Teses - Enfermagem - FMB

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Desenvolvimento, validação e implementação de protocolo de telemonitoramento de pacientes pós alta com COVID-19
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-07-10) Santos, Janaina Cristina Celestino; Ortolan, Erika Veruska Paiva [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: A COVID-19 representou a maior dificuldade sanitária em escala global do século XXI e suas complicações tardias ainda são pouco conhecidas. O manejo ideal para o paciente acometido deve ser realizado através da integração de todos os níveis de atenção à saúde. Objetivo: integrar um serviço de referência de alta complexidade para tratamento de pacientes com COVID-19 com a atenção básica através de uma sistematização da assistência de acompanhamento domiciliar após a alta hospitalar. Método: Estudo prospectivo de outubro de 2020 a outubro de 2021 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, envolvendo pacientes de 13 municípios da DRS-VI – Polo Cuesta do estado de SP. Os participantes do estudo foram indivíduos maiores de 18 anos, hospitalizados com diagnóstico de COVID-19. Após a alta hospitalar, os pacientes foram acompanhados pelo período de 90 dias, com registro e monitoramento sobre cumprimento de isolamento e complicações tardias identificadas pelo instrumento de sistematização desenvolvido e validado nesta pesquisa. No período de monitoramento, foi utilizada uma plataforma virtual, para a integração do hospital com as Unidades Básicas de Saúde do município de origem do paciente. Resultados: foram acompanhados 302 pacientes, com média de 12 dias de internação. Destes, 54,3% eram do sexo masculino com média de idade de 57.51 anos, 46,69% com ensino fundamental, 51,35% com alguma comorbidade associada, sendo mais prevalentes a cardiopatia e hipertensão. Identificou-se que 64,9% dos indivíduos ficaram em leito de enfermaria e não precisaram de ventilação mecânica. Foi observado que 62,91% dos pacientes não necessitaram de recomendação para isolamento após a alta hospitalar pois no momento da alta já tinham cumprido o período de isolamento. Constatou-se baixa adesão das unidades básicas na utilização à plataforma disponibilizada (13,56%) para contato com o hospital terciário sobre os pacientes. Durante o período de monitoramento foi identificado maior cumprimento das orientações de alta nos primeiros 15 dias, com um declinio entre 45 e 90 dias. As complicações tardias idenficadas foram cansaço ao caminhar (77.81%), mialgia (28.47%) e cansaço ao realizar atividades rotineiras (22.18%). Entre 45 e 90 dias , 47% dos pacientes ainda relatavam cansaço , 2.3% tosse e 3.9% referiram mialgia. Os demais (46.8%) relataram desaparecimento total dos sintomas. Dos pacientes que receberam alta hospitalar, 2,64% necessitaram de reinternação por complicações, no periodo de até 90 dias. Observou-se maior risco de reinternação nos pacientes que tiveram internação primária inferior a cinco dias em relação aos que foram mantidos por maior tempo internados, assim como maior risco para aqueles que necessitaram de ventilação mecânica. O isolamento e seguimento nas orientações de alta foram identificados como fator protetor em relação aos que não cumpriram. Conclusão: a sistematização de um instrumento de orientação de alta possibilitou a padronização das informações com melhor compreensão e adesão dos usuários.
Da fragilidade à identidade profissional transitória do enfermeiro perioperatório na pandemia: liderança como componente transformacional: liderança transformacional
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-24) Alcântara, Léia Regina de Souza; Avila, Marla Andreia Garcia de [UNESP]; Bocchi, Silvia Cristina Mangini [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência em Saúde Pública, em face de a pandemia Corona Virus Disease (COVID-19). Doença infectocontagiosa que na sua forma grave evolui para a síndrome respiratória aguda, demandando reservas de leitos e de recursos humanos para atendimento desses pacientes, nas emergências e em unidades de terapia intensiva. Contexto este que obrigou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da nota técnica nº 04/2020, recomendar a suspensão das cirurgias eletivas. Objetivos: Compreender a experiência do trabalho do enfermeiro do bloco cirúrgico (BC) no início da pandemia COVID-19 e elaborar um modelo teórico representativo dessa experiência. Método: trata-se de estudo qualitativo, no referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados em sua vertente Straussiana e o Interacionismo Simbólico como referencial teórico. Utilizou-se as diretrizes do o Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ) para garantir a qualidade metodológica do estudo. Incluiu-se enfermeiros que estavam atuando no Bloco Cirúrgico (BC), minimamente, há um ano. Eles foram localizados a partir de pesquisa prévia conduzida pelas autoras. A saturação teórica deu-se a partir da análise da 19ª entrevista não diretiva, tendo como disparador: Conte-me como é o seu processo de trabalho e como você o vivencia, neste momento pandêmico, na unidade de BC. As entrevistas foram audiogravadas, com duração entre 40 a 90 minutos e após transcritas na íntegra, em documentos do Microsoft Word e depois importados para o software de apoio ATLAS.ti versão 9.0. Essa análise deu-se segundo as etapas do referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados: codificação aberta, que envolve a microanálise do texto; codificação axial para o agrupamento dos dados com a finalidade de explicar o fenômeno estudado e codificação seletiva, quando há o refinamento das categorias abstraídas, analisadas, refletidas e sistematizadas para a extração da categoria central. Resultados: os atores provem de instituições públicas, privadas e filantrópicas, de cidades das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. A maioria do sexo feminino, com médias respectivas de idade e tempo de trabalho de 42,5 e de 16 anos respectivamente. A análise segundo o referencial metodológico permitiu estabelecer relações teóricas entre os componentes (subprocessos, categorias, subcategorias e elementos), por meio de processo explicativo e analítico das ações e interações referentes à experiência, representado pela categoria central intitulada: “Da fragilidade à superação transitória do protagonismo épico do enfermeiro no BC, durante a pandemia COVID-19: a liderança transformacional como componente interveniente para a identidade profissional”. Esse processo desdobrou-se em três subprocessos, a saber: enfermeiro deparando-se, inicialmente, com a autoconfiança abalada para o exercício profissional no ambiente cirúrgico não preparado para a pandemia COVID-19 (A); enfermeiro irrompendo como protagonista da liderança transformacional do processo de trabalho e de sua identidade profissional (B); enfermeiro ponderando o impacto no processo de trabalho e na sua identidade profissional enquanto perdurar a pandemia (C). Discussão e considerações finais: Analisando o movimento da experiência de enfermeiros do BC, empreendido no início da pandemia COVID-19, abstraído no modelo teórico segundo o Interacionismo Simbólico, verificou-se o profissional utilizando-se de ações relativas à liderança transformacional para enfrentamento de sofrimento mental como protagonista simbólico de drama épico. Neste contexto, não só por almejar o reordenamento de trabalho mais seguro nos âmbitos: informacional, de recursos humanos e materiais, mas também engendrar identidade profissional, em face de o incômodo de se perceber aclamado pela mídia/sociedade como um protagonista épico e não profissional na linha de frente da batalha pandêmica, com necessidades de melhores condições trabalhistas. Considerações finais: Diante da identidade profissional estabelecida pela liderança transformacional que se opõe ao herói épico, nossos atores, ao ponderar os desfechos do controle da pandemia, mostram-se pouco confiantes e até temerosos. Consideram a visibilidade profissional e reconhecimento social como sendo passageiros. Desta forma, o modelo teórico abstraído da experiência de enfermeiros do bloco cirúrgico, durante o início da pandemia COVID-19, ampliou a compreensão de sua experiência, muito além de expor a precarização das condições de trabalho que a equipe de enfermagem vinha tendo, mas também demonstrou capacidade preditiva, por sinalizar a perspectiva da liderança transformacional como instrumento para o alcance do reconhecimento social da identidade do enfermeiro como líder de sua equipe.
Condições de saúde ao nascimento e no primeiro ano de vida de filhos de mães adolescentes
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-24) Arik, Roberta Marielle [UNESP]; Parada, Cristina Maria de Lima [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O presente estudo tem por foco os resultados perinatais e do primeiro ano de vida de recém-nascidos filhos de mães adolescentes. Sua relevância está na abordagem de problema de saúde pública relevante, a gestação na adolescência, e o seguimento dos recém-nascidos de forma prospectiva, até o final do primeiro ano de vida. Objetivo Geral: analisar desfechos da gravidez na adolescência em coorte de recém-nascidos acompanhados do nascimento até o primeiro ano de vida quanto ao aleitamento materno e peso infantil. Objetivos específicos: 1- comparar o peso ao nascer, aos seis e 12 meses de vida de crianças filhas de mães adolescentes e não adolescentes; 2- comparar a prática do aleitamento materno na primeira hora de vida, a duração do aleitamento materno exclusivo e a prática do aleitamento materno aos 12 meses de idade de crianças filhas de mães adolescentes e não adolescentes. Método: Trata-se de recorte de ampla pesquisa de base populacional desenvolvida em Botucatu, São Paulo, Brasil, intitulada Coorte de Lactentes de Botucatu (Estudo CLaB). Esta coorte foi composta por amostra intencional de 656 binômios mães-lactentes, cujos partos ocorreram em Botucatu, nos serviços público ou privado de saúde e que foram atendidos em serviço de atenção primária municipal de triagem neonatal entre junho de 2015 e fevereiro de 2016. O seguimento deu-se em sete momentos, da inclusão na coorte no primeiro mês aos 12 meses de vida e foi completado por 585 crianças. A coleta de dados deu-se presencialmente e por telefone. Para o presente estudo, foram incluídos 558 e 522 lactentes, sendo 82 e 78 filhos de mães adolescentes, respectivamente, para o primeiro e segundo objetivos específicos, por conterem todas as variáveis de interesse. A análise de dados foi realizada ajustando modelos de regressão linear com resposta normal incluindo, no componente determinístico dos modelos, as variáveis de confundimento que apresentaram p<0,20 na fase de análise bivariada. No modelo final considerou-se significativo p<0,05. Análises foram feitas com o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) v22. Houve aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa local (Parecer no 3.961.629). Resultados: Nas análises múltiplas, de maneira independente, encontrou-se diferença significativa do peso ao nascer entre os filhos de adolescentes, sendo a magnitude em 105 gramas (β= -105; IC95%= -209_-1; p=0,047). Não se identificou efeito da gravidez na adolescência sobre o peso aos seis e 12 meses de idade. Quanto ao aleitamento materno, a adolescência não se associou a não amamentar na primeira hora de vida do bebê, à duração do aleitamento materno exclusivo e à prática do aleitamento aos 12 meses. Conclusão: No presente estudo, houve efeito da gravidez na adolescência apenas no peso ao nascer. Assim, cabe aos serviços de saúde a implementação de ações que possam minimizar o risco de baixo peso ao nascer entre gestantes adolescentes.
Doença de Parkinson, avaliação do padrão alimentar, distribuição da gordura corporal e síndrome metabólica
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-16) Komuro, Jéssica Emy; Papini, Silvia Justina [UNESP]; Schelp, Arthur Oscar [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente e com maior taxa de sobrevida no mundo. A relação dos hábitos alimentares e suas características com a doença de Parkinson tem sido objeto de vários estudos, porém sem avaliação do padrão alimentar e a relação com as doenças crônicas dos pacientes. Objetivos: Identificar e avaliar composição corporal, perfil metabólico e padrão alimentar de pacientes com doença de Parkinson de uma região do interior do estado de São Paulo. Métodos: Os pacientes com Parkinson do ambulatório de distúrbios do movimento do Hospital das Clínicas de Botucatu – FMB foram convidados a participar do estudo. No ambulatório foi aplicado um questionário sociodemográfico e o Questionário de Frequência Alimentar (QFA). A avaliação antropométrica foi realizada em outro local, com agendamento prévio, foram aferidas as medidas antropométricas e realizado o exame de bioimpedância. Além disso, foram coletados do prontuário eletrônico a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) e exames laboratoriais de glicose, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos. Resultados: Foram avaliados 80, que responderam o questionário sociodemográfico e o QFA, e 68 também realizaram a avaliação antropométrica. A maioria dos pacientes eram idosos (66,25%), casados (70%) e aposentados (72%). Apresentaram níveis de colesterol total de 176,56 ± 50,75 mg/dL, HDL-c 48,06 ± 13,71 mg/dL, triglicerídeos (TG) 127,17 ± 74,65 mg/dL, glicose 105,87 ± 42,3 mg /dL e HbA1c 6,32 ± 1,7%. Estavam acima do peso (61%) de acordo com o índice de massa corporal, com circunferência da cintura (CC) aumentada (61%), relação cintura-quadril (RCQ) acima do adequado (92%), risco metabólico aumentado de acordo com a relação cintura-estatura (RCE) (94%) e obesos (porcentagem de gordura corporal para homens maior que 25% e maior que 35% para mulheres, de acordo com a Organização Mundial de Saúde) segundo Siri (85%) e bioimpedância (82%). Foram definidos quatro padrões alimentares: 1 – Variedade de alimentos: apresenta diferentes tipos de carnes, vegetais, frutas e gorduras, é o padrão mais saudável; 2 – Alimentos macios: contém alimentos fáceis de mastigar, que é uma dificuldade comum para pacientes com DP; aparentemente para aqueles com dificuldade para cozinhar sozinhos; 3 – Lanches e comida de final de semana: com alimentos que podem ser facilmente comprados e 4 – Refeição rápida: inclui alimentos baratos e fáceis de preparar. Na associação dos padrões alimentares com as doenças crônicas, o padrão 1 foi associado a diabetes, o padrão 2 a dislipidemia e o padrão 3 foi associado as mulheres e aos não diabéticos. A adesão aos diferentes padrões alimentares pode estar relacionada com hábitos familiares, limitações dos sintomas físicos do Parkinson, descompensação dopaminérgica e à 9 situação financeira. As doenças crônicas investigadas têm grande impacto na saúde dos pacientes e também nos gastos na saúde pública. Conclusões: Os pacientes eram em sua maioria obesos e com parâmetros para risco cardiometabólicos (CC, RCQ e RCE) aumentados, porém não apresentavam exames bioquímicos elevados. Os padrões alimentares encontrados parecem estar associados a progressão da DP e a dependência de outra pessoa preparar as refeições. A associação dos padrões alimentares e a diabetes, dislipidemia e às mulheres mostra a importância do cuidado da alimentação para esses pacientes. A adesão aos diferentes padrões alimentares pode estar relacionada à hábitos familiares, limitações dos sintomas físicos, descompensação dopaminérgica e à situação financeira. Palavras chave: Doença de Parkinson, Estado nutricional, Comportamento alimentar, Composição corporal, Doença crônica.
Programa de educação permanente sobre consulta de enfermagem na atenção primária à saúde para qualificação dos cenários de ensino- serviço: pesquisa-ação
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-14) Crivelaro, Patrícia Maria da Silva; Papini, Silvia Justina; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: A Consulta de enfermagem compreendida como a execução do Processo de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde, está normatizada como privativa do enfermeiro desde 1986, pela Lei do Exercício Profissional, é realizada em consonância com princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e incorporada às públicas da saúde. Apesar da relevância técnica e científica da consulta de enfermagem, observa-se em algumas realidades, dificuldade dos enfermeiros na execução deste atendimento, sendo apresentados diversos fatores dificultadores e desafiantes, tais como: falta de tempo, demanda alta nos atendimentos da unidade, de estrutura física nas unidades e até mesmo a insegurança dos enfermeiros, os quais, relatam que a formação é insuficiente para a prática, implicando na necessidade de avanços na formação profissional para a consulta, bem como na educação permanente dos profissionais de enfermagem. Para isso, considera-se a integração ensino-serviço, uma importante ferramenta. Objetivo: Apreender a realidade objetiva dos cenários de ensino-serviço no que tange à consulta de enfermagem na atenção primária à saúde por meio de um programa de educação permanente. Implantar um consultório Universitário de Enfermagem no cenário do ensino. Integrar os contextos de ensino e serviço no desenvolvimento coletivo de um programa de educação permanente sobre a consulta de enfermagem na atenção primária à saúde. Compreender a percepção dos participantes quanto as contribuições do programa de educação permanente sobre a consulta de enfermagem na atenção primária à saúde. Método: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa do tipo pesquisa-acão. Teve como referencial metodológico Thiollent (2011) em articulação com a abordagem metodológica da Teoria da Intervenção Práxica em Saúde Coletiva. Esta pesquisa promoveu uma integração entre o curso de enfermagem do Centro Universitário Católico Salesiano Auxílium de Lins e a enfermagem de atenção primária à saúde da Microrregião de Lins-SP. A amostra foi intencionalmente constituída, por meio de convite aos secretários de saúde em reunião da Comissão Intergestores Regionais de Lins-SP, participando da pesquisa 62 enfermeiros de APS da microrregião de Lins-SP e 12 alunos do curso de graduação em enfermagem do UniSALESIANO-Lins/SP. As técnicas de coleta de dados foram: questionário, memorando, atas de reuniões e entrevistas audiogravadas. Resultados: As 12 fases da pesquisa-ação foram percorridas, as quais são: fase exploratória, tema da pesquisa, colocação dos problemas, lugar da teoria, hipóteses, seminário, campo de observação, amostragem e representatividade qualitativa, coleta de dados, aprendizagem, saber formal e saber informal, plano de ação e divulgação externa. Tais etapas resultaram em quatro artigos, sendo: Artigo 1 - Consulta de enfermagem: captação da realidade objetiva na atenção primária à saúde - o qual teve por objetivo compreender a realidade objetiva da enfermagem de atenção primária à saúde de uma microrregião paulista, no tocante execução da consulta de enfermagem, sendo um estudo descritivo, com abordagem qualitativa que resultou em Três categorias: 1 - O desuso e subvalorização da consulta de enfermagem: a dimensão estrutural da realidade; 2 –Fatores dificultadores da prática da consulta de enfermagem: dimensão particular da realidade. 3 – Formação insuficiente para a prática e a necessidade de qualificação: dimensão singular da realidade. A realidade objetiva captada por este estudo, se relacionou a subutilização da consulta de enfermagem, devido dificuldades no processo de trabalho e formação e capacitação insuficientes para a prática. Artigo 2 - Consultório Universitário de Enfermagem como espaço de ensino-aprendizagem simulado: do planejamento à implantação, teve como objetivo relatar a experiência do planejamento e implantação de um consultório universitário no UniSALESIANO de Lins-SP. Para implantação foram organizadas as seguintes etapas: 1 - Cenário da proposta: O UniSALESIANO-Lins; 2 - Metodologia de ensino-aprendizagem: Simulação realística amparada na “Teoria da Aprendizagem Experimental” de David Kolb (1984), 3- Referencial para ensino da consulta de enfermagem. 4- Reorganização das disciplinas 5 – Estrutura, ambiência e recursos necessários. 6 – Implantação. O consultório universitário de enfermagem configura-se espaço de ensino-aprendizagem prático, que contribui para ampliar o desenvolvimento do aluno no tocante a experiencia prática da consulta de enfermagem. Artigo 3 - Integração ensino-serviço na elaboração de procedimentos operacionais padrão: apoiando a enfermagem de Atenção Primária - Teve como objetivo relatar a experiência de uma integração ensino-serviço na capacitação para prática baseada em evidências e construção coletiva de um “Manual de Procedimentos Operacionais Padrão como apoio à enfermagem da Atenção Primária à Saúde da Microrregião de Lins-SP. Aconteceram quatro encontros com duração total de 16 horas, após foi instituída a comissão de construção e revisão de protocolos e na sequência a oficina de lançamento do manual. Esta integração ensino-serviço estimulou o conhecimento sobre o método de prática baseada em evidências, a elaboração coletiva de 52 POP’s. Artigo 4 - Programa de educação permanente sobre consulta de enfermagem na atenção primária à saúde: uma pesquisa-ação, que teve como objetivos: Integrar os contextos de ensino e serviço no desenvolvimento coletivo de um programa de educação permanente sobre a consulta de enfermagem na atenção primária à saúde; e compreender a percepção dos participantes quanto as contribuições do programa de educação permanente sobre a consulta de enfermagem na atenção primária à saúde. O referido programa composto por sete encontros integrou ensino e serviço na qualificação de 62 enfermeiros de APS da microrregião de Lins-SP e 12 alunos do curso de graduação em enfermagem do UniSALESIANO-Lins/SP. O programa possibilitou aos participantes contribuições na ampliação dos conhecimentos e atualização profissional; contribuições à prática assistencial, consequentemente beneficiando os usuários das unidades de acordo com a percepção dos profissionais. Os participantes também relataram satisfação com a estratégia aplicada pelo programa, integrando ensino-serviço, utilizando a academia como espaço de ensino-aprendizagem, e por fim, demonstraram-se felizes e motivados com a interação e troca de experiencias promovida durante os encontros. Considerações finais: o arcabouço teórico e prático que envolveu pesquisa e ação no decorrer deste trabalho, levou à aprendizagem mútua entre pesquisadores e participantes, os quais evoluíram no conhecimento sobre o objeto de estudo e finalizaram esse projeto motivados como pessoas e profissionais, que são capazes de pelo conhecimento da historicidade, fazendo uso do saber formal e informal, gerar movimentações em um ambiente social, intervir e transformar uma realidade.
Tradução, adaptação cultural e validação do Quality of Dying and Death 3.2a para a língua portuguesa (Brasil)
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-27) Benichel, Cariston Rodrigo [UNESP]; Meneguin, Silmara [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Objetivo: realizar a tradução, adaptação cultural para a língua portuguesa e validação do Quality of Dying and death (QODD) versão 3.2a para familiares de pacientes que foram a óbito em UTI. Especificamente, este estudo também objetivou descrever as características sociodemográficas dos participantes; realizar revisão sistemática da literatura para identificar a produção científica referente aos instrumentos de avaliação da qualidade do processo de morte e morrer, e as etapas seguidas nas adaptações culturais e validações; traduzir e adaptar culturalmente para a língua portuguesa o QODD 3.2a para familiares de pacientes que foram a óbito em unidades de terapia intensiva adulto; calcular o índice de validade de conteúdo a partir da avaliação dos especialistas; verificar a confiabilidade do instrumento por meio da análise da consistência interna dos itens e estabilidade temporal (reteste); avaliar a validade de constructo, por meio da distribuição dos itens e da estrutura fatorial do Quality of Dying and Death – versão 3.2a para terapia intensiva; avaliar a qualidade da morte de pacientes intensivos sob a ótica dos familiares, utilizando o QODD 3.2a em português (Brasil), identificando as variáveis associadas ao processo de morte e morrer. Métodos: Foi desenvolvido em 4 etapas, sendo a primeira de revisão de literatura do tipo sistemática, mediante pesquisa nas bases de dados Web of Science, National Library of Medicine (Pubmed), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (Cinahl), SciVerse Scopus (Scopus) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Selecionaram-se estudos completos, nos idiomas português, inglês e espanhol, utilizando os descritores “Validation study”, “Psychometrics” e “Death”, com o operador boleano AND, e seus sinônimos, com o operador boleano OR. Segunda etapa: Estudo metodológico desenvolvido mediante tradução e retrotradução realizadas por dois profissionais nativos, independentes, e análise por um comitê de especialistas constituído por sete profissionais com expertise na área. Estes procederam com avaliação semântica, idiomática e cultural, classificando os itens do instrumento através de escala tipo Likert de 1 a 4 (item não representativo a item relevante ou representativo) para cálculo do índice de validação de conteúdo (IVC≥8,0). Seguidamente, realizou-se a fase de pré-teste com familiares dos pacientes que evoluíram a óbito nas UTI’s de três hospitais do interior paulista, Brasil. Terceira etapa: estudo metodológico realizado com 326 familiares de pacientes que evoluíram a óbito em três UTI’s de hospitais públicos do estado de SP, Brasil, para validação psicométrica do instrumento. Para tanto, aplicou-se o QODD 3.2a, com 25 itens e seis domínios, no período de dezembro de 2020 a março de 2022. A análise foi realizada pela teoria clássica dos testes e avaliou-se a estrutura fatorial por meio de análise fatorial exploratória. A qualidade de ajuste do modelo foi testada pela análise fatorial confirmatória. A validade concorrente foi avaliada pelos coeficientes de correlação de Spearman entre os escores da escala global e seus domínios. O alfa de Cronbach e o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) avaliaram a consistência interna e a estabilidade temporal, respectivamente. Quarta etapa: estudo transversal realizado com 326 familiares de pacientes hospitalizados no período de novembro de 2020 a abril de 2021 que evoluíram a óbito em três UTI’s de hospitais públicos do interior paulista, Brasil, utilizando questionário com dados sociodemográficos e o Quality of Dying and Death (QODD) versão 3.2a, traduzido e validado no Brasil. Resultados: foram incluídos 17 artigos nesta revisão. O principal instrumento foi o Quality ofDying and Death (QODD), traduzido para o alemão, persa, chinês e espanhol, com média de 24 itens distribuídos em cinco dimensões. As propriedades de medição foram avaliadas principalmente pela teoria clássica dos testes, utilizando análises fatoriais confirmatórias com o uso de TLI, CFI e RMSEA. A maioria apresentou boa responsividade e boa qualidade de ajustes dos modelos adotados (CFI e TLI > 0,9 e RMSEA ≤ 0,08), com alta qualidade da evidência para validade estrutural, bem como para a consistência interna com o alfa de Cronbach e confiabilidade com a correlação intraclasse, ambos acima de 0,7. Os principais aspectos que reduziram a qualidade das evidências foram os resultados parciais e a ausência de informações acerca da validade cultural e de critério. Na etapa de tradução e adaptação cultural não houve exclusão de nenhum item do instrumento. Após ajustes semânticos, idiomáticos e culturais em 16 itens, compôs-se a versão de pré-teste. Esta versão foi aplicada em 32 familiares de pacientes que estiveram hospitalizados em um hospital público do interior paulista. Os resultados indicaram índice de validação de conteúdo satisfatório (IVC≥ 0,80). Em seguida, na fase de validação, a análise paralela de Horn indicou dois fatores que não se confirmaram na análise fatorial exploratória. Um único fator reteve 18 itens das 25 questões iniciais, e o modelo unidimensional foi ajustado com CFI=0,7545, TLI=0,690, Qui-quadrado=767,33, gl=135, RMSEA=0,121 com IC90% e p=5,04409e-98. As correlações inter-item indicaram predomínio de correlações fracas entre os itens do instrumento. Os itens com maior número de correlações moderadas foram os das questões 13b, 9b e 10b, ao passo que houve forte correlação entre as questões 15b e 16b. O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,8 e o de correlação intraclasse = 0,9. Quanto aos resultados da avaliação da qualidade da morte e do processo morrer, predominaram participantes do sexo feminino, com idade média de 45 anos, nível médio de instrução 175 (53,7%) e cujo grau de parentesco era filho (54,3%). A mediana do escore de qualidade da morte foi de 33,80 pontos, sendo que a pontuação foi pior quando o paciente foi a óbito por COVID-19 (27,03). Tempo de permanência no hospital (p<0.0001), dias de internação na UTI (p<0.0001) e óbito do familiar por COVID-19 (p=0.0025) influenciaram de forma independentemente o escore da qualidade do processo de morte e morrer. Por outro lado, idade do ente associou-se positivamente à avaliação da qualidade da morte (p=0.0030). Conclusão: os instrumentos para avaliação da qualidade da morte exibiram evidências suficientes de alta qualidade para validade estrutural bifatorial, consistência interna, confiabilidade e responsividade; e evidências moderadas e parcialmente suficientes para a validade de critério e validade cultural. Prevaleceram métricas fundamentadas na teoria clássica dos testes e o principal instrumento foi o Quality of Dying and Death (QODD). A versão em português do QODD 3.2a para familiares de pacientes falecidos em cenário intensivo é adequada e culturalmente adaptada para uso no Brasil, estando apta para o processo de avaliação de suas propriedades psicométricas. Neste sentido, o QODD 3.2a foi validado para a língua portuguesa com estrutura unidimensional e confiabilidade aceitável, todavia não obteve bom ajuste ao modelo fatorial proposto. A avaliação da qualidade da morte foi considerada uma experiência ruim na perspectiva dos familiares. Óbito do familiar por COVID-19 e dias de internação na UTI resultaram em pior percepção da qualidade do processo de morte e morrer. Porém, dias de internação hospitalar influenciaram de maneira positiva esta avaliação.
Mulheres idosas vítimas de violência: vivências de protagonismo nas denúncias
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-27) Damaceno, Daniela Garcia [UNESP]; Marin, Maria José Sanches [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A violência contra as mulheres se ancora nas iniquidades de gênero e aspectos culturais, que que fazem perpetuar a aceitação de relacionamentos abusivos, principalmente em mulheres mais velhas. Frente a este contexto, a presente investigação se propõe a interpretar a vivência de idosas no processo de empoderamento na denúncia da violência intrafamiliar e desenvolver uma teoria substantiva e modelo teórico que o explicite. Trata-se de um estudo qualitativo realizado por meio da vertente straussiana da Teoria Fundamentada nos Dados. Entre os meses de fevereiro de 2018 e janeiro de 2020, foram realizadas entrevistas individuais com 21 idosas que registraram Boletins de Ocorrência de violência interpessoal (primeiro e segundo grupos amostrais compostos por mulheres cujos filhos e netos foram os agressores e outros agressores, respectivamente) e nove profissionais que atuavam em uma Delegacia de Defesa da Mulher (terceiro grupo amostral). A partir do modelo paradigmático do fenômeno “Protagonizando o enfrentamento da violência”, foi possível identificar que a denúncia de violência por mulheres idosas se origina na compreensão da necessidade de tomar uma atitude e a identificação de estratégias de empoderamento associadas a um processo de ressignificação de si, sofrendo profunda interferência das interações sociais das idosas e seus papeis socialmente construídos. Fica evidente, portanto, a necessidade de superar as relações de tradicionais de ordem patriarcal, assim como investir em estratégias de empoderamento de mulheres idosas para a prevenção e enfrentamento da violência.
Hidrofibra com prata versus colagenase para tratamento da colonização crítica em úlceras venosas: ensaio clínico randomizado
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-29) Saranholi, Taís Lopes; Abbade, Luciana Patrícia Fernandes [UNESP]; Rall, Vera Lucia Mores [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: Úlceras venosas (UV) são colonizadas por diversas bactérias, sendo algumas com grande capacidade de produção de biofilme, colonização crítica (infecção superficial) que podem dificultar a cicatrização. Objetivos: Avaliar a ação do curativo hidrofibra com prata comparado ao curativo com colagenase, ambos após desbridamento cirúrgico superficial, no controle da colonização crítica, formação do biofilme por Staphyloccoccus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Staphylocccocus epidermidis e clonalidade bacteriana entre o tempo inicial e final, em pacientes com UV que utilizaram estas intervenções por 30 dias. Método: Ensaio clínico randomizado, controlado com pacientes com UV com sinais clínicos de colonização crítica. Após desbridamento superficial, os participantes foram randomizados em dois grupos – intervenção foi Hidrofibra com prata (HAg) e o comparativo Colagenase (Col). Realizado pré-desbridamento, coleta com swab em área de 1cm2 para identificação de S aureus, S. epidermidis e P aeruginosa e cálculo do número de UFC/cm². Avaliada a capacidade de produção de biofilme em microplaca de poliestireno. Os desfechos foram avaliados após 30 dias: primários: taxa de úlceras sem sinais de colonização crítica; taxa de úlceras com diminuição da carga bacteriana; taxa de úlceras com bactérias produtoras de biofilme e clonalidade bacteriana. Os desfechos secundários foram: melhora clínica das UV pelo PUSH; diminuição da área ulcerada. A análise estatística foi por intenção de tratar e os dados foram analisados utilizando o software SPSS 22.0, considerado significante p<0,05. Resultados: Foram incluídos 34 pacientes, totalizando 56 UV. Dezoito participantes com 28 UV foram randomizados para o grupo HAg e 16 participantes com 28 UV para o grupo Col. Houve diminuição de úlceras com critérios de colonização crítica nos dois grupos ao longo do tempo, sem diferença estatisticamente significante entre as duas intervenções, pois no T30 o risco relativo (RR) para não colonização crítica foi de 0,81 (IC95% 0,48 – 1,37; p=0,439). Em relação a carga bacteriana, não houve diminuição da carga bacteriana total ao longo do tempo (p=0,054) e nem entre os grupos (p=0,113). Houve diminuição de úlceras com bactérias produtoras de biofilme em relação T0 ao T30 (p= 0,047), mas sem diferença estatisticamente significante entre os grupos no T30 com RR de 1,0 (IC95% 0,35 – 2,86; p > 0,999)). A maioria das úlceras não tiveram mudança da identidade bacteriana entre T0 e 30, sem diferença entre os grupos. Houve melhora clínica das UV avaliadas pelo PUSH de acordo com o tempo para os dois grupos (p= 0,001), mas sem diferença com significância estatística entre os grupos (p= 0,067). Houve diminuição das áreas nos dois grupos em função do tempo (p=0,001), mas sem diferença com significância estatística entre os grupos (p=0,786). Conclusão: Ambas as intervenções, hidrofibra com prata e colagenase, melhoraram as características clínicas e microbiológicas ao longo do tempo, mas não houve diferença entre as duas intervenções após 30 dias de tratamento.
Estratégias tecnológicas e patentes relacionadas a prevenção e monitoramento de quedas
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-26) Alves, Renata Camargo [UNESP]; Lima, Silvana Andrea Molina [UNESP]; Colichi, Rosana Maria Barreto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: os acidentes por quedas configuram-se como um dos problemas mais desafiadores nos sistemas de saúde, provocando impactos sobre as taxas de morbimortalidade e de ordem econômica para a instituição e para sociedade, além de gerar alterações de aspectos emocionais na equipe assistencial e repercutir negativamente na imagem da organização hospitalar. Objetivo: analisar aspectos relacionados a soluções e inovações tecnológicas voltadas para prevenção e monitoramento de quedas no contexto da segurança do paciente. Método: estudo de métodos múltiplos, incluindo revisão integrativa da literatura, pesquisa documental eletrônica e prospecção tecnológica nos bancos de registros de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial e Derwent Innovations Index. Resultados: foram incluídos 19 artigos na revisão emergindo os temas: tipos de estratégias tecnológicas, custos, privacidade do paciente e relevância dos profissionais de enfermagem no desenvolvimento, avaliação e utilização dos dispositivos. Constatou-se número restrito de patentes nacionais, com morosidade para publicação, além de pequena participação do universo acadêmico e da saúde. A maioria das patentes internacionais eram americanas e publicadas nos últimos dez anos, sendo as universidades responsáveis por apenas 13% dos depósitos. Observou-se a diversidade de tecnologias empregadas para detecção, monitoramento e avaliação de parâmetros e movimentos corporais, além da tendência em estratégias tecnológicas com múltiplas funcionalidades em um mesmo dispositivo. Conclusão: as inovações tecnológicas e as patentes voltadas para queda são temas que passaram a ser explorados recentemente na área da saúde, revelando-se um campo promissor para a enfermagem e o universo acadêmico. Há uma diversidade de dispositivos tecnológicos voltados para prevenção disponíveis no mercado e aplicáveis à prática hospitalar, cabendo às instituições definirem qual estratégia aplica-se de forma mais adequada à sua realidade.
Depressão e ansiedade em mulheres submetidas à cirurgia pelo câncer de mama
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-31) Paula, Tamires Corrêa de; Ferreira, Maria de Lourdes da Silva Marques [UNESP]; Nascimento, Cristiane Murta Ramalho; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: O câncer de mama é um problema de saúde pública ao nível mundial, sendo a neoplasia maligna mais frequente na população feminina. O efeito do tratamento cirúrgico no desenvolvimento de depressão e/ou ansiedade é controverso. Objetivos: A tese será apresentada no formato de dois artigos, cujos objetivos foram: (I) Caracterizar a produção científica sobre a frequência e fatores relacionados com depressão e/ou ansiedade a longo prazo em mulheres que foram submetidas ao tratamento cirúrgico por câncer de mama e (II) Investigar a frequência de sintomas de depressão e ansiedade a longo prazo e fatores associados em mulheres com câncer de mama submetidas ao tratamento cirúrgico. Material e métodos: O artigo 1 é uma revisão integrativa da literatura cuja amostra foi constituida de todos os artigos que retratavam o tema referente a esta revisão publicados entre 2007 e 2021 e disponíveis em modelo eletrônico de publicação indexado nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed, Cinahl, Embase e Web of Science. O artigo 2 é um estudo de prevalência, realizado com 218 mulheres no ambulatória da Mastologia da UNESP – Botucatu, empregando instrumentos autoaplicáveis sobre o perfil socioeconômico, condições clínicas relativas ao tratamento, condições clínicas relativas aos antecedentes pessoais, escala de depressão de Hamilton e escala de ansiedade de Hamilton. Para análise estatística foi utilizado análise descritiva e bivariada dos dados e regressão de Cox para a análise multivariada. Resultados: Artigo 1: 14 artigos foram incluídos na revisão integrativa. A maioria dos estudos foi do tipo coorte, com coleta de dados mais de um ano após a mastectomia. Evidenciou-se que mulheres tratadas cirurgicamente apresentam principalmente sinais e sintomas de depressão a longo prazo, destacando as mulheres mais jovens e com baixa escolaridade. Artigo 2: A média de idade das mulheres no momento do diagnóstico foi 54,5 anos, 36,7% estava no estádio II da doença e 98,6% com acometimento unilateral. O tipo de cirurgia mais frequente foi a conservadora (69,3%) e 65,6% das mulheres não colocou prótese mamária após o tratamento cirúrgico. Em relação aos resultados das escalas de Hamilton: 10,6% apresentavam escores moderados e 14,2% escores graves para depressão. E 31,2% apresentavam escores severos e graves para ansiedade. Na análise multivariada observa-se que as mulheres em uso da hormonioterapia apresentavam menor risco de depressão. Conclusão: Frequência considerável de Mulheres submetidas à cirurgia por câncer de mama apresentam escores elevados de depressão e ansiedade a longo prazo.
Carga de trabalho e dimensionamento de enfermagem no cuidado ao paciente crítico com COVID-19
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-17) Grassi, Mariana de Freitas [UNESP]; Jensen, Rodrigo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: A mensuração da carga de trabalho da enfermagem possibilita identificar as necessidades de cuidado do paciente e pode influenciar no dimensionamento da equipe de enfermagem e alocação de recursos humanos, visando segurança e satisfação do paciente. Há evidências de aumento da carga de trabalho da enfermagem em pacientes com diagnóstico de COVID-19 em cuidados críticos. Objetivo: Comparar a carga de trabalho, dimensionamento e absenteísmo da enfermagem, na assistência entre pacientes internados em unidades de cuidados críticos no período pré pandemia e durante a pandemia. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, a partir de dados secundários, coletados no período de 24/02/2019 a 24/02/2021. Resultados: São apresentados três artigos: (1) Carga de trabalho de enfermagem na pandemia por COVID-19: uma revisão de escopo. Foram identificados 1.120 estudos e incluídos oito. A gravidade dos pacientes com COVID-19 impactou as instituições frente a crise de recursos humanos, houve aumento da carga de trabalho da enfermagem. (2) Comparação da carga de trabalho pelo Nursing Activities Score e dimensionamento de enfermagem antes e durante a pandemia por COVID-19 em unidades de cuidados críticos. Foi identificado aumento significativo do NAS em 4,2 pontos no período pandêmico; (3) Impacto da pandemia por COVID-19 no absenteísmo da equipe de enfermagem em terapia intensiva. Foi identificado o aumento na média de afastamentos entre equipe de enfermagem. Doenças infecciosas e parasitárias foram prevalentes (23%) nos motivos de afastamento no período pandêmico, ocorreram cinco vezes mais comparado ao período pré-pandemia. Infeção por COVID-19 foi principal causa de afastamentos (13,4%) no período de pandemia. Implicações para a prática clínica: Foi possível analisar os impactos gerenciais e assistenciais da pandemia por COVD-19 nas unidades críticas em que houve a necessidade de se adequar para atender a população ao reorganizar a estrutura de unidades de cuidados críticos, expansão no número de leitos, contratações e adequação de pessoal de enfermagem. Considerações finais: O escore mensurado pelo NAS obteve elevação e diferença estatística entre os períodos pré pandêmicos e pandêmicos. Em relação ao dimensionamento de pessoal fez se necessário a contratação emergencial e realocação da equipe para atender as demandas nas unidades críticas, seguindo as normativas atuais. O absenteísmo-doença no período pandêmico apresentou aumento significativo e alta taxa de contaminação por COVID-19 entre os profissionais, bem como, o aumento de faltas injustificadas da equipe. Os achados deste estudo contribuem à enfermagem ao permitir compreender a magnitude de escores utilizados na prática assistencial e sua implicação na gestão de pessoas e, consequentemente, melhores condições de trabalho
O uso das ferramentas de empoderamento na enfermagem: revisão sistemática de método misto
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-23) Nogueira, Duelene Ludimila [UNESP]; Spiri, Wilza Carla [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: O empoderamento estrutural e psicológico na enfermagem, tem sido apontado como uma ferramenta positiva para a satisfação no trabalho, comprometimento organizacional, melhora no atendimento prestado e redução no desejo por abandono do trabalho. Com isso, pode trazer muitos benefícios para o empregado e para o empregador. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de método misto, utilizando a metodologia do Instituto Joanna Briggs (JBI). Foram considerados estudos completos e primários publicados entre os anos de 2009 e 2020. A busca pelas literaturas foi realizada utilizando estratégia de busca criada e adaptada para cada base de dados com os termos “gerentes”, “enfermeiro”, “empoderamento” e “ferramentas”. Os seus respectivos correspondentes em inglês. Sete Bases de dados: SCOPUS (Elsevier); Public Medline (PubMed); Web of Science/Coleção Principal (Thomson Reuters Scientific); Literatura Latino-Americana e do Caribe (Lilacs), CINAHL (EBSCO), EMBASE, Registro Central Cochrane de Ensaios Controlados e uma Biblioteca virtual: Scientific Eletronic Library Online (Scielo) foram consultadas resultando em 1715 estudos recuperados. A seleção por leitura de título e resumo foi realizada por meio do aplicativo Rayyan QCRI the Systematic Reviews Web app. Os estudos previamente selecionados foram recuperados e lidos na íntegra. Como critérios de inclusão utilizamos os seguintes itens: Participantes: enfermeiros (independente da raça, gênero ou idade); com formação equivalente a Graduação em Ensino Superior do Brasil para os estudos Quantitativos, para os Qualitativo não houve exclusão; Intervenção / fenômeno de interesse: a utilização dos instrumentos e ferramentas de empoderamento utilizados e como se dava o uso dessas ferramentas; Comparador / controle: enfermeiros que não conheciam ou não utilizavam essas ferramentas e a incidência de turnover; Tipos de estudo: Completos e primários, publicados entre os anos de 2009 e 2020 . Não houve restrição linguística. A busca foi realizada em março de 2021. As avaliações da qualidade metodológica dos estudos elegíveis foram feitas utilizando JBI’s critical appraisal tools e a extração dos dados foi realizada utilizando JBI Extraction para estudos quantitativos e JBI QARI Data Extraction Tools for Qualitative Research para estudos qualitativos. Utilizamos a nota de corte de 70% de respostas afirmativas. O nível de evidência e a força da recomendação foram avaliados pelo JBI Grades of Recommendation. Resultados: Dos 1.715 estudos potencialmente relevantes, 12 foram incluídos nesta Revisão Sistemática. A amostra final foi composta por nove estudos quantitativos e três estudos qualitativos. O estilo de liderança que mais apareceu foi o transformacional, seguido por transacional e passive avoidant. A supervisão abusiva foi negativa e significativamente associada com coragem moral (-0,476, p <0,001). A qualidade da relação líder / liderado está positivamente relacionada à identificação organizacional e inserção no trabalho e negativamente relacionada a intenção de rotatividade. Os enfermeiros que participaram de treinamento para desenvolver liderança relataram se sentir mais confiantes para executar suas tarefas e gerar um ambiente saudável com autonomia para sua equipe. Conclusão: O empoderamento psicológico e estrutural, a frequência e qualidade dos feedbacks e o estímulo à autonomia foram fatores protetores para o aumento da intenção de rotatividade dos enfermeiros no contexto de trabalho da enfermagem.
Construção e validação de escala para avaliar a adesão às boas práticas hospitalares para covid-19
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Melchiades, Ediana Preisler [UNESP]; Meneguin, Silmara [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Objetivo: Construir e realizar a validação de conteúdo/face e de construto da escala, para avaliar a adesão dos profissionais de saúde às boas práticas para COVID-19, no âmbito hospitalar. Métodos: Estudo metodológico, desenvolvido em três fases sequenciais: construção dos itens e dimensões a partir de extensa revisão de literatura e aplicação de questionário a 16 profissionais de enfermagem; validação de conteúdo e de face realizada por grupo de especialistas e cálculo do índice de validade de conteúdo; análise semântica. Para a validação de construto, os dados foram coletados utilizando um questionário com dados sociodemográficos/profissionais e a nova escala. Para a análise da dimensionalidade foi utilizado a análise paralela de Horn, KMO e teste de esferecidade de Barlett. Posteriormente testado o ajuste do modelo comparativo. O alfa de cronbach e o coeficiente de correlação intraclasse foi utilizado para avaliar a consistência interna e a estabilidade temporal, respectivamente. A validade concorrente foi avaliada a partir dos coeficientes de correlação de Spearman entre o escore escala geral e seus domínios. Resultados: A validade de conteúdo e de face foi realizada por sete profissionais de saúde. Foram mantidos os itens que apresentaram o índice de validade de conteúdo ≥0,83 na avaliação pelos juízes. Na análise semântica, realizada mediante aplicação da escala a 37 profissionais de saúde, e o percentual de compreensão foi de 0,87%. Na validação de construto, a análise da dimensionalidade confirmou três domínios, e o ajuste ao modelo multidimensional foi satifatório em todos os parâmetros. O coeficiente alfa de cronbach para o instrumento e para os domínios foi superior a 0,7, exceto para o domínio psicossocial (0,61. Uma alta correlação foi observada entre o escore total e os domínios pessoal (0,84) e organizacional (0,90) e boa correlação com o domínio psicossocial (0,66). Conclusões: O instrumento com 47 itens e três dimensões (pessoal, organizacional e psicossocial), alcançou a validade de conteúdo/face com padrão satisfatório, além de atingir os parâmetros preconizados pela literatura, a nova escala apresentou-se válida e confiável para avaliar a adesão às boas práticas hospitalares para COVID-19.
Atualização e avaliação de aplicativo de subconjuntos terminológicos da CIPE® em saúde da mulher na atenção primária á saúde
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-24) Alegre, Patrícia Helena Corrêa; Jensen, Rodrigo; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução:O Processo de Enfermagem (PE) auxilia o enfermeiro a organizar e priorizar o cuidado, assim como formar hábitos de raciocínio clínico e habilidades ao pensamento crítico. O uso de terminologias é considerado imprescindível e necessário para a transferência e divulgação de informações científicas, tecnológicas e profissionais, permitindo a uniformidade do significado e a eficácia na comunicação. No contexto da atenção primária à saúde, as etapas do PE são realizadas na consulta de enfermagem. Na atenção à saúde da mulher, a integralidade é compreendida como a concretização de práticas de atenção que garantam o acesso das mulheres a ações resolutivas construídas segundo as especificidades do ciclo vital feminino e do contexto em que as necessidades são geradas. A CIPE® promove o desenvolvimento tecnológico e científico da profissão, favorece o reconhecimento profissional decorrente do registro e da qualidade do atendimento na prática, principalmente quando direcionada a áreas específicas do cuidado em enfermagem, representadas pelos subconjuntos terminológicos; estes são constituídos por conjuntos de termos e afirmativas para a construção de diagnósticos (DE), resultados e intervenções (IE). O desenvolvimento de dispositivos móveis e de novas tecnologias constituem fortes aliados para o cuidado de enfermagem e os aplicativos vem ganhando espaço e importância, sendo então necessárias a avaliação de sua usabilidade. Objetivos: Atualizar os subconjuntos terminológicos em saúde da mulher, construir definições operacionais dos enunciados de diagnósticos de enfermagem e avaliar a usabilidade do aplicativo CIPE-APS em consultas de enfermagem em saúde da mulher. Métodos: Trata- se de estudo metodológico, que percorreu as etapas: (i) revisar subconjuntos terminológicos e atualizar os diagnósticos para versão CIPE® 2019\2020; (ii) construir definições operacionais dos enunciados de diagnósticos/resultados de enfermagem; (iii) validar por consenso as definições operacionais dos enunciados de diagnósticos/resultados por enfermeiros expertos; e (iv) avaliar a usabilidade do aplicativo CIPE-APS para os subconjuntos de saúde da mulher e pré-natal e pós-parto. Resultados: Foi realizado o levantamento da freqüência dos DE e IE utilizados nas consultas de enfermagem durante o processo de revisão e atualização dos subconjuntos. No subconjunto de saúde da mulher, foram construídas 228 definições operacionais aos enunciados de diagnósticos que foram avaliadas pelos expertos, dessas 223 (97,80%) obtiveram percentual ≥ 80% na primeira rodada de avaliação. Das 255 definições operacionais do subconjunto terminológico de pré-natal e pós-parto, avaliadas pelos expertos, 248 (97,25%) obtiveram percentual ≥ 80% na primeira rodada de avaliação. Na avaliação da usabilidade, o aplicativo obteve média de escore de 84 (DP 11,1) pontos e foi classificado como melhor imaginável (49%), excelente (30%) e bom (22%). Conclusão: O levantamento dos principais DE e IE durante o processo de revisão e de atualização corroborou com os resultados encontrados em estudos mostrando que a construção do subconjunto terminológico traz o perfil das mulheres atendidas não somente no local do estudo mas em âmbito nacional. As definições operacionais dos DE e IE, construídas nesse estudo, alcançaram um significativo percentual de concordância na validação, segundo a avaliação dos expertos. Isso dá ênfase à relevância clínica dos subconjuntos terminológicos de saúde da mulher e de pré-natal e pós-parto. Com relação ao aplicativo CIPE-APS, a avaliação da usabilidade do aplicativo atingiu escore alto e assim conclui-se que este é eficiente e satisfatório aos usuários, assim como, propicia a informatização da assistência, contribui para a assistência ao paciente, melhora a prática assistencial da enfermagem, favorece a implementação do PE, possibilita alcance à terminologia padronizada de enfermagem de forma mais rápida e acessível durante as consultas de enfermagem.
Desenvolvimento e validação de escala de rastreamento de renúncia à vida no idoso não institucionalizado
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-23) Silva, Sabrina Piccinelli Zanchettin; Bocchi, Silvia Cristina Mangini [UNESP]; Jamas, Milena Temer [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
OBJETIVO: Construir e avaliar as propriedades psicométricas da escala de rastreamento de renúncia à vida do idoso não institucionalizado. MÉTODO: Trata-se de pesquisa metodológica e translacional, com geração de conjunto de itens a partir de dois modelos teóricos decorrentes de análises qualitativas, por Teoria Fundamentada nos Dados, de experiências de dois grupos amostrais de idosos na comunidade, feminino e masculino, com depressão, baixo apoio social e cognição preservada, sinalizando-os entre dimensões de segurança e risco de renúncia à vida. Para a construção do instrumento, seguiram-se as etapas: (1) determinar claramente o que se pretende medir; (2) gerar conjunto de itens iniciais; (3) determinar o formato para medição; (4) dispor do conjunto de itens iniciais, revisado por especialistas; (5) considerar a inclusão de itens validados; (6) submeter conjunto de itens a uma amostra de participantes; (7) avaliar os itens. Para análise dos itens, empregaram-se as validades de conteúdo e de face, primeiro por comitê de juízes especialistas, seguido de pré-teste com a população-alvo. Utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) para avaliar a concordância entre opiniões dos juízes. Para análise das propriedades psicométricas, aplicou-se a escala a 300 idosos dos municípios do estado de São Paulo, das regiões de Bauru e Marília, São Paulo, Brasil, no período de setembro a novembro de 2020. Utilizou-se Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para aferir a validade de constructo e obteve-se a validade de critério por correlação entre a Escala de Rastreamento de Renúncia à Vida no Idoso e a Escala de Depressão Geriátrica, quanto à sensibilidade e à especificidade, por Curva ROC. Para avaliar a confiabilidade da escala, empregou-se o coeficiente alfa de Cronbach e o Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC). Mediu-se a estabilidade do instrumento através do teste-reteste e a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para análise de cada item. RESULTADOS: Partiu-se de escala do tipo Likert com 81 itens, agrupados em três dimensões (autogovernabilidade; comprometimento com a saúde; engajamento com o projeto de vida), decorrentes de pesquisa qualitativa com a experiência de idosos(as) adscritos à Unidades Saúde da Família, rastreados com estado cognitivo preservado, depressão moderada a grave e baixo apoio social. Essa primeira versão foi submetida à análise do painel de especialistas que, juntamente com cálculo de IVC e submissão da escala ao pré-teste com 43 idosos, reduziu-a a 53 itens, ou seja, redução de 28 itens, tipo Likert com três opções de resposta, organizados em duas dimensões. A aplicação dessa versão da escala para uma amostra de 300 idosos possibilitou a exclusão de 27 itens por meio da AFC, a partir do critério de carga fatorial padronizada < 0,4. Após, optou-se por manter o instrumento com uma ou duas dimensões. Conferiram-se propriedades psicométricas da escala: Ômega de McDonald de 0,902; Coeficiente alfa de Cronbach de 0,90, com estabilidade temporal (ICC de 0,80), em relação à escala de Depressão Geriátrica, a área sob a curva encontrada foi de 0,797, com especificidade de 0,68 e sensibilidade de 0,80, no melhor ponto de corte encontrado – 35. A TRI evidenciou que os itens têm bom coeficiente de discriminação ao modelo, com exceção dos itens, 18, 24 e 25, sendo o item 7 com maior índice. Mostrou também que todos os itens têm aderência ao modelo. DISCUSSÃO: As propriedades psicométricas da escala de renúncia à vida no idoso apontam para uma ferramenta consistente e viável, que poderá promover avanços na assistência à saúde das pessoas idosas e da equipe de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS). Reitera-se a importância de mais estudos que possam validar as propriedades psicométricas, para consolidação da escala na atuação profissional na APS. Ressalta-se que a escala proposta se destina a idosos residindo na comunidade, não podendo considerar os resultados apresentados em outras populações. CONCLUSÃO: Apesar de ainda requerer outras pesquisas para validar as propriedades psicométricas e a confiabilidade da escala, tal estudo é pioneiro para a prevenção de suicídio de idosos na comunidade, por instrumentalizar a equipe de saúde da APS para o rastreamento (busca ativa) daqueles em situação de renúncia à vida, dando-lhes oportunidade de acesso a tratamentos e cuidados no âmbito da saúde mental.
Efetividade do banho no leito descartável com e sem clorexidina na prevenção de infecção relacionada a assistência à saúde: estudo observacional
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-24) Paulela, Débora Cristina; Mondelli, Alessandro Lia [UNESP]; Bocchi, Silvia Cristina Mangini [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O banho no leito, cuidado humano básico importante, é deixado para plano de menor importância pela equipe que o executa, comprometendo o procedimento e facilitando aparecimento de infecção hospitalar. Usam-se produtos que lesionam a pele, deixando o paciente propenso a infecções. Presume-se que pode disseminar microrganismos no ambiente hospitalar. Estudo demonstrou eficácia do banho no leito descartável em 90% comparada a 20% do banho no leito convencional, que colonizou 80% dos participantes. Demonstrou-se em estudo que bacias de banho estavam contaminadas após processamento manual. Estado de São Paulo, implantou o banho no leito descartável em três enfermarias, sendo uma que atende pacientes clínicos, Clínica Médica I, uma atende pacientes clínicos e cirúrgicos, Neurologia e Neurocirurgia e uma cirúrgica, Gastrocirurgia. A implantação do produto para banho no leito descartável foi realizada em junho de 2017. Em junho de 2019, a Comissão de infecção hospitalar solicitou o acréscimo de clorexidina degermante a 2% ao banho no leito descartável. Esta solicitação deu-se devido a pesquisas que apontaram a redução das taxas de infecção hospitalar após a implantação de banho diário com clorexidina degermante a 2%. Objetivo. Avaliar o impacto do BLD com e sem clorexidina na incidência de IRAS em pacientes de três enfermarias de um hospital universitário do interior do Estado de São Paulo. Método. Estudo observacional, analítico, retrospectivo, antes e depois da implementação do banho no leito descartável com e sem clorexidina, em três enfermarias de um hospital universitário do interior do Estado de São Paulo. Resultados. No período do estudo 6487 pacientes foram admitidos nas três enfermarias, 2612 tiveram prescrição de enfermagem para banho no leito e 858 pacientes com idade entre 15 a 102 anos tiveram exames de culturas com resultados positivos, 271 pacientes tiveram óbito como desfecho clínico. Teste de comparação de proporções, demonstrou significância estatística na redução da positividade de culturas (p<0,0001) no P2 e P3 quando comparados com P1 após a implantação do banho no leito descartável e do banho no leito descartável acrescido de clorexidina degermante a 2%. Na análise referente a culturas de vigilância, incluindo produtores de carbapenemases, os testes de comparação de proporções Resumo 7 também demonstraram significância estatística quando comparados os três períodos das três enfermarias, P2 com P1 (p<0,0001) e P3 com P1 (p<0,0001). A análise de dados demográficos, comparando o P2 com P1 e P3 com P1, na enfermaria de CMI houve relevância estatística, maior número altas e menor número de óbitos. Na enfermaria de NCL/NCR houve relevância no número de óbitos na comparação do P3 com o P1 e na enfermaria de Gastrocirurgia não houve diferença estatística. A análise de dados de cateter venoso central, não houve significância estatística nos períodos analisados nas três enfermarias. Na análise do dispositivo sonda vesical de demora, na Clínica Médica I houve relevância estatística em comparação do P2 ao P1 e não houve diferença na comparação do P3 ao P1. Na enfermaria de Neurologia/Neurocirurgia houve relevância estatística nas comparações do P2 e P3 com P1. Não houve relevância estatística na Gastrocirurgia. Conclusões. A comparação do banho no leito convencional com o banho no leito descartável e do banho no leito descartável acrescido de clorexidina degermante a 2% diferiu em aspectos relevantes como no número de positividade de culturas, incluindo-se culturas de vigilância, houve redução de positividade de culturas coletadas dos pacientes, quando comparados os períodos, P2 com P1 e P3 com P1 nas três enfermarias. Comparando o uso de cateter venoso central e culturas positivas de ponta de cateter não houve diferença estatística nas três enfermarias. Referente a sonda vesical de demora houve significância estatística na enfermaria de Clínica Médica I no P2 comparado ao P1, na enfermaria de Neurologia/Neurocirurgia houve relevância estatística quando comparados o segundo e terceiro períodos com o primeiro. Na enfermaria de Gastrocirurgia não houve diferença estatística.
Avaliação do processo, estrutura e resultado do cuidado em saúde aos privados de liberdade que vivem com HIV/aids
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Apolinario, Fernando Henrique [UNESP]; Papini, Silvia Justina [UNESP]; Spiri, Wilza Carla [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) atinge, prioritariamente, os segmentos mais vulneráveis da sociedade, assim, pessoas privadas de liberdade apresentam maior vulnerabilidade à sua exposição. O estado de São Paulo tem a maior população prisional do Brasil e avaliar o serviço de saúde prisional é de suma importância. Objetivo: Construir e validar um conjunto de indicadores para avaliar o cuidado à saúde e sua qualidade e compreender a experiência com a assistência à saúde dos privados de liberdade que vivem com HIV/aids e realizar a análise da satisfação do paciente em relação a estrutura e processo da assistência à saúde no contexto prisional. Método: Trata- se de um estudo metodológico e exploratório, com abordagem mista. Sua primeira etapa consistiu na construção e validação de indicadores para avaliação do serviço e, como referencial teórico, optou-se pela teoria proposta por Donabedian, que se fundamenta em três bases: estrutura, processo e resultado. Utilizou-se o guia norteador Revised Standards for Quality Improvement Reporting Excellence (SQUIRE 2.0). Na segunda etapa, realizou-se um estudo qualitativo utilizando a entrevista semiestruturada para entrevistar os privados de liberdade que vivem com HIV/aids em dez unidades prisionais, sendo estas duas unidades de cada uma das cinco Coordenadorias Prisionais do Estado de São Paulo. Para análise da concepção foi utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e, como guia norteador, utilizou-se o Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ). Resultado: Na primeira etapa, o instrumento foi constituído a partir de cinco dimensões: Estrutura Física; Recursos Humanos; Organização do Processo de Trabalho; Prontuários de Saúde; e Adesão ao Tratamento. Compuseram o estudo 10 juízes com experiência em docência, gestão em saúde e pesquisa. O instrumento obteve 80% de concordância dos juízes quanto ao seu conteúdo e aparência. O alfa de Cronbach geral foi de 0,90. Na segunda etapa foram entrevistados 100 privados de liberdade, com idade média de 37,5 anos, sendo a maioria reincidente quanto ao crime cometido, com ensino médio completo e tempo médio de prisão de 4,5 anos. Evidenciou-se, a partir do DSC, a satisfação dos assistidos no serviço de saúde, assim como ações de diagnóstico precoce, acolhimento, monitoramento, acompanhamento e fornecimento de medicamento antirretroviral. Evidenciaram-se, ainda, a fragilidade no fornecimento de alimentação, estrutura prisional inadequada das celas e um serviço de transporte e logística impróprio para apresentação ao centro de especialidades. Conclusão: O instrumento construído foi validado em aparência, conteúdo e consistência, mostrando-se eficaz para avaliação da qualidade assistencial. A satisfação dos usuários em relação ao serviço de saúde prisional se mostrou como um importante componente de avaliação do serviço de saúde ao privado de liberdade que vive com HIV/aids.
As aproximações da educação e prática interprofissional colaborativa em Residências Multiprofissionais em Saúde
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-24) Santos, Lucas Cardoso dos; Spiri, Wilza Carla [UNESP]; Viana, Marcelo da Costa; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: nas últimas décadas, fez-se um grande esforço no âmbito dos cursos técnicos, de graduações e pós-graduações na área da saúde para reorientar a formação de modo a atender às necessidades do Sistema Único de Saúde. Influenciaram esse processo as Diretrizes Curriculares Nacionais e o relevante papel indutivo realizado pelos Ministérios da Saúde e Educação para alcançar uma formação mais humanizada e desenvolvida mediante um processo de ensino-aprendizagem que incluísse diferentes cenários e práticas interprofissionais. Nesse sentido, a educação e a interprofissionalidade têm sido apontadas como capazes de promover mudanças nos cenários de ensino e prática para o enfrentamento dos problemas sociais e de saúde e vem sendo gradativamente valorizadas devido seu potencial na formação de profissionais de saúde mais preparados para o trabalho em equipe, característica essencial para se alcançar um cuidado integral de indivíduos, famílias e comunidades. A Residência Multiprofissional em Saúde se apresenta como uma possibilidade e estratégia potente de formação com vistas a uma prática colaborativa interprofissional por estimular o desenvolvimento de ações de interação, comunicação e colaboração entre os diferentes atores. Esses programas têm como locus de atividades diferentes cenários reais da Rede de Atenção à Saúde e Psicossocial podendo contribuir com a revisão do modelo assistencial, pois busca-se um novo perfil do profissional de saúde, humanizado e preparado para responder às necessidades da população. Objetivos: analisar a incorporação dos marcos teórico-conceituais e metodológicos da educação interprofissional no contexto das Residências Multiprofissionais em Saúde para o fortalecimento das práticas colaborativas em saúde. E como objetivos específicos: identificar na literatura científica as ações de educação interprofissional desenvolvidas no Brasil no contexto dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde; avaliar a aproximação dos Projetos Políticos Pedagógicos das Residências Multiprofissionais em Saúde de uma instituição de ensino pública do interior de São Paulo em relação à educação interprofissional e prática interprofissional colaborativa; e conhecer a experiência dos residentes envolvidos nos programas de Residência Multiprofissional em Saúde em consideração ao referencial da educação interprofissional e prática interprofissional colaborativa. Método: realizou-se uma pesquisa exploratória, descritiva e analítica, de natureza qualitativa guiada pelo referencial da pesquisa-ação com a adoção de três etapas e instrumentos de coleta de dados: revisão integrativa da literatura, análise documental e intervenção-ação. A revisão integrativa da literatura voltou-se para a interface entre a formação profissional e o trabalho em saúde a partir da literatura científica acerca da educação interprofissional no contexto de formação profissional nos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde no Brasil. Os Projetos Políticos Pedagógicos dos três Programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Faculdade de Medicina de Botucatu – Saúde da Família, Saúde Mental, Saúde do Adulto e Idoso – foram submetidos à análise documental tanto à luz da educação interprofissional quanto dos eixos norteadores propostos aos Programas de Residência pelos Ministérios da Educação e Saúde. A intervenção-ação foi operacionalizada por meio de duas oficinas na modalidade de videoconferências com a participação de 18 residentes dos segundos anos dos Programas de Residência Multiprofissional da Saúde da Família e Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Botucatu. Os dados produzidos pelas diferentes estratégias de coleta de dados foram analisados segundo o referencial metodológico da Análise de Conteúdo proposto por Graneheim e Lundman e o referencial teórico da interprofissionalidade. Resultados: a Revisão Integrativa de Literatura possibilitou conhecer as diferentes experiências da prática interprofissional colaborativa no contexto das Residências Multiprofissionais em Saúde no Brasil a partir de 16 estudos, publicados de 2014 a 2019, nos idiomas português e inglês, desenvolvidos sobretudo na região Sudeste do país e analisados a partir de quatro temas: As dimensões dos desafios para a consecução da educação interprofissional nos Programas de Residências Multiprofissionais em Saúde; Dissonância curricular no processo ensino-aprendizagem-trabalho; As estratégias utilizadas para a efetivação da educação e prática interprofissional; Os efeitos das tentativas de implementação da educação e prática interprofissional nos cenários de prática das residências multiprofissionais. A análise dos Projetos Políticos Pedagógicos dos três Programas de Residência Multiprofissional em Saúde elucidou as possibilidades para a realização de uma prática interprofissional colaborativa no contexto da residência, apesar de nenhum programa demonstrar de maneira explícita a intencionalidade de adoção dos marcos teórico-conceituais e metodológicos da educação interprofissional. Já os resultados emergidos das duas oficinas evidenciou, por meio das falas dos participantes quais as oportunidades identificadas como potentes e as oportunidades e desafios encontrados para a consecução de uma prática interprofissional, bem com as aprendizagens adquiridas por meio dessa prática. Considerações finais: identificou-se que o proposto nos PPP dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde analisados não acontece na prática como planejado demonstrando um distanciamento entre o currículo organizado e prescrito e o currículo em ação. E que a articulação entre o ensino, a aprendizagem e o trabalho acontece de forma fragmentada, reproduzindo o modelo tradicional de ensino e de saúde, não assegurando mudanças nos cenários de formação e prática como preconizado nos ideários desses programas.
Adaptação cultural da escala de Glamorgan: validação e comparação preditiva com a escala de Braden Q
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-11-30) Vocci, Marcelli Cristine; Abbade, Luciana Patricia Fernandes [UNESP]; Fontes, Cassiana Mendes Bertoncello [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Adaptar e validar culturalmente a escala de Glamorgan para língua portuguesa do Brasil e comparar sua capacidade preditiva com a Escala de Braden Q. Método: Estudo metodológico de adaptação cultural e validação da Glamorgan Scale. Para o processo de adaptação foram seguidas seis etapas: tradução inicial, síntese das traduções, retrotradução, comitê de especialistas, pré-teste e envio da versão adaptada para aprovação do autor do instrumento original. E, para validação foi desenvolvido um estudo de coorte prospectivo com 83 pacientes pediátricos internados em terapia intensiva, que além da validação, teve como finalidade a comparação preditiva com a Escala de Braden Q. Foram avaliados: confiabilidade (consistência interna), e validade concorrente e preditividade. Resultados: Todas as etapas do processo de tradução e adaptação transcultural foram satisfatórias. Na avaliação realizada pelo comitê de especialistas a concordância foi superior a 80% na primeira rodada de avaliação. No processo de validação a validade preditiva foi avaliada por meio da curva ROC e do cálculo da área sob a curva, apontando desempenho satisfatório da Glamorgan (0,77), e quando comparada com a Braden Q (0,78), ambas foram semelhantes. O coeficiente de correlação de Spearman (rho= -0,76; p<0,01) evidenciou forte correlação entre os escores totais da Escala de Glamorgan, corroborando para sua validação. Conclusão: A Escala de Glamorgan foi adaptada culturalmente e validada para o português do Brasil mostrando ser um instrumento válido, de boa acurácia e consistente para avaliação do risco de lesão por pressão em pacientes críticos pediátricos.
As experiências de gestores de saúde no enfrentamento da pandemia por covid-19
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-02) Borges, Paulo Fernando Barcelos [UNESP]; Spiri, Wilza Carla; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
No final de dezembro de 2019, uma sequência rápida de casos de pneumonias notificadas em Wuhan, na China, atraíram a atenção dos grandes órgãos da saúde e dos pesquisadores. Diante deste cenário, os gestores municipais representados por secretários municipais de saúde se depararam com inúmeras implicações gerenciais para que fosse possível estabelecer um plano de contingência efetivo diante da realidade local de cada um. Fato aos apontamentos, este estudo objetivou compreender as experiências que estão sendo vivenciadas por gestores municipais considerando a emergência pública por Covid-19 enfrentada e a importância desses atores nesse momento. Para tanto foi realizada uma pesquisa multimétodos para compreender as experiências de gestores municipais de saúde pertencentes ao Departamento Regional de Saúde VI de Bauru. Inicialmente foi realizada uma revisão integrativa que possibilitou elucidar as evidências sobre os mecanismos adotados pela gestão no enfrentamento da pandemia por Covid-19. Posteriormente, foi realizado um estudo qualitativo por meio da análise de conteúdo que permitiu compreender as experiências de gestores municipais de saúde no processo gerencial da pandemia. O terceiro estudo compreendeu uma perspectiva epidemiológica com a apresentação do cenário da pandemia na região de saúde de Bauru, pertencente ao Departamento Regional de Saúde VI. Este estudo evidenciou o enfrentamento da pandemia em diferentes contextos, elucidando a importância da incorporação de práticas gerenciais efetivas, utilizando de planejamento, tomada de decisão e educação permanente como ferramentas prioritárias no cotidiano do gestor de saúde.

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