Dissertações - Fonoaudiologia - FFC

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    Efeitos imediatos da fonação em tubo de silicone em adultos com gagueira
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-29) Schröter, Cristine Torres; Oliveira, Cristiane Moço Canhetti de [UNESP]; Moreti, Felipe Thiago Gomes [UNESP]
    Introdução: Há evidências de que o trato vocal de pessoas que gaguejam comporta-se de forma diferente em relação ao de pessoas neurotípicas. Desta forma, é necessária a intervenção fonoaudiológica com estratégias terapêuticas que visem o relaxamento desta musculatura. A fonação em tubos tem sido descrita como um exercício de trato vocal semiocluído, que pode promover melhora no ajuste vocal fonte-filtro. Entretanto há uma lacuna na literatura quanto aos efeitos imediatos desta técnica vocal em pessoas que gaguejam. Objetivo: Verificar os efeitos imediatos da fonação em tubo de silicone na fluência de adultos que gaguejam. Método: Trata-se de um estudo prospectivo analítico. Participaram 20 adultos, de ambos os sexos, na faixa etária de 19 a 43 anos. Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, todos os adultos foram submetidos à avaliação da fluência da fala e ao Questionário de Autopercepção da Fala e Fluência (QAPFF) em dois momentos, antes e depois da execução da técnica de fonação em tubo. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial utilizando-se o software SPSS 29.0. Resultados: Do momento pré para o momento pós técnica houve redução significativa no total de disfluências típicas da gagueira (DTG) (p=0,025), e uma proporção significativamente maior para a sensação de melhora nas percepções de esforço (p=0,011), tensão (p=0,008) e confiança (p=0,026). Não foram encontradas diferenças significativas, em função do momento da avaliação, no total de outras disfluências (OD), no total de disfluências (TD), na quantidade de cada tipologia de disfluência e na taxa de elocução manifestada por adultos que gaguejam. Quanto às proporções das sensações de o quanto se gaguejou e de ter sentido a fala mais fácil não foram observadas diferenças estatisticamente significantes. Conclusões: Os efeitos imediatos da fonação em tubo de silicone foram positivos na fluência e na autopercepção dos adultos que gaguejam, reduzindo as disfluências típicas da gagueira, e aumentando as sensações de menos esforço, menos tensão e mais autoconfiança ao falar.
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    Qualidade do sono de crianças com gagueira
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-10-27) Couto, Maria Clara Helena do; Pinato, Luciana [UNESP]; Oliveira, Cristiane Moço Canhetti de [UNESP]
    Introdução: Estudos anteriores têm destacado a alta prevalência de distúrbios do sono (DS) em indivíduos com gagueira, os quais já enfrentam desafios significativos em termos de qualidade de vida, abrangendo áreas como vitalidade, dor, cognição, funcionamento social e emocional, que, por sua vez, podem ser agravados pela presença de DS. Até o momento, os estudos que investigaram os problemas de sono em crianças com gagueira basearam-se em dados populacionais, revelando um risco considerável de distúrbios do sono. Apesar da relevância dessas descobertas, ainda não foram utilizadas nesta população escalas validadas ou instrumentos objetivos para avaliar de forma abrangente os parâmetros e distúrbios do sono. Objetivo geral: Investigar características do sono de crianças com gagueira e possíveis relações com a fluência de fala e com a gravidade da gagueira. Método: Estudo transversal, no qual participaram 51 crianças divididas em dois grupos: Grupo Comparativo (GC) composto por 21 crianças com desenvolvimento típico, e Grupo Pesquisa (GP) composto por 30 crianças com gagueira. A presença de distúrbios de sono foi investigada por meio da Escala de Distúrbios de Sono em Crianças (EDSC) e os parâmetros de sono: Tempo de sono, Latência, Eficiência de sono e tempo de microdespertares foram investigados por meio do uso de actígrafos. No GP os participantes foram submetidos à avaliação da fluência e classificação da gravidade da gagueira por meio do SSI - (Stuttering Severity Instrument). Para a análise dos dados foi utilizado o software estatístico SPSS Statistics 28.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Resultados: O GP apresentou maiores escores de indicativo de distúrbios de sono do que o GC no Escore total da EDSC, e nas subescalas distúrbio de início e manutenção do sono (DIMS), distúrbio respiratório do sono (DRS), distúrbio de transição sono-vigília (DTSV) e sonolência excessiva diurna (SED). O grupo pesquisa apresentou maiores percentuais de indivíduos com indicativo de distúrbios de sono (43%), incluindo o DRS e a hiperidrose do sono (HS). A análise por actigrafia mostrou que o GP apresentou maior tempo de latência de sono e menor eficiência de sono do que o GC. Não foram encontradas correlações entre os parâmetros de sono e os de gravidade da gagueira. Por outro lado, a latência de sono apresentou correlação com as outras disfluências. Houve baixa confiabilidade na comparação do tempo de sono entre o relato dos responsáveis pela criança e a actigrafia. Conclusões: Os resultados deste estudo destacam a presença significativa de distúrbios de sono em crianças com gagueira. Os indicativos de distúrbios, especialmente o distúrbio respiratório do sono (DRS), hiperidrose do sono (HS) e distúrbio de início e manutenção do sono (DIMS), frequentes nessa população, ressaltam a importância de avaliar e abordar questões de sono em crianças com gagueira. Além disso, a análise por actigrafia demonstrou que essas crianças experimentam uma maior demora para iniciar o sono e uma menor eficiência de sono. Não foram encontradas correlações significativas entre os parâmetros de sono e a gravidade da gagueira. No entanto, observou-se uma correlação entre a latência de sono e outras disfluências. O estudo também revelou uma baixa concordância entre o tempo de sono relatado pelos responsáveis das crianças e as medições da actigrafia.
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    Desvio padrão, variação de amplitude e variação da frequência fundamental ao longo da vida
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-09-15) Toledo, Willians Walace Fante; Fabbron, Eliana Maria Gradim [UNESP]
    Introdução: Ao longo da vida, é possível observar variações nos padrões vocais através das análises acústicas da voz. Objetivo: Verificar as mudanças de determinados parâmetros de análise acústica, relacionados à frequência fundamental, nos diferentes ciclos de vida de falantes do português brasileiro vocalmente saudáveis. Método: Foram incluídas 526 gravações de voz de sujeitos sem queixa e alteração vocal, com idade entre 5 e 93 anos. As gravações foram divididas em 12 grupos etários (5 a 7 anos; 8 a 9; 10 a 11; 12; 13 a 15; 16 a 18; 19 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69 e 70 a 93 anos). Foi realizada a análise acústica a partir da emissão sustentada da vogal /a/, extraindo os parâmetros: Desvio Padrão da Frequência Fundamental (dp fo),Variação da frequência fundamental (vfo) e Variação de Amplitude (vAm) por meio do software Multi Dimensional Voice Program. O teste Two-Way ANOVA foi utilizado para investigar possíveis diferenças entre os grupos etários, seguido do teste post-hoc Sidak. Resultados: Para a comparação entre os grupos etários, os sujeitos apresentaram valores de dp fo, vfo e vAm estatisticamente maiores para a população infantil em relação aos adultos e idosos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para a população idosa, embora esta tenha apresentado alguns valores numericamente mais elevados em relação à população adulta. Para a comparação entre os sexos, as mulheres apresentaram valores estatisticamente maiores que os homens para as medidas de de dp fo e vAm. Conclusão: As medidas de dp fo, vfo e vAm modificaram-se da infância à terceira idade em falantes vocalmente saudáveis, embora de forma irregular e com poucas modificações no envelhecimento. Tais medidas encontram-se elevadas para a população infantil e permanecem estáveis na população adulta. As variáveis não foram sensíveis para indicar mudanças que apontassem um pico do processo de envelhecimento, com poucas modificações. Homens e mulheres apresentam comportamentos distintos para as medidas dp fo e vAm, sendo que as mulheres apresentam valores, em média, mais elevados. Foi possível reportar valores médios para indivíduos vocalmente saudáveis, falantes do português brasileiro, para todas as faixas etárias.
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    Classificação da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina com escalas ordinais distintas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-07-21) Carmo, Gisele Andressa Fonseca do; Marino, Viviane Cristina de Castro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A avaliação perceptivo-auditiva é considerada “padrão-ouro” para classificação dos sintomas de fala, incluindo a hipernasalidade. No entanto, esta avaliação é subjetiva e pode ser influenciada por fatores internos e/ou externos ao avaliador. Dentre as estratégias propostas para diminuir a subjetividade desta avaliação e, consequentemente, aumentar a confiabilidade das análises, destaca-se a utilização de escalas padronizadas. Embora a escala de 4 pontos é amplamente recomendada para fins clínicos e de pesquisa, alguns estudiosos argumentam que o uso de escala reduzida pode favorecer análises de ouvintes não experientes. Objetivo: Investigar a classificação da hipernasalidade de fala por ouvintes não experientes, acadêmicos em Fonoaudiologia, usando escala de intervalos de 3 e 4 pontos e verificar se estes resultados variam de acordo com a ordem das classificações realizadas. Verificar, ainda, a concordância dos ouvintes em relação ao padrão-ouro e, também, a concordância intra-avaliador utilizando as duas escalas. Método: Vinte alunos classificaram a hipernasalidade de amostras orais de fala usando escala de 4 pontos (1= hipernasalidade ausente, 2= hipernasalidade leve, 3= hipernasalidade moderada, 4= hipernasalidade grave) e 3 pontos (1= hipernasalidade ausente, 2= pouco hipernasal, 3= muito hipernasal). Os alunos foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos (G1 e G2). G1 realizou a classificação de 40 amostras de fala contendo diferentes graus de hipernasalidade utilizando a escala de 4 pontos e, após duas semanas, utilizando a escala de 3 pontos. G2 realizou as mesmas classificações, porém em ordem inversa. Os dados foram coletados de forma remota, através de um formulário Google e compilados em uma planilha Excel. A porcentagem de acertos das análises dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro, por grupo (G1 e G2) e escala (4 pontos e 3 pontos) foram obtidos. A comparação do percentual médio de acertos (por grupo) foi realizada pela Anova de medidas repetida mista para analisar o efeito do grupo (ordem de apresentação das escalas), fator (grau da escala) e interação (grupo versus fator) com comparações Pós-Hoc feitas pelo teste de Bonferroni. O coeficiente Kappa foi obtido para análise de concordância dos alunos, em relação ao padrão-ouro e, também, para concordância intra-avaliador. Além disso, a comparação do percentual de concordância foi realizada pela Anova de medidas repetida mista para analisar o efeito do grupo (ordem de apresentação), fator (escala) e interação (grupo versus fator) com comparações Pos-Hoc feitas pelo teste de Bonferroni. Resultados: A porcentagem média de respostas corretas dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro, foi significativamente maior para a escala de 3 pontos do que para a escala de 4 pontos. Não houve interação significativa entre grupo (ordem de apresentação) e fator (escala) para o percentual de acerto das classificações, sugerindo que a ordem das classificações realizadas utilizando as escalas não influenciou os resultados. A concordância dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro foi regular (Kappa=0, 375) para a escala de 4 pontos e moderada para a escala de 3 pontos (Kappa=0, 491), sugerindo maior confiabilidade nas análises realizadas com a escala de 3 pontos. A porcentagem média de concordância das análises intra-avaliador foi significativamente maior para a escala de 3 pontos do que para a para escala de 4 pontos. Não houve interação significativa entre grupo (ordem de apresentação) e fator (escala) para o percentual das classificações intra-avaliador, sugerindo novamente que a ordem das classificações realizadas utilizando as escalas não influenciou os resultados. Além disso, o índice de coeficiente Kappa (k) mostrou concordância intra-avaliador mais favorável para a escala de 3 pontos do que para 4 pontos. Conclusão: A escala reduzida favoreceu a classificação da hipernasalidade de fala pelos ouvintes sem experiências e, portanto, pode ser considerada uma importante estratégia para favorecer as avaliações iniciais de acadêmicos em Fonoaudiologia durante sua formação.
  • ItemDissertação de mestrado
    Desempenho no vocabulário receptivo e expressivo de crianças com Transtorno do Espectro Autista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-28) Nogueira, Marcela Leme; Giacheti, Celia Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Crianças com Transtornos do Neurodesenvolvimento, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar alterações na linguagem oral receptiva e/ou expressiva, nos subsistemas semântico, fonológico, sintático e/ou pragmático, tanto o vocabulário receptivo, quanto o expressivo são componentes do subsistema semântico, e é fundamental para identificar o espectro fenotípico de crianças com transtornos de linguagem oral. Objetivo: Investigar e comparar o desempenho do vocabulário receptivo e do expressivo de crianças com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) com o de crianças com desenvolvimento típico de linguagem. Material e métodos: Participaram deste estudo 60 indivíduos, de ambos os sexos, com idade entre 6 anos e 11 anos e 08 meses, subdivididos em dois grupos. O Grupo 1 (Grupo TEA) foi composto por 30 crianças com diagnóstico de TEA, independente do grau de comprometimento. O Grupo 2 (Grupo Comparativo) foi composto por 30 crianças pareadas por sexo e faixa etária, com desenvolvimento típico de linguagem. Para investigação do desempenho do vocabulário receptivo e expressivo, foram utilizados os testes Receptive One-Word Picture Vocabulary Test, fourth edition (ROWPVT-4) e o Expressive One-Word Picture Vocabulary Test, fourth edition (EOWPVT-4). Os dados foram descritos em: (1) média ± erro padrão da média dos escores dos testes ROWPVT-4 e EOWPVT-4; (2) comparação das variáveis intragrupos analisados por teste T de Student; (3) comparação das variáveis intergrupo analisadas por Kruskal-Wallis; (4) análise de coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: O grupo TEA apresentou desempenho inferior tanto no vocabulário receptivo quanto no expressivo, quando comparado com crianças com desenvolvimento típico. Na comparação intragrupo, considerando-se os três níveis de TEA, no desempenho no vocabulário receptivo e no expressivo, observou-se que há diferença entre vocabulário receptivo e expressivo nas crianças do nível 1, com desempenho superior no vocabulário receptivo; já nas crianças dos níveis 2 e 3 não há diferença porque ambos apresentam desempenho inferior. Quando realizada análise intergrupos nas subdivisões em níveis de gravidade do TEA (nível 1, 2 e 3), obteve-se resultados diferentes tanto na avaliação do desempenho do vocabulário receptivo, quanto expressivo. Houve correlação negativa entre a pontuação obtida na ATA e o desempenho no vocabulário receptivo e noexpressivo de crianças com TEA. Conclusão: O Grupo TEA, quando comparado ao grupo de crianças com desenvolvimento típico de linguagem, apresentou desempenho inferior tanto no vocabulário receptivo quanto no expressivo. Na análise intergrupos constatou-se que o grupo de crianças com TEA nível 1 apresentou escores superiores quando comparados ao grupo de crianças com TEA nível 2 e 3. O grupo de crianças com TEA nível 2 também apresentou escores superiores ao grupo com TEA nível 3. Isto é, quanto maior o grau de comprometimento do TEA, menor o desempenho do vocabulário receptivo e do expressivo da linguagem.
  • ItemDissertação de mestrado
    Escuta e discurso: um espaço de significação para as hesitações na fala sintomática
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-19) Longo, Juliana Bonatto; Jurado Filho, Lourenço Chacon [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Afastando-nos do olhar predominante para os sintomas de linguagem como erros patológicos, atipias ou desvios, os entendemos como possibilidade de produção de sentidos na constituição subjetiva. Apoiados na Análise do Discurso (PÊCHEUX, 1969; PÊCHEUX, 1975) com pontuações da psicanálise (LACAN, 1992), detivemonos na escuta de uma terapeuta para as hesitações da fala sintomática de uma criança, entendidas como indícios de subjetividade, na medida em que mostram, linguisticamente, momentos de instabilidades pré-consciente/inconscientes do sujeito com o (seu) dizer. Tivemos como hipótese que sua escuta para tais momentos seria discursivamente orientada – no sentido de que seria sócio-historicamente construída. A partir do conceito de escuta de Barthes (1976), tivemos como objetivo geral refletir, sob ótica linguístico discursiva, sobre o lugar teórico-metodológico do terapeuta de linguagem para a escuta das hesitações nessa fala sintomática. Decorreram desse objetivo geral, os seguintes objetivos específicos: (i) descrever, em registros de sessão de terapia fonoaudiológica, os momentos em que ocorreram hesitações na fala da criança; e (ii) observar, na terapeuta que a acompanhava, os recursos linguístico-discursivos que indiciariam o lugar teórico-metodológico em que escutava esses momentos de hesitação. Para o desenvolvimento deste estudo, foram utilizados registro filmado e transcrito de uma sessão de fonoterapia de uma criança do sexo feminino, com diagnóstico médico de Psicose Precoce e diagnóstico fonoaudiológico de Distúrbio de Linguagem, atendida individualmente por uma estagiária do Centro de Educação e Saúde da FFC/Unesp (o CEES). A estratégia verbal utilizada foi a conversação dirigida e semidirigida pela terapeuta em contexto de atividades lúdicas. Sobre os resultados, destacam-se: quanto ao primeiro objetivo, foi feita a quantificação dos enunciados com e sem hesitações e a descrição/caracterização dos enunciados que apresentavam hesitações. Os enunciados sem marcas hesitativas configuraram 80% da amostra, sendo, pois, classificados como “fluentes” na literatura predominante no campo da Fonoaudiologia. Já 20% dos enunciados apresentaram marcas hesitativas – ou, sob a perspectiva assumida, indícios mostrados de subjetividade. Quanto ao segundo objetivo, realizamos recortes da transcrição da sessão de terapia (que entendemos como processo discursivo) dos quais constavam hesitações. Dentre os cinco recortes analisados, em quatro deles, observamos características da prevalência da escuta da terapeuta a partir do lugar teórico/ideológico/metodológico que a orientava, ou seja, apesar de “ouvir”, em termos fisiológicos, e decodificar (BARTHES, 1976) o que a criança dizia, sua escuta permaneceu “colada” ao plano “pragmático” do processo, ocupando o lugar teórico e ideológico que a constituía como tal, ou seja, o de quem está no processo para ensinar a criança a brincar com os brinquedos com "funcionalidade". Em apenas um dos recortes, pudemos observar um deslocamento do lugar de interpelação da terapeuta, em que, brevemente, pela porosidade de sua escuta aos indícios do desejo do sujeito, atribuiu a ele um lugar de sujeito falante/desejante. Concluindo, reconhecer a singularidade da fala do sujeito poderia promover uma escuta capaz de apreender algo sobre os processos de constituição do sujeito da/na linguagem e sobre como os sintomas de linguagem – no caso deste estudo, as hesitações – indiciariam esses processos.
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    Análise da generalização estrutural silábica na terapia fonológica com e sem estratégia de gamificação mediada por tecnologia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-31) Silva, Thalia Freitas da; Berti, Larissa Cristina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A generalização estrutural é um dos critérios mais importantes e mais utilizados para estabelecer a eficácia terapêutica em sujeitos com Transtorno Fonológico (TF), uma vez que sua finalidade é ampliar a produção e uso correto dos fonemas-alvo treinados para outros contextos ou ambientes não treinados. Contudo, o processo terapêutico tem como desafio motivar sujeitos com TF na realização de atividades que envolvam a habilidade em que eles têm maior dificuldade: a produção de fala. Assim, o uso de estratégia de gamificação mediada pela tecnologia pode ser uma ferramenta de engajamento que pode favorecer a ocorrência de generalizações. Todavia, não há um consenso sobre o benefício do uso de tais estratégias na terapia fonológica (JESUS et al., 2019; PEREIRA; BRANCALIONI; KESKE-SOARES, 2013; WREN; ROULSTONE, 2008). Objetivo: comparar a generalização estrutural na terapia fonológica associada à estratégia de gamificação com e sem o uso da tecnologia. Método: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o protocolo nº 4.615.118. Participaram do estudo 15 sujeitos de 4:3 a 8:9 de idade que apresentavam o processo fonológico de substituição de líquida não lateral por lateral (/ɾ/ por [l]). Os sujeitos foram randomizados em dois grupos: terapia fonológica associada à gamificação convencional (grupo controle - GC) e terapia fonológica associada à estratégia de gamificação mediada por computador (grupo gamificação - GG). A intervenção fonológica compreendeu, para ambos os grupos, 16 sessões compostas por etapas de percepção e produção de fala. Os grupos se diferenciaram apenas na etapa de percepção no outro (os sujeitos realizaram percepção auditiva-visual imediatamente após a produção de fala dos sons-alvo pela terapeuta). Ao final de cada sessão, foram registrados os desempenhos da produção de fala dos sujeitos (% de acerto) para cada etapa terapêutica, a partir de 30 palavras-alvo e 30 palavras-sondagem. Na análise, foram comparadas as condições pré e pós-terapia considerando os valores de PCC-R (porcentagem de consoantes corretas - revisado), fones e fonemas do sistema fonético-fonológico e produção de palavras-alvo e palavras-sondagem. Resultados: Em todos os parâmetros mensurados, valores de PCC-R, porcentagem de acerto de produção correta de palavras-alvo e palavras-sondagem, número de fones e número de fonemas do sistema fonético-fonológico. Houve diferença estatística apenas entre as condições pré e pós-terapia, mas não houve diferença entre os tipos de grupos. Conclusão: independentemente do tipo de grupo, mediada ou não por estratégias de gamificação tecnológica, todos os sujeitos apresentaram melhor desempenho na condição pós-terapia. Uma importante implicação terapêutica refere-se à possibilidade do uso de estratégia de gamificação com o uso do computador com resultados semelhantes ao da terapia com a gamificação convencional.
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    Relação entre percepção e produção de fala em crianças com transtorno fonológico durante o processo de intervenção fonoaudiológica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-28) Ribeiro, Grazielly Carolyne Fabbro; Berti, Larissa Cristina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Intervenções fonoaudiológicas baseadas em abordagens fonológicas são altamente eficazes para crianças com Transtorno Fonológico (TF), pois propõem o trabalho com habilidades de percepção e produção de fala, que estão — de alguma forma — relacionadas. Estudos sobre a natureza desta relação trazem ainda resultados pouco conclusivos, visto desempenhos distintos que crianças com TF manifestam nessas habilidades. Contudo, deve ser considerada nessa análise, como também no processo terapêutico, outros níveis perceptuais, como a percepção da própria fala da criança. Objetivo: Comparar e correlacionar a acurácia dos desempenhos em percepção da fala do terapeuta (percepção no outro), percepção da própria fala da criança (percepção em si) e produção de fala em crianças com TF no processo de intervenção fonoaudiológica. Método: Selecionadas 16 crianças com TF, apresentantes do processo de substituição de líquidas (/ɾ/ → [l] ou /l/ → [ɾ]) e inclusas em um programa de intervenção — aplicado pelas autoras do estudo — composto por dezesseis sessões que envolveram etapas de: 1) pré-terapia; 2) percepção no outro; 3) percepção em si; 4) produção de fala; 5) e pós-terapia. Considerando os desempenhos percentuais registrados pelas terapeutas presencialmente nas etapas de percepção no outro e percepção em si; e os desempenhos percentuais das produções de palavras-alvo (isto é, palavras trabalhadas em terapia) e produção de palavras-sondagem (isto é, palavras não trabalhadas em terapia) extraídas de gravações, julgadas por três juízes, a análise estatística inferencial consistiu em teste ANOVA de medidas repetidas, post-hoc de Tukey e teste não-paramétrico de correlação de Spearman (α<0,05). Resultados: Os resultados evidenciaram que os desempenhos nas habilidades perceptuais (no outro e em si), quando comparados aos desempenhos na habilidade de produção de fala se mostraram diferentes para todas as crianças, mas, apesar desta diferenciação, foi possível encontrarmos uma correlação entre percepção no outro e produção de palavras-alvo, bem como uma correlação entre percepção em si e produção de palavras-alvo e palavras-sondagem, indicando assim que o bom desempenho da criança na etapa de percepção no outro eleva seu desempenho na produção de palavras trabalhadas em terapia, enquanto o bom desempenho da criança na etapa de percepção em si, consegue elevar tanto o seu desempenho na produção de palavras trabalhadas quanto não-trabalhadas em terapia, enfatizando assim, a “percepção em si” como uma habilidade complexa e valiosa, capaz de gerar impactos importantes para a generalização em terapia. Conclusão: É de extrema importância o trabalho das habilidades de percepção de fala nas intervenções em crianças com TF, principalmente a habilidade de percepção em si que deve ser valorizada na elaboração de planos terapêuticos.
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    Tradução e adaptação transcultural da “Yale Pharyngeal Residue Severity Rating Scale” para a língua portuguesa do Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-09) Venite, Roberta Seabra; Onofri, Suely Mayumi Motonaga [UNESP]; Pernambuco, Leandro de Araújo; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Desde a década de 1990, verifica-se uma crescente importância na identificação dos resíduos faríngeos localizados em valéculas e/ou recessos piriformes, durante a avaliação da videoendoscopia da deglutição (VED) e, possivelmente, associado à maior ocorrência de penetração e aspiração traqueal do alimento. No entanto, observa-se uma escassez de instrumentos que determinam a presença de resíduos, devidamente submetidos ao processo de validação, principalmente em âmbito nacional. Desta forma, tornam-se necessárias a tradução e a adaptação de instrumentos internacionais que auxiliem no diagnóstico e tratamento da disfagia orofaríngea. Objetivo: Traduzir e adaptar transculturalmente para a língua portuguesa do Brasil a “Yale Pharyngeal Residue Severity Rating Scale” (YPRSRS). Método: Estudo metodológico aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (nº 5.166.256). Foram realizadas as seguintes etapas: tradução, síntese das traduções, aplicabilidade/equivalência operacional, retrotradução, síntese das versões traduzidas e síntese final. Resultados: Quanto à análise da síntese na etapa das traduções, levando em consideração os aspectos linguísticos de clareza e da semântica, não foram observadas discrepâncias entre as traduções realizadas pelos profissionais e as versões retrotraduzidas, sendo consideradas adequadas pela equipe de especialistas. Quanto à análise da viabilidade, abrangência e diagramação da escala, todos os itens foram considerados adequados pelos avaliadores. Na etapa de retrotradução, as versões se uniformizaram. Conclusão: O processo de tradução e adaptação transcultural da YPRSRS foi concluído e encontra-se pronto para as próximas etapas do processo de validação.
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    Percepção de indivíduos adultos perante modificação na consistência da dieta no manejo da disfagia orofaríngea
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-23) Pedroni, Livia Andressa Lima; Silva, Roberta Gonçalves da [UNESP]; Detregiachi, Cláudia Rucco Penteado; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A disfagia orofaríngea (DO) é um sintoma presente em distintas patologias e acomete aproximadamente 8% da população mundial. A DO resulta em risco potencial para a condição pulmonar e nutricional, e algumas das recomendações comumente utilizadas no manejo da DO, como a modificação na consistência da dieta, pode impactar aspectos biopsicossociais do indivíduo com piora na qualidade de vida do mesmo. Objetivo: Este estudo teve por objetivo descrever o impacto da modificação da consistência da dieta no âmbito biopsicossocial do indivíduo adulto com disfagia orofaríngea. Método: Realizado estudo de revisão integrativa. Foram utilizadas definições operacionais e realizada pesquisa bibliográfica em distintas bases de dados como Pubmed, Psycinfo e Cochrane. Dois avaliadores independentes e cegos realizaram a seleção dos estudos utilizando a plataforma Rayan e as divergências foram definidas por um terceiro avaliador. Também cego aos resultados entre avaliadores. A extração de dados foi realizada somente por um avaliador. Resultados: A busca resultou em 1.017 resumos selecionados para a leitura. Foram retirados 59 resumos duplicados, totalizando então 958 resumos. Dos 958 resumos lidos, o avaliador 1 (LAL) excluiu 687 e incluiu 271 e o avaliador 2 (JS) excluiu 753 e incluiu 205 resultando em 158 conflitos, sendo que o terceiro avaliador (RGS) incluiu 25 e excluiu 133. Assim, 184 resumos foram selecionados para a leitura do artigo na íntegra. Destes, foram excluídos 176 e incluídos oito artigos para este estudo. Foram encontrados negativos aspectos biopsicossociais como isolamento social e perda do prazer em comer. Conclusão: Nos indivíduos adultos com disfagia orofaríngea deste estudo a modificação de consistência da dieta ocasionou impacto negativo em distintos aspectos biopsicossociais.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudo de revisão sistemática sobre o impacto da pandemia sobre a aprendizagem no Brasil e no mundo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-08) Amorim, Liliane da Veiga Silva; Germano, Giseli Donadon [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Com a pandemia do COVID-19, foi necessário adotar medidas de saúde pública, incluindo a adoção do ensino remoto e a modificação das práticas e experiências educativas de pais e/ou responsáveis e professores. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática e analisar o impacto da pandemia na aprendizagem de escolares nos primeiros anos de alfabetização, de acordo com as experiências e práticas de pais e/ou responsáveis e professores. Esta revisão sistemática baseia-se no método PRISMA e as questões norteadoras da estratégia PICO. Foram utilizadas as bases de dados PubMed, LILACS, Scopus, SciELO, Embase e Web of Science. Os critérios de seleção envolveram os descritores “ensino fundamental”, “COVID-19”, “ensino fundamental”, “pandemia” e “ensino fundamental”, “SARS-CoV-2. Foram considerados para os critérios de inclusão: períodos abril de 2020 a abril de 2022 e setembro de 2021 a agosto de 2022; artigos completos e disponíveis gratuitamente para visualização e download; artigos publicados em periódicos; artigos publicados nos seguintes idiomas: português e inglês; artigos relacionados à metodologia de ensino e estratégias utilizadas por pais e/ou professores durante a pandemia de COVID-19 e, por fim, artigos que incluam em sua amostra escolares típicos de 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I (séries iniciais de alfabetização). Como critérios de exclusão, foram considerados: artigos que não tenham relação com o tema ou que fujam da temática sobre aprendizagem e pandemia; artigos cujo contexto, temática ou amostra não seja voltado para as séries iniciais do ensino fundamental I; artigos duplicados; artigos com outros temas e /ou populações e artigos com temas biológicos. Foram selecionados 130 estudos e, após a aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão, 6 estudos foram analisados. Os estudos utilizaram entrevistas e questionários dirigidos a pais e/ou responsáveis, professores e alunos e foram realizados em vários países: um na Arábia Saudita, dois na Indonésia, um nos Estados Unidos da América, um no Canadá e um na China. Os estudos foram classificados como nível de evidência 4 (estudos de resultados clínicos). Como pontos comuns, a maioria dos pais e/ou responsáveis estava estressada, sobrecarregada e despreparada para apoiar seus filhos durante o aprendizado remoto. Os professores também mencionaram dificuldades, como a falta de apoio e capacitação, que afetaram suas práticas. Concluiu-se que dos 130 artigos selecionados, 6 seguiram os critérios de inclusão e exclusão deste estudo, sendo estudos de resultados clínicos, os quais indicaram dificuldades parentais e de professores.
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    Programa de formação continuada sobre processamento auditivo central para professores do ensino fundamental I
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-10) Avanzi, Amanda Maião Franklin; Cardoso, Ana Cláudia Vieira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo do estudo foi desenvolver um programa de formação continuada para professores do ensino fundamental para capacitá-los sobre a temática Processamento Auditivo Central e seu transtorno. Trata-se de um estudo exploratório de corte transversal, que contou com a participação de 40 professores do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) da rede pública de educação municipal do interior paulista. O programa de formação continuada ocorreu em cinco encontros, com duas horas de duração, realizado no Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo. Neste programa foram abordadas as seguintes temáticas: sistema auditivo periférico e central, definição de processamento auditivo central e seu transtorno, avaliação e diagnóstico, tratamento e orientações aos profissionais. Para se verificar a eficácia do programa foi elaborado um questionário. Este instrumento era composto por 18 questões, sendo que as 7 primeiras eram de identificação e as 11 restantes investigavam o conhecimento específico sobre processamento auditivo central. Esse questionário foi aplicado, no primeiro e no último encontro, por meio da ferramenta digital Google Forms. Foram utilizados o teste de correlação de Spearman e o teste qui-quadrado. Resultados: A análise dos resultados demonstrou que a maioria dos professores eram do sexo feminino (87,5%), com média de idade de 45,1 anos. Verificou se a eficácia do programa de formação comparando o desempenho dos professores no primeiro e segundo questionários respondidos, pré e pós formação, e se observou que houve um aumento no conhecimento dos professores pós formação. De forma complementar, se realizou a análise qualitativa das respostas, de cada professor, e se correlacionou a pontuação de cada questão pré e pós formação, o percentual de acertos de cada questão e a pontuação final de cada professor, nas etapas pré e pós formação e as variáveis tempo de atuação e idade com a pontuação final pré e pós formação. Portanto, conclui-se que o curso de formação foi de suma importância para o aumento do conhecimento dos professores bem como contribuiu para que estes puder ter vivência com o tema e se sentirem mais habilitados para o trabalho com seus alunos.
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    Telefonoaudiologia em saúde auditiva: experiência de manejo em pacientes pós covid-19
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-30) Machado, Milena Sonsini; Frizzo, Ana Claudia Figueiredo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A pandemia, ocasionada pelo Covid-19, gerou problemas de saúde a nível mundial e sequelas, como queixas auditivas, após a exposição ao vírus. Para a diminuição dessa exposição, ressalta-se a importância da telessaúde, que é definida como consulta que ocorre de forma remota e simultânea e abrange a área da Fonoaudiologia. Visto a necessidade da realização da assistência integral à saúde durante a pandemia, a autora dessa dissertação vivenciou a telefonoaudiologia e fez parte do projeto e-Care Sentinela, que tem como objetivo promover a telessaúde em uma rede virtual multidisciplinar de apoio para a população unespiana com sequelas auditivas pós-covid. Objetivo: Identificar as principais queixas e sintomas auditivos/vestibulares autorrelatados em pacientes pós Covid-19, por teleatendimento e descrever a experiência em telefonoaudiologia. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional. Foram incluídos 14 adultos jovens, de ambos os sexos com queixas auditivas pós Covid-19, com compreensão preservada e com facilidade no manejo de tecnologias digitais, acesso à internet e computadores/smartphones. O estudo foi dividido em duas etapas: primeiro e segundo teleatendimento. Como procedimento foi realizado anamnese, questionário de perda auditiva auto-referida e autoavaliação (HHIA Hearing Handicap Inventory for the Adults; DHI-Dizziness Handicap Inventory; TDI-Tinnitus Handicap Inventory, todos na versão em português) e orientações. Resultados: As queixas mais comuns dentre os participantes do estudo no primeiro momento de teleatendimento foram tontura (71.43%), dificuldade em ouvir e zumbido (64.29%). Já no segundo teleatendimento, a queixa de maior relato foi dificuldade para ouvir (62.5%), seguido de zumbido (50%) e por fim tontura (12.5%). Em relação à pontuação dos questionários, no primeiro teleatendimento o resultado do HHIA foi 33,7; DHI: 24,6 e THI: 37,0 pontos. Já no segundo teleatendimento, obteve-se os seguintes resultados HHIA: 23,0; DHI: 0; THI: 29 pontos. Também foram fornecidas orientações sobre as queixas autorrelatadas por cada indivíduo, para melhoria da saúde geral, como alimentação, higiene do sono, e saúde mental, além das orientações específicas de acompanhamento de saúde especializado. Conclusão: A experiência de telefonoaudiologia, em saúde auditiva no manejo dos pacientes pós-covid 19 foi positiva e promoveu um melhor conhecimento dos sintomas audiovestibulares, assistência integral em saúde, bem como o alívio desses sintomas.
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    Programa de estimulação com a fluência da leitura oral para escolares do 1º e 2º ano do ensino fundamental I: elaboração e aplicabilidade
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-17) Moura, Rebeka Fabri Bonfim [UNESP]; Capellini, Simone Aparecida [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Plano Nacional de Alfabetização (PNA) propõe como competências específicas de Língua Portuguesa para o ensino fundamental, a leitura com fluência e compreensão desde o 1º ano do Ensino Fundamental I, entretanto, estas competências nem sempre são trabalhadas no contexto de sala de aula. Objetivo: Elaborar e verificar a aplicabilidade um Programa de Estimulação com a Fluência da Leitura Oral para escolares do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I baseado no Método Currículo Baseado em Medidas (CBM). Método: Este estudo foi desenvolvido em duas fases, sendo a fase 1 voltada para a elaboração do Programa de Estimulação com a Fluência da Leitura Oral, a partir da revisão de literatura, a fim de verificar quais os estudos que utilizaram programas de estimulação com a fluência oral de escolares em fase inicial de alfabetização, bem como as suas atividades e tipo de estímulos utilizados. Nesta fase também foi realizado o estudo piloto com a aplicação do programa elaborado com 13 crianças para verificar a aplicabilidade do programa elaborado. A fase 2 foi voltada para verificar a eficácia educacional do Programa de Estimulação com a Fluência da Leitura Oral em 82 escolares de ambos os sexos, na faixa etária de 6 anos a 7 anos e 11 meses, divididos em Grupo I (GI), composto por 44 escolares matriculados no 1º ano e Grupo II (GII) composto por 38 escolares matriculados no 2º ano do Ensino Público Fundamental I. Todos os escolares foram submetidos a aplicação do Teste de Desempenho Escolar II (TDE) e a Avaliação do Desempenho em Fuência de Leitura (ADFLU) em situação de pré e pós-testagem. O programa aplicado foi composto pelo módulo rastreio e pelo módulo sessões coletivas.Os resultados foram analisados estatisticamente objetivando verificar as diferenças dos desempenhos dos grupos nos dois momentos de avaliação, pré e pos-testagem. Resultados: Os resultados revelaram diferença significante no desempenho dos escolares do GI e GII submetidos ao programa de estimulação desenvolvido neste estudo, revelando desempenho superior na pós-testagem em comparação a pré-testagem nas provas de nomeação de letras, síntese fonêmica, leitura de palavras isoladas e textos. Foi possível verificar que o Programa de Estimulação da Fluência de Leitura Oral desenvolvido neste estudo demonstrou a eficácia do programa. Conclusão: A partir do levantamento bibliográfico e das informações coletadas e analisadas na fase 1 deste estudo, foi possível elaborar um Programa de Estimulação com a Fluência de Leitura Oral para escolares do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I baseado no Método CBM. Na fase 2 foi possível verificar a eficácia e a aplicabilidade do programa elaborado na fase 1 e foi possível concluir que as estratégias selecionadas para o programa de estimulação são eficazes e podem ser aplicadas em escolares do 1º e 2° ano do Ensino Fundamental I tanto no contexto educacional, como no contexto clínico, auxiliando no processo de ensino aprendizagem de escolares em anos inicais de alfabetização.
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    Eliciação do Acoustic Change Complex com diferentes conjuntos de estímulos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-31) Lima, Karoline Ribeiro de; Frizzo, Ana Claudia Figueiredo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Os Potenciais Evocados Auditivos são exames eletrofisiológicos que nos permitem avaliar de forma objetiva a via auditiva. O Potencial Evocado de Longa Latência forma o complexo P1-N1-P2. O Acoustic Change Complex é observado após P1-N1-P2 e representa o complexo de mudança acústica, eliciado por uma mudança dentro de um estímulo sonoro contínuo e indica que o cérebro detectou mudanças dentro de um som e se o paciente tem a capacidade neural de discriminar os sons. Os resultados desse estudo permitirão o aprimoramento de testes diagnósticos e de todo o aparato de avaliação e promoverá novas perspectivas de reabilitação em favorecimento dos pacientes com dificuldades perceptuais auditivas que tem consequências negativas nas habilidades comunicativas. Objetivo: Caracterizar e comparar o registro de dois estímulos eliciadores do Acoustic Change Complex (ACC) em jovens ouvintes. Método: Estudo do tipo analítico transversal, contou com 10 participantes, normo-ouvintes, ambos os sexos, com idades entre19 e 28 anos de idade, foram separados em grupos de forma randômica, onde o primeiro grupo (G1) Foi analisado o ACC com Estímulo 1 e o segundo grupo (G2) foi analisado com Estímulo 2. O potencial foi registrado utilizando o equipamento de potencial evocado auditivo de dois canais Biologic’s Evoked Potencial System (EP) e fones de ouvido intra-aural ERA-39. O Estímulo 1 era um complexo harmônico na frequência de 150 Hz com uma variação de 20%, ou seja, com uma transição de 150 Hz para 180 Hz. Já o Estímulo 2, complexo harmônico sofre uma transição de 40%, com uma mudança de 150 Hz para 210Hz. Realizou-se análise descritiva (média e desvio padrão) e inferencial dos dados, com teste de normalidade Shapiro-Wilk, seguido pelo teste t de Student - pareado para amostras independentes para comparação entre os grupos. Resultados: Não houve diferença estatística significante quando comparadas as latências dos dois grupos e as respostas de ACC para os Estímulos 1 e 2. Conclusão: O resultado de ambos os grupos e ambos estímulos gerou o ACC e apesar da diferença do complexos harmônicos usado em cada estímulo não podemos afirmar que houve diferença significativa na decodificação entre eles neste estudo.
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    Elaboração e verificação de eficácia educacional de um programa de remediação percepto-viso-motor e leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-17) Marguti, Melissa Pinotti; Capellini, Simone Aparecida [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivos: Este estudo teve por objetivos elaborar e verificar a aplicabilidade um programa de remediação percepto-viso-motor e leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem; verificar a eficácia educacional entre pré e pós-testagem do programa de remediação percepto-viso-motor e leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem. Métodos: O estudo foi desenvolvido em duas fases, sendo a Fase 1 a elaboração e verificação da aplicabilidade de um programa de remediação percepto-viso-motor e leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem e a Fase 2 a verificação da eficácia educacional do programa de remediação percepto-viso-motor e leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem do 4° e 5° ano do Ensino Fundamental. Na fase 1 foi realizado o levantamento bibliográfico e elaborado o programa de remediação percepto-viso-motor e leitura a partir das habilidades de posição no espaço, figura fundo, constância de forma, closura visual, análise e síntese, discriminação visual, ordenação espacial, ordenação temporal, memória visual, nomeação automática rápida, leitura de caracteres, leitura de palavras, leitura de pseudopalavras e leitura de textos. Para a verificação da aplicabilidade, foi realizado um Estudo Piloto com cinco escolares do 4º ao 5º ano do ensino fundamental, com idade de 9 a 10 anos e 11 meses, de ambos os sexos, com dificuldades de aprendizagem para verificar a adequação do programa elaborado na fase 1 deste estudo. Na fase 2 foi verificado a eficácia educacional do programa elaborado após o Estudo Piloto, participaram 18 escolares do 4º ao 5º ano do ensino fundamental, com idade de 9 a 10 anos e 11 meses, de ambos os sexos, com dificuldades de aprendizagem, divididos em dois grupos. Grupo I: (GI): composto por por 9 escolares com dificuldades de aprendizagem que foram submetidos a pré-testagem, intervenção percepto-viso-motora e leitura e pós-testagem; e Grupo II: (GII): composto por 9 escolares com dificuldades de aprendizagem que foram submetidos a pré-testagem e pós-testagem, que não foram submetidos a intervenção percepto-viso-motora e leitura. Todos os sujeitos foram submetidos a aplicação do Teste de Desenvolvimento da Percepção Visual III (DTVP-III); Protocolo de Avaliação dos Processos de Leitura (PROLEC); Protocolo de Avaliação do Desempenho em Fluência de Leitura (ADFLU)em situação de pré e pós-testagem. O desempenho dos escolares foi analisado por meio do Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 25.0 para verificar se ocorreu diferença significante nos escolares evidenciando assim a eficácia educacional do programa elaborado na Fase 1. Resultados: A partir dos resultados e da aplicação do Programa de Remediação Percepto-viso-motor e Leitura no Estudo Piloto, fez se necessário a mudança de alguns estímulos linguísticos. Os resultados mostraram que as estratégias elaboradas no programa de remdiação percepto-viso-motor e leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem apresentou aplicabilidade, ou seja, após a elaboração do programa de intervenção e de sua aplicação nos escolares do estudo piloto, pode-se referir que este programa pode ser generalizado e aplicado em escolares que possuam alteração na habilidade percepto-viso-motora e na leitura. Conclusão: Podemos concluir que o programa elaborado se mostrou eficaz e com aplicabilidade, desta forma, o programa elaborado poderá ser utilizado no contexto educacional e clínico com escolares que apresentam dificuldades precepto-viso-motoras que comprometem o desenvolvimento da leitura.
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    Tradução, retrotradução e adaptação transcultural da The Boston Residue and Clearance Scale (BRACS) para a língua portuguesa do Brasil - parte I
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-14) Scaranelo, Giulia Beatriz Pozena; Silva, Roberta Gonçalves da [UNESP]; Onofri, Suely Mayumi Motonaga [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O uso de escalas com níveis de comprometimento sobre os distintos aspectos da deglutição pode contribuir para potencializar a assertiva tomada de decisão clínica em disfagia orofaríngea. Objetivo: Traduzir para a Língua Portuguesado Brasil a The Boston Residue and Clearance Scale (BRACS). Método: Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição sob o número 67715717.6.0000.5406. As seguintes etapas foram realizadas de acordo com a metodologia proposta por Beaton et al. (2000): Tradução para o idioma alvo, Síntese das traduções e Retrotradução para o idioma original. Resultados: Levando em consideração os aspectos linguísticos e de clareza, os resultados obtidos na etapa de tradução apresentaram discrepâncias no contexto lexical e sintático que foram ajustadas em formato de consenso entre tradutores e autores. Na retrotradução as versões se equiparam. Conclusão: O processo de tradução e adaptação transcultural da The Boston Residue and Clearance Scale foi concluído e encontra-se pronto para a validação.
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    AVQI e CPPS como medida de efeito de terapia vocal intensiva em idosos e sua correlação com a avaliação perceptivo-auditiva
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-10-27) Fernandes, Luana Alves; Fabbron, Eliana Maria Gradim [UNESP]; Brasolotto, Alcione Ghedini; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O Cepstral Peak Prominence Smoothed (CPPS) e o Acoustic Voice Quality Index (AVQI) são indicados na investigação de vozes com desvios vocais e fornecem estimativas válidas da severidade da disfonia e são robustas para verificar os resultados de intervenção terapêutica. Objetivos: Investigar os índices CPPS e AVQI na voz de idosos submetidos à terapia intensiva com progressão de intensidade e de frequência da voz e de duração do tempo máximo de fonação com e sem o uso da eletroestimulação na reabilitação vocal em idosos, além de correlacionar tais medidas acústicas com a avaliação perceptivo-auditiva. Metodologia: foram analisadas as gravações de vozes, de estudo anteriormente desenvolvido, de 35 idosos de ambos os sexos, com idades entre 61 e 82 anos, divididos em Grupo Experimental (GE) e Grupo Controle (GC). O GE realizou a terapia vocal intensiva com progressão de intensidade e de frequência da voz e de duração do tempo máximo de fonação associada à eletroestimulação neuromuscular, e GC, sem tal associação. As gravações foram coletadas nos momentos Pré-terapia vocal (Pré), imediatamente após (PI) e após um mês de finalizadas as sessões terapêuticas (P1M), em sala com tratamento acústico. Foram utilizadas as gravações editadas da vogal “a”, com duração de 3 segundos, e a contagem de números de 1 a 20. Com essas gravações, foi extraído o AVQI por um script do programa PRAAT e, das medidas oferecidas pelo índice, foi de interesse neste estudo, a medida CPPS. Os resultados da avaliação perceptivo-auditiva analisados em estudo anterior foram utilizados para realizar a correlação com as medidas acústicas de interesse. Os desfechos foram analisados em função do grupo de intervenção e do momento de avaliação utilizando-se o teste ANOVA de medidas pareadas. O tamanho de efeito foi mensurado com o teste Eta Quadrado Parcial. Para os valores com diferença estatística, foram realizadas as comparações múltiplas com o Teste de Tukey, com correção de Bonferroni. Para a correlação dos parâmetros de análise perceptivo-auditiva e as medidas acústicas, foi utilizado o Teste de Correlação de Spearman. Considerou-se um nível de significância de 5%. Resultados: Não houve diferença entre os grupos em nenhuma das medidas. Em relação aos momentos de avaliação, houve diferença na comparação das medidas CPPS (p<0,001; η²p=0,680) e AVQI (p<0,001; η²p=0,602). Para o AVQI, o momento Pré apresentou valores maiores que os momentos PI (p<0,001) e P1M (p<0,001). Para o CPPS, o Pré apresentou valores menores que os momentos PI (p<0,001) e P1M (p<0,001). Para a análise de correlação foram utilizados os dados dos dois grupos conjuntamente. Houve correlação positiva entre AVQI e avaliação perceptivo-auditiva e correlação negativa entre CPPS e avaliação perceptivo-auditiva para os parâmetros grau geral, rugosidade, soprosidade e tensão na emissão de vogal sustentada e contagem de números nos diferentes momentos de intervenção. Conclusão: As medidas AVQI e CPPS permitiram detectar mudanças na qualidade vocal após a realização das duas propostas terapêuticas, não mostrando diferenças entre as propostas. Essas medidas acústicas se relacionaram com parâmetros da análise perceptivo-auditiva tanto no momento pré terapia como nos dois momentos após a terapia.
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    Características fonético/fonológicas da sílaba em transposições ortográficas na escrita de crianças do ciclo I do ensino fundamental
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-12) Amarante, Mirian Verza [UNESP]; Chacon, Lourenço [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Muitos estudos tentam descrever o desempenho ortográfico de crianças analisando os erros ortográficos e suas tipologias (omissões, transposições, substituições) presentes na escrita infantil. No entanto, grande parte desses estudos, além de verem erros ortográficos como sintomas ou atraso no percurso da alfabetização, colocam os diferentes tipos de erros num mesmo plano de complexidade. Assumimos, porém, gradiência na relação entre acertos e erros e também gradiência no interior de cada tipo de erro, conforme proposta de Chacon e Pezarini (2018), o que leva a problematizar a tendência da literatura de vê-los num mesmo plano. Assim, realizamos um estudo transversal das características de um tipo de erro específico: a transposição ortográfica. Particularmente, investigamos como características fonético-fonológicas da sílaba permitiriam entender melhor os ajustes silábicos que os deslocamentos de grafemas provocariam no interior da sílaba. Para tanto, analisamos 63 produções textuais de crianças do Ciclo I do Ensino Fundamental. Primeiramente, quantificamos a presença das transposições verificando sua distribuição em: transposições intersilábicas simples e duplas; e transposições intrassilábicas simples e duplas. Depois, observamos os ajustes silábicos resultantes da movimentação das transposições, a fim de compreender se o fenômeno provocaria a manutenção, o aumento ou a redução da complexidade silábica. Como resultado, observamos que 43,6% dos registros de transposições foram do tipo intrassilábica simples; seguida das intrassilábicas duplas (22,7%), intersilábica simples (19,2%) e intersilábica dupla (14,5%). Em relação aos ajustes silábicos, observamos que as transposições envolveram, majoritariamente, sílabas complexas, mas que o funcionamento dos tipos de transposição se mostrou diferente no interior da sílaba: as intersilábicas tenderam a manter a complexidade silábica, enquanto que as intrassilábicas tenderam ao aumento da complexidade silábica. Os resultados mostraram, portanto: (1) uma amostra de escrita já bastante inclinada para as convenções ortográficas; (2) uma gradiência interna das transposições em relação ao acerto; e (3) um diferente funcionamento entre as transposições nas estruturas silábicas. Esperamos que o presente trabalho traga contribuições para um melhor entendimento das bases fonético-fonológicas da ortografia, bem como para o desenvolvimento de práticas pedagógicas e clínicas com a escrita infantil.
  • ItemDissertação de mestrado
    Narrativa oral de histórias em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista sem deficiência intelectual
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-29) Rosa, Kriscia Gobi; Giacheti, Célia Maria [UNESP]; Rossi, Natália Freitas [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A aquisição e desenvolvimento da habilidade para narrar oralmente uma história é influenciada tanto por fatores neurobiológicos quanto sociais e culturais. Nesta direção, estudos têm mostrado que indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar prejuízos na recepção e/ou emissão da linguagem oral, especificamente em habilidades mais complexas, como a narrativa oral de histórias. O presente estudo propõe investigar o desempenho da narrativa oral de histórias em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista sem deficiência intelectual (DI). Participaram deste estudo 27 crianças e adolescentes com TEA sem DI, do sexo masculino, com idade entre 7 e 15 anos e 11 meses, comparadas com 27 crianças e adolescentes com desenvolvimento típico de linguagem oral, selecionadas do banco de dados do Laboratório de Estudos, Avaliação e Diagnóstico Fonoaudiológico (LEAD). Para a investigação da narrativa oral de história foi utilizada a segunda versão do “Test of Narrative Language” (TNL-2), traduzido e adaptado para o português brasileiro. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial para fins de comparação dos escores de compreensão e produção das narrativas do grupo TEA e comparativo. Na compreensão da narrativa oral de histórias, o grupo TEA não apresentou diferença estatisticamente significante quando comparado ao grupo com desenvolvimento típico de linguagem. Entretanto foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos na produção, com desempenho superior para o grupo TEA. Ao investigar o desempenho na produção e compreensão da narrativa oral segundo o estímulo de eliciação (figura única ou figura em sequência) no grupo TEA verificou-se que o desempenho do grupo TEA foi superior quando apresentado uma sequência de figuras, o que não ocorreu na compreensão. Não houve correlação entre o desempenho narrativo (compreensão e produção) do grupo TEA com a pontuação do Quociente Intelectual Total (QIT) e da Avaliação de Traços Autísticos (ATA), entretanto, foi encontrado correlação entre o desempenho narrativo (compreensão e produção) e a idade cronológica para os grupos. Conclui-se que as crianças e adolescentes com diagnóstico de TEA sem deficiência intelectual apresentaram desempenho semelhante na compreensão da narrativa oral de histórias e superior na produção, quando comparados com indivíduos com desenvolvimento típico de linguagem. O desempenho da produção com apoio de figuras em sequência do grupo TEA foi superior quando comparado com a figura única. Houve correlação entre o desempenho narrativo (compreensão e produção) e a idade cronológica dos dois grupos.