Território, cultura e regionalismo: aspectos geográficos em símbolos estaduais brasileiros

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2009-11-12

Autores

Berg, Tiago José [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Bandeiras e estandartes, escudos e brasões, hinos e canções não são simples composições artísticas e musicais idealizadas ao sabor dos caprichos e fantasias de poderosos reis, mandatários, governantes, países e regiões ao longo dos tempos. Ao contrário, esses símbolos refletem uma realidade histórica e, ao mesmo tempo, portam-se como uma crônica viva de um povo e de uma nação, sendo que nela também está embutido o espaço geográfico, suas influências e suas relações. Foi somente com a Constituição Republicana de 1891, que as províncias foram transformadas em Estados Federados e poderiam adotar de forma oficial, hinos, bandeiras e brasões, desde que não omitissem nesta hierarquia os símbolos nacionais; entretanto, o uso destes símbolos no Brasil já se fazia presente desde os primeiros séculos de colonização portuguesa. Ao se analisarem os símbolos estaduais brasileiros, encontram-se em suas estruturas semânticas e sintáticas fortes relações que envolvem representação da natureza, paisagem, lugar, economia, território e região. As conclusões deste trabalho apontam para o fato de que os hinos, as bandeiras e os brasões dos Estados brasileiros demonstram amplas possibilidades de pesquisa dentro da ciência geográfica, pois estes documentos simbólicos portam-se como “testemunhos” no espaçotempo, cujo caráter gráfico e narrativo revelou em suas múltiplas conexões com o geográfico uma nova perspectiva e possibilidade no que se refere à análise e desvendamento das formas culturais de representação espacial.
Flags and banners, shields and coats of arms, anthems and songs are not simply artistic and musical compositions which were created due to the vanity or fantasies of powerful kings, dukes, rulers, governors, countries and regions throughout time. Instead, those symbols reflect a historical reality and not only they stand as an alive chronicle of a people and a nation, but also they represent the geographical space, its influences and its relationships. It was only after the Republican Constitution of 1891 that the provinces were transformed into Federated States and they could officially adopt anthems, flags and coats of arms, as long as they didn't omit, in this hierarchy, the national symbols. However, these symbols had been already used in Brazil since the first centuries of Portuguese colonization. This analysis of the Brazilian States symbols, as well as their semantic and syntactic structures, aimed to demonstrate the strong connections involving the representation of the nature, landscape, places, economy, territory and regions. The conclusion of this dissertation shows that anthems, flags and the coats of arms of Brazilian States demonstrate wide research possibilities in the geographical science because these symbolic documents stand as “testimonies” in space and time, whose graphic and narrative character has revealed in its multiple connections with the geographical; a new perspective and possibility regarding the analysis and unveiling of the cultural forms of spatial representation.

Descrição

Palavras-chave

Geografia humana, Hinos nacionais, Bandeiras, Brasões, Geografia cultural, State symbols, Anthems, Flags, Coats of arms, Cultural geography

Como citar

BERG, Tiago José. Território, cultura e regionalismo: aspectos geográficos em símbolos estaduais brasileiros. 2009. 254 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2009.