Polissonografia não supervisionada em crianças, análise técnica e econômica

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Data

2016-08-31

Autores

Veloso, Iury Lima [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Problemas respiratórios relacionados ao sono, dentre eles a síndrome da apneia obstrutiva do sono, são causa de grande morbidade em crianças, levando a alterações comportamentais, de aprendizado e de desenvolvimento com grande impacto. A polissonografia completa supervisionada é o método de escolha para avaliação diagnóstica da SAOS, e a polissonografia portátil é um mais acessível de avaliação do sono já validado em adultos que permite a realização de um número maior de exames, possivelmente com menor custo e mais conforto para o paciente. Objetivo: Este estudo busca definir a utilidade do exame de polissonografia não supervisionada em crianças e determinar um perfil mais propenso a falhas, o qual teria indicação de polissonografia assistida. Material e método: Foram obtidos dados dos exames de polissonografia não supervisionada de 147 crianças do HCFMB e analisados quanto a presença de falha, e qual o sensor perdido durante o exame. Os critérios de inclusão foram crianças de 1 a 12 anos com sinais e sintomas clínicos de SAOS. Foram considerados exames não laudáveis aqueles em que não houve pelo menos 4 horas contínuas de registro de todos os sensores. Resultados e Discussão: Dentre os 147 pacientes submetidos a análise, 41 (27,89%) apresentaram falha, sem distinção significativa entre o sexo. Não foi observada diferença significativa na taxa de falhas quando separados por idade ou em grupos etários (pré-escolares e escolares). Não houve sensor mais propenso a falhas. Em uma estimativa de custos, mesmo considerando os exames a serem repetidos, a polissonografia tipo III se mostrou economicamente mais vantajosa. Conclusão: A polissonografia não supervisionada é um exame que permite triar indivíduos com maior gravidade na fila de espera, que não apresenta diferenças significativas de falha na faixa etária pediátrica. O desenvolvimento de um protocolo rígido para a montagem e realização dos exames é necessária. O exame proporciona economia significativa em relação a polissonografia supervisionada.
Introduction: Sleep related disorders, including obstructive sleep apnea, are a cause of great morbidity among children, leading to comportamental changes, learning and developing disabilites. Standard supervised polyssomnography is the method of choice in the diagnostic evaluation of obstructive sleep apnea, and portable polyssomnography is a more accessible method, already validated in adults, that allows more exams to be made, possibly with lower costs and more confort to the patient. Objectives: This study aims to define the feasibility of unsupervised portable polyssomnography in children, define a profile more propense to failure and with indication of complete polyssomnography. Material and methods: The data of 147 unsupervised polyssomnographies was obtained and analysed regarding failure of the exam, which probe failed. Inclusion criteria was children from 1 to 12 years with classical signs of OSA. The exams with less than 4 continuous hours of recording were deemed failed. Results and discussion: In the 147 exams subject to analysis, 41 (27.89%) failed, without significative disticntion between sex. No significative difference was observed when stratified by age or age group. No specific probe was more subject to failure. In a cost estimative, even taking account of failed exams to be repeated, the portable polyssomnography was cost effective. Conclusion: The unsupervised portable polyssomnography is a exam that allow the triage of children with more serious conditions on the adenotonsillectomy waiting list, and that doesn't have significative differences of failure within the pediatric population. The development of a rigid installation protocol is necessary. The exam provides significative economy in relation to the standard polyssomnography.

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Palavras-chave

Apneia, Sono, Polissonografia, Crianças

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