Pré-condicionamento isquêmico (IPC) e demanda energética em protocolos de treinamento resistido: análise do efeito sobre o perfil metabólico segundo diferentes procedimentos de quantificação da resposta

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-03-03

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O Pré-condicionamento isquêmico (acrômio em inglês: IPC) demonstra ter um efeito ergogênico sobre a performance em diferentes exercícios. O objetivo do presente estudo foi analisar a demanda fisiológica em diferentes protocolos de treinamento resistido (TR) sobre o gasto energético (GE) e da estratégia IPC sobre a demanda energética, a contribuição das diferentes vias bioenergéticas. Além do efeito modulador de IPC sobre a demanda energética em TR, também foi analisado o procedimento de quantificação desta demanda energética para analisar aquele mais apropriado para o exercício de características intermitentes como o TR. Foram analisados quatro homens (23,0 ±1,4 anos de treino, 1,80 ±0,15 m, peso 94,2 ±19,8 kg, 6,4 ±1,1 anos de treino, 23,8 ± 5,9% de gordura corporal), que se submeteram ao teste de uma repetição máxima (1RM) e à execução de sete protocolos de TR, com variação da intensidade de carga (70 e 35% 1RM) e abrangendo 21 exercícios em três sessões (A, B e C). O GE em cada protocolo foi quantificado pela reposta do oxigênio (durante e após os exercícios) e pela variação da concentração de lactato sanguíneo. As diferenças em GE entre protocolos por cada modelos foi analisada por ANOVA (duas entradas, com post-hoc por Bonferroni). O consumo total em EqO2 em mlO2×kg-1×min-1 para o protocolo A70% foi de 45,82±1,5; A35% 29,53±5,9; B70% 42,17±6,29; B35% 32,04±15,84; B70%IPC 50,88±12,54; C70% 50,29±6,02 e C 35% 32,52±7,63. Ao converter o custo total de EqO2 para unidade de Kcal pode-se verificar que o treino A 70% apresentou valores para os Modelos 1, 2 e 3 que corresponderam à 202,1±30,45; 115,66±35,63 e 148,11±20,69 kcal; A35% 191,38±13,00; 115,45±13,81; 146,45±20,69 kcal; B70% 234,63±51,29; 140,40±29,81; 179,70±54,56 kcal; B35% 262,44±70,91 160,15±40,20; 212,13±64,23 kcal; B70%IPC 249,74±60,13; 152,34±31,76; 182,41±51,13 kcal, C70% 213,29±53,94; 132,48±37,10; 150,48±35,99 kcal e C35% 212,87±24,07; 134,61±33,81; 158,57±21,67 kcal. No presente estudo, o método IPC não apresentou melhora na performance durante o TR ou influenciou na alteração no gasto energético total. Os protocolos de TR, com baixa ou alta carga, quando equalizados em carga total, apresentaram gasto energético total maior nos protocolos com maior tempo de atividade. Entretanto, quando comparados por tempo de exercício, os protocolos com cargas altas demonstraram ser mais eficientes quanto ao maior gasto energético relativo. E, para que o gasto energético seja calculado de forma adequada, é necessário considerar a análise lactacidêmica
Ischemic preconditioning (IPC) has an ergogenic effect on performance in different exercises. The purpose of the present study was to analyze the physiological demand in different resistance training protocols (RT) on energy expenditure (GE) and the IPC strategy on energy demand and the contribution portion of different bioenergetic pathways. In addition to the IPC modulating effect on energy demand in TR, the procedure for quantifying this energy demand was also analyzed to assay the most appropriate one for the exercise of intermittent characteristics such as TR. Four men were analyzed (23.0 ± 1.4 years of training, 1.80 ± 0.15 m, weight 94.2 ± 19.8 kg, 6.4 ± 1.1 years of training, 23.8 ± 5, 9% of body fat), who went through the test of a maximum repetition (1RM) and the execution of seven RT protocols, with variation of the load intensity (70 and 35% 1RM) and covering 21 exercises in three sessions (A , B and C). The EG in each protocol was quantified by the oxygen response (during and after the exercises) and by the variation of blood lactate concentration. Differences in GE between protocols for each model were analyzed by ANOVA (two entries, with post-hoc by Bonferroni). The total consumption of EqO2 in mlO2 × kg-1 × min-1 for the A70% protocol was 45.82 ± 1.5; A35% 29.53 ± 5.9; B70% 42.17 ± 6.29; B35% 32.04 ± 15.84; B70% CPI 50.88 ± 12.54; C70% 50.29 ± 6.02 and C 35% 32.52 ± 7.63. When converting the total cost of EqO2 to a Kcal unit, it can be verified that training A 70% presented values for Models 1, 2 and 3 that corresponded to 202.1 ± 30.45; 115.66 ± 35.63 and 148.11 ± 20.69 kcal; A35% 191.38 ± 13.00; 115.45 ± 13.81; 146.45 ± 20.69 kcal; B70% 234.63 ± 51.29; 140.40 ± 29.81; 179.70 ± 54.56 kcal; B35% 262.44 ± 70.91 160.15 ± 40.20; 212.13 ± 64.23 kcal; B70% CPI 249.74 ± 60.13; 152.34 ± 31.76; 182.41 ± 51.13 kcal, C70% 213.29 ± 53.94; 132.48 ± 37.10; 150.48 ± 35.99 kcal and C35% 212.87 ± 24.07; 134.61 ± 33.81; 158.57 ± 21.67 kcal. In the present study, the IPC method did not show any improvement in performance during RT or influenced the change in total energy expenditure. The protocols of RT, with low or high load, when equalized at full load, showed higher total energy expenditure in the protocols with longer activity time. However, when compared by exercise time, the protocols with high loads proved to be more efficient as to the greater relative energy expenditure. And, for energy expenditure to be calculated properly, it is necessary to consider lactacidemic analysis.

Descrição

Palavras-chave

Treinamento resistido, Gasto energético, IPC, Metabolismo, Resistance training, Energetic expenditure, Metabolism

Como citar