Programa de Residência em Fisioterapia

URI Permanente para esta coleção

https://hdl.handle.net/11449/244236

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Adesão e satisfação do telemonitoramento no contexto pandêmico do covid-19 em indivíduos com esclerose múltipla
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-04) Furuta, Débora Toshimi; Carvalho, Augusto Cesinando de [UNESP]; Leoci. Isabella Cristina
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune do sistema nervoso central, aumentando o risco de infecções, especialmente durante a pandemia de COVID-19. O tratamento tradicional envolve imunossupressores e fisioterapia. O telemonitoramento emergiu como uma alternativa viável durante o isolamento social, permitindo a continuidade do tratamento com baixo custo e acessibilidade. A adesão aos exercícios é desafiadora para pacientes com EM, mas sua avaliação é crucial para melhorar o suporte nesse contexto. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência, adesão e satisfação dos pacientes com esclerose múltipla, ao telemonitoramento. Métodos: Trata-se de um estudo clínico longitudinal, foram incluídos aqueles que responderam e aceitaram o convite de participação. Receberam via aplicativo de mensagem, três vídeos, cada um, contendo 5 exercícios, a serem realizados 5 vezes por semana. Assim, foi verificada a frequência e adesão ao tratamento, considerando como adequado entre 80% a 85%. Ao final foi aplicado um questionário com oito questões, para avaliação da satisfação ao telemonitoramento. Resultados: A amostra foi de oito pacientes, sendo seis mulheres e dois homens, com idade média de 47±8,6 anos. Todos os participantes apresentavam aplicativo de mensagem próprio. A frequência de exercícios média foi de 3,28±2,38 dias. A adesão do total foi de 61,67±45,18% na primeira e 63,33± 47,54% na última semana, distribuídos por gênero foram 38,89±55% para o masculino e 74,44±43,77% para o feminino. A satisfação com o telemonitoramento foi 75%, porém 100% relataram que o atendimento presencial é melhor. Conclusão: O telemonitoramento possibilitou resultados favoráveis a frequência e adesão aos exercícios, sobretudo entre o sexo feminino. Mas embora seja uma boa técnica alternativa, não é possível substituir o atendimento presencial em sua totalidade
Eficácia do fortalecimento muscular no pós-operatório precoce de artroplastia total de joelho: revisão sistemática com meta-análise
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-01-02) Leite, Alany Gabrielli; Cavina, Allysiê Priscilla de Souza [UNESP]
A artroplastia total do joelho (ATJ) trata-se de uma intervenção cirúrgica, na qual ocorre a substituição da articulação afetada por uma prótese. A fisioterapia é fundamental na reabilitação após ATJ, podendo diminuir o tempo de internação hospitalar, reduzir os sintomas e possibilitar a melhora da função do joelho. O objetivo foi analisar os efeitos do fortalecimento muscular na força, funcionalidade e dor de indivíduos com ATJ no período pós-operatório precoce. Os estudos foram selecionados por meio de seis bases de dados (Pubmed, PEDro, LILACS, EMBASE, CINAHL e Cochrane Library), utilizando os termos e palavras chave com Arthroplasties, Knee Replacement, Physiotherapy, Exercise, Rehabilitation e Postoperative. Todos os estudos incluídos foram avaliados quanto à qualidade metodológica, utilizando a Escala PEDro. Somente ensaios clínicos randomizados que envolveram ATJ unilateral primária no pós-operatório precoce foram incluídos nesta revisão. Todas as meta-análises foram conduzidas por meio do software Review Manager – RevMan e descritos como diferenças médias padronizadas (standardized mean difference - SMD) com intervalos de confiança de 95% (IC). Nove estudos foram escolhidos para revisão do texto completo. Os principais achados deste estudo demonstraram que o fortalecimento muscular, quando confrontado com as condições de comparação, foi eficaz apenas para a variável força muscular demonstrando melhora na função geral (dois estudos, n=155; MD=-1,39, 95% IC [-2,58, -0,19]; p=0,02; I²=96%). Já para as demais análises não foram observadas diferenças significantes. Os achados do presente estudo demonstram que o fortalecimento muscular, quando iniciado principalmente no PO precoce de ATJ, é melhor que as condições de comparação na força muscular do joelho.
A influência da composição corporal na funcionalidade de mulheres idosas ativas
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 0024-02-01) Santos, Driely Stephany Pedroso; Vanderlei, Franciele Marques [UNESP]
Introdução: à medida que são registrados dados sobre o envelhecimento, também são observados o aumento de doenças crônicas não transmissíveis e alterações na composição corporal nos idosos que contribuem em quadros de maior vulnerabilidade. Alterações como redução da massa magra e aumento do percentual de gordura impactam diretamente na redução de massa muscular e óssea. Neste contexto, investigar se o percentual de gordura apresenta uma relação inversa com a funcionalidade e a massa magra uma relação direta em mulheres idosas ativas é importante para estabelecer o impacto dessas alterações na funcionalidade. Objetivo: analisar a influência da composição corporal (gordura e massa magra) na funcionalidade de mulheres idosas ativas. Métodos: trata-se de um estudo observacional transversal onde foram avaliadas 48 mulheres idosas com idade igual ou superior a 60 anos. O estudo foi realizado em duas fases, onde na primeira fase foi realizada a caracterização da amostra com avaliações antropométricas para calcular o IMC e testes clínicos para avaliar as variáveis de performance física, equilíbrio funcional e força de preensão palmar. Na segunda fase foi realizada a avaliação da composição corporal utilizando a absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA). Para a caracterização da amostra e desfechos foram apresentados em média, desvio padrão, número absoluto e porcentagem. Para avaliar a normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. A avaliação das relações das variáveis foi realizada por meio do teste de correlação de Pearson ou Spearman de acordo com a normalidade. O nível de significância utilizado foi de p<0,05. Resultados: foram encontradas relações positivas e significantes (p<0,05) entre o percentual de gordura com o tempo de execução do teste sentar e levantar 5 vezes e TUG, e o total de massa magra com a dinamometria manual. Ainda, foi notada relações negativas e significantes entre o percentual de gordura com a dinamometria manual (p<0,05). Conclusão: conclui-se que o percentual de gordura apresentou uma relação inversa com a funcionalidade (sentar e levantar e TUG) e a massa magra uma relação direta (força de preensão palmar) em mulheres idosas ativas.
Ângulo de fase e desfechos clínicos de pacientes hospitalizados com covid-19: um estudo observacional transversal
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-05) Suzuki, Natalia Narumi Voltareli; Ramos, Ercy Mara Cipulo [UNESP]; Pozo, Karina Marcela Morro
A COVID-19 é uma doença respiratória com grandes processos pró-inflamatórios, podendo levar a complicações como desconforto respiratório agudo, sepse, falência de órgãos e óbito. Além dos fatores de risco para gravidade e mortalidade na doença como a idade avançada, sexo masculino, obesidade e comorbidades, a análise do Ângulo de Fase (AngF) pode ser utilizada para avaliar a integridade celular e o estado dos processos inflamatórios. Dessa forma, o AngF representa um potencial preditor de complicações e risco de morte, além de desfechos clínicos ruins, como tempo de internação (Ti). Visto que os indivíduos com COVID-19 desenvolvem uma resposta inflamatória importante, o AngF pode estar comprometido. Dessa forma, analisar e entender a relação entre o AngF e os desfechos clínicos como saída hospitalar (alta ou óbito) e Ti, sobretudo em indivíduos hospitalizados, pode gerar informações que auxiliem em estratégias de monitoramento apropriado e de tratamento para a doença. Hipotetiza-se que quanto menor o AngF, maior é a prevalência de mortes e maior é o Ti de pacientes hospitalizados com COVID-19. O objetivo primário do presente estudo foi descrever, correlacionar e associar os valores de AngF aos desfechos clínicos como saída hospitalar e Ti de indivíduos hospitalizados com COVID-19. O objetivo secundário foi comparar os valores de AngF e desfechos clínicos entre indivíduos hospitalizados devido ao diagnóstico de COVID-19 (Grupo 1 – G1) e indivíduos hospitalizados por outros motivos e que adquiriram COVID-19 durante a hospitalização (Grupo 2 – G2). Foram incluídos indivíduos hospitalizados com COVID-19 com idade igual ou superior a 18 anos. A avaliação foi realizada em até 24 horas após a admissão hospitalar no G1, ou em até 24 horas após resultado positivo para COVID-19 no G2. A análise do AngF foi realizada por meio da bioimpedância elétrica (BIA). Os desfechos clínicos de saída hospitalar e Ti foram coletados através de acompanhamento via prontuário médico até o término da hospitalização. A normalidade dos dados foi verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Os dados foram expressos como frequência absoluta e relativa, média ± desvio padrão ou mediana [intervalo interquartílico 25-75%], de acordo com a distribuição dos dados. A análise intergrupos foi realizada por meio do teste t de Student quando dados paramétricos ou o teste de Mann–Whitney quando dados não-paramétricos. Para análise de comparação de variáveis categóricas foi utilizado teste qui-quadrado. Para o estudo da correlação foi utilizada a correlação de Pearson para variáveis paramétricas e o coeficiente de Spearman para variáveis não-paramétricas. Para todas as análises estatísticas foi aceita significância de p<0,05. Quarenta indivíduos com COVID-19 foram incluídos nas análises, (65±18 anos, 22 mulheres, 18 homens). Não houve associações estatisticamente significantes nas variáveis de AngF e desfechos clínicos. Foi observada diferença estatística entre G1 e G2 nas variáveis de Ti (p=0,001) e Ti prolongada (maior que 15 dias) (p=0,033). Conclui-se que não houve associação entre AngF e desfechos clínicos em indivíduos hospitalizados com COVID-19. Indivíduos que adquiriram COVID-19 durante a internação permaneceram maior tempo hospitalizados que aqueles hospitalizados devido ao diagnóstico de COVID-19.
Efeitos do treinamento resistido sobre a performance em atletas de natação: revisão de literatura
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-01-31) Ruiz, Maria Eduarda; Vanderlei, Franciele Marques [UNESP]; Não Há
Introdução: A natação é um esporte que associa e necessita da coordenação dos membros superiores e inferiores para garantir que o corpo tenha o melhor desempenho na água. Além de ser altamente competitivo em que apenas uma pequena diferença de tempo pode influenciar nos resultados nas provas, especialmente nas provas de velocidade. Na literatura tem-se discutido sobre o que melhora o desempenho do atleta, pensando em melhorar-se o tempo. Evidências mostraram que a força muscular apresenta alta correlação com a velocidade de nado. Objetivo: averiguar por meio de uma revisão na literatura o efeito do treinamento resistido na performance de atletas da natação. Métodos: uma pesquisa dos artigos nas bases de dados da Medline via Pubmed, PEDro e The Cochrane Library. Para serem incluídos neste trabalho os artigos deveriam conter: atletas praticantes de natação, ambos os sexos, estudos publicados em língua portuguesa e língua inglesa, uso de treinamento resistido em MMSS em qualquer fase do treino. Para ser considerados excluídos deste trabalho: uso de outro tipo de treinamento para os atletas que não fosse de carácter resistido. Resultados: foram encontrados 65 artigos com possibilidades de inclusão para a presente revisão de literatura, foram selecionados 4 (quatro) artigos. Conclusão: a revisão da literatura observou que a especificidade do treinamento é crucial para alcançar melhorias significativas. A inclusão estratégica de programas de treinamento resistido em terra firme, adaptados à biomecânica da natação, emerge como uma abordagem promissora para otimizar a força muscular e cinemática em nadadores competitivos.

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