Em busca do Império: a trajetória intelectual e política de Eduardo Prado

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Data

2013-03-07

Autores

Lampazzi, Ulisses Pinheiro [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Eduardo Prado, membro de uma das mais importantes famílias cafeicultoras do estado de São Paulo no século XIX, foi também um dos principais articuladores do movimento monarquista após a Proclamação da República em 1889, utilizando de jornais pessoais, banquetes públicos e de suas próprias obras para exaltar o Império e atacar a República. Aproveitou também de sua privilegiada posição na Europa como representante de crédito para o café paulista para se encontrar com os principais representantes do Império que haviam perdido prestígio, tais como Joaquim Nabuco, visconde de Ouro Preto e visconde do Rio Branco, entre outros. No entanto, esquecido pela historiografia, foi apontado como intransigente defensor dos interesses ingleses, por conta da publicação de seu livro A Ilusão Americana, onde atacou as relações entre EUA e Brasil. Ignorou-se que o autor, através de seu ataque à República, refletiu não apenas sua formação europeia, como também o projeto nacional compartilhado com os defensores do Império, de que o Brasil não poderia abandonar suas raízes históricas, ao buscar na euforia americana seu modelo econômico. Eduardo Prado foi além, ao apoiar uma monarquia parlamentar, com a industrialização e imigração no país, sem desconsiderar suas características naturais como a exportação de bens naturais. Assim, sua postura não respondeu somente a seus interesses financeiros, como também à sua formação europeia, aliada a um forte interesse pela história do Brasil. O estudo de seus escritos políticos, históricos e de seus documentos pessoais, assomado à sua militância política e cultural pela monarquia, apresenta-o não só como um jovem ambicioso e bon vivant, mas um dos principais personagens políticos da primeira década republicana
Eduardo Prado, a member of one of the most important coffee-growing families in the state of São Paulo in the nineteenth century, was also one of the main organizers of the monarchist movement after the Proclamation of the Republic in 1889, using newspaper personal, public banquets and his own works to exalt the Empire and the Republic attack. Also took advantage of its privileged position in Europe as a representative of credit for coffee Paulo to meet with key representatives of the empire that had lost prestige, such as Nabuco, Viscount of Ouro Preto and Viscount of Rio Branco, among others. However, forgotten by history, was appointed as an intransigent defender of British interests, due to the publication of his book The Illusion American, where he attacked the relations between the U.S. and Brazil. Ignored that the author, through his attack on the Republic, reflected not only his European training, as well as the national project shared with the defenders of the Empire, that Brazil could not abandon its historic roots, to seek in his American economic model euphoria. Eduardo Prado went further, supporting a parliamentary monarchy, with industrialization and immigration in the country, without disregarding its natural characteristics such as the export of natural resources. Thus, your posture not only responded to their financial interests, but also to his European training, combined with a strong interest in the history of Brazil. The study of his political writings, historical and personal documents, loomed for his political activism and the cultural monarchy, presents him not only as an ambitious young man and bon vivant, but one of the main characters of the first decade of Republican politicians

Descrição

Palavras-chave

História, Bioggrafia, Monarquistas - São Paulo (Estado), Monarquia - História - Séc. XIX, História política, Brasil - Politica e governo, Brasil - Historia - Proclamação da Republica - 1889, History

Como citar

LAMPAZZI, Ulisses Pinheiro. Em busca do Império: a trajetória intelectual e política de Eduardo Prado. 2013. 109 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2013.