Corroendo estruturas sociais através do ensino: contribuições do ensino de geografia para educação das relações raciais

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2018-11-08

Autores

Wenceslau, Lisie Tatiane de Lima [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

In the common sense, racism is still treated as a sporadic or personified manifestation, practiced by an individual of the group socialized/understood as white. It is often understood as synonym of prejudice and repeatedly declared as a sporadic practice by the defenders of racial democracy and by the portion of the society that doesn't acknowledge, doesn't qualify and doesn't denominate racism. When racism is seen from the perspective of domination, it leaves the condition of occasional practice and arises as concrete action, present in the daily spatial social relations, being constituted as structuring system of the modern society. Modernity here must be understood as a period that inaugurates a conscious project of domination by the European countries over the other territories spread around the globe. This research aims to comprehend in which way teachers can practice an anti-racism curriculum and present the Afro-Brazilian and African history and geography, if they carry negative representations of being black, if they have distorted geo-identities about black territories, if they are unaware of the stories of resistance and of the black fights. The data that substantiate this research result from the cycle of conferences: Racial Relations in Brazil Structures, Concepts and Debates in the school environment. The cycle of conferences aimed, based on decolonial theories, to present to teachers the concepts of race, racism, eurocentrism, modernity/racionality, and through those, understand how the representations brought by these teachers impact the production of teaching-learning sequences and projects that have as the main goal to extinguish racism as domination system
No senso comum o racismo é ainda tratado como uma manifestação pontual ou personificada, praticada por um indivíduo do grupo socializado/entendido como branco. É por vezes entendido como sinônimo de preconceito e reiteradamente declarado como prática pontual pelos defensores da democracia racial e pela parcela da sociedade que não reconhece, não qualifica e não denomina o racismo. Quando compreendemos o racismo sob a óptica da dominação, saí da condição de prática pontual e manifesta- se como ação concreta, presente no cotidiano das relações sociais espaciais, configurando-se como sistema estruturante da sociedade moderna. Modernidade aqui deve ser entendia como um período que inaugura um projeto consciente de dominação pelos países europeus sobre os demais territórios espalhados pelo globo. A presente pesquisa busca compreender de que maneira os professores podem praticar um currículo anti-racista, apresentar a história e geografia afro-brasileira e africana se carregam de um modo geral representações negativas sobre o ser negro, se possuem geo-identidades distorcidas sobre os territórios negros, se desconhecem as histórias de resistência e das lutas negras. Os dados que subsidiam esta pesquisa são resultado do ciclo de conferencias: Relações Raciais no Brasil Estruturas, Conceitos e Debates no Ambiente Escolar. O ciclo de conferencias buscava a luz das teorias decoloniais apresentar aos professores conceitos raça, racismo, eurocentrismo, modernidade / racionalidade e por meio destes compreender como as representações trazidas por estes professores afetam a produção de sequencias didáticas e projetos que tenham como objetivo primeiro a extinção do racismo como sistema de denominação

Descrição

Palavras-chave

Estrutura social, Educação, Geografia - Estudo e ensino, Relações raciais, Racismo, Brasil

Como citar

WENCESLAU, Lisie Tatiane de Lima. Corroendo estruturas sociais através do ensino: contribuições do ensino de geografia para educação das relações raciais. 2018. 51 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Geografia) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2018.