciais, propriedades físicas e microscopia eletrônica. A presença de sintomas em cultivares portadores de genes de tolerância ao LMV foi o indicativo que patótipos do vírus, diferentes do tipo comum (patótipo II), ocorrem em condições de campo em São Paulo. Visando identificar quais os patótipos presentes de acordo com o conceito de Pink et al. (1992b), isolados monolesionais obtidos por repetidas inoculações em Chenopodium amaranticolor e C. quinoa, foram inoculados em cultivares diferenciadoras internacionais de alface (Salinas, Gallega de Invierno, Malika, Calona, Salinas-88, Vanguard-75 e Ithaca). Constatou-se a presença dos patótipos II e III e na maioria dos casos do patótipo IV, para o qual não existe fonte de tolerância descrita em Lactuca sativa. Trinta e nove cultivares introduzidas e nacionais de alface foram simultaneamente e isoladamente testadas para a reação aos patótipos II e IV. A maioria das cultivares introduzidas da Europa, tolerantes ao LMV, bem como a cultivar Gallega de Invierno, utilizada como fonte original de tolerância no desenvolvimento dessas cultivares, foram assintomáticas para o patótipo II do LMV. As cultivares nacionais consideradas como tolerantes a este mesmo patótipo, foram suscetíveis (Brasil-303, Regina-440), variáveis (Brasil-48, Brasil-202, Karina, Elisa) ou unifornemente tolerantes (Aurea, Aurora, Glória, Floresta e Vanessa). Todas as cultivares testadas tanto nacionais como introduzidas foram suscetíveis ao patótipo IV.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação dos vírus causadores de mosaico em cultivares de alface (Lactuca sativa L.) resistentes ao vírus do mosaico da alface nas regiões produtoras do Estado de São Paulo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 1995-07-05) Stangarlin, Olita Salati; Pavan, Marcelo Agenor; Silva, Norberto da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A alface (Lactuca sativa) é uma espécie de domesticação antiga, cujos relatos são encontrados em pinturas de há 4500 A. C. no Egito e na Pérsia. Pertence ao gênero Lactuca, família Asteraceae, que inclui mais de cem espécies. A partir da alface selvagem, sucessivas seleções artificiais conduziram a obtenção de numerosas cultivares mais produtivas, adaptadas a diferentes condições e de melhor qualidade para consumo. A alface é entre as hortaliças folhosas a de maior importância econômica. Em 1990, foram comercializadas no Brasil 60.867 ton. de alface produzidos em 4026 ha (CAMARGO et al., 1993). O Estado de São Paulo participou com 45,6% do total, tendo sido comercializadas no CEAGESP aproximadamente 28.137,38 ton., provenientes das regiões de Ibiúna, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes e Salesópolis (SÃO PAULO, 1991). Como na alface o produto final para consumo são as folhas, estas precisam estar isentas de quaisquer tipos de lesões, tanto causadas por injúrias mecânicas como por doenças foliares. Entre as diferentes doenças, as viroses caracterizam-se como uma das mais importantes, podendo ser transmitidas por agentes vetores ou por sementes. As viroses, além de comprometerem a produção prejudicando o aspecto comercial, são de difícil controle através de produtos químicos que visam eliminar os insetos vetores. Os vírus relatados na literatura como causadores de sintomas de mosaico em alface são: Vírus do mosaico da alface (Lettuce mosaic virus - LMV), (JAGGER, 1921); Vírus do mosaico do picão (Bidens mosaic virus - BMV), (KITAJWA et al., 1961); Vírus do mosqueado da alface (Lettuce mottle vírus - LMoV), (KITAJIMA et al., 1980); Vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic vírus - CMV), (THOMSON & PROCTER, 1966); Vírus do mosqueado do picão (Bidens mottle virus - BiMoV), ( PURCIFULL et al., 1971) e Vírus do mosaico do nabo (Turnip mosaic virus - TuMV), (ZINK & DUFFUS, 1969). O Vírus do vira-cabeça do tomateiro (Brazilian tomato spotted wih virus - TSWV) também é causador de mosaico na espécie, mas geralmente é acompanhado de sintomas necróticos (COSTA & FORSTER, 1942). No Brasil, o vírus do mosaico da alface é o de maior importância, tendo sido relatado pela primeira vez por KRAMER et al. (1945). A resistência ao LMV foi encontrada, na Argentina, na cultivar Gallega de Invierno por von der PALEN & CRNKO (1965). MARROU (1969) demonstrou que plantas de alface da cultivar Gallega de Invierno quando inoculadas com o LMV permitiam a multiplicação do vírus, mas não apresentavam sintomas de mosaico. A herança da tolerância foi determinada como sendo devida a um par de genes recessivos (BANNEROT et al, 1969). Em 1968, o Instituto Agronômico de Campinas (I.A.C.) introduziu a cultivar Gallega de Invierno, utilizando-a como fonte de resistência ao LMV para obtenção das cultivares série Brasil (Brasil-48, Brasil-202, Brasil-221 e Brasil-303). Posteriormente, outras cultivares resistentes ao LMV foram desenvolvidas em outros programas de melhoramento no Brasil. Desses programas resultaram as cultivares Vivi, Regina, Áurea, Vanessa, Karina, Gloria, Elisa e Floresta, resultando na não constatação visual do mosaico da alface nas regiões produtoras. Em 1992, em visitas realizadas nas regiões produtoras de alface de Campinas, Mogi das Cruzes e Sorocaba durante a primavera e o verão, observou-se em torno de 70% de plantas de cultivares de alface resistentes ao LMV com sintomas de mosaico. O objetivo do presente trabalho foi identificar os vírus causadores de mosaico ocorrentes nas amostras de alface coletadas nas regiões produtoras do Estado de São Paulo.
  • ItemDissertação de mestrado
    Qualidade de sementes de plantas de soja infectadas com Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid. em estádios fenológicos reprodutivos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-28) Sanches, Ana Clara Nobre; Kronka, Adriana Zanin; Silva, Edvaldo Aparecido Amaral da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Macrophomina phaseolina infecta diversas espécies, entre elas a soja, produz microescleródios capazes de permanecer viáveis no solo por longos períodos, dificultando o controle desse patógeno após sua introdução na área. O fungo pode ser introduzido em novas áreas a partir de sementes obtidas de plantas infectadas, promovendo a invibialização de sementes e de plântulas, ou originando novas plantas infectadas. Deste modo, a produção das sementes de soja deve atender aos padrões de sanidade para garantir a qualidade das sementes produzidas. Para evitar a disseminação da doença na lavoura destinada à produção de sementes, é imprescindível realizar o manejo adequado ao estágio da planta evitando perdas de qualidade das sementes. Diante do exposto, a pesquisa realizada teve o objetivo de avaliar o efeito da infecção de M. phaseolina em plantas de soja em estádios reprodutivos para mensurar o impacto do patógeno nos componentes de produção, qualidade fisiológica e sanitária das sementes produzidas. O experimento foi realizado em três cultivares de soja (BMX-Potência, BS 2606 IPRO, M5947 IPRO), em casa de vegetação, entre novembro de 2018 a março de 2019. As plantas foram inoculadas nos estádios R5, R6 e R7 com discos de BDA colonizados com micélio de M. phaseolina presos à haste. Constatada a infecção, ao atingir o estádio R9, as sementes foram colhidas manualmente e avaliadas em laboratório. A sanidade foi avaliada pelo método de papel filtro. Para avaliar a qualidade fisiológica foram realizados os testes de germinação, vigor (primeira contagem de germinação - PCG, T50, crescimento de raiz e parte aérea) e foi avaliado o teor de água. As cultivares responderam de maneira diferente ao período da inoculação. Para a cultivar BMX-Potência, a inoculação não interferiu na produtividade, germinação, PCG, T50 e comprimento na raiz. Para essa cultivar, verificou-se menor comprimento da parte aérea quando as plantas foram inoculadas no estágio R7. Para a cultivar BS 2606 IPRO, não houve interferência na germinação e PCG, sendo os piores resultados de T50 e comprimentos de raiz e parte aérea obtidos com a inoculação em R7, sem diferir de R6. A menor produção para esta cultivar foi observada com a inoculação em R6, sem diferir de R7. Na cultivar M5947 IPRO, a inoculação em R6 resultou em menor porcentagem de germinação, seguida de R7. A inoculação não interferiu na produção e no vigor (PCG e T50) dessa cultivar, mas resultou menor comprimento de planta com a inoculação em R7, sendo que os estádios de inoculação não diferiram entre si. Quanto à sanidade das sementes, a inoculação em R6 resultou em maior incidência de M. phaseolina, seguida de R7. Os resultados evidenciam que a infecção de M. phaseolina nos estádios R6 e R7 compromete, em maior dimensão, a qualidade das sementes de soja produzidas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Suscetibilidade de populações de tripes a inseticidas e efeito da utilização de espinosina, piretroide e sulfoxamina em Caliothrips phaseoli (Hood) (Thysanoptera: Thripidae) na cultura da soja
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-07-30) Souza, Suyanne Araújo de [UNESP]; Oliveira, Regiane Cristina de; Silva, Oscar Arnaldo Batista Neto e; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Caliothrips phaseoli (Hood) (Thysanoptera: Thripidae) faz parte de um grupo de espécies de tripes que são conhecidas por sua capacidade de colonizar diversas plantas. Seu curto ciclo de vida, a severidade de seus danos devido ao hábito alimentar, bem como a capacidade de transmitir viroses os tornam sérias pragas. Apesar de ser considerada praga secundária na cultura da soja, C. phaseoli possui potencial de causar danos nessa cultura. O manejo desse inseto-praga é realizado quase que exclusivamente com inseticidas e, no Brasil, não há diversidade de ingredientes ativos registrados. Dessa forma, é essencial conhecer a suscetibilidade desta praga aos produtos comerciais e implementar programas de monitoramento. O estudo buscou traçar as curvas de suscetibilidade para os ingredientes ativos mais utilizados no controle de C. phaseoli e avaliar o efeito da aplicação dos inseticidas registrados para lagartas na flutuação populacional de C. phaseoli. No primeiro experimento, foram realizados testes de suscetibilidade em tripes adultos, e no segundo, ensaios em condições de campo, a fim de avaliar o efeito da aplicação de inseticidas e do estágio fenológico da soja na flutuação populacional dos tripes. Os ingredientes ativos acefato, acetamipride, cloridrato de formetanato, espinetoram, imidaclopride e lambda-cialotrina foram testados em duas populações. A suscetibilidade, entre as populações, variou quando utilizados alguns ingredientes ativos. Em campo, a pulverização de espinosina, piretroide e sulfoxamina reduziu a população de ninfas e de adultos até, em média, o décimo dia após aplicação. O pico populacional de adultos foi observado no estágio R1. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que foram realizados experimentos para avaliar a relação dos diferentes níveis de suscetibilidade entre as populações testadas em laboratório, o efeito da aplicação de inseticidas registrados para lagartas na supressão populacional e a influência do estágio fenológico da soja na ocorrência de picos populacionais de tripes.