Teses - Medicina Veterinária - FMVZ

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  • ItemTese de doutorado
    Frequência alélica da variante dmrt3 g.22999655c>a (equcab2.0) em asininos e muares com marcha batida ou picada
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-11) Herman, Mariana; Oliveira Filho, José Paes de [UNESP]; Borges, Alexandre Secorun [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    The DMRT3:g.22999655C>A SNP influences the gait types of horses, and the wild-C and mutant-A alleles have been associated with batida and picada gaits, respectively. Donkeys and mules also have batida or picada gaits, and this study aimed to determine the allele frequency of the DMRT3 SNP in gaited donkeys and mules and to verify whether the genotype influences the type of gait in these animals. Thus, 159-mules and 203-donkeys were genotyped. Among the 159 mules assessed, 47% had a CC genotype, and 53% had a CA genotype. The CC genotype was predominant in the donkeys (97%). The AA genotype was not found in the mules or donkeys. The CC and CA genotypes were similarly distributed in the mule group with batida or picada gaits. The frequencies of the CC genotype in the donkeys were similar, regardless of whether the gait was batida or picada. However, the CA genotype was more frequent in donkeys with a picada gait than in those with a batida gait. The previous description of the three genotypes in Mangalarga and Campolina horses, which are the main breeds involved in the production of marching mules in Brazil, explains the higher percentage of CA mules and the very low presence of the mutated allele in donkeys, allowing us to speculate that the mutated allele was inherited from the mares used in the crosses with donkeys. In addition, these results suggest that the gait is not influenced by the aforementioned mutation and that other genes and polymorphisms may influence the trait in equids.
  • ItemTese de doutorado
    Tumor do estroma gastrintestinal canino: perfil gênico e alvos preditivos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-30) Nóbrega, Juliano [UNESP]; Amorim, Renée Laufer [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os tumores do estroma gastrintestinal representam 1% das neoplasias que acometem o trato gastrintestinal dos seres humanos. Apesar de raros, são os tumores de origem mesenquimal mais frequentes em cães também, sendo o diagnóstico baseado na marcação imuno-histoquímica das proteínas CD117 (KIT) e DOG1. As terapias convencionais não são totalmente eficazes para alguns subtipos tumorais. Portanto, o reposicionamento de drogas é uma abordagem promissora que maximiza o potencial terapêutico de medicamentos existentes e que pode acelerar o processo de desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil global de expressão gênica do GIST canino, informações inéditas na literatura, e a partir desses dados, identificar novos compostos terapêuticos para estes tumores. Para tal, foram utilizadas sete amostras de GIST intestinal canino FFPE (formalin-fixed, parafin-embedded), comparadas com cinco amostras de intestino normal de cães. Utilizaram-se o GeneChip® Canine Gene 1.0 ST Arrays (Thermo Fisher Scientific, CA, EUA) e o software Transcriptome Analysis Console 4.0.2.15 (Thermo Fisher Scientific). Foram encontrados 109 genes up regulated e 252 down regulated envolvidos em vias como regulação da migração celular e da proliferação da população celular. A partir da plataforma LINCS L1000FWD obtivemos os agonistas dos receptores de glicocorticóides como um dos potenciais grupos de fármacos de reversão da assinatura gênica dos GISTs caninos. Este estudo contribui para o desenvolvimento de novas terapias e para uma melhor compreensão dessa neoplasia nos cães, um bom modelo natural para estudos em oncologia comparada.
  • ItemTese de doutorado
    Estudo dos genes RAD51 e BRCA2 como alvos preditivos em carcinoma inflamatório mamário de cadelas, análise da expressão do RAD51 e quantificação molecular em linhagens celulares neoplásicas de cães
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-02) Teodoro, Tamires Goneli Wichert [UNESP]; Amorim, Renée Laufer [UNESP]; Alves, Carlos Eduardo Fonseca [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As neoplasias de glândula mamária estão entre as neoplasias mais comuns em humanos e cães sendo que, nas cadelas, aproximadamente 53,3% são malignas. Variantes de tumores mamários malignos em cadelas, assim como em humanos, podem ter origem em mutações genéticas. Em humanos é estimado que 45 a 65% das mulheres com mutações no gene BRCA2 podem desenvolver algum tipo de neoplasia maligna de mama aos 70-80 anos. Em cães, diversas variações nas repetições de BRC já foram identificadas em tumores mamários. Dentre os diversos tipos de carcinoma mamário em cães o carcinoma inflamatório mamário se caracteriza como entidade clinicopatológica com curso clínico fulminante e manifestação repentina. Em humanos e em cães o carcinoma inflamatório mamário é também considerado uma forma agressiva de câncer de mama. Baseado nas semelhanças clínicas e histológicas tem sido proposto que o carcinoma mamário inflamatório de cadelas seja utilizado como modelo de estudo para humanos. Este trabalho visa caracterizar, pela técnica de imuno-histoquímica, a expressão das proteínas BRCA2 e RAD51 em amostras de carcinomas inflamatórios mamários caninos, comparando-as com glândulas mamárias caninas sem lesão e com adenomas mamários, a fim de estabelecer essas proteínas como alvos preditivos. Também foram realizados a técnica da PCR e o sequenciamento do gene BRCA2 para a identificação de possíveis mutações nestas amostras e assim associar os dados das imunoexpressões com possíveis mutações encontradas. Abundância da expressão de moléculas RAD51 foi observada por Western-Blotting em diferentes linhagens celulares tumorais caninas, auxiliando no entendimento desta proteína em cães
  • ItemTese de doutorado
    Citocinas pró-inflamatórias em cães com doença renal crônica em síndrome urêmica submetidos à hemodiálise intermitente com e sem bypass
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-16) Maia, Suellen Rodrigues; Okamoto, Priscylla Tatiana Chalfun Guimarães [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A hemodiálise intermitente (HDI) tornou-se uma terapia viável e acessível no manejo de cães que apresentam nefropatias agudas e crônicas. No entanto, a avaliação de citocinas pró-inflamatórias, potencialmente derivadas dessa terapia, permanece pouco elucidada. Objetivou-se avaliar a dinâmica das citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-6 e TFN-α) em cães doentes renais crônicos em síndrome urêmica submetidos a abordagens distintas de HDI (com e sem bypass). Oito cães com doença renal crônica (DRC) em síndrome urêmica foram selecionados e alocados em dois grupos: HDI sem bypass (GHSB) e HDI com bypass (GHCB). Quatro cães saudáveis compuseram o grupo controle (GC). Avaliações laboratoriais foram realizadas previamente, durante e após a primeira sessão de HDI. Análises comparativas entre cada grupo e momento de avaliação foram aplicadas, assim como, comparação global das citocinas (mediana de todos os resultados obtidos) entre os grupos. Não houve alterações significativas das citocinas estudadas entre os momentos de avaliação dos grupos de cães submetidos à HDI. A concentração de IL-1β foi maior após a sessão no GHSB em comparação com o GC. A comparação da concentração global revelou concentração mais alta de IL-1β e do TNF-α nos grupos com DRC quando comparado com o GC, sendo que o GHSB também apresentou valor mais alto da IL-6. Concentrações mais altas de IL-1β e IL-6 também foram observadas no GHSB em comparação com o GHCB. Os animais submetidos à HDI, independente do grupo, apresentaram menor valor de ureia e creatinina após o procedimento, assim como, melhora da condição de acidemia. Os dados relacionados à sessão demonstraram que ambas as abordagens foram eficazes e seguras. Em conclusão, uma única sessão de HDI, sem ou com bypass, não incrementou as concentrações de citocinas pró-inflamatórias em cães com doença renal crônica, no entanto, contribuiu para a manutenção do estado inflamatório, além disso, cães submetidos à HDI sem bypass demostraram concentrações maiores das citocinas estudadas.
  • ItemTese de doutorado
    Hemodiálise intermitente em modo Bypass no tratamento da crise urêmica em cães com doença renal crônica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-07-03) Azevedo, Maria Gabriela Picelli de; Guimarães-Okamoto, Priscylla Tatiana Chalfun [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    RESUMO Cães com doença renal crônica (DRC) em crise urêmica podem se beneficiar da hemodiálise intermitente (HDI). O objetivo desse estudo foi verificar a eficácia e segurança do técnica de hemodiálise intermitente com Bypass. Foram inclusos quatorze cães com DRC em crise urêmica, sete animais alocados em casa grupo, ambos submetidos à HDI diferindo apenas pela inclusão ou não do Bypass: Grupo HDI sem Bypass e o grupo HDI com Bypass. Sangue foi coletado nos momentos M0 (10 minutos pré-sessão) e M6 (10 minutos pós-sessão). Dados clínicos como frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal e pressão arterial sistólica foram avaliados nos momentos M0, M1 (30 min), M2 (60 min), M3 (120 minutos) e M6. Dados de fluxo sanguíneo no M1, M2, M3; tempo de coagulação ativada e dose de heparina no M0, M2, M3, M4 (180 min) e M5 (240 min). A temperatura retal aumentou em determinados momentos em ambos os grupos. A redução dos valores de ureia, creatinina e fósforo, hemácias e proteínas totais ocorreu em ambos os grupos no M6. No HDI com Bypass foi observado a redução dos valores de hemoglobina, hematócrito e plaquetas no M6. A hemogasometria venosa demonstrou aumento do pH, bicarbonato de sódio, base excess e redução do potássio no M6, o sódio não demonstrou diferença. O grupo HDI com Bypass apresentou peso significativamente menor em relação ao HDI sem Bypass, sem demonstrar diferenças significativas em relação ao tempo total de sessão e URR final de sessão. Conclui se que a hemodiálise intermitente em modo Bypass é segura e efetiva em cães com DRC em crise urêmica e reduz as chances de complicações em animais de menor porte ou complicações relacionadas a síndrome do desequilíbrio da diálise.
  • ItemTese de doutorado
    Pesquisa de zoonoses virais emergentes em morcego hematófago Desmodus rotundus: Uma abordagem de saúde única
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-07-03) Mantovan, Karine Bott; Langoni, Helio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As doenças zoonóticas virais compõem uma séria ameaça à saúde pública, e responsáveis pela maioria das pandemias recentes em humanos. Os morcegos são associados a transmissão de doenças infecciosas, uma vez que abrigam uma alta diversidade viral em relação as outras ordens de mamíferos. Os morcegos hematófagos Desmodus rotundus apresentam ecologia e características sociais excepcionais que podem ter efeitos importantes na dinâmica de dispersão viral. A identificação de patógenos que tenham os D. rotundus como reservatórios devem ser mais bem esclarecidas, tanto para aqueles já estabelecidos, como o vírus da raiva, quanto para novas descobertas. Foram capturados 143 espécimes de D. rotundus como parte de um programa de vigilância epidemiológica ativa, referentes a municípios do Estado de São Paulo. Também foram registradas as coordenadas geográficas dos abrigos e suas características ecológicas. Foram coletados material cerebral para realização da reação de imunofluorescência direta para diagnóstico de raiva e RT-PCR. Para pesquisa molecular de flavivírus e alphavirus foi realizado RT- qPCR de pulmão, intestino e fígado. Ambas as técnicas diagnósticas para raiva, flavivírus e alphavirus foram negativas. As características dos abrigos evidenciaram que todos se encontravam em áreas de modificações antropogênicas como casas abandonadas e malha rodoviária. Dada a importância das doenças descritas, uma vez que são doenças tropicais negligenciadas, mesmo com os resultados negativos, estas enfermidades virais são encontradas na região e isso oferece novas oportunidades para propagação destes patógenos, diversificação genética e adaptação a novas espécies. A adoção de uma abordagem do conceito de saúde única global é extremamente necessária, além de um sistema de vigilância epidemiológica funcional para monitorar doenças infecciosas emergentes.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação da ecologia microbiana, Listeria monocytogenes e Salmonella sp. em indústrias de processamento de alimentos, formação de biofilmes multiespécies e métodos de controle
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-30) Tadielo, Leonardo Ereno; Pinto, José Paes de Almeida Nogueira [UNESP]; Bersot, Luciano dos Santos; Pereira, Juliano Gonçalves [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os objetivos do estudo foram avaliar a qualidade higienicossanitária, presença, virulência e fatores relacionados a formação de biofilme de Listeria monocytogenes e Salmonella sp. e identificar a ecologia microbiana em superfíceis de equipamentos e utensílios de indústrias brasileiras de aves, suínos e derivados lácteos; avaliar a eficácia do processo de higienização pré-operacional (PHPO) de um abatedouro de aves; avaliar a dinâmica de formação de biofilmes de culturas puras e multiespécies de L. monocytogenes, Salmonella spp. e microbiota acompanhante em superfície de polipropileno e avaliar a ação de Thymol e Carvacrol (THY+CAR), nanopartículas de Prata e Óxido de Zinco (AgNPs+ZnONPs) e ácido lático e acético (AL+AA) na inibição da formação dos biofilmes multiespécies. Foram realizadas contagens de aeróbios mesófilos, Enterobacteriaceae, Escherichia coli e Pseudomonas sp., pesquisa de L. monocytogenes e Salmonella sp. e identificação da ecologia microbiana por meio do sequenciamento do gene 16S rRNA. A dinâmica de formação de biofilmes puros e multiespécies foi avaliada em superfícies de polipropileno por até 360 h a 10 °C e os efeitos inibitórios de THY+CAR, AgNPs+ZnONPs e AL+AA na formação de biofilmes multiespécies foram mensurados em 3 h, 24 h, 120 h, 216 h e 360 h, por meio da contagem das células viáveis, ecologia microbiana e arquitetura. A contagem de aeróbios mesófilos foi mais elevada no laticínio, seguido pelo abatedouro de suínos e aves. Listeria monocytogenes foi detectada nas três indústrias, o abatedouro de suínos apresentou a maior ocorrência, seguido por aves e laticínio. Salmonella sp. foi detectada apenas no laticínio. Pseudomonas, Acinetobacter e Aeromonas foram contaminantes frequentes para o abatedouro de aves; Acinetobacter, Pseudomonas e Brevundimonas para suínos e Pseudomonas, Kocuria e Staphylococcus para o laticínio. O PHPO do abatedouro de aves foi capaz de reduzir a contagem de todos os microrganismos indicadores e eliminar Salmonella sp., contudo, L. monocytogenes permaneceu em algumas superfícies. A ecologia microbiana antes PHPO foi composta por microrganismos que estão associados ao processo de obtenção e elaboração dos cortes cárneos, como Aneurinibacillus, Anoxybacillus e Enterococcus. Após PHPO houve alteração da ecologia microbiana, destacando microrganismos que possuem maior adaptação as condições industriais, como Pseudomonas, Acinetobacter e Aeromonas. A dinâmica de formação de biofilmes puros e multiespécies apresentou diferenças pontuais de acordo aos tempos de avaliação, no entanto, todos os biofilmes apresentaram contagens semelhantes em avaliações após 216 h, indicando efeito sinérgico das espécies no consórcio bacteriano de biofilmes multiespécies. THY+CAR foram os compostos que apresentaram maior inibição dos biofilmes multiespécies, seguido por AL+AA e AgNPs+ZnONPs. Esses compostos também inibiram o desenvolvimento de L. monocytogenes e Salmonella spp. nos biofilmes multiespécies. A ecologia microbiana indicou que a família Yersiniaceae foi comum a todas as condições de crescimento, Moraxellaceae foi mais abundante nos biofilmes multiespécies sem tratamento e Pseudomonadaceae em THY+CAR, AgNPs+ZnONPs e AL+AA. Em relação a arquitetura dos biofilmes, THY+CAR, AgNPs+ZnONPs e AL+AA afetaram o desenvolvimento dos biofilmes, demonstrando baixo número de células bacterianas e matriz de exopolissacarídeos sob as superfícies. Nossos resultados fornecem informações importantes para entender o risco microbiológico de contaminação e seus impactos sobre a eficácia dos programas de higienização.
  • ItemTese de doutorado
    Estudo dos mecanismos genéticos e imunológicos associados à resistência de cordeiros lactentes infectados artificialmente com Haemonchus contortus
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-27) Lins, José Gabriel Gonçalves; Amarante, Alessandro Francisco Talamini [UNESP]; Louvandini, Helder; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Haemonchus contortus é o principal nematódeo gastrointestinal de pequenos ruminantes criados em regiões tropicais e subtropicais. O estudo objetivou avaliar as diferenças entre a resposta imune e os mecanismos genéticos envolvidos na resistência e suscetibilidade de cordeiros lactentes das raças Santa Inês (SI) e Ile de France (IF) em resposta à infecção experimental por H. contortus. Variáveis parasitológicas, da resposta imune humoral local e circulante e a resposta celular local foram avaliadas em cordeiros SI (n=14) e IF (n=12), alocados de forma randomizada em quatro grupos: SI infectado (n=8), SI controle não infectado (n=6), IF infectado (n=8) e IF controle não infectado (n=4). Animais foram infectados pela primeira vez aos 14 dias de idade, e as infecções múltiplas foram realizadas a cada dois dias, até a idade de 66 dias (52 dias após a primeira infecção). Ao final do protocolo de infecção, foram realizadas 27 infecções experimentais, e cada cordeiro recebeu um total de 5400 larvas infectantes (L3). Os cordeiros não infectados foram mantidos livres de infecção durante todo o experimento. Os cordeiros foram eutanasiados aos 68 dias de idade para coleta de tecido e conteúdo abomasal. A taxa de estabelecimento média de L3 de H. contortus foi maior nos cordeiros IF (22,9%) do que nos cordeiros SI (11,1%). Cordeiros SI infectados apresentaram menores valores médios de ovos por grama de fezes, menor carga parasitária total, menor comprimento das fêmeas, maior peso de linfonodos abomasais, maior espessura da mucosa fúndica do abomaso, além de maiores contagens de eosinófilos na região fúndica, e mastócitos e leucócitos glóbulares na mucosa fúndica e pilórica do abomaso. Análises de imuno-histoquímica mostraram que cordeiros SI infectados apresentaram as maiores contagens de células CD3+ T, CD79α+ B, GATA3+ Th2 e POU2F3+ tuft. A mucosa da região fúndica do abomaso de cordeiros SI (n=4) e IF (n=4) infectados foi submetida a análise de sequenciamento de RNA. Ferramentas de bioinformática identificaram 1146 genes diferencialmente expressos (DEGs) entre SI e IF (1011 genes superexpressos para SI) que foram associados a 15 tipos celulares, 312 processos biológicos, 56 componentes celulares, 106 funções moleculares e importantes vias de resistência contra H. contortus. O sistema complemento, a hemostasia e o reparo tecidual apresentaram relação com o desenvolvimento de resposta imune protetora contra H. contortus. Este estudo mostrou ser possível a identificação de animais com alta capacidade de resistência a infecções por H. contortus em idade precoce, antes do desmame. Apresentamos importantes biomarcadores e possíveis alvos para desenvolvimento de biotecnologias, que poderão ser utilizadas na seleção e criação de linhagens de ovinos resistentes à infecção por H. contortus.
  • ItemTese de doutorado
    Diagnóstico molecular de infecções fúngicas negligenciadas: criptococose e pitiose
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-14) Vasconcelos, Artur Bibiano de; Bosco, Sandra de Moraes Gimenes; Lucheis, Simone Baldini; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As infecções fúngicas têm se expandido em todo o mundo e devido a dificuldades no diagnóstico e tratamento, tem acarretado grave ameaça a saúde de animais e humanos. A Organização Mundial da Saúde destacou recentemente o Complexo de espécies de Cryptococcus como agentes críticos de ameaça a saúde pública devido a expansão da infecção e resistência antifúngica. Nesse contexto, destaca-se a importância do diagnóstico rápido e preciso a fim de se estabelecer melhores opções de tratamento e consequente melhora no prognóstico. Da mesma forma a pitiose é uma doença endêmica no Brasil, porém, com informações epidemiológicas simples, como notificação de casos e possíveis área de risco, inexistentes, principalmente na região do Nordeste Brasileiro. Neste trabalho determinamos técnicas moleculares para detecção diferencial no diagnóstico da criptococose e pitiose. No capítulo 1 padronizamos a técnica de Multiplex-PCR a partir do gene PRP8 para diferenciação das espécies do complexo Cryptococcus. Nossa metodologia padronizada possibilitou diferenciar pelo padrão de bandas em eletroforese, resultantes de uma única reação de PCR, as espécies C. neoformans var. neoformans, C. neoformans var. grubii e C. gatti. No Capítulo 2 testamos a sensibilidade da técnica de Nested-PCR no diagnóstico de casos suspeitos de pitiose na região Nordeste do Brasil. Do total de casos suspeitos para pitiose recebidos, 80% foram positivos por Nested-PCR, enquanto apenas 20% foi positivo para cultivo microbiológico. Nossos resultados representam os primeiros registros de pitiose em diferentes estados nordestinos, além de obtermos o primeiro isolado clínico do Maranhão. Nos dois capítulos desse trabalho abordamos as técnicas de biologia molecular como promissoras no diagnóstico diferencial tanto da criptococose quanto da pitiose e o quanto essas ferramentas podem contribuir para melhora no prognóstico de animais afetados, bem como para fornecer dados epidemiológicos para melhor compreensão da distribuição dessas doenças.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação das variantes nos genes ENTPD1 (A290G, A291T e G338A) e ENTPD2 (G464A) em equinos atletas com hemorragia pulmonar induzida por exercício
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-01) Leite, Raíssa Oliveira; Oliveira-Filho, José Paes de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A hemorragia pulmonar induzida por exercício (HPIE) é caracterizada pela presença de sangue dos pulmões na árvore traqueobrônquica após exercício intenso que acomete cavalos atletas. Apesar da alta prevalência de HPIE em equinos, a etiologia primária permanece desconhecida. Estudos sugerem uma possível causa genética, porém o papel de mutações em genes relacionados a funções hemostáticas que podem estar envolvidos nesta doença é desconhecido. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre EIPH e mutações nos genes ENTPD1 (RefSeq: XM_001500628.6) e ENTPD2 (RefSeq: XM_023629424.1), que codificam as enzimas CD39 e CD39L1, respectivamente. Para tanto, foram genotipados cavalos puro-sangue (n=66) diagnosticados com HPIE por traqueobroncoendoscopia e um grupo controle composto por 56 puro-sangue sem sinais clínicos de HPIE por traqueobroncoendoscopia. Em relação às mutações presentes no gene ENTPD1, a porcentagem de genótipos para a mutação g.290A>G no grupo controle foi de 66,1% (37/56) homozigotos e 28,6% (16/56) heterozigotos. Considerando que, 56,6% (43/76) dos cavalos no grupo HPIE eram homozigotos, 39,5% (31/76) heterozigotos. 100% (56/56) dos cavalos no grupo de controle eram do tipo selvagem para a mutação g.291A>T. Da mesma forma, 96,1% (74/76) dos cavalos EIPH eram do tipo selvagem para esta mutação. Enquanto isso, para a mutação g.464G>A no gene ENTPD2, os resultados mostraram que 15,6% (7/45) eram heterozigotos, e nenhum animal homozigoto foi encontrado neste grupo. No grupo HPIE, havia 1,5% (1/68) de homozigotos e 23,5% (16/58) de heterozigotos. Não houve diferença estatística entre os grupos. Os resultados deste estudo indicam que não há associação entre essas mutações e HPIE na raça estudada.
  • ItemTese de doutorado
    Posbiótico de bactéria ácido lática na inibição de salmonella heidelberg
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-10) Moraes, Ana Carolina Izidoro de; Okamoto, Adriano Sakai [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A carne de frango é uma das principais fonte de proteínas na alimentação humana, principalmente por ser um alimento de ótima qualidade. No Brasil predomina o sistema intensivo de produção, o que aumenta o risco de ocorrência de doenças pela densidade alta de animais dentro dos galpões. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade das bactérias ácido láticas inibirem o crescimento da Salmonella Heidelberg (SH) pelo mecanismo de quorum sensing in vitro e análise da proteomica do posbiótico. Para os testes in vitro bactérias ácido láticas foram submetidas ao teste Spot on the Lawn para avaliação da capacidade de inibição da SH. Em seguida, um posbiótico foi produzido pela homogeneização de SH com uma cepa de Enterococcus spp. O probiótico foi cultivado com o posbiótico e novamente ao teste Spot on the Lawn. As medidas dos halos de inibição da SH foram comparadas com àquela já obtida pelo mesmo teste, inicialmente para cada probiótico e posbiótico. Dessa maneira, foi possível verificar a ocorrência da comunicação bacteriana entre o probiótico e o posbiótico, após, foi verificado em análise proteômica que os posbióticos aumentaram a quantidade de proteínas e isso pode estar relacionado ao aumento da inibição contra a SH.
  • ItemTese de doutorado
    Análise linear e não-linear da variabilidade da frequência cardíaca em cães com diferentes faixas etárias e importância na caracterização de saúde, doença e risco morte
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-11-23) Romão, Luciene Maria Martinello; Lourenço, Maria Lucia Gomes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os sistemas vivos saudáveis e estáveis são geralmente considerados caóticos e fractais por natureza. A complexidade do organismo em situações normais é tipicamente não-linear em curto prazo, sendo que este organismo é um exemplo claro de um “sistema complexo”, caracterizado pela interação contínua de vários órgãos, objetivando a manutenção da vida. A teoria do Caos é um princípio científico que estuda o comportamento de sistemas complexos não-lineares, descritos como propriedades coletivas, que aparecem como resultantes da interação entre componentes associados ao sistema como um todo. A variabilidade dos intervalos de tempo entre os batimentos cardíacos é designada pela variabilidade de frequência cardíaca, sendo caracterizado como um sistema caótico determinístico. A avaliação do domínio do caos pode ser feita através de alguns índices, como a análise simbólica e os Gráficos de Recorrência, e sua mensuração realizada pelo monitor de frequência cardíaca. O objetivo deste estudo foi descrever as análises lineares e não-lineares da variabilidade da frequência cardíaca em cães em diferentes faixas etárias e sua acurácia diagnóstica na caracterização de estados de saúde, doença e risco morte.
  • ItemTese de doutorado
    Proteômica de potenciais biomarcadores de doença renal crônica na urina e soro de cães
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-11-21) Geraldes, Silvano Salgueiro; Guimarães-Okamoto, Priscylla Tatiana Chalfun [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A proteômica do soro e urina representam uma possibilidade diagnóstica para a doença renal crônica em cães, pela identificação de potenciais biomarcadores de precocidade, já que, a morbidade e a mortalidade da doença renal crônica estão relacionadas com a prevalência subestimada devido ao diagnóstico tardio. O objetivo deste estudo foi identificar e analisar o proteoma sérico e urinário de cães com doença renal crônica estádios I, III e IV, na busca de novos biomarcadores de precocidade. Para o estudo foram selecionados 26 cães divididos em quatro grupos: grupo controle e grupo da doença renal crônica estádio I, III e IV respectivamente. Para a proteômica, as amostras foram preparadas e submetidas a digestão in gel e espectrometria de massas. Os dados foram analisados no software online MetaboAnalyst e o exponentially modified protein abundance index foi usado como parâmetro quantitativo da abundância proteica. Utilizou-se para a análise univariada a ANOVA e multivariada a principal component analysis e a partial least squares-discriminant analysis, sendo que a última foi usada para indicar o variables in the projection score. Dentre os resultados tiveram destaque no soro dos cães com a doença nos estádios I, III e IV as proteínas Ig-like domain-containing protein, Vitronectin, Serpin Family G member 1 e Pentraxin. As proteínas Beta-1 metal-biding globulin, Angiotensinogen, Gc-globulin, Ig-like domain-containing protein, Vitronectin, Serpin Family G member 1, Uromodulin, Secretoglobin Family 1 A member 1, Polymeric immunoglobulin receptor, Lyzozime, Cystatin domain containing protein e Adipsin tiveram destaque na urina dos cães com a doença nos estádios I, III e IV. Tanto as proteínas destacadas no soro como urina se mostraram como potenciais biomarcadores da doença renal crônica, da progressão da doença renal crônica nos estádios estudados e ou do declínio da função renal.
  • ItemTese de doutorado
    Biomarcadores de lesão renal no diagnóstico precoce e monitoração da lesão renal aguda na erliquiose monocítica canina
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-27) Vieira, André Nanny Le Sueur [UNESP]; Okamoto, Priscylla Tatiana Chalfun Guimarães [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Erliquiose monocítica canina (EMC) é uma doença bacteriana intracelular, altamente infecciosa e procedente do agente etiológico Ehrlichia canis. Ehrlichia é considerada um potencial agente etiológico para doença renal. No entanto, a Lesão Renal Aguda (LRA), uma síndrome heterogênea definida pela súbita diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG), ainda não foi compreendida nesta enfermidade devido ao uso do biomarcador insensível creatinina sérica (sCr). Este estudo avaliou novos biomarcadores de lesão renal como a Cistatina B e Clusterina urinárias (uCysB e uClust) e o desempenho da Proteína-C reativa (CRP) como biomarcador de inflamação durante o diagnóstico, tratamento e monitoramento de cães naturalmente infectados com E. canis. Vinte cães saudáveis foram incluídos no grupo controle (GC) e 16 cães naturalmente infectados com E. canis foram incluídos no Grupo Ehrlichia (GE). Cães do GE demonstraram um aumento significativo nas concentrações de uCysB, uClust e Proteína C-reativa comparados ao GC no momento de inclusão (P = 0,0004, P = 0,0001, P <0.0001, respectivamente), embora os valores de sCr do GC foram mais altos que o do GE (P = 0,001), a SDMA não demonstrou alterações entre ambos os grupos (P = 0.462). Durante o tratamento do GE, além da melhora dos sinais clínicos (PPeso = <0,0001), observou-se uma significativa redução de todos os biomarcadores urinários (PuCysB = <0.0001; PuClust = <0.0001; PRPC = <0.0001); séricos (PsCr = <0.0001; PSDMA = <0.0001). Desta forma podemos concluir que cães naturalmente infectados por E. canis apresentam uma importante inflamação sistêmica e lesão renal intrínseca pelo aumento das concentrações de CRP, uCysB e uClust; porém subclínica quando avaliada pela sCr, justificando o provável mecanismo da predisposição da doença renal crônica nestes animais.
  • ItemTese de doutorado
    Índice de resistência múltipla aos antimicrobianos e detecção de genes associados à produção de carbapenemases em klebsiella pneumoniae isoladas de diferentes afecções em cães e gatos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-06-28) Paula, Carolina Lechinski de; Ribeiro, Márcio Garcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A população de cães e gatos tem aumentado em todo o mundo e o contato próximo entre os tutores e seus animais pode favorecer a transmissão de patógenos de animais de estimação para humanos. Klebsiella pneumoniae são bactérias ubíquas, de comportamento oportunista, relacionadas a várias manifestações clínicas em animais de companhia e infecções nosocomiais em humanos. O micro-organismo comumente é resistente aos antimicrobianos, incluindo aos fármacos carbapenêmicos. O aumento de infecções causadas por bactérias resistentes, por exemplo, como K. pneumoniae produtora de carbapenemases é considerado problema emergente de Saúde Pública. O presente estudo investigou o índice de resistência múltipla aos antimicrobianos utilizando 19 antimicrobianos pertencentes a dez grupos de fármacos, bem como a presença de K. pneumoniae produtora de carbapenemase no teste “in vitro” de difusão com discos usando ertapenem, imipenem e meropenem em 65 linhagens de K. pneumoniae isoladas de afecções de cães e gatos. Todos os isolados foram submetidos a PCR para a detecção dos genes blaKPC, blaNDM e blaOXA-48 (associados com a produção de carbapenemases). Nos cães, cistite (n=26/58; 44,8%) e enterite (n=14/58; 24,1%) foram os sinais clínicos mais comuns; enquanto em gatos, a otite (n=3/7; 42,8%) foi o distúrbio mais frequente. Os isolados apresentaram sensibilidade ≥50% no teste de difusão com discos para ertapenem (67,7%), florfenicol (61,5%), levofloxacino (56,9%) e sulfametoxazol / trimetoprim (50,8%). Em contraste, a maior resistência dos isolados foi observada para rifampicina (100%), azitromicina (92,3%), ceftiofur (56,9%), ceftriaxona (53,8%) e enrofloxacina (50,8%), com grande variedade de perfis de resistência. Os resultados de isolados parcialmente sensíveis e resistentes à identificação fenotípica de K. pneumoniae produtora de carbapenemase revelaram: 29,2% (19/65) e 3,1% (2/65) para ertapenem; 60% (39/65) e 18,5% (12/65) para imipenem; e 47,7% (31/65) e 10,8% (7/65) para meropenem, respectivamente. O IRMA (≥0,3) foi observado em 81,5% (53/65) dos isolados. A PCR detectou 4,6% (3/65) isolados carreando blaNDM e 7,7% (5/65) isolados com blaOXA-48. Poucos estudos, em todo o mundo, têm investigado genes associados à produção de carbapenemases em K. pneumoniae isoladas de animais de companhia. A multirresistência de K. pneumoniae em cães e gatos reforça a preocupação mundial em relação a necessidade do uso racional de antimicrobianos no tratamento de doenças bacterianas em animais de companhia. Na literatura consultada, o presente estudo descreve, pela primeira vez, a detecção do gene blaNDM em K. pneumoniae em cães doentes. Os resultados indicam que os cães podem carrear genes de K. pneumoniae multirresistentes aos antimicrobianos e também servir como reservatório de isolados produtores de carbapenemase para os humanos.
  • ItemTese de doutorado
    Variabilidade das regiões codificantes das proteínas p26 e gp90 do vírus da Anemia Infecciosa Equina circulante no Pantanal brasileiro. Botucatu, 2022.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-27) Diniz, Jaqueline Assumpção; Araújo Júnior, João Pessoa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença de notificação obrigatória pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) causada por um retrovírus de distribuição mundial que atinge os equídeos. No Brasil, a região do Pantanal apresenta elevadas taxas de prevalência da doença. Os testes oficiais exigidos no diagnóstico são IDGA (Imunodifusão em Gel de Ágar) e o ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay), sendo as proteínas p26 e gp90 os principais antígenos utilizados, respectivamente. Testes moleculares como Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) e PCR em tempo real (qPCR) também têm sido utilizados e estudos comparando-os com os oficiais apresentam resultados discordantes. É aventada a hipótese de que isso é decorrente da variabilidade genética que pode tanto reduzir a capacidade de reconhecimento dos antígenos nos testes sorológicos como dos primers nos testes moleculares. Assim este trabalho tem como objetivo a análise das sequências codificadoras dos antígenos p26 e gp90 do vírus da AIE provenientes de equinos do Pantanal brasileiro. Dentre as análises realizadas, a p26 do gene gag, é uma proteína mais conservada do que a gp90 do gene env. A técnica de clonagem corrobora para essa afirmação, já que os clones obtidos da gp90 apresentaram regiões com inserção, deleção e gaps. A sequência POCONE-BRA02 utilizada em comparação com as sequências obtidas, exibiu maior identidade de nucleotídeo com as mesmas, do que com a sequência POCONE-BRA01. As frequências dos aminoácidos nos epítopos foram mais similares à sequência POCONE-BRA02. Essas informações são importantes para o aprimoramento do diagnóstico e devem ser aplicadas não somente para o vírus da AIE, mas também em outros lentivírus.
  • ItemTese de doutorado
    Mutações associadas à atrofia progressiva da retina em cães da raça Golden Retriever no Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-18) Trecenti-Santana, Anelize de Souza; Oliveira Filho, José Paes de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A atrofia progressiva da retina (PRA) é uma enfermidade caracterizada por degeneração das células do tecido da retina, de evolução lenta e cuja sua etiologia no golden retriever envolve mutações em três genes diferentes descritos, prcd-PRA, SLC4A3 e TTC8 . Até o momento a prevalência das mutações associadas á Atrofia progressiva da retina (PRA) em cães da raça Golden Retriever (GR) não foi verificada no Brasil. O objetivo do estudo, foi avaliar a prevalência e frequência alélica das mutações GR_PRA1, GR_PRA2 e prcd-PRA em cães da raça Golden Retriever brasileiros. Para tanto, foram utilizadas 121 amostras de DNA purificados de sangue total ou de saliva de cães da raça Golden Retriever pertencentes de canis e de tutores brasileiros. Regiões do DNA, possivelmente contendo cada uma das mutações, foram amplificados por reação em cadeia da polimerase (PCR) e submetidos ao sequenciamento de Sanger. A genotipagem destes animais foi realizada utilizando os eletroferogramas obtidos nestes sequenciamentos e comparados à sequência nucleotídica dos três genes depositada no GenBank TM . Todos os animais avaliados no estudo foram identificados como wild-type (121/121 animais; 100%) para mutações GR_PRA1 e GR_PRA2, ou seja, não foram identificado animais heterozigotos e homozigotos nesta população. Para a mutação prcd-PRA, 118 animais (118/121 animais; 97%) foram wild-type e 3 animais (3/121 animais; 2,47%) heterozigotos para a mutação. Portanto, a disponibilização do teste genético para as mutações nos permitirá a orientação dos acasalamentos visando a a implantação de medidas de controle para esta enfermidade em cães da raça Golden Retriever no Brasil.
  • ItemTese de doutorado
    Oestrus ovis: sintomatologia, perdas produtivas, profilaxia e diagnóstico da oestrose em cordeiros naturalmente infestados
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-19) Bello, Hornblenda Joaquina Silva; Amarante, Alessandro Francisco Talamini do [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Em experimento inicial, os efeitos profiláticos e terapêuticos de ivermectina e closantel foram avaliados em cordeiros com infestação natural de O. ovis. O ensaio foi realizado entre o início de Dezembro de 2019 e Março de 2020, com 30 cordeiros machos distribuídos em três grupos de 10 animais cada: controle (sem tratamento), tratado com ivermectina (0,2 mg/kg, via subcutâneo) e tratado com closantel (10 mg/kg, via oral). Os grupos foram tratados em duas ocasiões com 70 dias de intervalo: em 5 de Dezembro de 2019 e em 13 de Fevereiro de 2020. Em 19 de Março de 2020, todos os ovinos foram abatidos. As cabeças dos cordeiros foram retiradas e seccionadas ao longo do seu eixo longitudinal e sagital para recuperação das larvas. As larvas recuperadas de O. ovis foram contadas e identificadas de acordo com o seu estádio de desenvolvimento (L1, L2 e L3). Sete dos cordeiros do grupo controle estavam infestados com larvas de O. ovis entre seis e 17 larvas. Todas as larvas recuperadas do grupo controle estavam intactas e ativas. Três animais tratados com ivermectina tinham larvas de O. ovis (1 a 3 larvas), contudo estavam mortas. Os animais tratados com closantel não tinham quaisquer larvas. Os sinais clínicos sugestivos de oestrose foram escassos durante o período experimental. As médias de ganho de peso diário foram semelhantes (p > 0,05) entre os grupos. Closantel e ivermectina tiveram alta eficácia contra a oestrose e o parasitismo por O. ovis não prejudicou o desempenho dos cordeiros. Um segundo experimento com cordeiros, naturalmente infestadas por larvas de O. ovis, foi realizado com o objetivo de avaliar a variabilidade dos sinais clínicos de oestrose e a adequação da PCR e ELISA como método de diagnóstico. O experimento foi realizado de Dezembro de 2020 a Abril de 2021 com 39 animais divididos em dois grupos: grupo infestado (n=26) e grupo controle tratado (n=13). O grupo infestado não recebeu tratamento contra a oestrose, e o grupo controle foi tratado com closantel (10 mg/kg, via oral), a cada 28 dias, a fim de manter os animais tão livres, quanto possível, da infestação por O. ovis. Os sinais clínicos variavam entre os animais independentemente do número de larvas recuperadas, no entanto, os escores de secreção nasal mucosa espessa e de mucopurulenta eram menos frequentes nos ovinos do grupo tratado. Não houve correlação entre o escore de descarga nasal e o número de larvas recuperadas de O. ovis (R² = 0,012, P = 0,165). Três animais tratados apresentaram larvas de primeiro estádio (L1) (1 - 4 larvas/animal) as quais eram menores do que as L1 encontradas nos cordeiros do grupo infestado. Noventa e dois por cento dos cordeiros do grupo infestado (24/26) estavam parasitados por larvas de O. ovis (número variando de 1 a 54 larvas por animal). Foi observado um aumento gradual dos níveis de IgG plasmático (anti-antígeno das larvas de O. ovis) nos animais do grupo infestado enquanto que os ovinos do grupo controle apresentaram níveis baixos de IgG ao longo do experimento. A PCR teve baixa sensibilidade (26%) e alta especificidade (100%), e apresentou leve concordância (k = 0,177) com a detecção das larvas após o abate dos cordeiros. Os sinais clínicos de oestrose não tiveram relação com a intensidade de infestação e o ELISA mostrou-se superior em comparação com a técnica de PCR para a identificação de animais parasitados por O. ovis.
  • ItemTese de doutorado
    Etiologia microbiana de infecções umbilicais em bezerros e fatores de virulência extraentéricos em isolados de Escherichia coli
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-06) Martins, Lorrayne De Souza Araújo; Ribeiro, Márcio Garcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As infecções umbilicais em bezerros apresentam etiologia complexa e representam uma das principais causas de prejuízos ao produtor decorrentes de complicações como poliartrite, pneumonia, abscessos em órgãos, septicemia e consequente alta mortalidade neonatal, descarte prematuro e reposição de animais. Número restrito de estudos tem investigado a complexidade etiológica das infecções umbilicais em bezerros com base no diagnóstico molecular e a multirresistência dos isolados aos antimicrobianos, tampouco o perfil de genes extraentéricos (ExPEC) de Escherichia coli associados a virulência do patógeno nas onfalopatias de origem infecciosa. Foram colhidas 150 amostras umbilicais de bezerros (idade média de 9,4 dias) de 27 propriedades leiteiras de quatro estados do Brasil. As infecções umbilicais foram classificadas clinicamente em escores grau 1 (leve), 2 (moderada) e 3 (grave). Todas as secreções umbilicais foram submetidas ao cultivo microbiológico, teste de sensibilidade microbiana in vitro dos isolados e diagnóstico dos micro-organismos, em nível de espécie, por espectrometria de massas (Matrix-Assisted Laser Desorption Ionization-Time of Flight Mass Spectrometry - MALDI-TOF MS). Os isolados de E. coli foram submetidos ao diagnóstico de 16 genes relacionados a fatores de virulência (FV) ExPEC, a saber: fímbrias/adesinas (sfaDEa, papA, papC, afaBC), toxinas (hlyA, sat, cnf1, cdt), sideróforos (iroN, irp2, iucD, ireA), invasinas (ibeA) e mecanismos de resistência ao soro (ompT, traT, kpsMTII). Foram isoladas 231 linhagens de micro-organismos, das quais 82,3% (190/231) de origem bacteriana e 17,7% (41/231) fungos e leveduras. Os principais grupos/gêneros de patógenos foram enterobactérias (105/190=55,3%), estafilococos (19/190=10%), Pseudomonas spp. (13/190=6,8%), Enterococcus spp. (8/190=4,2%), estreptococos (7/190=3,7%) e actinomicetos (7/190=3,7%). Aspergillus fumigatus (15/41=36,6%), Aspergillus niger (10/41=24,4%) e Aspergillus terreus (8/41=19,5%) foram os fungos mais frequentes. E. coli (27/72=37,5%), Staphyloccus sciuri (4/72=5,5%) e Enterobacter xiangfangensis (3/72=4,2%) foram os principais micro-organismos isolados em cultura pura, enquanto Aerococcus viridans + Candida catenulata (2/72=2,9%); Escherichia coli + Aspergillus fumigatus (2/72=2,9%); Escherichia coli + Aspergillus terrus (2/72=2,9%); Escherichia coli + Proteus vulgaris (2/72=2,9%) foram as principais associações de agentes. Marbofloxacino (128/190=67,4%), amoxicilina/ácido clavulânico (121/190=63,7%) e gentamicina (112/190=58,9%) foram os antimicrobianos mais efetivos. Em contraste, os isolados apresentaram maior resistência para sulfametoxazol/trimetoprim (159/190=83,7%), ampicilina (114/190=60%) e tetraciclina (101/190=53,1%). Resistência simultânea ≥3 classes de antimicrobianos foi identificada em 83,7% (159/190) dos isolados. Os escores de gravidade clínica das infecções umbilicais graus 1, 2 e 3 foram identificados em 34% (51/150), 34% (51/150) e 32% (48/150) dos animais, respectivamente. Nos bezerros com isolamento de E. coli, foram identificados escores de gravidade 1, 2 e 3 em, respectivamente, 32,2% (19/59), 23,7% (14/59) e 44,1% (26/59) animais. Foi possível obter informações de complicações relacionadas as infecções umbilicais de 21 animais até idade da desmama (45 dias, em média), dos quais 9,5% (2/21) desenvolveram emagrecimento progressivo, 19,1% (4/21) poliartrite e 28,6% (6/21) evoluíram para óbito. Os principais genes codificadores de FV detectados nos isolados de E. coli foram resistência ao soro (traT, 42/59=72,2%; ompT, 35/59=59,3%, kpsMTII 10/59=17%), invasinas (ibeA 11/59=18,6%), fímbrias/adesinas (papA, 8/59 = 13,6%; papC 15/59 = 9,59%) e sideróforos (iroN 8/59 = 13,6%; iucD 9/59 = 15,3%). A associação entre os genes ompT e traT foi a mais frequente nos animais com escores de gravidade 1 (4/17=23,5%) e 2 (2/14=14,3%), enquanto iroN e traT (2/25=8%), e ibeA, ompT e traT (2/25=8%) foram frequentes em casos de gravidade 3. Não houve diferença estatística (p=0,062) entre a detecção dos diferentes genes ExPEC e os escores de gravidade clínica dos casos. Infere-se a elevada complexidade etiológica nas onfalopatias de origem infecciosa em bezerros, a multirresistência dos isolados aos antimicrobianos convencionais e complicações clínicas secundárias às infecções umbilicais, com alta mortalidade (28,6%); reforçando a importância da antissepsia umbilical nos primeiros dias após o nascimento dos bezerros, bem como o uso racional de antimicrobianos no tratamento dos casos. A detecção de genes ExPEC e associação com escores de gravidade clínica dos casos foi investigada pela primeira vez em bezerros com infecções umbilicais. A elevada identificação de traT (72,2%) e ompT (59,3%) indica que estes genes relacionados a resistência ao soro possam ser utilizados como biomarcadores de gravidade das infecções umbilicais em bezerros neonatos. Os resultados do presente estudo contribuem com a caracterização etiológica, da resistência múltipla dos isolados aos antimicrobianos e a presença de genes extraentéricos relacionados a virulência de E. coli, em bezerros com infecções umbilicais.
  • ItemTese de doutorado
    Prevalência de patógenos relacionados a mastite bovina, identificados por espectrometria de massas, em dípteros capturados no ambiente de ordenha
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-19) Bertolini, Amanda Bezerra; Ribeiro, Marcio Garcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    São conhecidas mais de 150 mil espécies de dípteros, que podem veicular cerca de 200 micro-organismos patogênicos e mais de 65 doenças para humanos e animais, incluindo a mastite em animais domésticos. A mastite bovina é a doença que acarreta maiores prejuízos econômicos em animais destinados a produção de leite, cujos patógenos são tradicionalmente classificados em contagiosos e ambientais. Apesar da complexidade de espécies e do potencial de transmissão de patógenos, são escassos os estudos investigando bactérias relacionadas à ocorrência de mastite bovina em dípteros capturados no ambiente de ordenha, tampouco utilizando métodos moleculares para a detecção dos micro-organismos. Neste cenário, foram coletados 217 espécimes de insetos em nove diferentes fazendas (24 amostras/fazenda) de manejo similar localizadas nos estados de Minas Gerais e São Paulo, Brasil. Os espécimes de dípteros foram submetidos a identificação entomológica de famílias e espécies. Foram identificadas 11 famílias de dípteros, com predomínio da Muscidae (152/217=70%), seguida da Tachinidae (23/217=10,6%). A totalidade dos espécimes de dípteros foi submetida ao cultivo microbiológico utilizando meios convencionais (ágar sangue e MacConkey) e seletivos (caldo EC e Onefarm SmartColor 2™) e os isolados foram identificados por espectrometria de massas. A partir dos espécimes foram identificados 275 micro-organismos - isolados ou em associação. Considerando a classificação tradicional dos agentes de mastite bovina, foi identificado o predomínio de isolados de origem ambiental (166/275=60,4%) nos dípteros, com maior frequência de Enterococcus spp. (70/275= 25,4%) e Escherichia coli (49/275= 17,8%) e menor frequência de contagiosos (32/275=11,6%). Em 28% (77/275) dos isolados foram detectados agentes não tradicionais de mastite bovina (miscelânea), embora foram identificados patógenos relacionados à infecções/ intoxicações em humanos, como Bacillus cereus, Stenotrophomonas maltophila e espécies de Acinetobacter. Na família Muscidae foram identificados 186 isolados, dos quais 66,1% (123/186) ambientais, com predomínio de Enterococcus spp. (47/186=25,3%) e Escherichia coli (36/186=19,3%), enquanto na família Tachinidae foram identificados 38 isolados identificados com maior frequência de miscelânea (20/38=52,6%); Infere-se a elevada complexidade de micro-organismos que podem ser veiculados por dípteros capturados no ambiente de ordenha de vacas, incluindo agentes de mastite bovina principalmente de origem ambiental, bem como patógenos associados a infecções e intoxicações alimentares de relevância em saúde humana.