Descrição de acessos cirúrgicos e corredores seguros do membro torácico, por meio de estudo anatômico da musculatura de tamanduá-bandeira (Myrmecophaga thidactyla)

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Data

2022-03-07

Autores

Magalhães, Thaís Vendramini

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Mamífero da fauna neotropical, considerado vulnerável à extinção, o tamanduá-bandeira tem sido objeto de muito estudo referente à sua morfologia, especialmente pelo aumento significativo de atendimentos veterinários. Os hábitos solitários e movimentos lentos contribuem para a susceptibilidade à atropelamentos nas rodovias, sendo esta, uma das causas de redução na densidade populacional desses animais. O intuito desse estudo é descrever a anatomia muscular do membro torácico, com ênfase nas estruturas que envolvem o úmero e rádio, bem como descrever os possíveis acessos cirúrgicos e corredores seguros para tratamento de fraturas desses ossos, comparando-os com os acessos cirúrgicos descritos e utilizados para cães. Três cadáveres de tamanduá-bandeira e três de cão doméstico provenientes de óbitos não relacionados a este projeto foram utilizados. Após as dissecações e estudo dos corredores seguros, foi possível observar que o acesso medial à diáfise umeral de tamanduá-bandeira promove menor trauma tecidual, além de possuir superfície mais plana para acomodação de implantes. A abordagem lateral ao rádio tornou-se mais limitada em relação ao acesso medial devido a necessidade de desinserção total do músculo extensor radial do carpo e presença do músculo abdutor longo do 1º dedo, impedindo acesso à diáfise distal sem que seja incisado. Os resultados obtidos nesse estudo são aplicáveis facilmente na rotina cirúrgica de médicos veterinários que tenham ou não, experiência com a espécie, através da comparação realizada com o cão. Foi possível concluir que oscorredores seguros para abordagem à diáfise desses ossos para possíveis osteossínteses são imprescindíveis para um acesso cirúrgico preciso e que não ofereça danos à função motora dessa espécie.
- A mammal of the neotropical fauna, considered vulnerable to extinction, the giant anteater has been the subject of much study regarding its morphology, especially due to the significant increase in veterinary care. Solitary habits and slow movements contribute to the susceptibility to being run over on highways, which is one of the causes of reduction in the population density of these animals. The purpose of this study is to describe the muscular anatomy of the thoracic limb, with emphasis on the structures that involve the humerus and radius, as well as to describe the possible surgical approaches and safe corridors for the treatment of fractures of these bones, comparing them with the surgical approaches described and used for dogs. Three giant anteater and three domestic dog corpses from deaths not related to this project were used. After the dissections and study of safe corridors, it was possible to observe that the medial approach to the humeral diaphysis of the giant anteater promotes less tissue trauma, in addition to having a flatter surface for implant accommodation. The lateral approach to the radius became more limited in relation to the medial approach due to the need for total detachment of the extensor carpi radialis muscle and the presence of the abductor digitorum longus muscle, preventing access to the distal diaphysis without being incised. The results obtained in this study are easily applicable in the surgical routine of veterinarians, whether or not they have experience with the species, through the comparison made with the dog. It was possible to conclude that safe corridors to approach the diaphysis of these bones for possible osteosynthesis are essential for a precise surgical approach that does not damage the motor function of this species.

Descrição

Palavras-chave

Silvestres, Osteossíntese, Tamanduá-bandeira, Anatomia, Animais silvestres

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