Dissertações - Medicina (mestrado profissional) - FMB

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    Acurácia diagnóstica e persistência de saos em crianças por meio do uso da inteligência artificial
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-16) Braga, Alexandre Palaro; Fonseca, Cátia Regina Branco da [UNESP]; Weber, Silke Anna Theresa [UNESP]
    Introdução: A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) caracterizase por episódios de obstrução das vias aéreas superiores, com repercussões sistêmicas, como alterações craniofaciais, cardiovasculares, metabólicas e neurocognitivas. O diagnóstico é confirmado pela polissonografia (PSG), disponível em poucos centros. A inteligência artificial (IA), tem sido utilizada na medicina, facilitando classificação e prognóstico de doenças, possibilitando avaliar associações não encontradas com a metodologia científica tradicional. Hipotetizamos que a IA possa auxiliar no reconhecimento de SAOS moderada-grave e/ou persistência de SAOS após a adenotonsilectomia, a partir da idade, peso, OSA-18 e sonoendoscopia. Objetivos: Avaliar a acurácia diagnóstica do conjunto de dados do OSA-18, idade, z-score peso/idade e de exame de sonoendoscopia para o diagnóstico de SAOS moderada-grave, e de persistência de SAOS em crianças, por meio de IA. Metodologia: Foram incluídos os dados do OSA-18, idade, escore-Z peso/idade, PSG e sonoendoscopia de 95 crianças de 4 a 9 anos, que realizaram PSG para diagnóstico e tratamento de SAOS no HCFMB no período de 2015 a 2021. Crianças com dados incompletos, neuropatas ou sindrômicas foram excluídas. Utilizando IA, com prendizado de máquina, foi avaliada a acurácia diagnóstica para SAOS normal-leve e moderadagrave em duas etapas, sendo: 1. a partir de dados do OSA-18, idade, peso e de sonoendoscopia pré-operatórios; 2. pelo conjunto dos mesmos dados, porém após adenotonsilectomia, avaliando a acurácia para a persistência de SAOS. Resultados: Os resultados mostraram elevada acurácia (93%) para o diagnóstico pré-operatório de Saos, quando utilizados dados do OSA-18, idade e z-score peso/idade, refletindo elevada sensibilidade, 100% em SAOS normal-leve e 88% em Saos moderado-grave, além de elevada especificidade, 88% e 100%, respectivamente. Já os dados de sono-endoscopia para diagnóstico mostraram redução de acurácia, inviabilizando sua execução. No entanto, para avaliar a persistência de Saos em crianças, a sono-endoscopia mostrou-se melhor que o questionário OSA-18, levando a uma acurácia de 79%, ante 75% combinando-se OSA-18, idade e peso. Conclusão: a utilização de IA com aprendizado de máquina mostrou-se eficaz no diagnóstico e seguimento de Saos, podendo contribuir para a substituição ou melhor indicação de PSG.
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    Análise dos procedimentos utilizados na correção das estenoses traqueais adquiridas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-07-29) Aguiar, Ivana Teixeira de; Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: As estenoses traqueais adquiridas são principalmente decorrentes de intubação endotraqueal prolongada. Existem vários procedimentos utilizados para a correção das estenoses e essa escolha deve ser individualizada para cada paciente, de acordo com suas características clínicas e da estenose. Objetivos: Avaliar a forma de apresentação, evolução e procedimentos utilizados para a correção das estenoses traqueais adquiridas no Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e avaliar a efetividade do protocolo de atendimento e tratamento desses pacientes com base na experiência do serviço. Métodos: Estudo observacional retrospectivo (série de casos), pela análise de prontuários. Foram avaliadas características demográficas e clínicas dos pacientes, características anatômicas da estenose e particularidades dos tratamentos realizados, bem como os desfechos favorável e desfavorável. Resultados: Foram avaliados 90 pacientes. A maioria era do sexo masculino (70%), com uma média de idade de 31 (± 15,9) anos. A intubação prolongada foi a etiologia em 94,4% dos casos. A queixa principal em 62 pacientes foi a dispneia. Mais da metade dos pacientes já foi encaminhada com traqueostomia. Dez dos pacientes eram de Botucatu, 18 de regiões próximas e os demais de outras regiões de saúde e de outros estados. Quarenta e seis pacientes foram submetidos a cirurgia e quinze necessitaram de tratamento endoscópico posteriormente para resolução de complicações. Foram observadas 19 complicações: reestenoses (10), paralisia de pregas vocais (2), estenose de laringe (2), insuficiência respiratória (2), traqueomalácia (1), fístula traqueocutânea (1) e síndrome medular completa (1). O desfecho foi favorável em 91,3% dos pacientes e 8,7% tiveram desfecho desfavorável. No grupo endoscópico, foram 44 pacientes, sendo 42 deles submetidos à dilatação traqueal, com aplicação de mitomicina em 21. Trinta e três pacientes utilizaram órtese, foram 27 tubos T de Montgomery, 5 cânulas de traqueostomia, 2 órteses de Dumon e 1 tubo em Y. Nesse grupo, 27 (61,4%) dos pacientes tiveram desfecho favorável e 17 (38,6%), desfavorável. Conclusão: O tratamento cirúrgico é a melhor opção para estenose traqueal quando comparado ao tratamento endoscópico. O protocolo de atendimento do serviço se mostrou satisfatório com dados de resolução da condição semelhantes aos da literatura. Dessa forma, reforçamos o seguimento do algoritmo, já utilizado no serviço, para obtenção de resultados satisfatórios.
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    O papel do balanço hídrico no prognóstico de pacientes com COVID-19 e injúria renal aguda grave
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-02) Yokota, Laís Gabriela [UNESP]; Ponce, Daniela [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O balanço hídrico (BH) foi um fator identificado em vários estudos como variável independente para óbito em pacientes com Injúria Renal Aguda (IRA) em unidade de terapia intensiva (UTI). São escassos os estudos que avaliam a relação entre a sobrecarga de fluidos e a mortalidade na população com COVID-19 e IRA graves. Objetivos: Investigar, dentre outras variáveis, a associ-ação entre BH/Fluid Overload (FO) e mortalidade nos pacientes COVID-19 e IRA grave internados em UTIs do HC-FMB. Pacientes e Método: Estudo retrospectivo e prospectivo observacional do tipo coorte incluindo pacientes admitidos com diagnós-tico de COVID-19 e IRA grave em UTIs do HC-FMB (UNESP) de 01 de abril de 2020 a 01 de julho de 2021. Foram excluídos os pacientes sem controle de diurese ou pelo menos dois exames de creatinina durante a internação, pacientes com doença renal crônica (DRC) avançada (ClCr < 30), transplantados, gestantes e menores de 18 anos. Foram coletados dados demográficos, clínicos e laboratoriais durante a in-ternação. O diagnóstico de IRA foi realizado de acordo com os critérios do KDIGO 2012. Tanto o BH quanto o FO foram calculados levando-se em conta os perío-dos: internação total em UTI, admissão até início de suporte renal agudo (SRA) e início até o 14.o dia de internação em UTI, de IRA e de SRA. Assim, por ter sido calculado em períodos, o balanço hídrico foi denominado acumulado (BHA). Não foram consideradas as perdas insensíveis. Foi então estabelecido como variável dependente a ocorrência de óbito. Foi utilizado o Teste do Qui-Quadrado para comparação de variáveis cate-góricas e o Teste t de Student ou Mann Whitney para a comparação de variáveis contínuas, de acordo com a distribuição de normalidade. Foi considerado p≤0,05. É apresentada curva ROC com melhor valor de cut-off para BH e FO associados a mortalidade. Após, foi realizada a análise multivariada de regressão logística com cálculos de Odds Ratio (OR), sendo incluídas no modelo as variáveis não colinea-res que mostraram associação com o desfecho, com p≤0,05. Resultados: A maio-ria dos pacientes internados com COVID-19 e IRA grave era idosa, do sexo masculi-no e de etnia branca. As comorbidades mais frequentes foram hipertensão, obesida-de e diabetes. A IRA KDIGO 3 foi a mais frequente, seguida de DRC + IRA sobreposta, IRA KDIGO 2 e, por último, 1. A modalidade de hemodiálise mais utilizada foi a convencional inter-mitente seguida da prolongada e, então, contínua. A mortalidade foi de 83,9% e 67,3% dos pacientes apresentaram tempestade de citocinas. Os valores de BH e FO foram elevados e aumentaram no decorrer da internação. Houve diferença entre os pacientes que evoluíram a óbito e os sobreviventes quanto a idade, tempo de internação hospita-lar, de UTI, de VM e entre internação hospitalar e início de SRA; relações PaO2/FiO2, creatinina basal, scores prognósticos, presença de tempestade de cito-cinas, modalidade de SRA, uso bloqueadores neuromusculares, iECA/BRA e de corticoide; bem como maiores BHA e FO em diversos momentos da internação. O melhor valor de cut-off correlacionado ao óbito na curva ROC foi de 7993,50ml para BHA e 10,38% para FO, do diagnóstico ao D14 de IRA. À regressão logística, man-tiveram-se associados ao óbito: a creatinina basal, relação PaO2 / FiO2 no início do SRA, score APACHE, BHA e FO do diagnóstico ao D14 de IRA. Conclusão: A mor-talidade de pacientes críticos com COVID e IRA graves é elevada, o BHA e FO au-mentaram no decorrer do tempo e foram variáveis associadas ao óbito: creatinina basal, relação PaO2 / FiO2 no início do SRA, score APACHE, BHA e FO do diagnós-tico ao D14 de IRA. O melhor valor de cut-off correlacionado ao óbito foi de 7993,50ml para BHA e 10,38% para FO, do diagnóstico ao D14 de IRA.
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    Prevalência das cardiopatias congênitas em crianças e adolescentes com Síndrome de Down acompanhados em serviço de referência de cardiologia pediátrica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-07-20) Castropil, Yuri; Bonatto, Rossano Cesar [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    INTRODUÇÃO: A Síndrome de Down (SD) é uma síndrome genética com alta prevalência mundial. Os pacientes com esta condição apresentam peculiaridades clínicas, incluindo a associação com inúmeras comorbidades que requerem maior atenção e cuidado na assistência médica. Dentre elas, as Cardiopatias Congênitas (CC) destacam-se na população com SD, tanto pela alta prevalência (40- 65%), quanto por sua influência na qualidade e expectativa de vida desta população. OBJETIVOS: Identificar a prevalência das diferentes CC na população de SD atendida em ambulatório de cardiologia pediátrica e analisar possíveis fatores relacionados ao prognóstico. METODOLOGIA: Trata-se de estudo clínico observacional de corte transversal retrospectivo. Foram coletados dados de crianças e adolescentes com SD acompanhados em ambulatório de cardiologia pediátrica no período de 01 de janeiro de 1996 a 31 de dezembro de 2020, por meio da utilização de banco de dados da disciplina de Cardiologia Pediátrica. Os dados coletados dos prontuários dos pacientes foram compilados em planilha eletrônica para análise estatística. Não houve critérios de exclusão, considerando que foram incluídos apenas pacientes com diagnóstico síndrômico exclusivo de SD com CC diagnosticadas em ecocardiografia. RESULTADOS: Analisamos 154 pacientes, 75 do sexo masculino e 79 feminino, com diferença estatística quanto à idade, peso e comprimento na admissão sendo menores no sexo feminino. O peso no momento cirúrgico apresentou associação com a mortalidade, sendo menor nos pacientes que evoluíram para óbito. O Defeito do septo atrioventricular (DSAV) total foi a cardiopatia mais prevalente e a única que apresentou associação estatística com mortalidade. CONCLUSÃO: A CC mais frequente foi o DSAV, em acordo com os principais dados de literatura, seguida da persistência do canal arterial (PCA). O DSAV total e o menor peso cirúrgico tiveram associação com maior mortalidade. Não ocorreu associação das demais comorbidades e condições com o desfecho óbito.
  • ItemDissertação de mestrado
    Coorte de recém-nascidos expostos ao risco infeccioso: avaliação de um novo protocolo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-16) Pereira, Kissila da Silva; Bentlin, Maria Regina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Muitos recém-nascidos expostos a fatores de risco materno, mesmo assintomáticos, recebem antibióticos inadvertidamente nos primeiros dias de vida. Objetivos: Avaliar a implantação do protocolo de sepse precoce (SP) em recém-nascidos (RN) com idade gestacional (IG)  35 semanas, peso de nascimento (PN)  2.000g, expostos à risco infeccioso, assintomático, admitidos no Alojamento Conjunto (AC) do HCFMB UNESP logo após o nascimento e investigar: quantos evoluíram para sepse e quantos permaneceram assintomáticos, sem coleta de exames e sem antibióticos. Métodos: Estudo de coorte prospectiva realizado no AC- HCFMB, entre julho de 2021 a julho de 2022. Foram incluídos, todos os RN, com IG  35 semanas, PN ≥ 2000g, com fatores de risco de risco para SP, assintomáticos ao nascer internados no AC- HCFMB. Amostra foi constituída de todos que preencheram critérios de inclusão, 172 RN. Foram estudadas variáveis maternas, do parto e neonatais. Desfecho primário: sepse precoce. Sepse precoce foi definida como alterações clínicas, laboratoriais, com ou sem isolamento do agente, nas primeiras 72 horas de vida. Delineamento: Os RN incluídos foram submetidos ao protocolo com avaliação clínica sistematizada e seriada sem coleta de exames, exceto no caso de sinais e sintomas não explicados, múltiplos ou persistentes. Se diagnosticados com sepse, eles eram transferidos para a Unidade Neonatal e iniciado terapia antimicrobiana. Estatística: descritiva com tabelas de frequência e associação. Resultados: No período estudado, foram internados no AC 1795RN e destes 172 foram incluídos. Apenas 4RN (2,4%) foram investigados para sepse. Não houve nenhum caso de sepse e nenhum RN recebeu antibióticos. 60% dos RN apresentaram alguma sintomatologia, que em mais de 80% dos casos foi a hipotermia ambiental, de forma isolada. Conclusão: o protocolo de sepse precoce, com manejo conservador, se mostrou seguro, contribuindo para redução da coleta de exames laboratoriais e do uso de antibióticos, sem impacto negativo no diagnóstico de sepse e na alta hospitalar.
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    Caracterização da traqueostomia na população pediátrica para desenvolvimento de protocolo de seguimento clínico e decanulação
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-07) Santana, Renato Battistel; Tagliarini, Jose Vicente [UNESP]; Weber, Silke Anna Theresa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A traqueostomia na população pediátrica é procedimento de alta morbimortalidade quando comparado à população adulta. Protocolos baseados em evidências devem ser estabelecidos para diminuir a morbimortalidade associada e aumentar a taxa de decanulação. Objetivo: Realizar caracterização da população pediátrica submetida à traqueostomia e a partir desses dados realizar protocolo de seguimento clínico e decanulação baseado em evidências da literatura. Método: Trata-se de estudo observacional e retrospectivo de 111 crianças menores de 18 anos de idade que foram submetidas à traqueostomia em hospital terciário por período de 9 anos. Levantou-se dados de prontuário médico a respeito de perfil epidemiológico, indicações e comorbidades mais prevalentes e principais desfechos, como, por exemplo, complicações, mortalidade e decanulação. Resultados: A idade mediana da população estudada foi de 2 anos e 2 meses. A principal indicação de traqueostomia foi a intubação por tempo prolongado (63%). A principal comorbidade relacionada foi a epilepsia (34%). Como principal complicação, a formação de rolha ocorreu em 10,8 % dos pacientes até os primeiros 7 dias após cirurgia e em 19,8% das crianças após o sétimo pós operatório. A mortalidade da amostra foi de 48,1% e a o índice de decanulação foi de 11,7%. Conclusão: A ausência de protocolos de seguimento hospitalar e ambulatorial, a alta mortalidade e presença de múltiplas comorbidades são fatores que podem ter contribuído para a baixa taxa de decanulação.
  • ItemDissertação de mestrado
    Proposição de um protocolo de avaliação pulmonar por ultrassonografia em pacientes pediátricos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-13) Portasio, Luciana Gomes; Bonatto, Rossano César [UNESP]; Campos, Fábio Joly [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo deste estudo é desenvolver um protocolo de avaliação de imagens ultrassonográficas pulmonares, utilizando a técnica point-of-care ultrasound (POCUS), a fim de padronizar a avaliação do tórax de pacientes pediátricos. Para alcançar esse objetivo, realizou-se uma revisão qualitativa da literatura em ultrassonografia pulmonar na pediatria publicada nos últimos dez anos, abrangendo as principais causas de insuficiência respiratória aguda na infância. A implementação deste protocolo irá melhorar o manejo clínico dos pacientes pediátricos e permitirá comparação entre novos estudos na área.
  • ItemDissertação de mestrado
    Corpo estranho em árvore traqueobrônquica: Análise clínica e radiológica de todos os casos em quarenta e cinco anos de história.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-01) Furlan, Isadora Rubira; Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]; Cataneo, Antonio José Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    INTRODUÇÃO: A aspiração de corpo estranho (CE) é um problema de saúde que acomete todo o mundo. Agudamente leva ao risco de asfixia, e cronicamente pode levar a lesões irreversíveis nos pulmões. OBJETIVOS: Analisar os casos de aspiração de CE nos últimos 45 anos, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - HCFMB, demonstrando sua apresentação clínica, características radiológicas, método de extração, complicações e necessidade de intervenção cirúrgica. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e documental de pacientes diagnosticados com aspiração de corpo estranho através da análise de fichas catalogadas em arquivo do acervo da disciplina de Cirurgia Torácica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, no período de 1976 a 2021. RESULTADOS: Foram atendidos no serviço de cirurgia torácica 227 pacientes suspeitos ou vítima de aspiração de corpo estranho, sendo todos catalogados no acervo da disciplina de Cirurgia Torácica da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. A mediana da idade foi de 3 anos, com primeiro quartil de 1 ano e terceiro quartil de 10 anos. A história foi compatível com aspiração de CE em 82% dos casos e 18% não apresentavam história que pudesse levar a suspeita. Noventa e dois por cento foram submetidos à broncoscopia rígida, 3,5% submetidos a broncoscopia flexível, 1,3% a laringoscopias diretas e 3,2% eliminaram o CE expontaneamente. A sensibilidade dos achados clínicos foi de 97%, especificidade de 5%, com acurácia de 79%. Dos achados radiológicos, sensibilidade 99%, especificidade de 17,5%, acurácia de 84,5%. Dez paciente necessitaram de cirurgia (4,4%) e 79 desenvolveram complicações (34,8%). CONCLUSÃO: Toda suspeita de CE deve ser investigada mesmo com exame negativo. Muitos CE permanecem na arvore brônquica o tempo suficiente para que ocorram complicações graves, podendo culminar com destruição pulmonar. A maioria dos CE são radiotransparentes e constituídos na sua maior parte por grãos ou sementes. A maioria dos CE são retirados por endoscopia. Poucos são os casos que necessitam de cirurgia devido a complicações pela permanência prolongada do CE ou pela dificuldade na sua retirada. A retirada do CE deve ser indicada o mais cedo possível para evitar as complicações.
  • ItemDissertação de mestrado
    Descontinuação do suporte renal agudo em pacientes com lesão renal aguda: estudo de coorte para identificação de preditores de sucesso e de seu impacto na morbimortalidade
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-25) Kitawara, Koody Andre Hassemi [UNESP]; Ponce, Daniela [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Dada a importância clínica da lesão renal aguda (LRA) no contexto intra-hospitalar várias estratégias terapêuticas como o suporte renal agudo (SRA) têm sido testadas, utilizadas e estudadas. Poucos estudos apresentam critérios consensuais, utilizados na prática clínica, acerca do momento ideal para a interrupção do SRA nos pacientes com LRA em resolução. Objetivos: O projeto teve como objetivo analisar, retrospectivamente, critérios utilizados em nosso serviço para interrupção do SRA em pacientes com LRA em resolução e identificação de preditores de sucesso para descontinuação do processo dialítico, com posterior elaboração de protocolo/fluxograma clínico para uniformizar as tomadas de decisões dos médicos nefrologistas. Após a divulgação e aplicação do protocolo, objetivou-se avaliar prospectivamente o sucesso da descontinuação da terapia de SRA e compará-lo com o controle histórico. Metodologia: Estudo dividido em dois subprojetos: o primeiro um estudo retrospectivo longitudinal no qual foram analisados pacientes com LRA grave, compreendidos no período de janeiro de 2011 a junho de 2020, que tiveram o SRA cessado durante a internação hospitalar. O sucesso da descontinuação foi definido como a não necessidade de retornar o tratamento dialítico em 10 dias após interrupção. O segundo subprojeto foi um estudo prospectivo longitudinal (coorte) que, após a elaboração e divulgação de um protocolo/fluxograma para a descontinuação do SRA com base nos resultados do primeiro estudo e nas evidências existentes na literatura, analisou a taxa de sucesso de descontinuação dos SRA de julho de 2020 a julho de 2021, e o comparou com o do controle histórico dos anos de 2011 a 2020. Em ambos os subprojetos, fora utilizado o Teste do Qui-Quadrado para a comparação de variáveis categóricas e o Teste t para as variáveis contínuas se distribuição normal ou Mann Whitney se distribuição não normal. Em todos os testes realizados, fora considerado o nível de significância de 5%. Resultados: Sucesso na interrupção do SRA e alta hospitalar ocorreram para maioria dos pacientes (85 e 74%, respectivamente) do estudo retrospectivo. A menor concentração de proteína C reativa (PCR), ausência da necessidade de ventilação mecânica no momento da interrupção foram identificadas como variáveis associadas ao sucesso da descontinuação (OR 0,969, CI 0,918– 0.998, p=0,031; OR 0,919, CI 0,901–0.991, p =0,030; respectivamente), enquanto a ausência de comorbidades como doença renal crônica (OR 0,234, CI 0,08–0,683, p = 0,008), doença cardiovascular (OR 0,353, CI 0,134– 0,929, p = 0,035) e hipertensão (OR 0,278, CI 0,003–0,882, p = 0,009), bem como maiores valores de pH no momento da indicação do SRA (OR 1,273, CI 1,003–1,882, p = 0,041), ventilação mecânica no momento da interrupção dialítica (OR 0,19, CI 0,19–0,954, p = 0,038) e o sucesso na descontinuação dialítica (OR 8,657, CI 3,135–23,906, p < 0,001) foram identificadas como variáveis associadas à alta hospitalar. No segmento prospectivo, para considerar a interrupção do SRA foram adotados os seguintes critérios: Noradrenalina < 0,2 mcg/kg/min; FiO2 < 40%; BH cumulativo < +1000 mL e/ou < 2% do peso nas últimas 72h; Bicarbonato > 20; K <5,5; Ureia < 120; Débito urinário > 0,5 mL/kg/h sem diurético e > 1 mL/kg/h com diurético por pelo menos 24 horas; clearance de creatinina > 15 mL/min. Observou-se que a menor concentração de PCR na interrupção do SRA, maiores valores de débito urinário e clearance de creatinina (OR: 0.943, CI 0.905-0.983, p=0.006; OR: 1.078; IC: 1.0082-1.176, p=0.009; OR: 1.091, IC: 1.012-1.213; p=0.004;) foram associados a maior taxa de sucesso de descontinuação da terapia dialítica. Por outro lado, nota-se que o não uso de DVA na descontinuação e o sucesso da descontinuação em si estiveram associados ao desfecho de alta hospitalar (OR: 0.143; IC: 0.047-0.44; p=0.001; OR: 3.745; IC:1.047 – 13.393; p=0.042). Conclusão: Identificou-se menor valor da proteína C reativa, no momento da interrupção, como fator preditor para o sucesso da descontinuação tanto no segmento retrospectivo e prospectivo (AUC > 0,75; Sensibilidade e Especificidade > 0,85). Em ambos os estudos também se notou que o sucesso da descontinuação do SRA constituiu fator preditivo para alta hospitalar. A ausência de VM no momento da interrupção se mostrou como fator preditivo para sucesso no segmento retrospectivo, enquanto no prospectivo fora o maior clearance de creatinina e maior débito urinário que se mostraram como fatores preditivos. Ausência de comorbidades (HAS, DRC, DCV), ausência de VM na interrupção e maior valor de pH na indicação do SRA, configuram-se como fatores preditivos para alta hospitalar no estudo retrospectivo. Ao passo que no estudo prospectivo, a necessidade de DVA no momento da interrupção esteve associada ao desfecho desfavorável. A análise da área do Clearance de Creatinina foi superior a 0,80, sendo bom preditor do sucesso da interrupção do SRA, com sensibilidade e especificidade superiores a 0,90. Enquanto o débito urinário apresentou baixa AUC (0,62), sensibilidade e especificidade inferiores a 0,75.
  • ItemDissertação de mestrado
    Impacto do balonamento e do superdimensionamento das endopróteses de aorta abdominal nas zonas de ancoramento proximal e distal no tratamento do aneurisma de aorta abdominal infra-renal análise retrospectiva de 24 meses
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2017-08-22) Sembenelli, Marcelo [UNESP]; Sobreira, Marcone Lima [UNESP]; Moura, Regina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Este estudo buscou verificar o impacto do balonamento de acomodação e do sobredimensionamento das dimensões da endoprótese na remodelação do saco aneurismático, do colo proximal e do colo distal em 6 e 12 meses de pós-operatório. Casuística e métodos: Estudo clínico retrospectivo não controlado de 71 pacientes submetidos à correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal infra-renal (AAA) entre dezembro de 2012 a janeiro de 2015. As variáveis anatômicas maior diâmetro, presença de trombo, presença de calcificação do colo proximal e do colo distal, assim como angulação do colo proximal e o diâmetro do saco aneurismático foram correlacionadas com o balonamento nas zonas de ancoragem, e com o sobredimensionamento das medidas da endoprótese. Os desfechos foram: variação do maior diâmetro nos colos proximal, distal e do saco aneurismático, e ocorrência de vazamento. Resultados: Entre os 71 pacientes incluídos, 75% eram do sexo masculino com média de 71,9 anos. O saco aneurismático apresentou maior redução com diâmetro e angulação do colo proximal favoráveis, bem como ausência de calcificação proximal e distal. O colo proximal apresentou aumento do seu maior diâmetro na presença de colo com diâmetro e angulação favoráveis, bem como na ausência de calcificação no colo proximal e distal e trombo no colo proximal; já o colo distal teve maior aumento quando havia características desfavoráveis em relação a seu maior diâmetro e angulação. A maior regressão do saco aneurismático ocorreu quando não houve o balonamento no colo proximal (p=0,26) e nem no colo distal (p=0,025) e quando o superdimensionamento da endoprótese no colo proximal foi > 20% (p = 0,97). Entretanto, o balonamento não influenciou na degeneração das zonas de ancoragem (p>0,05). O superdimensionamento distal da endoprótese levou a um aumento do diâmetro do colo distal ao longo dos 12 meses (p = 0,01), sendo esse aumento mais pronunciado quando o superdimensionamento foi de 10-15% e houve o balonamento (p=0,02). A calcificação em colo distal (odds ratio = 4,42. IC95% [1,08-18,18]) e o balonamento do colo distal (odds ratio = 10,41. IC95% 4 [1,05-10,00]) mostraram-se significativos na ocorrência de vazamento. Conclusão: Houve maior diminuição do saco aneurismático quando o balonamento das zonas de ancoragem não é realizado e o superdimensionamento é da ordem de 20%; o superdimensionamento do colo distal associado ao balonamento e a calcificação da parede levou a aumento do colo distal e vazamento no seguimento de 12 meses. Entretanto, mais estudos são necessários, devido ao número limitado da amostra e o caráter retrospectivo do estudo.
  • ItemDissertação de mestrado
    Concentração de fibroblastos em pregas vocais de idosos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-16) Carneiro, Neemias Santos; Martins, Regina Helena Garcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Na presbifonia observa-se aumento da matriz fibrosa extracelular e diminuição do ácido hialurônico na lâmina própria das pregas vocais. Sabe-se que os fibroblastos presentes na lâmina própria são responsáveis pela produção e renovação da matriz fibrosa, porém os motivos pelos quais esta é mais densa nas laringes de idosos não está bem esclarecidos. As hipóteses aventadas são: aumento na concentração de fibroblastos; manutenção do número dessas células, porém com aumento de sua atividade funcional; manutenção do número e da atividade funcional, porém diminuição da renovação das fibras. Objetivo: Estudar a concentração de fibroblastos nas pregas vocais de idosos. Material e Métodos: as pregas vocais de 13 cadáveres foram removidas e distribuídas em dois grupos por faixas etárias: Grupo Controle: n-5, 18-40 anos; Grupo de idosos: n-8, ≥ 75 anos). As pregas vocais foram dissecadas e preparadas para análise imuno-histoquímica utilizando o anticorpo SA100 A4 aos fibroblastos. Os locais analisados foram as máculas flavas e a porção medial (ou vibratória) das pregas vocais. O programa Avsoft-Biovew foi utilizado para quantificar a concentração de fibroblastos por área. Resultados: foi identificada maior concentração de fibroblastos nas máculas da laringe de adultos jovens e na porção medial das pregas vocais dos idosos. No entanto, esses resultados não determinaram diferenças estatisticamente significativas, permitindo concluir que não houve efeito da idade sobre a concentração de fibroblastos nas pregas vocais. Conclusão: neste estudo não foram constatadas diferenças quantitativas na concentração de fibroblastos nas laringes de idosos, quando comparada às laringes de adultos jovens, tanto nas máculas flavas como na porção medial das pregas vocais.
  • ItemDissertação de mestrado
    Eficácia da laringoplastia de injeção (ácido hialurônico e\ou hidroxiapatita de cálcio) no tratamento da incompetência glótica. Revisão sistemática e metanálise.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-05) Henriques, Débora Pereira; Cataneo, Antônio José Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Hidroxiapatita de cálcio (CaHA) e ácido hialurônico (AH) são usados para incompetência glótica, mas ainda falta padronizações. Objetivos: avaliar a eficácia dos tratamentos para incompetência de prega vocal com HA ou CaHA. Métodos: foram selecionados estudos que avaliaram a função das pregas vocais antes e após quatro a seis semanas e seis meses de injeção de HA ou CaHA. Participantes: adultos com atrofias, cicatrizes e paralisia unilateral com incompetência glótica. Intervenção: injeção de CaHA ou HA. Controle: mesmos participantes da intervenção antes do tratamento. Desfecho primário: tempo máximo de fonação (TMF). Desfechos secundários: pontuação no questionário de Índice de Desvantagem Vocal (IDV); parâmetros G e B da escala GRBAS – Avaliação Perceptivo-Auditiva da voz. Bases de dados: MEDLINE, PUBMED, LILACS, SCOPUS, EMBASE, Cochrane, clinicaltrials.gov, ensaios publicados e não publicados. Para a síntese dos resultados foi utilizado o programa Revman 5.4. Resultados: 708 estudos foram identificados, 12 artigos foram incluídos (seis CaHA; sete HA). A diferença média do TMF após quatro a seis semanas foi 5,48 (IC 95% 4,01 a 6,94, I2= 56%), e após seis meses foi de 5,97 (IC 95% 4,86 a 7,07, I2= 0%). Houve uma redução média do IDV em quatro a seis semanas de -39,32 (IC 95% - 48,33 a -30,30, I²= 27%), e em seis meses foi de -30,13 (IC 95% - 35,95 a -24,32, I²= 33%). Houve uma redução média no valor de G em quatro a seis semanas de -1,43 (IC 95% - 1,77 a -1,08, I²= 87%) e em seis meses de -1,33 (IC 95% - 1,60 a - 1,07, I²= 65%). O valor de B em quatro a seis semanas teve redução de -1,46 (IC 95% -1,78 a – 1,14, I²= 71%), e em seis meses foi de -1,33 (IC 95% -1,60 a – 1,07, I²= 65%). A qualidade da evidência para o TMF de quatro a seis semanas foi considerada moderada, e para seis meses foi considerada alta. Conclusões: as substâncias injetáveis, hidroxiapatita ou ácido hialurônico, mostraram-se eficazes no tratamento da incompetência a glótica.
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    Importância do holter na avaliação de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-10-27) Trivellato, Stella De Angelis; Bazan, Silméia Garcia Zanati [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico é a principal causa de incapacidade a longo prazo e a segunda causa de morte no mundo. Pode ser dividido etiologicamente em cinco tipos de acordo com a classificação TOAST, sendo um deles o AVC cardioembólico que tem a fibrilação atrial (FA) como principal desencadeador. O Holter 24 horas deve ser realizado quando há suspeita de arritmia e para AVC sem causa determinada; sua adequada investigação e caracterização podem auxiliar no manejo clínico e na prevenção de novos eventos. A FA eleva o risco de recorrência de AVC e geralmente as taxas de detecção se correlacionam com a duração do monitoramento cardíaco. Objetivos: Avaliar se o percentual de pacientes com AVC de etiologia indeterminada de acordo com a classificação TOAST diminui após realização do Holter 24horas e verificar a capacidade preditiva das variáveis do Holter 24 horas no prognóstico após AVC isquêmico. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, no qual foram realizadas avaliações clínica, neurológica, ecocardiográfica e Holter 24 horas de pacientes internados com diagnóstico de AVC isquêmico na Unidade de AVC do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB-UNESP). A capacidade funcional foi avaliada na alta hospitalar e após 90 dias. Foram utilizados modelos de regressão linear múltipla e regressão logística múltipla ajustados pelos fatores confundidores. O nível de significância foi de p<0,05. Resultados: Foram incluídos 1587 pacientes, sendo 89,8% da raça branca e 56,7% do sexo masculino, com média de 69 anos de idade. O exame de Holter 24 horas foi realizado em 483 (30,4%) pacientes, sendo identificado ritmo de FA em 64 pacientes, correspondendo a 13,3%, sendo que 20,3% daqueles que realizaram o exame desconheciam o histórico de arritmia cardíaca. Pacientes submetidos ao Holter 24 horas tiveram chance 83% maior de serem classificados como TOAST indeterminado (OR=1,83; IC95%:1,44-2,32; p<0,001). Pacientes submetidos a trombólise, bem como aqueles que realizaram ecocardiograma, tiveram menor associação com Rankin ≥ 4 na alta hospitalar. Conclusões: A realização do Holter 24 horas durante internação por AVC isquêmico não reduz a Resumo 3 possibilidade de TOAST indeterminado. Em relação à capacidade preditiva dos dados clínicos sobre o prognóstico dos pacientes com AVC isquêmico, há benefício da trombólise e do ecocardiograma no mRS e no NIHSS, e a realização do Holter 24 horas mostra impacto positivo no NIHSS.
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    Uso de opioides contínuo em UTI neonatal terciária: estudo de série de casos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-22) Cafeo, Fernanda Ramires; Bentlin, Maria Regina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A necessidade de controle da dor em recém-nascidos (RN) criticamente doentes tem levado ao uso mais liberal de opioides, aumentando a preocupação com a síndrome de abstinência iatrogênica (SAI). Objetivos: Determinar a incidência do uso contínuo de opioides e da SAI em RN internados na UTI Neonatal (UTIN); descrever o perfil desses RN; identificar qual o critério utilizado para diagnóstico da SAI. Métodos: Estudo longitudinal, retrospectivo, na UTIN do HC FMB UNESP, entre janeiro de 2015 a dezembro de 2016, após aprovação do comitê de ética. Foram incluídos RN internados na UTI, independente de peso de nascimento, idade gestacional e local de nascimento, que receberam opioides endovenoso contínuo, por ao menos 24 horas. A amostra foi de 39 RN que preencheram critérios de inclusão. Foram estudadas variáveis maternas, do parto, dos RN e dados da analgesia que foram comparados entre RN com e sem SAI. A estatística foi descritiva com comparação de grupos por testes paramétricos e não paramétricos, com significância de 5%. Resultados: No período foram admitidos na UTIN 620 RN e destes, 39 (6,3%) fizeram uso de opioides contínuo, que em 95% dos casos foi o fentanil. Houve uso concomitante de midazolam em 66% dos casos. A SAI ocorreu em 4 RN (10,2%) e não foram encontrados no prontuário os critérios utilizados para o seu diagnóstico. A maioria dos RN eram prematuros, de baixo peso ao nascer, portadores de malformações congênitas, submetidos a procedimentos cirúrgicos. Dentre os 4RN que apresentaram SAI, 50% eram cirúrgicos, um deles usou morfina e os demais utilizaram fentanil e todos fizeram uso de midazolam por mais de uma semana, com necessidade de aumento da dose, e com retirada rápida, menor de 5 dias. O tratamento farmacológico com metadona ocorreu em metade dos casos. Conclusões: O uso de opioides contínuo foi baixo, mas a incidência de SAI foi alta, embora esse dado ainda possa estar subdiagnosticado pela falta de critérios diagnósticos objetivos registrados no prontuario. A maioria dos RN foram prematuros, de baixo peso ao nascer, malfomados e submetidos a cirurgia. Entre os abstinentes, o uso de opioide foi prolongado, com necessidade de aumento de dose, uso concomitante de midazolan e retirada não gradual. Protocolo de diagnóstico e tratamento de SAI se faz urgente e necessário.
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    PET/CT de corpo inteiro é necessário para pacientes com melanoma?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-04) Gonçalves, Mayra Coimbra; Moriguchi, Sônia Marta [UNESP]; Silva, Eduardo Tinois da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O melanoma maligno (MMelanoma) de pele é uma das neoplasias com maior letalidade e de fácil disseminação para todas as partes do corpo. A PET/CT-FDG-18F é uma ferramenta de imagem com importante papel no MMelanoma. A técnica convencional de aquisição do PET/CT-FDG-18F se estende até a raiz das coxas (RC). No entanto, na investigação do MMelanoma, a aquisição do corpo inteiro (CI) ainda é recomendada, embora tal indicação, de modo generalizado, propicie desvantagens e valor adicional questionável. Objetivo: Verificar os locais do sítio primário e de metástases de MMelanoma por meio de PET/CT-FDG-18F e a frequência de metástases isoladas não esperadas em membros superiores e inferiores de portadores de melanoma maligno com PET/CT-FDG- 18F e correlacionar com dados clínicos e resultados anatomopatológicos (AP). Casuística e Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, observacional, descritivo, com coleta retrospectiva de dados de prontuários de 422 pacientes com MMelanoma submetidos ao PET/CT-FDG-18F CI no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2022. Informações do estudo AP e de locais metastáticos ao PET/CT-FDG-18F foram coletadas e correlacionadas, considerando nível de significância p< 0,05 e poder estatístico mínimo de 80%. Resultados: Não foi identificada nenhuma metástase isolada em membros superiores (MMSS) ou inferiores (MMII). Em média, cada paciente apresentou 3,18 ± 2,25 locais de metástases, variando de um a onze, sendo ao menos uma na região de tronco. O pulmão foi o local mais frequente. Conclusão: A PETCT-FDG-18F CI não mostrou valor adicional em comparação ao protocolo RC para o estadiamento e manejo terapêutico do MMelanoma. Protocolos otimizados de aquisição podem ser indicados.
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    Perfil epidemiológico dos pacientes com cânceres de cabeça e pescoço no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-25) Cristiano, Luigi Carrara; Tagliarini, José Vicente [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Os cânceres de cabeça e pescoço são neoplasias muito frequentes e de distribuição global. Tabaco e álcool são reconhecidamente os principais fatores de risco para essas doenças, no entanto a infecção pelo HPV é fator de risco emergente. No Brasil a incidência desses cânceres é expressiva, sendo os portadores diagnosticados frequentemente em estágios tardios da doença, o que determina maior morbimortalidade e pior prognóstico a esses doentes. O Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu atende pacientes com cânceres de cabeça e pescoço. A maior parte dos casos chega ao serviço em estágio avançado com baixa chance de cura. Faz-se necessário o conhecimento do perfil epidemiológico desses pacientes a fim de permitir um melhor atendimento e identificar as possíveis falhas responsáveis pelo insucesso terapêutico e diferentes taxas de sobrevida. Objetivo: Delinear o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço atendidos no Ambulatório de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e identificar fatores relacionados à sobrevida desses pacientes. Material e Método: Estudo epidemiológico de coorte-transversal. Realizou-se análise de prontuários dos pacientes com cânceres de cabeça e pescoço atendidos em ambulatório de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e que realizaram caso novo entre junho de 2012 e dezembro de 2019. Os parâmetros analisados foram: profissão, idade, cidade de origem, comorbidades, sintomas principais, histórico de tabagismo e etilismo, sítio tumoral, estadiamento tumoral ao diagnóstico, tratamento realizado e tempos de espera durante o manejo dos pacientes. O desfecho foi a sobrevida livre de doença maior ou igual a 05 anos. Os dados foram analisados de forma descritiva e comparativa visando associação com o desfecho. Resultados: Foram analisados prontuários de 398 pacientes. Homens representaram 80,65% dos pacientes, sendo a média de idade de 60,54 anos. 91,46% dos diagnósticos anatomopatológicos foram de carcinoma de células escamosas. 55,98% dos pacientes eram tabagistas e etilistas, apenas 17,05% dos pacientes não tinham história de tabagismo ou etilismo. 368 pacientes (92,46%) apresentaram sítio tumoral primário em boca, orofaringe, laringe ou hipofaringe. 73,85% dos pacientes foram diagnosticados com doença em estadio tardio. Quimioterapia associada à radioterapia foi o tratamento realizado pela maioria dos pacientes (61,99%). Apenas 19,02% dos pacientes apresentaram sobrevida maior ou igual a 05 anos. Pacientes com estadios precoces ao diagnóstico, com menores intervalos de tempo entre início do tratamento e diagnóstico anatomopatológico, bem como com menores intervalos de tempo entre início do tratamento e data do caso novo foram associados com sobrevida maior ou igual à 05 anos com significância estatística (p<0,05). Conclusão: O perfil epidemiológico dos pacientes analisados neste trabalho corresponde ao encontrado na literatura. O diagnóstico dos tumores em estadios precoces e a maior rapidez na instituição do tratamento estiveram relacionados à maior sobrevida dos pacientes.
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    Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono em crianças e adolescentes com síndrome de Down: estudo clínico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-27) Favaro, Lorena Luana Batista; Fonseca, Cátia Regina Branco da [UNESP]; Weber, Silke Anna Theresa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivos: Avaliar a prevalência da síndrome de apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAOS) em crianças e adolescentes com síndrome de Down (SD) seguidas ambulatorialmente em um hospital terciário e identificar quais fatores estão relacionados à doença e sua gravidade. Método: O total de 35 pacientes com SD foram inseridos neste estudo transversal após convocação para realizar polissonografia e aplicação de questionários estruturados e padronizados, entre março de 2021 e junho de 2022, com descrição dos dados por média ± desvio padrão para variáveis contínuas e frequência e porcentagem nas categóricas, sendo considerado significativo p ≤ 0,05. Resultados: A amostra selecionada é constituída de 57,1% meninas, com as médias de idade, peso e índice de massa corpórea z-escore, respectivamente, 87,5 meses (± 45,5), 29,0 quilogramas (± 16,2) e 0,6 (± 1,3). A SAOS foi diagnosticada em 96,3% dos casos, com um índice de apneia e hipopneia médio de 11,3 eventos por hora (± 12,5) e doença moderada ou grave em mais da metade da população (59,2%). A gravidade da condição apresentou associação significativa com relato de ronco pelos pais (p 0,045) e quando referido > 3 vezes por semana (p 0,02), assim como com peso (p 0,02), presença de comorbidades (p 0,003) e sonolência excessiva diurna segundo a escala de Epworth modificada (p 0,001). Considerações: Os resultados evidenciam a elevada prevalência de SAOS nesta população e a associação entre relato de ronco, peso, presença de comorbidades e sonolência diurna com a gravidade da doença, o que demonstra a aplicabilidade de ferramentas para triagem e reforça a importância do diagnóstico para a melhoria no acompanhamento desses pacientes.
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    Comparação do escore Z do IMC (Índice de Massa Corporal) com pregas cutâneas e circunferência abdominal para avaliação do estado nutricional em crianças e adolescentes.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-26) Watanabe, Renata Keiko; Bonatto, Rossano Cesar [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Atualmente, o indicador mais utilizado para classificação do estado nutricional na faixa etária pediátrica é o escore Z do IMC. Outra maneira de avaliar o estado nutricional é por meio do cálculo do conteúdo de gordura corporal e, aproximadamente, metade do conteúdo de gordura corporal localiza-se nos depósitos adiposos subcutâneos e, dessa maneira, a medida das pregas cutâneas relaciona-se diretamente com a gordura total. A obesidade central pode ser avaliada pela aferição da circunferência abdominal. Foi verificada que utilizar a avaliação do estado nutricional pelo escore Z do IMC associado à aferição da circunferência abdominal pode ser útil na classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes. Foram recrutados 972 crianças e adolescentes de 5-19 anos, participantes de projetos sociais da cidade de Botucatu, e realizada identificação, antropometria, cálculo do escore Z do IMC, medidas das pregas cutâneas e da circunferência abdominal. Houve uma concordância moderada entre as duas classificações (estado nutricional pelo escore Z do IMC e pelas pregas cutâneas) de 65%. Em relação à circunferência abdominal, 98,6% das crianças avaliadas como obesas pelo escore Z do IMC, enquadram-se na classe de muito elevado (McCarthy et; 2001). Houve uma distribuição semelhante quando foi utilizada a classificação do estado nutricional pelas pregas cutâneas. Devido à dificuldade em realizar as medidas das pregas cutâneas nas consultas associado a dificuldade em se obter os resultados da classificação através de cálculos matemáticos, acreditamos que um método útil para classificar o estado nutricional as crianças e adolescentes, é utilizar a medida da circunferência abdominal associado ao IMC para se obter uma classificação nutricional mais fidedigna e que podem levar a intervenções mais precoces e evitar complicações futuras dos desvios do estado nutricional sobre as condições de saúde dos indivíduos, principalmente a obesidade.
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    Utilidade da aplicação de um escore de risco para a predição de enterocolite necrosante no recém-nascido
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-03) Hachem, Andréa Souza; Lyra, João Cesar [UNESP]; Bentlin, Maria Regina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução. A enterocolite necrosante (ECN) é uma doença grave, cujo diagnóstico preciso e precoce pode influenciar no prognóstico. A utilização de escores de probabilidade pode ser útil para identificação dos casos. Objetivos. Comparar os recém-nascidos com hipótese de ECN em relação às características clínicas, laboratoriais e radiológicas e avaliar a utilidade de um escore de probabilidade de risco para ECN na predição do diagnóstico em recém-nascidos com hipótese clínica da doença. Métodos. Coorte retrospectiva com inclusão de todos os recém-nascidos com suspeita de ECN, entre junho/2012 e julho/2020, subdivididos em dois subgrupos: ECN confirmada e ECN não confirmada e comparados em relação às variáveis maternas, gestacionais e características clínicas, laboratoriais e radiológicas, no momento da hipótese diagnóstica. O escore foi calculado de acordo com o escore de Battersby, ou seja, divididos em 3 faixas de idade gestacional (< 30, 30 a < 37 e ≥ 37 semanas) e segundo os achados de alteração de cor abdominal, dor à palpação, resíduo bilioso associado à distensão abdominal, sangue nas fezes, presença de pneumoperitônio, alça fixa, ar no sistema porta-hepático e pneumatose intestinal. Os subgrupos foram comparados em relação aos valores de sensibilidade (S), especificidade (E), acurácia, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Foram também construídas as curvas ROC (Receiver Operator Curve) para determinação de ponto de corte na amostra estudada. Resultados. Foram estudados 103 recém-nascidos, sendo 47 casos confirmados e 56 não confirmados. Não houve diferença entre os grupos em relação às variáveis maternas e gestacionais e características gerais dos recém-nascidos. Pacientes do grupo ECN confirmada iniciaram a dieta enteral e atingiram a dieta plena mais cedo, com menor uso de leite materno exclusivo e introdução mais frequente de fórmula até 72 horas antes do aparecimento dos sinais e sintomas; também nesse grupo observou-se maior gravidade no momento da suspeita diagnóstica, caracterizada por maior frequência de manifestações sistêmicas e pneumatose intestinal na radiografia. O escore de Battersby foi capaz de predizer o diagnóstico final em 74% dos casos (66/89), com sensibilidade de 81%, especificidade de 69%, VPP de 63% e VPN de 83%. O ponto de corte encontrado na amostra foi de 3 (S=79; E=84%). Conclusão: Neste estudo, recém-nascidos que receberam menos leite materno e que apresentaram quadro clínico inicial mais grave tiveram o diagnóstico confirmado de ECN mais frequentemente. A utilização do escore de Battersby foi mais útil na predição de casos não confirmados.
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    Avaliação da orbitopatia de graves por tomografia de coerência óptica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-12) Andrade, Alisson Lima; Jorge, Eliane Chaves [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A orbitopatia de Graves (OG) ou oftalmopatia associada à tireoide é uma doença inflamatória autoimune do tecido orbitário, que pode causar perda permanente da visão por neuropatia óptica em 3 a 7% dos pacientes. A tomografia de coerência óptica (OCT), tecnologia de imagem de alta resolução, não invasiva, pode identificar sinais de neuropatia distireoidiana subclínica na camada de fibras nervosas da retina (CFNR) peripapilar e no complexo de células ganglionares da mácula. O diagnóstico precoce de alterações retinianas e do nervo óptico na OG é essencial para prevenir a cegueira pela doença. Objetivos: avaliar sinais precoces de neuropatia óptica através da quantificação da espessura da camada de fibras nervosas da retina na região peripapilar (CFNRp) e da espessura central da mácula em indivíduos com e sem orbitopatia de Graves, correlacionando estes parâmetros com a gravidade da doença orbitária. Casuística e Métodos: estudo transversal, realizado no período de outubro de 2020 a julho de 2021 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). Foram incluídos pacientes com OG em diversos estágios da doença e indivíduos saudáveis que serviram de controle. Os pacientes com OG foram submetidos ao exame oftalmológico completo e classificados quanto à atividade da doença pelo clinical activity score (CAS), e à gravidade, pelo critério do European Group on Graves’ Orbitopathy (EUGOGO). A espessura da CFNR e da mácula foi avaliada por OCT de domínio espectral. Resultados: Foram avaliados 45 pacientes (89 olhos) no grupo com OG (GOG) e 29 indivíduos (58 olhos) no grupo controle (GC). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto às características demográficas e comorbidades (p>0,05%). Os valores de exoftalmometria foram maiores no GOG (p<0,05%). Pelo CAS, 93,3% dos pacientes estavam na fase inativa da OG. Pelo EUGOGO, 27% tinham OG leve, 66% OG moderada a grave e 7% doença muito grave. A análise tomográfica mostrou redução estatisticamente significativa da espessura média da CFNR peripapilar no quadrante temporal, no grupo GOG (p<0,05). No entanto, não houve diferença na análise da espessura peripapilar total (que incluiu os quatro quadrantes). Houve forte associação entre o nível de gravidade e a redução da espessura da CFNR peripapilar (p<0,001), com exceção do quadrante nasal, onde a redução não foi estatisticamente significativa. A avaliação da região macular não mostrou diferenças entre os grupos e a correlação com a gravidade, mostrou redução gradual da espessura nos estágios mais avançados, porém sem relevância estatística. Conclusões: Estes resultados sugerem que a OCT pode ser uma ferramenta útil na detecção de alterações precoces na CFNR peripapilar em pacientes com OG, mesmo quando a neuropatia ainda não é detectável clinicamente, e a redução mais acentuada é identificada em indivíduos mais graves.