Publicação: A expressão da cultura nobiliárquica nos livros de viagens medievais
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Data
2013-02-19
Autores
Orientador
França, Susani Silveira Lemos 

Coorientador
Pós-graduação
História - FCHS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
Após a guerra civil que depôs Pedro, o Cruel, e a ascensão de Enrique II de Trastâmara, o reino de Castela testemunhou intensas modificações nos quadros da aristocracia senhorial. A análise dos tempos de Enrique II até Enrique IV, passando pelo conturbado reinado de Juan II, demonstra o estabelecimento de uma nova nobreza, que pôs em cena novas práticas dentro das relações de poder do período. Entre essas novas práticas, as viagens e seu registro são fundamentais, de onde se explica o notável aparecimento de quatro livros de viagens na primeira metade do século XV. Contendo repertórios e itinerários distintos, como embaixadas, guerras marítimas e visitas ao Oriente onírico, estas obras chamam a atenção pelo fato de todas possuírem fidalgos de Castela e de Portugal como protagonistas. Nesse sentido, a presente pesquisa procurou pensar de que forma se deu a associação entre essa fidalguia e a viagem no período, buscando situar os viajantes na nova “nobreza de serviço”, assentada na gravitação em torno do rei e na busca por prestígio através da assistência na administração régia. Em suma, a análise das obras Embajada à Tamorlán, El Victorial, Andanças e Viajes de um hidalgo español e o Libro del Infante D. Pedro de Portugal tem como objetivo tentar entender de que forma a literatura de viagens pôde ser compreendida como uma expressão da cultura nobiliárquica imediatamente anterior à ascensão dos Reis Católicos
Resumo (inglês)
After the civil war that deposed Pedro the Cruel, and the rise of Henry II of Trastámara, the kingdom of Castile witnessed intense modifications in the charts of the manorial aristocracy. The analysis of the times of Henry II to Henry IV, passing through the troubled reign of Juan II, demonstrates the rise of a new nobility, structured in new practices within the power relations of the period. It is also remarkable the appearance of four travel books in the first half of the fifteenth century. Containing different repertoires and itineraries, as embassies, maritime wars and visits to the marvelous Orient these works call our attention to the fact that they all have noblemen of Castile and Portugal as protagonists. Therefore, the following research tried to think of how the nobility and the trip in that period are associated, attempting to situate the travelers in the new “service nobility”, characterized by the gravitation around the king and the search for prestige through assistance in the royal administration. To briefly summarize, the analysis of the works Embajada à Tamorlán, El Victorial, Andanças e Viajes de um hidalgo español and the Libro del Infante Don Pedro de Portugal, will contribute to understand how the travel literature can be understood as an expression of the nobility culture immediately preceding the ascension of the Catholic Kings
Descrição
Idioma
Português
Como citar
FALASCO, Rafael de Oliveira. A expressão da cultura nobiliárquica nos livros de viagens medievais. 2013. 103 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2013.