Teses - Cirurgia e Medicina Translacional - FMB

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    Engenharia de tecidos em vasos sanguíneos: modelo em coelhos - in vitro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-07-28) Rodrigues, Lenize da Silva; Bertanha, Matheus [UNESP]; Deffune, Elenice [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais responsáveis pela mortalidade da população ocidental, sendo que a doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) representa 5% desse contingente. Pacientes sintomáticos possuem rápida evolução do quadro clínico quando tratados inadequadamente, sendo que cerca de 25% passam por amputação do membro inferior acometido. Com isso, pesquisas recentes vêm mostrando um futuro promissor na terapia regenerativa e substitutiva de tecidos envolvendo células-tronco mesenquimais (CTM) e engenharia celular, incluindo a engenharia de tecidos em vasos sanguíneos (tissue-engineered blood vessels – TEBV). Objetivo: Aprimorar as técnicas de TEBV a partir de modelo animal (coelhos), in vitro, a partir da diferenciação de células-tronco mesenquimais derivadas de tecido adiposo (ASC) em endotélio e músculo liso. Métodos: Veias cavas inferiores (VCI) foram obtidas de 30 coelhos fêmeas, não prenhas, para proceder a descelularização e servirem de scaffold. Cada VCI foi fragmentada em segmentos de 2cm e a descelularização foi realizada por meio de protocolos estabelecidos com Dodecil sulfato de sódio 1% (SDS) por 2h. Para obtenção das ASCs, tecido adiposo (TA) interescapular foi obtido dos mesmos animais doadores das veias cavas inferiores. Após a dissociação enzimática do TA e a expansão da cultura das ASCs em número necessário, estas foram aplicadas na luz dos scaffolds 3D com Puramatrix®, sendo mantidos em placas de cultura de 24 poços, individualmente. Para indução da diferenciação endotelial das células aderidas ao arcabouço, o meio de cultura DMEM foi suplementado com VEGF (50ng/mL), FGF (20ng/mL), IGF (20ng/mL) e GF (20ng/mL), e mantidas por 2, 4 e 8 semanas em cultura. Por análise histopatológica determinou-se o melhor protocolo. A seguir, fez-se a acreção de músculo liso pré-diferenciado por 4 semanas (DMEM+ BMP4 2,5ng/mL e TGF-1 5ng/mL) também com uso de Puramatrix®. Observou-se os resultados histológicos em 2 e 4 semanas e escolheu-se o melhor protocolo. A partir desse resultado, fez-se a quantificação de citocinas no meio de cultura e quantificação da expressão de miRNAs nos neovasos (em triplicata). Resultados: No experimento de endotelização do scaffold, obtivemos uma melhor distribuição celular tempo-benefício para o tempo de 4 semanas. Em sequência, na adesão de músculo liso, observou-se melhores resultados também em 4 semanas de co-cultura. Análises por HE, imunohistoquímica e imunofluorescência comprovaram a diferenciação celular endotelial e músculo liso. Técnica de miRNAs puderam revelar algumas das vias genéticas envolvidas na TEBV, principalmente no que tange a imaturidade celular. Conclusão: O modelo biológico de scaffold de veia cava inferior descelularizado e recelularizado, in vitro, demonstrou boa celularização e diferenciação celular. As técnicas histológicas, análises de citocinas e do perfil global de expressão de miRNAs sugerem que os resultados são promissores para futuro uso da TEBV em modelo in vivo.
  • ItemTese de doutorado
    Níveis de obstrução das vias aéreas superiores identificados por meio da sonoendoscopia, como preditor de apneias obstrutivas do sono persistentes após a adenotonsilectomia.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-05-24) Marão, Antonio Carlos; Weber, Silke Anna Theresa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) acomete 1 a 4% da população infantil, o tratamento padrão ouro é a adenotonsilectomia (AT). Sabe-se que 10 a 35% dos pacientes submetidos a AT permanecem com SAOS residual. A endoscopia do sono induzido por droga (DISE) pode auxiliar no diagnóstico dos níveis de colabamento da via aérea superior (VAS), podendo melhorar estas estatísticas. Objetivos: comparar a relação dos níveis de obstrução das VAS identificados pela DISE com SAOS residual em crianças após a AT. Métodos: estudo de Coorte que avaliou crianças com SAOS confirmada pela polissonografia (PSG), com indicação de adenotonsilectomia (AT). As mesmas foram submetidas à DISE no momento imediatamente anterior a cirurgia e realizaram nova PSG 6 a 9 meses após a cirurgia. Resultados: dos 96 indivíduos, 72 (40 masculinos) finalizaram todas as etapas do projeto, sendo que a média de idade foi de 6,97 anos (3,25 - 9,92). O exame de PSG mostrou média de IAH pré de 10.91 ante 4.06 de IAH pós. Mostrou também que 22 (30.56%) pacientes permaneceram com SAOS residual (IAH >5 e/h). A DISE apontou que 19 indivíduos (26,3%) tinham obstrução maior que 50% na base da língua e 17 (23,61%) na supraglote. A pontuação total na escala de Chan Parik apontou média de score de 7.73 para aqueles que permaneceram com SAOS residual e 7,62 para o restante. Conclusões: a DISE pode ser considerada um exame útil para avaliar outros sítios obstrutivos menos usuais, como base de língua e epiglote. Neste estudo não foi encontrada relação estatisticamente significantes entre obstrução desses sítios e a persistência de SAOS após a AT.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação do risco para apneia obstrutiva do sono após cirurgia ortognática de recuo mandibular: revisão de literatura e meta-análise.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-13) Trindade, Paulo Alceu Kiemle; Weber, Silke Anna Theresa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O recuo mandibular isolado tem sido utilizado como tratamento cirúrgico do prognatismo mandibular associado à má oclusão dentária de classe III. No entanto, acredita-se que o recuo mandibular possa induzir sintomas da apneia obstrutiva do sono (AOS) ao aumentar a resistência da passagem de ar no espaço aéreo faríngeo. Objetivo: avaliar o risco para AOS em indivíduos com prognatismo mandibular submetidos ao recuo mandibular isolado. Método: uma revisão sistemática da literatura (RS) foi realizada por dois revisores independentes nas bases de dados PUBMED, LILACS, EMBASE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE e COCHRANE, utilizando as palavras-chave “mandibular setback surgery” e “obstructive sleep apnea”. Foram incluídos estudos de série de casos que apresentavam dados polissonográficos pré e pós-operatórios, com follow-up mínimo de 6 meses. Resultados: De 931 artigos, 22 foram selecionados para leitura na íntegra e destes, 09 artigos foram incluídos na RS. Foram avaliados 189 pacientes submetidos ao recuo mandibular isolado (6,07 ± 2,53 mm). Não houve diferença estatística apontando um aumento do índice de dessaturação de oxigênio (ODI 3%) pós recuo mandibular (DM: - 0.31, IC 95%: -0,24 a 0,87, p<0,27), tão pouco uma diminuição significativa da saturação mínima de oxigênio (SpO2) pós recuo mandibular (DM: - 0.31, IC 95%: -1,20 a 0,58, p<0,50). No entanto, houve diferença estatística indicando um aumento do índice de apneia e hipopneia (IAH) pós recuo mandibular (DM: 0.45, IC 95%: 0,12 a 0,77, p<0,007). O risco de viés e a qualidade da evidência foram avaliadas pelas ferramentas Modified Delphi technique e pela ROBINS I tool. Conclusões: Esta meta-análise demonstrou que a cirurgia de recuo mandibular isolado de 6,07 ± 2,53 mm leva a um aumento significativo do IAH, sem, contudo, caracterizar valores compatíveis com o diagnóstico de AOS.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação clínica a longo prazo após tratamento cirúrgico de pacientes com Doença de Hirschsprung: a associação de Displasia Neuronal Intestinal do tipo B piora os resultados?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-01) Oliveira, Bruna Camargo de; Lourenção, Pedro Luiz Toledo de Arruda [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Doença de Hirschsprung (DH) é uma malformação congênita caracterizada por ausência de células ganglionares (neurônios) nos plexos nervosos do intestino distal. A DH expressa-se clinicamente por obstrução intestinal no período neonatal ou constipação intestinal grave na infância e seu tratamento é cirúrgico, com ressecção do segmento aganglionar. A Displasia Neuronal Intestinal do tipo B (DNI-B) é outra doença neuromuscular gastrointestinal, caracterizada por complexas alterações do sistema nervoso entérico, com aumento do número de células ganglionares nos plexos. O quadro clínico é muito semelhante ao da DH, mas seu tratamento é preferencialmente clínico. Achados histopatológicos compatíveis com DNI-B, presentes nas peças cirúrgicas de pacientes operados por DH, em segmentos proximais às áreas de aganglionose, não são incomuns. Entretanto, o real impacto desta associação na evolução clínica pós-operatória ainda é incerto. Objetivo: Comparar os resultados clínicos e relacionados à qualidade de vida global, obtidos à longo prazo, após o tratamento cirúrgico, em pacientes com DH associada à DNI-B e em pacientes com DH isolada. Métodos: Foi realizado um estudo de centro único, ambispectivo, observacional, longitudinal e comparativo, com 51 pacientes divididos em dois grupos: Grupo DH, com 35 pacientes com DH isolada, sem associação com DNI-B, e Grupo DH + DNI-B, com 16 pacientes que apresentavam DNI-B nos segmentos proximais às áreas de aganglionose, com comprometimento das margens cirúrgicas. Dados pregressos foram recuperados, incluindo os sinais e sintomas no momento do diagnóstico. Em um segundo momento, os pacientes foram convidados a participar de uma entrevista semiestruturada, na qual foram avaliados aspectos relacionados ao funcionamento intestinal e à qualidade de vida, após um intervalo de tempo mínimo de 5 anos após o tratamento cirúrgico. Resultados: O tempo médio entre a cirurgia e a reavaliação foi próximo de 15 anos. No momento da apresentação clínica, os grupos foram homogêneos para a maioria das variáveis clínicas e demográficas analisadas. Na reavaliação, houve diferenças significativas para a avaliação do resultado do tratamento, com o grupo DH apresentando maior proporção de pacientes com status de “tratamento bem sucedido sem necessidade de laxantes” (71,4% x 31,2%; p=0,007 (Fisher)) e com o grupo DH + DNI-B apresentando maior proporção de pacientes com status de tratamento “bem sucedido com necessidade de laxantes” (0% x 18%; p=0,027 (Fisher)) e para a dimensão física da qualidade de vida global, pelo instrumento PedsQL 4.0, em que o grupo DH apresentou melhores indicadores do que o grupo DH + DNI-B (87,5 (82,8/100) x 76,56 (62,94/85,9); p=0,014 (Mann-Whitney)). Conclusão: Os pacientes com DH associada a DNI-B, apresentaram, a longo prazo, piores resultados de tratamento, com maior necessidade do uso de medicações laxativas e pior qualidade de vida global relacionada a aspectos físicos.
  • ItemTese de doutorado
    Timectomia ampliada versus timectomia simples para tratamento de Miastenia Gravis: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-27) Reis, Tarcísio Albertin dos; Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]; Cataneo, Antônio José Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: Demonstrar através de revisão sistemática se a timectomia ampliada confere melhores resultados no pós-operatório (PO) do que a timectomia simples no tratamento da Miastenia gravis (MG). Métodos: Foram pesquisadas as bases Medline, Embase, Lilacs, Scopus, Web of Science e Central para busca de estudos observacionais que avaliaram os resultados PO da timectomia ampliada (TA) ou da timectomia simples (TS) no tratamento da MG. Os desfechos avaliados foram: Remissão completa (RC), qualquer tipo de melhora, sem mudança (SM), piora, óbito, crise miastênica, reoperação e sangramento. Foi feita análise de subgrupos para o desfecho RC de acordo com a presença ou não de timoma e de acordo com acesso cirúrgico. Cada desfecho foi analisado por metanálise proporcional, realizada pelo programa StatsDirect 3.1.20. Nas comparações das prevalências entre duas proporções, foram analisados os intervalos de confiança: se não ocorresse a sobreposição dos intervalos de confiança haveria diferença entre elas, se ocorresse, a comparação seria através de um ajuste de regressão logística com correção de Williams para os casos que ocorressem superdispersão de dados. Resultados: O número total de pacientes avaliados em 121 estudos selecionados foi de 10818. Houve 95 estudos que avaliaram a TA com 8974 pacientes e 26 estudos avaliaram a TS com 1844 pacientes. Não houve diferença entre os desfechos avaliados: RC (p: 0,8968), qualquer tipo de melhora (p: 0,3671), SM (p: 0,575), piora (p: 0,5973), óbito (p: 0,0573), crise miastênica (p: 0,4243), reoperação (p: 0,5805) e sangramento (p: 0,9686). Na análise de subgrupos, não houve diferença na RC entre os portadores de timoma (p: 0,2252) e não portadores de timoma (p: 0,7138). Dentre os que fizeram TS, não houve diferença na RC dos submetidos a esternotomia ou cervicotomia (p: 0,8883). Dentre os que fizeram TA, não houve diferença entre os que fizeram esternotomia ou videotoracoscopia (p: 0,2178). Conclusão: não foi demonstrado superioridade da TA sobre a TS. Não foi possível demonstrar superioridade de qualquer acesso cirúrgico em relação a RC. Não foi demonstrado diferença na RC entre os pacientes portadores ou não de timoma.
  • ItemTese de doutorado
    Padrões de adaptação da coluna lombar de ortostase para o decúbito dorsal e suas relações com lesão discal em pacientes sintomáticos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-10-06) Mariúba, Eduardo Sávio de Oliveira; Sobreira, Marcone Lima [UNESP]; Volpi, Mauro dos Santos [UNESP]; Ferreira Junior, Rui Seabra [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Desde o desenvolvimento embrionário até o fim da maturidade esquelética, a coluna e a pelve passam por modificações de alinhamento para que o indivíduo possa manter a atitude em ortostase. Para situações diferentes da ortostase, como se sentar ou se deitar, a coluna apresenta um novo alinhamento, buscando também o equilíbrio. O objetivo deste estudo foi identificar quais os padrões de adaptação que ocorrem na pelve e na coluna lombar na mudança da ortostase para o decúbito dorsal e avaliar a relação entre esse processo de adaptação e a presença de lesão discal lombar. Foram identificados correlações e coeficientes de determinação (R2) fortes, para os valores angulares medidos tanto em ortostase quanto em decúbito, gerando modelos propostos. Foi identificado que os segmentos proximais (L1-L4) e distais (L4-S1) da coluna lombar se comportam de forma diferente na mudança de atitude, sendo fundamentais para a adaptação em momentos distintos. Os padrões demonstraram relação com a lesão e a proteção discal, assim como manifestações específicas relacionadas aos tipos de Roussouly.
  • ItemTese de doutorado
    A eficácia do dicloridrato de betaistina no tratamento de adultos com zumbido primário: um estudo clínico placebo controlado, triplo cego e randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-20) Castilho, Gustavo Leão [UNESP]; Martins, Regina Helena Garcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O dicloridrato de Betaistina pode melhorar o zumbido, atuando na otimização do fluxo sanguíneo coclear e das funções auditivas centrais. Ele é um tratamento seguro, de baixo custo, amplamente utilizado, para o qual faltam estudos sobre a sua eficácia no tratamento do zumbido primário. Objetivo: testar a eficácia da Betaistina no tratamento de adultos com zumbido primário. Casuística e Métodos: ensaio clínico, randomizado (1:1), controlado por placebo, realizado entre 1 de novembro de 2018 e 4 de julho de 2021. A intervenção foi a Betaistina 24 mg a cada 12 horas ou um placebo correspondente, ambos por 90 dias. O desfecho primário foi o Tinnitus Handicap Inventory (THI) e os secundários foram o Clinical Global Impression Improvement (CGI-I) e uma pergunta aos participantes "Sim" ou "Não" sobre a percepção de melhora dos sintomas. Resultados: o recrutamento selecionou 284 participantes; destes, 62 foram randomizados entre os 2 grupos de estudo (Grupo Betaistina n-31; grupo placebo n-31); a idade dos participantes foi de mediana (IQ) 54 (48 a 60) anos, com número equilibrado de homens e mulheres. Não houve diferença na evolução THI após o tratamento entre os grupos de estudo (diferença mediana, −2 pontos; IC 95%, −8 a 6 pontos); o THI após a intervenção foi de mediana (IQ) 4 (-4 a 14) pontos mais baixos no grupo Betaistina, e de mediana (IQ) 2 (- 6 a 10) no grupo placebo. Conclusão: o dicloridrato de Betaistina mostrou-se ineficaz no tratamento do zumbido primário em adultos.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação do impacto inicial da eletroestimulação transcutânea parassacral em crianças com constipação intestinal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-06-28) Coelho, Giovanna Maria; Lourenção, Pedro Luiz Toledo de Arruda [UNESP]; Machado, Nilton Carlos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Crianças com constipação funcional respondem bem ao tratamento médico convencional, mas um subconjunto dessa população pode apresentar uma resposta insatisfatória e uma melhora não significativa dos sintomas. A estimulação elétrica transcutânea parassacral (EETP) através de eletrodos colocados sobre a região parassacral pode ativar conexões neuronais aferentes, de maneira não invasiva, levando à reflexos sacrais que podem melhorar a motilidade do cólon. Dessa forma, a EETP pode ser considerada um método promissor, seguro e não invasivo para o tratamento da constipação. Entretanto, não há estudo detalhado publicado que investigue seu uso desse método em crianças com constipação funcional. Foi realizado um estudo unicêntrico, prospectivo, longitudinal e intervencional desenvolvido para avaliar a aplicabilidade e os resultados clínicos da EETP em crianças com constipação funcional. As crianças foram submetidas a sessões diárias de EETP transcutânea por um período de 4 ou 8 semanas. Todas as crianças também participaram de entrevistas semiestruturadas, uma em cada uma dos quatro momentos de avaliações: uma semana antes do início da intervenção; imediatamente após as quatro semanas intervenção; imediatamente após oito semanas de intervenção; e quatro semanas após o final do período de intervenção. Nessas entrevistas, foram avaliados os aspectos relacionados ao hábito intestinal e qualidade de vida. Houve melhora significativa da frequência evacuatória, da consistência das fezes, do esforço evacuatório e da dor para evacuar após os períodos de intervenção. Também, uma melhora significativa dos indicadores de qualidade de vida global, principalmente relacionada à esfera psicossocial e total, após quatro semanas e oito semanas de intervenção. Esta melhora na função intestinal e na qualidade de vida se mantiveram mesmo após quatro semanas do término da intervenção. Assim, a EETP transcutânea mostrou-se um método promissor e eficaz, promovendo aumento do número de evacuações e melhora da consistência das fezes, levando a uma melhora direta na qualidade de vida, de crianças com constipação intestinal.
  • ItemTese de doutorado
    Eficácia da fotobiomodulação no tratamento das mucosites orais em pacientes submetidos à terapia antineoplásica: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-30) Cruz, Adriana Regina; Cataneo, Antônio José Maria [UNESP]; Minicucci, Eliana Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A mucosite oral (MO) é uma inflamação da mucosa oral decorrente da citotoxicidade causada pela terapia antineoplásica e, é caracterizada por ulcerações que causam dor, disfagia e desconforto ao paciente. A fotobiomodulação (FBM) tem sido aplicada no tratamento da MO por promover a biomodulação celular, a aceleração do processo de cicatrização, a modulação da inflamação e diminuição da dor. Objetivo: Avaliar a eficácia da FBM no tratamento da MO. Métodos: foi realizada revisão sistemática e metanálise de estudos que avaliaram o tratamento da MO com o uso da FBM. Estes estudos foram encontrados nas bases de dados eletrônicos: LILACS, MEDLINE, EMBASE, COCHRANE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE, CINAHL e no clinical trials. A busca foi iniciada em 2019 e atualizada até setembro de 2021. Os critérios de elegibilidade foram: ensaios clínicos randomizados, não randomizados e observacionais que utilizaram a FBM para o tratamento da MO. Os desfechos foram redução da severidade da MO, duração das lesões de MO e redução da dor na mucosa oral. Para análise dos dados, utilizou-se o progama Review Manager 5.4 e para avaliação da qualidade da evidência no desfecho primário foi empregado o sistema GRADE. Resultados: dos 316 artigos encontrados, 260 foram selecionados para leitura de título e resumo, dos quais 223 foram excluídos. Foram eleitos para leitura na íntegra 37 artigos, sendo que 6 foram incluídos na revisão, totalizando 299 pacientes. O tratamento foi a FBM. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo FBM isolada ou associada a outras terapias e grupo controle que não usou a FBM. Para o desfecho redução da severidade da MO a chance de redução da MO foi maior no grupo da FBM comparado ao grupo controle. Para os desfechos duração das lesões de MO e redução da dor na mucosa oral foi realizada a diferença ponderada das médias para cada estudo mas, não foi possível realizar a metanálise devido a alta heterogeneidade entre os estudos. Conclusão: A FBM mostrou-se efetiva no tratamento da MO reduzindo a sua severidade e resultando em melhoria clínica e bem estar do paciente submetido ao tratamento antineoplásico.
  • ItemTese de doutorado
    Integração entre hospital terciário e unidades básicas de saúde: projeto real - redesenhando a alta hospitalar
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-12) Coelho, Monique Antonia [UNESP]; Ortolan, Érika Veruska Paiva [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A readmissão hospitalar evitável gera custos ao Sistema Único de Saúde (SUS), além de causar sofrimento social ao paciente. A Taxa de Readmissão tem sido usada como indicador para planejamento em saúde na gerência de planos privados de saúde e em sistemas de saúde internacionais. Seguindo a proposta do SUS da hierarquização da assistência, a integração otimizada das equipes de assistência poderia diminuir as readmissões. Objetivos: 1. Aplicar uma sistematização de alta para um grupo de pacientes internados em hospital terciário do Sistema Único de Saúde como ferramenta de otimização da integração hierarquizada e avaliar os resultados das intervenções de transição do cuidado no momento de internação até o pós-alta hospitalar; 2. Avaliar a qualidade da transição do cuidado e comparar sua associação às taxas de readmissão hospitalar não planejada em até trinta dias após a alta com os anos anteriores à sistematização; 3. Desenvolver e aplicar ferramenta informatizada em plataforma específica para comunicação dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde com os profissionais do hospital terciário. Métodos: Por um período de um ano, pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu nas especialidades Clínica Médica Geral (CMG) e Cirurgia Geral (CG), provenientes do município de Botucatu, foram randomizados em dois grupos. Os pacientes e familiares do Grupo Intervenção (GI) receberam orientações desde o início da internação, na alta hospitalar, e no pós-alta, com informações em formato de protocolos padronizados a respeito da sua patologia e de sinais de alerta e itinerário terapêutico pós-hospitalar. O plano de alta, bem como as informações recebidas e compreendidas pelo paciente ou familiar, além de agendamento de retornos na UBS (independente dos retornos no centro terciário), uso correto da medicação e das demais orientações no seguimento foram registrados. O Grupo não intervenção (GNI) permaneceu com procedimentos habituais de alta, sem orientações protocoladas, e sem seguimento integrado da assistência nas Unidades Básicas de Saúde. Todos os pacientes foram acompanhados por um período de 6 meses após a alta hospitalar. Resultados: os pacientes da CMG eram mais velhos, possuíam mais comorbidades, permaneceram mais tempo internados quando comparados aos da CG. Não houve diferenças entre os GI e GNI quanto ao conhecimento de seu diagnóstico e entendimento das orientações na alta. Não houve diferenças entre taxas de readmissão em 30 dias entre os grupos em ambas as especialidades. Houve redução da readmissão de ambas as especialidades quando comparadas com os anos de 2018 e 2019. Conclusão: Foi estabelecida e incorporada a sistematização da alta, que apesar de não ter apresentado diferenças entre GI e GNI por serem os mesmos médicos a interagirem com os pacientes em ambos os grupos, teve como consequência a diminuição das readmissões hospitalares não planejadas em 30 dias. A ferramenta digital “Segunda Opinião” foi integrada e aplicada entre as redes de atenção à saúde, promovendo o acompanhamento comunitário e multiprofissional, melhorando a comunicação entre as redes de atenção, fornecendo subsídios para a tomada de decisão, reduzindo-se as lacunas nas transições de cuidado.
  • ItemTese de doutorado
    Prevalência de tracoma em Jaú e fatores associados
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-21) Schaal, Luisa Fioravanti [UNESP]; Schellini, Silvana Artioli [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O tracoma é considerado a primeira causa infecciosa de cegueira, sendo que a presença e persistência da doença estão diretamente relacionadas com condições socioeconômicas e fatores ambientais. É uma doença de notificação compulsória no estado de São Paulo – Brasil; porém, em Jaú, um município localizado no estado não há registros de casos de tracoma há cerca de 10 anos. Em 2006, Bauru apresentava prevalência de 3,8% da doença e Botucatu, no ano de 2013 apresentava prevalência de 3,14%. O município de Jaú é bastante próximo a Bauru e a Botucatu. Considerando isso, a pergunta que fica é se há um controle da doença no município ou se o diagnóstico de tracoma em Jaú não tem sido feito nos últimos anos. A realização de uma busca ativa de tracoma em escolares poderia responder a esta pergunta. Além disso, para a pesquisa de fatores de risco para a doença na comunidade o padrão-ouro é a busca ativa nos domicílios, porém requerem dispêndio de grande energia e recursos. Portanto, o uso de dados oficiais, como os do censo demográfico nacional, talvez pudesse auxiliar na detecção das condições associadas para manutenção da doença. Desde o início do século XX tem-se hipotetizado a associação do tracoma com fatores climáticos e geográficos. Os diversos fatores interagem entre si, portanto, é plausível predizer a distribuição espacial usando associação entre prevalência e variáveis ambientais. Objetivo: Avaliar se a forma inflamatória do tracoma está presente em escolares de 1 a 9 anos no município de Jaú, assim como avaliar se há possíveis bolsões da doença nesse município para permitir estratégias de controle da doença. Verificar se os dados obtidos de fontes oficiais podem ser úteis para identificar possíveis fatores de risco associados a bolsões de tracoma. Além disso, comparar as diferentes taxas de prevalência do tracoma encontradas no Brasil com as variáveis climáticas de cada localidade, para identificar possíveis fatores associados com a doença. Material e métodos: Estudo transversal, randomizado, com amostra estratificada e aleatória, envolvendo escolares de 1 a 9 anos de idade, das creches e escolas municipais do Município de Jaú, no ano de 2018. Exames seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde foram realizados nas escolas. A distribuição dos casos dentro do município foi avaliada por geoprocessamento. Dados recuperados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) e o mapa de abrangência das escolas municipais foram utilizados para determinar os setores censitários contendo crianças portadoras de tracoma (grupo tracoma), sendo estes comparados a dados dos setores de crianças que não apresentaram a doença (grupo controle). Foram comparadas variáveis socioeconômicas e sanitárias disponíveis no Censo. Dados de prevalência de treze pesquisas para tracoma realizados no Brasil, publicadas a partir de 2010 em diferentes localidades e seus respectivos IDH, densidade populacional e variáveis climáticas foram comparados. Resultados: Foram incluídas 44 escolas, sendo examinadas 4.619 crianças, com detecção de 126 casos de tracoma e prevalência total de 2,65%. A prevalência foi maior nas crianças de 6 a 9 anos (3,01%) que nas crianças de 1 a 5 anos (2,42%). O município apresentou regiões de maior concentração de casos positivos da doença, próximos a três escolas localizadas em bairros de menor condição socioeconômica. O município contém 17 áreas de abrangência escolares, sendo que para cada área de abrangência a média do número de escolas foi de 2,5. A média de moradores por domicílio foi de 3,3, sem diferença estatística entre os setores com casos de tracoma e os sem casos. Das variáveis do censo analisadas, apenas o número de domicílios próprios e quitados se correlacionou com a presença de casos de tracoma. Treze estudos foram selecionados para análise dos fatores climáticos, com 27 localidades diferentes e coleta de dados entre 2000 a 2019. No total 42.944 crianças foram examinadas, com média de 1590 crianças em cada município e prevalência variando de 0 a 54,3%, com média 6,2%. 50% dos municípios apresentam IDH acima de 0,67, considerado como médio. A temperatura média foi de 24,6oC com pouca variabilidade. Houve grande variabilidade da precipitação anual e nos meses mais secos e mais chuvosos. No modelo de regressão linear múltipla observou-se apenas que a prevalência de tracoma diminuiu significativamente para amostras mais recentes. Conclusão: A prevalência de tracoma inflamatório em crianças de 1 a 9 anos no município de Jau foi de 2,65% e os casos positivos estavam localizados em áreas de menores condições socioeconômicas. O uso dos dados do censo demográfico não é útil para identificar possíveis fatores de risco associados aos bolsões de tracoma no município de Jaú. A análise de fatores climáticos associados à doença no Brasil não é a melhor estratégia para a programação de ações de combate à doença em nosso país. Porém, a prevalência do tracoma sofre influência de diversos fatores associados.
  • ItemTese de doutorado
    Efeito protetor do chá de hibisco nas alterações estruturais da bexiga de ratos obesos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-24) Pajolli, Pedro Ivo Rocchetti; Amaro, João Luiz [UNESP]; Kawano, Paulo Roberto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    INTRODUÇÃO: A obesidade é um problema de saúde pública mundial devido às altas taxas de acometimento na população em geral. A obesidade acarreta distúrbios como aumento de processos inflamatórios, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alterações renais. É um fator de risco para os sintomas do trato urinário inferior (LUTS), como bexiga hiperativa e incontinência urinária e tem alta prevalência na população diminuindo a qualidade de vida dos pacientes. Embora abordagens clínicas tenham sido adotadas para o tratamento da obesidade, sabe-se que a ingestão do extrato do Hibiscus sabdariffa (HB) apresenta diversos benefícios à saúde e têm efeitos anti-obesogênicos. O objetivo do presente estudo foi avaliar, utilizando um modelo experimental de obesidade, os efeitos protetores do chá de Hibisco (HB) na bexiga de ratos. MÉTODOS: Foram divididos de forma randômica, em quatro grupos experimentais, 48 ratos machos da linhagem Wistar: G1 (n=12), grupo controle onde os animais receberam dieta padrão e água ad libitum; G2 (n=12), grupo controle + chá de HB; G3 (n=12), grupo obesidade, no qual os animais receberam dieta hiperlipídica palatável (DPH) e água ad libitum e G4 (n=12), grupo obesidade + chá HB conforme especificado no grupo 2. Todos os animais foram avaliados semanalmente quanto ao peso corpóreo, diariamente em relação à ingestão de ração, água e chá de HB, de acordo com o grupo alocado. Após 16 semanas, foi realizada a eutanásia dos animais para avaliar: níveis de creatinina, citocinas inflamatórias, colesterol, triglicérides e eletrólitos, além da coleta da bexiga dos animais para análise histopatológica. RESULTADOS: O chá de HB foi capaz de diminuir as taxas de LDL e triglicerídeos no grupo G2. A leptina mostrou-se elevada nos grupos que receberam DPH. O chá de HB foi capaz de diminuir os níveis de citocina pró-inflamatória IL-1α nos grupos G2 e G4. Notório que no G4 os animais apresentaram uma diminuição da espessura das fibras musculares da bexiga em comparação ao grupo controle (G1) e houve um aumento significativo da espessura das mesmas nos animais do grupo G3 em relação ao G4. Houve ainda um aumento de fibras de colágenos no grupo G4 quando comparado ao grupo G1. CONCLUSÃO: Pode-se ressaltar que o HB apresentou papel anti-inflamatório, foi capaz de reverter a lipidemia e reduzir os efeitos deletérios da obesidade na musculatura vesical.
  • ItemTese de doutorado
    Investigação da relação entre achados clínicos e histopatológicos em pacientes com Displasia Neuronal Intestinal tipo B
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Gonçalves, Anderson Cesar; Lourenção, Pedro Luiz Toledo de Arruda [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Displasia Neuronal Intestinal do tipo B (DNI-B) é uma entidade patológica, do grupo das doenças neuromusculares gastrointestinais. O diagnóstico de DNI-B é realizado a partir da análise histopatológica das biópsias de reto de pacientes que apresentam constipação intestinal, habitualmente refratária ao tratamento clínico, demonstrando sinais de hiperplasia dos plexos nervosos da submucosa. A indefinição sobre a relação causal entre os achados histológicos e os sintomas clínicos vem sendo apontada como o principal ponto a ser elucidado na investigação científica relacionada à DNI-B. Este parece ser o elo ainda pendente para a real caracterização da DNI-B como uma doença e para o estabelecimento definitivo de seus critérios diagnósticos e possibilidades terapêuticas. Objetivo: investigar a associação entre os achados histopatológicos, identificados em pacientes com DNI-B, e os sintomas clínicos presentes no momento do diagnóstico. Métodos: Trata-se de um estudo de centro único, retrospectivo, não-controlado, descritivo e analítico. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição. Foram incluídos 27 pacientes, com idade entre 0 e 15 anos, que haviam recebido o diagnóstico de DNI-B, com base nos critérios histopatológicos propostos no Consenso de Frankfurt (1990) e que haviam sido submetidos a tratamento cirúrgico, por meio de ressecções extensas do cólon e do reto. Os prontuários médicos foram recuperados para obtenção de dados relacionados ao hábito intestinal, presentes no momento do diagnóstico, incluindo o Intestinal Symptom Index (ISI), que é um índice proposto para resumir os sinais e sintomas mais comuns no curso clínico da DNI-B. Foram obtidos, também, dados da análise histopatológica detalhada das peças cirúrgicas. Foi realizada análise fatorial exploratória, aplicando o método de componentes principais para agrupamentos, com rotação Varimax. Foi estabelecido o ponto de corte de 0,5 para as cargas fatoriais. A distribuição dos escores dos dois fatores determinados foi realizada por meio de gráfico de escores. O nível de significância foi de 5% e a análise foi realizada no software SASv. 9.4. Resultados: A análise fatorial exploratória permitiu a investigação das relações entre sintomas clínicos e características histopatológicas. Esta análise determinou 2 fatores principais, que explicam quase a metade das variações possíveis. O Fator 1, responsável pela maior parte das variações explicadas, foi composto por variáveis histopatológicas e por algumas variáveis clínicas de gravidade, como a necessidade de realização de lavagens intestinais e a presença de evacuações com sangue. O Fator 2 foi composto pelos principais sintomas, incluindo o ISI. Após o procedimento de rotação fatorial, foi possível identificar associação entre os principais componentes destes 2 fatores, através de representação gráfica, ficando evidente as relações de proximidade entre os valores do ISI e as alterações histopatológicas associadas à DNI-B, representadas principalmente pela hiperganglionose. Estes componentes levaram à uma mesma direção no gráfico, contribuindo para um mesmo sentido clínico, nas relações investigadas entre sintomas e alterações histopatológicas. Conclusão: Há associação entre sintomas e alterações histopatológicas na DNI-B. Isto reforça a teoria de que a DNI-B seja realmente uma doença, com sintomas específicos e alterações orgânicas no trato gastrointestinal.
  • ItemTese de doutorado
    Cavidade anoftálmica adquirida: avaliação da influência dos implantes orbitários cônicos ou esféricos sobre as versões do olhar e sobre o posicionamento do supercílio e das pálpebras superiores e inferiores; e percepção dos oftalmologistas oculoplásticos com relação ao manejo do portador de cavidade anoftálmica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-25) Bigheti, Carolina Pereira; Schellini, Silvana Artioli [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Existem vários aspectos da cavidade anoftálmica a serem melhor estudados. Os movimentos do implante orbitário e da prótese ocular externa (POE) não são semelhantes aos do olho normal e este é um ponto muito importante a ser melhor compreendido. A posição das pálpebras nas cavidades anoftálmicas é outra questão difícil. Muitas são as alterações relatadas nos pacientes com cavidade anoftálmica mesmo com a reposição da falta de volume com implantes orbitais e com a POE instalada. O tratamento da cavidade anoftálmica é realizado há muitos séculos. No entanto, existem discrepâncias entre os oculoplásticos relacionados ao manejo dos pacientes com cavidade anoftálmica. Levando em consideração esses três pontos principais como nosso propósito, foram realizados três estudos, conforme segue: 1. Foi analisada a amplitude de movimento dos implantes cônicos ou esféricos orbitários, com e sem a POE, tendo o olho normal contralateral como grupo controle. Vinte indivíduos receberam implantes cônicos de biosilicato e 16, implantes esféricos de PMMA. Fotografias digitais padronizadas foram obtidas para cada paciente nas quatro direções do olhar e as medidas computadorizadas foram realizadas com o programa Image J. As profundidades do fórnice superior e inferior foram medidas por meio de réguas. Como resultados, a mediana da amplitude de movimento sem POE em comparação ao olho normal contralateral foi menor com implantes cônicos em supradução, abdução e adução. Os implantes esféricos tiveram movimento reduzido apenas na abdução. A amplitude de movimento foi semelhante entre os implantes cônicos e esféricos sem POE em todas as versões do olhar, e sempre menor em comparação ao olho normal contralateral. A mediana da amplitude de movimento com a POE foi -3,05mm (p = 0,001) do que sem a POE em abdução, e -2,07mm (p = 0,020) em adução, independente do formato do implante. A profundidade do fórnice não afetou a amplitude de movimento dos implantes orbitários nem da POE. 2. A posição das pálpebras e do supercílio foi avaliada por meio de imagens fotográficas de 21 pacientes que tiveram a cavidade anoftálmica reconstruída com implantes cônicos e 17, com implantes esféricos. Foram analisadas as distâncias margem-reflexo (DMR) 1 e 2, distância da borda inferior do supercílio até a margem palpebral superior (DMSS) na posição primária do olhar e na infradução, fenda palpebral vertical e horizontal, sulco superior da pálpebra, ângulos palpebrais interno e externo. Todas as medições foram feitas com um POE em posição e as medidas computadorizadas foram realizadas com o programa Image J. Todos os dados obtidos foram transferidos para uma planilha de dados Excel e comparados com o olho normal contralateral usando análise estatística. Como resultados, a DMR 1 e 2, DMSS, fenda palpebral vertical, ângulos interno e externo na posição primária do olhar foram semelhantes nas cavidades anoftálmicas e nos olhos normais contralaterais, independentemente do implante ser cônico ou esférico. Com os implantes cônicos, a DMSS na infradução foi menor do que com os implantes esféricos e do que os olhos normais contralaterais. A fenda palpebral horizontal foi menor e o sulco superior palpebral mais profundo nas cavidades anoftálmicas do que nos olhos normais contralaterais, independentemente do formato do implante. 3. A opinião sobre o manejo dos portadores de cavidades anoftálmicas pelos cirurgiões oculoplásticos foi obtida por meio de um questionário na web, convidando oftalmologistas que prestam assistência aos portadores de cavidades anoftálmicas e são membros da Sociedade Brasileira ou Espanhola de Cirurgia Plástica Oftálmica a responderem um questionário. Os dados foram coletados sobre a demografia e experiência dos cirurgiões no tratamento da cavidade anoftálmica, sua relação com os ocularistas e se o oftalmologista aborda questões relacionadas ao uso e manuseio do POE, bem como autoestima e satisfação dos pacientes. A frequência e as proporções percentuais das respostas foram analisadas estatisticamente. De acordo com a opinião dos especialistas, o olho cego doloroso (58,1%) é a causa mais frequente de perda do bulbo ocular. A maioria dos portadores anoftálmicos está recebendo implante orbitário de polietileno poroso (45,1%) ou implante de PMMA (38,4%) em suas órbitas e os eventos mais comumente observados pelos especialistas foram sulco superior da pálpebra profundo (70,6%), secreção (63,8%) e depósitos na POE (39,5%). Nenhum consenso foi encontrado para os cuidados com a POE, parâmetros observados no seguimento ou período para substituir a EOP. Conclusão: Os implantes cônicos e esféricos proporcionam amplitude de movimento semelhante em todas as versões oculares e as profundidades do fórnice não influenciam nisso. A amplitude de movimento com ambos os implantes foi significativamente limitada na abdução e foi ainda mais reduzida se o POE estivesse no lugar. Implantes cônicos ou esféricos mostraram influência semelhante na posição das pálpebras e do supercilio quando na posição primária do olhar. Na infradução, a DMSS foi menor com implantes cônicos. Mudanças como uma fenda palpebral horizontal menor e um sulco superior palpebral mais profundo ocorreram com os implantes cônicos ou esféricos. O estudo de pesquisa na web relata a ausência de padrões na prática dos cirurgiões oculoplásticos brasileiros e espanhóis para o tratamento de cavidades anoftálmicas e gerenciamento de POE. Não há consenso sobre o manejo dos portadores de cavidade anoftálmica e são necessárias diretrizes para o manuseio e acompanhamento
  • ItemTese de doutorado
    Tratamento para correção de coarctação da aorta em crianças: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-31) Deucher Junior, Zildomar; Cataneo, Antônio José Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Contexto: A coarctação de aorta é um estreitamento, em qualquer região entre o arco aórtico e a bifurcação da aorta abdominal. A correção cirúrgica foi o primeiro método terapêutico empregado e até agora é o mais utilizado. Mais recentemente, a angioplastia com cateter-balão foi desenvolvida e se tornou uma opção viável no manejo dessa doença.Objetivo: Avaliar a efetividade e segurança da angioplastia por balão quando comparada à cirurgia aberta para correção de coarctação de aorta em crianças. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos aleatorizados que comparam a cirurgia com a angioplastia por cateter balão em crianças com coarctação de aorta. Foi realizada busca eletrônica com estratégia de busca específica para esta revisão através das bases de dados: MEDLINE, Registro de Ensaios Controlados da Cochrane (CENTRAL), EMBASE, Web of Science, LILACS e selecionados os estudos que preencheram os critérios de inclusão. Os desfechos avaliados foram o gradiente de pressão transcoarctação no pós-operatório, recoarctação, aneurisma e outras complicações pós-intervenção. Foram avaliadas as referências encontradas pela estratégia de busca e aplicados os critérios de inclusão nos estudos selecionados usando as escalas de qualidade metodológica do Cochrane Handbook. Não houve restrições de idioma. Resultados: Foram identificados 912 estudos após exclusão de duplicatas. Destes, após exclusão dos estudos sem interesse para a revisão foram selecionados 34 estudos para leitura completa do texto. Após avaliação detalhada, três dos estudos com 94 pacientes foram incluídos. Não houve diferença entre as intervenções nos desfechos gradiente de pressão transcoarctação, aneurisma e outras complicações, mas o risco de recoarctação foi maior nos pacientes submetidos à angioplastia por cateter balão. Conclusão: Conclui-se da presente revisão que a aortoplastia com balão tem eficácia comparável a cirurgia na fase aguda, com a mesma segurança, mas apresenta um risco maior de recoarctação. Palavras-Chaves (Descritores): Constriction pathologic, aortic coarctation, open surgery, balloon angioplasty, clinical trial.
  • ItemTese de doutorado
    Alterações de líquor e imunofenotipagem linfocítica em modelos experimentais de Neurocisticercose Extraparenquimatosa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-26) Alves Junior, Aderaldo Costa; Zanini, Marco Antonio [UNESP]; Hamamoto Filho, Pedro Tadao; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Neurocisticercose (NCC) é uma doença de grande prevalência mundial, levando a um alto impacto social e na saúde pública. A forma extraparenquimatosa da doença ocorre quando o cisticerco está presente no espaço subaracnóideo dos pacientes, provocando uma reação inflamatória no líquor (LCR) que cursa com grave sintomatologia e altas taxas de morbimortalidade. Modelos experimentais de NCC têm grande importância por permitir o melhor entendimento da doença e assim otimizar a terapêutica. Objetivamos neste estudo analisar as alterações no líquor e sistema nervoso central (SNC) de animais infectados com Taenia crassiceps em seus espaços subaracnoideos, bem como caracterizar as linhagens linfocitárias envolvidas na resposta inflamatória cerebral. Na primeira parte do estudo, 39 coelhos foram submetidos à inoculação de cistos (grupo 1, ninicial=20, nfinal=13) ou antígenos (grupo 2, ninicial=19, nfinal=12) de T. crassiceps por meio de punção das cisternas magnas, sendo observados por 6 meses com coletas periódicas de LCR para análise laboratorial, imagens de ressonância magnética (RM) e remoção encefálica para análise histopatológica. Os coelhos apresentaram aumento de celularidade e proteinorraquia no líquor com pico em duas semanas e recuperação em até três meses, sendo mais significativos no grupo 1 (cistos), além de modificação no padrão celular liquórico para um predomínio linfocitário persistente. Houve também aumento nos volumes ventriculares (hidrocefalia presente em 64,3% dos animais do grupo 1 e 55,6% do grupo 2) e na cisterna quadrigeminal (alargamento cisternal presente em 92,9% dos animais do grupo 1 e 66,7% do grupo 2) nas imagens de RM, enquanto que a análise histopatológica evidenciou padrão de meningite linfocitária discreta na maioria das lâminas de ambos os grupos e uma densidade de neurônios inferior no grupo inoculado com cistos (grupo 1) em relação ao grupo 2 (antígenos). O modelo experimental mostrou-se viável e prático em coelhos, reproduzindo as alterações observadas na NCC humana. Já na segunda parte do projeto, a imunofenotipagem do tecido cerebral para determinação do padrão linfocitário foi realizada em 19 ratos expostos a cistos de T. crassiceps em seus espaços subaracnoideos por: 1 mês (grupo 1R, n=4), 4 meses (grupo 2R, n=11) ou 6 meses (grupo 3R, n=4). Foi encontrada expressão para os marcadores linfocitários CD19, CD56, CD8 e CD4, sendo o último em uma apresentação bimodal com picos no 1º e 6º meses após as inoculações, e o CD8 com maior expressão após 6 meses de observação.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação da associação do selante heterólogo de fibrina à tubulização na reconstrução nervosa após lesão nervosa periférica: com foco nas junções neuromusculares e proteínas associadas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-24) Leite, Ana Paula Silveira; Inamura, Cintia Yuri; Matheus, Selma Maria Michelin [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As lesões nervosas periféricas podem causar interrupção do impulso nervoso, e mesmo após intervenção cirúrgica é comum que a recuperação funcional não seja completa, nesse sentido é importante investigar a resposta das junções neuromusculares (JNMs), responsáveis pela interação entre o axônio motor e sua musculatura alvo. Na busca por novas terapias que potencializem a regeneração, se destacam os tubos ou conduítes, que podem ser de variados materiais e fornecem um conduto para o crescimento axonal. Combinado a esses tubos o uso de adjuvantes pode ser acrescido, dentre eles destaca-se o biopolímero de fibrina (FB) com possível fator protetor e trófico no ambiente da lesão. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a regeneração das Junções Neuromusculares (JNMs) e proteínas associadas, após lesão nervosa periférica, seguida de técnica de tubulização e uso do FB. Foram utilizados 52 ratos Wistar machos adultos, distribuídos em 4 grupos experimentais: Controle Sham (S), Controle Desnervado (D); Tubulização (PCL) e Tubulização + Biopolímero de Fibrina (FB). No grupo S, foi realizada apenas incisão, localização e debridação do nervo isquiático. Nos Grupos D, PCL e FB foram realizados modelos de lesão completa, com gap de 8 mm nos grupos PCL e FB. Após neurotmese no grupo D, os cotos foram invertidos e fixados a tela subcutânea. Nos grupos PCL e FB, após a lesão, os cotos nervosos foram inseridos e fixados na prótese tubular de policaprolactona (PCL) de 12mm com fio de sutura 10-0. No grupo FB foi adicionado após a fixação dos cotos ao tubo 500μl do FB. Antes da realização dos procedimentos cirúrgicos, e quinzenalmente, foram realizadas análises no Catwalk em todos os animais. Noventa dias após o procedimento cirúrgico, os animais foram pesados, os músculos sóleos e nervos isquiáticos direitos foram coletados, fixados e submetidos as seguintes análises: morfológica e morfométrica dos receptores de acetilcolina (AChRs) através de microscopia confocal de varredura a laser; Análise morfológica e morfométrica do nervo isquiático; Quantificação proteica de células de Schwann, agrina, LRP4, MuSK , rapsina, MMP3, MyoD, Miogenina, MURF1 e Atrogina-1 e dos AChRs: alfa, gama e épsilon. A análise morfológica e morfométrica do nervo isquiático compactua com a reconexão dos cotos nervosos observada nos grupos PCL e FB, onde para a maioria dos parâmetros houve equivalência dos valores entre os grupos, exceto pela área dos axônios do grupo PCL, os quais foram menores que os do grupo S. Na função motora, não houve alteração entre os grupos no que se refere ao índice funcional do fibular, ainda que em outros parâmetros como área da pegada e contato máximo com a plataforma, os grupos experimentais não apresentaram valores similares aos valores do grupo S. Na análise dos AChRs, a morfologia, os valores do índice de compactação, da área dos AChRs e da placa motora do grupo FB foram os únicos similares ao grupo S. Pode-se concluir considerando os resultados obtidos que o uso do FB associado a tubulização promoveu uma estabilização dos AChRs, potencializando a regeneração neuromuscular.
  • ItemTese de doutorado
    Achado endoscópico de pontos brancos em duodeno de crianças: há significado patológico?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-15) Jozala, Debora Rodrigues [UNESP]; Ortolan, Erika Veruska Paiva [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: apesar de haver rotina de realização de biópsias nas endoscopias digestivas pediátricas, patologias duodenais nas crianças receberam pouca atenção em estudos da literatura. Um dos achados macroscópicos relativamente comuns na prática endoscópica nas crianças é a ocorrência de pontos brancos na mucosa duodenal. Não há estudo na literatura que aborde a relação destes pontos brancos e seus aspectos anatomopatológicos com as diversas patologias em pacientes pediátricos. Objetivo: pesquisar concordância entre a presença de pontos brancos no duodeno com as informações clínicas e com achados histopatológicos. Metodologia: estudo observacional, retrospectivo, tipo caso-controle, a partir da análise de laudos de exames e revisão de lâminas de biópsias duodenais de pacientes de 0 a 18 anos, submetidos a endoscopias digestivas altas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB-UNESP), de janeiro de 2012 a maio de 2019. Foram selecionados pacientes com laudos endoscópicos de pontos brancos em duodeno e analisaram-se possíveis concordâncias em relação aos achados histopatológicos e indicações clínicas dos exames destes pacientes, pareados com controles de exames endoscópicos sem a presença de pontos brancos. Resultados: foram incluídos no estudo laudos de 137 pacientes com pontos brancos no duodeno e 132 pacientes sem alterações em duodeno no exame endoscópico. Houve mínima concordância entre o achado de pontos brancos e alterações histopatológicas (k=0,055). Não houve influência da indicação clínica dos exames endoscópicos no achado de pontos brancos e alterações histopatológicas. As alterações histológicas mais encontradas dentre pacientes com pontos brancos foram acúmulos linfoides, duodenite crônica com eosinófilos e linfocitose intraepitelial. Quase metade da amostra total de pacientes (49,8%), dos dois grupos, apresentou alterações histopatológicas, sendo que, destes, 46,3% apresentavam macroscopia sem alterações. Conclusão: não houve concordância entre presença de pontos brancos em duodeno e indicação clínica e achados histopatológicos específicos.
  • ItemTese de doutorado
    Efeito anti-inflamatório da triancinolona e do plasma rico em plaquetas em células de epicondilite lateral do cotovelo: estudo in vitro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-07-21) Viveiros, Marcio Eduardo de Melo; Schellini, Silvana Artioli [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A epicondilite lateral do cotovelo (ELC) é uma tendinopatia comum. Entretanto, tanto sua patogênese, quanto seu tratamento, são ainda controversos. Objetivo: Avaliar a produção das citocinas inflamatórias IL-1β,IL-6, IL-8, IL-10 e TNF-α pelas células derivadas de ELC e comparar o efeito anti-inflamatório da triancinolona acetonido e do plasma rico em plaquetas (PRP) sobre a secreção das citocinas em cultivo celular. Métodos: foram estabelicidas culturas celulares a partir de fragmentos da lesão de portadores de ELC obtidos durante procedimentos operatórios, a partir dos quais se estabeleceram culturas celulares. Células de terceira passagem destes cultivos foram estudadas quanto à produção das citocinas IL-1β ,IL-6, IL-8, IL-10 e TNF-α , por meio de ensaio imunoenzimático (ELISA). As células em cultivo foram submetidas ao tratamento com 1, 10 e 100 μM de triancinolona nos tempos 6, 12, 18, 24, 48, 72 e 96 horas e também ao PRP, nos tempos 48, 72 e 96 horas. Os resultados foram comparados com células de ELC não tratadas, consideradas como grupo controle. Os resultados foram submetidos a análise estatística. Resultados: as citocinas IL-6 e a IL-8 foram produzidas em altas concentrações pelas células de ELC. A triancinolona a 1, 10 e 100 μM, quando comparada aos controles, levou a redução significativa na produção de IL-6 e IL-8 nos tempos 48, 72 e 96 horas, acrescentando-se o tempo 12 horas para a IL-8. O PRP comparativamente aos controles, causou elevação significativa da produção de IL-6 nos tempos 72 e 96 horas e da IL-8 nos tempos 48,72 e 96 horas. Na comparação à triancinolona, nas três concentrações, o PRP levou a aumento significativo de IL-6 nos tempos 72 e 96 horas e de IL-8 nos tempos 48,72 e 96 horas. Houve aumento significativo da produção de IL-10 com o uso da triancinolona a 100 μM, no tempo 48 horas comparativamente aos controles. A produção de IL1-β e TNF-α não apresentou alterações significativas quando as culturas foram tratadas com triancinolona ou PRP. Conclusão: As células de ECL produzem IL-6 e IL-8, comprovando a natureza inflamatória desta afecção. A triancinolona mostrou-se eficaz na inibição da produção de IL-6 e IL-8 nas concentrações 1, 10 e 100 μM partir de 48 horas, em comparação aos controles. O PRP levou a um maior efeito inflamatório, elevando significativamente os níveis de IL-6 e IL-8 em relação aos controles.
  • ItemTese de doutorado
    Importância da avaliação auditiva em recém-nascidos expostos à sífilis materna
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-18) Ribeiro, Georgea Espindola; Martins, Regina Helena Garcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A sífilis congênita é citada como indicador de risco para deficiência auditiva e apesar de ter sido erradicada após a era da penicilina, nos últimos anos houve um progressivo aumento de sua incidência no Brasil, no entanto poucos casos acarretam com o desfecho de deficiência auditiva, em decorrência da identificação precoce da sífilis materna, ainda no pré-natal, o que possibilita o tratamento precoce, evitando-se ao máximo a contaminação do feto pelo Treponema pallidum. Ainda assim, a literatura recomenda o acompanhamento do desenvolvimento auditivo dessas crianças, inclusive as que foram apenas expostas a sífilis materna na gestação. Objetivo: Analisar as respostas auditivas de recém-nascidos expostos à sífilis materna, por meio de exames eletroacústicos e eletrofisiológicos. Método: Participaram do estudo 90 recém-nascidos a termo, divididos em dois grupos: Grupo exposto à sífilis materna, composto por 41 recém-nascidos e Grupo controle, composto por 49 recém-nascidos sem indicadores de risco para deficiência auditiva. Os recém-nascidos foram atendidos no programa de triagem auditiva neonatal universal, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, por meio do exame de emissões otoacústicas por estímulo transiente (EOE-t), com resultado “passa”, em ambas as orelhas, e potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) com diferentes taxas de repetição do estímulo clique sendo: 21.1 c/s, 51.1 c/s e 91.1c/s. Resultados: Mesmo apresentando resultado “passa”, as amplitudes das EOE-t do Grupo exposto à sífilis apresentaram valores inferiores, quando comparados aos valores do Grupo controle, especialmente na frequência de 4 kHz à direita. Não foram encontradas diferenças nas latências do PEATE entre os participantes ao se empregar a taxa de repetição do estímulo clique de 21.1 c/s. A taxa de repetição de 51.1 c/s mostrou aumento do intervalo interpico III-V na orelha esquerda, para o grupo exposto à sífilis materna. Utilizando-se a taxa de repetição do estímulo clique de 91.1 c/s observou-se aumento da latência da onda V e do intervalo interpico III-V em ambas as orelhas, e aumento do intervalo interpico I-V à esquerda para o grupo exposto à sífilis. Conclusão: As amplitudes de respostas das EOE-t foram reduzidas nos recém-nascidos expostos à sífilis materna, o que mostra a importância também da análise desse aspecto na interpretação do resultado desse exame. As diferenças nas latências do PEATE com o aumento da taxa de repetição do estimulo clique, sugerem que recém-nascidos expostos à sífilis materna apresentam atraso na condução neural do som.