Artigos - Educação Especial - FFC

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Implementação e avaliação de programas de ensino alternativos em Educação Especial
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2001) Miura, Regina Keiko Kato [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Um dos objetivos da Universidade, particularmente no campo da Educação Especial, é produzir conhecimentos novos que possam subsidiar o desenvolvimento de novos programas educacionais, assim como novas tecnologias, que possam servir como recursos alternativos para lidar com alguns entraves que trazem dificuldades no processo de ensino e aprendizagem. O ensino de alunos que apresentam desvantagens de natureza orgânica e/ou psicossocial pode apresentar-se como um grande desafio para muitos professores, que muitas vezes não encontram em suas práticas educacionais soluções para esses eventuais entraves. Uma das formas de preparar professores, assim como futuros professores, para lidar melhor com esses desafios é tornar essas novas "metodologia" e tecnologia de ensino disponíveis. É durante o processo de formação profissional e especialmente durante os estágios curriculares e/ou extracurriculares que se desenvolvem no curso de Pedagogia da UNESP-Marília, na habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental, que a presente iniciativa de extensão está sendo implementada. O estágio curricular dos alunos do curso de Pedagogia com habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental é desenvolvido também no Centro de Orientação Educacional - COE (Unidade Auxiliar da UNESP/Marília) que mantém um serviço para atendimento educacional para Deficientes Mentais. Essa proposta de estágio curricular, em que se implementa e avalia o processo educacional dos alunos em atendimento pedagógico, tem sido realizada desde 1996 no COE. Nesse local, o Departamento de Educação Especial mantém as três salas de aula, com a presença diária do supervisor, que atende a pelo menos 15 alunos com deficiência mental, faixa etária de 8 a 22 anos. Alguns desses alunos que freqüentam este Centro não recebiam algum tipo de atendimento educacional por outras estruturas de ensino na comunidade. Outros alunos foram encaminhados pelos próprios familiares. Os programas de ensino desenvolvidos são constantemente avaliados e adaptados às novas situações, sempre fundamentados de acordo com as características e limitações de cada aluno. Atenta-se, para as diversas áreas importantes da vida humana em comunidade, sejam vocacionais, acadêmicas, recreativas, esportivas, auto-cuidados, etc. As atividades de ensino são desenvolvidas segundo um princípio norteador em que a independência, produtividade e melhoria da qualidade de vida dos alunos atendidos e seus familiares sejam as principais metas de ensino. Disto decorre, uma proposta de trabalho que tem sido denominada por "Currículo Funcional Natural". O Currículo Funcional Natural (CFN), é uma proposta de ensino e se caracteriza como um amplo empreendimento educacional projetado para oferecer oportunidades para os alunos aprenderem, habilidades que são importantes para torná-los independentes, competentes e produtivos. Tais habilidades, nesta proposta curricular, são ensinadas em situações nas quais as mesmas são naturalmente requeridas. A idéia básica é que o ensino esteja ecologicamente orientado, para promover a aquisição de conhecimentos e habilidades que ajudará os alunos a manterem uma interação positiva com o meio em que vive. Na organização do trabalho contamos com uma equipe composta por: 14 (em média/anual) estagiárias curriculares; 4 docentes (1 supervisor de estágio curricular e 1 colaborador, ambos do Departamento de Educação Especial; 2 colaboradores do Departamento de Fonoaudiologia); 1 estagiário extracurricular da área de Fisioterapia, 4 estagiários extracurriculares da Fonoaudiologia e 1 motorista de ônibus (cedido pela Prefeitura Municipal de Marília e que faz o transporte dos alunos). Além disso, contamos, temporariamente, dependendo da demanda de estagiários e de bolsas de estudos com 1 monitor (1998), 2 bolsistas (1998-1999) do programa de apoio ao estudante -PAE e 4 estagiários extracurriculares do curso de Pedagogia. As estagiárias curriculares, ao iniciarem o ano letivo, planejam a escala de horário com o compromisso de ministrar aulas em dois dias da semana, em uma das três salas de aula. Assim, após pelo menos dois meses em uma das classes é feito um rodízio de estagiárias, para que possam ter oportunidades de vivenciar outras situações de ensino com diferentes alunos. O dia a dia da prática escolar proporciona questionamentos e situações que extrapolam os limites discutidos pela teoria, e os estagiários em conjunto com a professora supervisora, analisam, discutem, refletem e buscam as alternativas para problemas que fazem parte do cotidiano escolar. Neste sentido, o estagiário curricular quando chega no estágio já começa o trabalho como professor, com exceção de que há supervisão direta de um docente. O desenvolvimento do trabalho e a sua manutenção dependem do número de estagiários curriculares. O ideal seria ter uma equipe de professores permanentemente para acompanhar, consolidar e dar continuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido, uma vez que o estagiário não tem o compromisso de concluir os programas de ensino iniciados, após a conclusão da carga horária de estágio requerida. Ainda que esta seja uma de nossas limitações, temos obtidos resultados promissores. Não apenas no que se refere ao desenvolvimento dos alunos, mas principalmente na aceitação por parte dos familiares que freqüentemente relatam melhoras em todas as áreas da vida do aluno e que não foram observados antes do mesmo participar neste programa de ensino. Tem havido uma demanda crescente dos pais de alunos com Deficiência mental que procuram pelo atendimento educacional proposto. Porém, a falta de infra-estrutura física adequada e de recursos humanos fixos tem dificultado a manutenção e a ampliação dessa iniciativa de trabalho. As atividades de extensão e trabalhos científicos resultantes do desenvolvimento da iniciativa ,ora descrita, tem sido divulgadas de diferentes maneiras: eventos científicos, revistas de divulgação, periódicos especializados. O impacto dos resultados do presente trabalho, ainda precisa ser melhor sistematizado e avaliado. Entretanto, um dado a ser levado em conta é que alguns familiares, cujo um dos membros da família é pessoa com deficiência, entram em contato com pais de alunos atendidos neste programa e tem procurado o COE, com base na indicação de pais sobre o serviço educacional alternativo e eficaz para seus filhos. Além disso, o conhecimento adquirido no estágio é transmitido à comunidade por ex-estagiários do curso que ingressam no mercado de trabalho nesta área, através de fotos e descrições das situações de ensino promovidas com sucesso, durante um ano de trabalho. O feedback dos egressos do curso, apontando aspectos positivos da formação e a satisfação das pessoas atendidas educacionalmente nesta iniciativa de extensão, produz benefícios tanto para a Universidade quanto para a Sociedade.
Atendimento a familiares e clientes com necessidades especiais
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Braga, Tânia Moron Saes [UNESP]; Campos, Carolina [UNESP]; Peluccio, Vanessa Aparecida Mariano [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução O Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES) é Unidade Auxiliar da Faculdade de Filosofia e Ciências- UNESP- Campus de Marília. O CEES tem por objetivo apoiar o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, voltadas para questões relativas à cognição, comunicação, desenvolvimento e educação de indivíduos com necessidades especiais.O atendimento no CEES visa capacitar a clientela para alcançar maior independência e qualidade na vida diária e maior competência escolar e profissional. O atendimento a clientela ocorre em fluxo continuo com atividades de extensão ensino e pesquisa . Com esta forma de funcionamento o CEES tem sido bastante produtivo no atendimento a crianças e adultos com necessidades especiais e familiares e às solicitações de entidades e órgãos públicos que buscam assessoria Objetivo Este trabalho visa descrever as atividades que são realizadas no CEES tomando pro base os dados do ano de 2002.Método constou do levantamento de dados por meio de consultas a registros e a profissionais . Resultados serão apresentados buscando destacar atividades de ensino pesquisa e extensa. Nas atividades de ensino o CEES tem demonstrado significativa produtividade através do atendimento a estágio curricular da Educação Especial e da Fonoaudiologia e extracurriculares dos diversos cursos(Psicologia, Fisioterapia, Servi,co Social, Terapia ocupacional, Biblioteconomia) inclusive de outras instituições universitárias. Atende também a profissionais já graduados que procuram seu aperfeiçoamento e jovens em formação como os alunos do CEFAM. Na área da pesquisa tem apoiado e oferecido condições para a realização de projetos dos docentes da FFC resultando alguns desses em artigos publicados no Boletim do COE, com publicação anual. Quanto as atividades de extensão tem se caracterizado pela continuidade ao atendimento a clientela, pelo apoio aos (8)projetos já existente e por incrementar (4)novos projetos e atividades com programas elaborados e executados primariamente por equipe técnica, com o envolvimento de estagiários extracurriculares.
Atividades da sala de espera: proposta de trabalho interativo com grupo de mães
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Leite, Lucia Pereira [UNESP]; Machado, Camila Marengo [UNESP]; Peres, Bianca Scalon de Almeida [UNESP]; Freitas, Rosana Santos de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Este projeto de extensão surgiu após várias reflexões e discussões junto às alunas do curso de Pedagogia, que realizam estágio curricular em Prática de Ensino, área de deficiência física, no Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES), unidade auxiliar da FFC - UNESP-Marília. Ao conversarem com as mães dos alunos atendidos no estágio, perceberam a importância de propiciar algum tipo de atividade a essas mães, enquanto seus filhos recebem atendimento pedagógico. Pensou-se em oferecer para as respectivas mães, atividades que viabilizassem não somente uma troca de informações entre elas, mas sim um "espaço" que possibilitasse a execução de atividades em que elas se sentissem motivadas e interessadas, vivenciando discussões que não tratassem especificamente das problemáticas apresentadas pelos seus filhos. Assim, foi formalizada esta proposta de extensão, a partir de um conjunto de atividades a serem desenvolvidas com um grupo de mães, em uma série de encontros semanais, trabalhando questões não relacionadas diretamente ao atendimento pedagógico de seus filhos, uma vez que já participam de orientações com esta finalidade. O objetivo deste projeto é preencher o tempo que as mães permaneciam na espera com atividades artísticas e manuais, propiciando momentos de motivação, interação e descontração. Os trabalhos tiveram início na primeira semana de abril deste ano, com a colaboração de voluntárias, que a cada semana propõem a realização de atividades diferenciadas. Ao final de cada encontro, que tem a duração de aproximadamente duas horas, as mães respondem questões avaliando as atividades propostas, para conseqüentemente realizar ajustes no cronograma destas. Os relatos são gravados e transcritos para posterior análise das respostas. Foram realizados seis encontros, e pode-se constatar que as mães estão motivadas pela proposta, uma vez que indicam interesse e vêem esta alternativa como um momento proveitoso de espera do atendimento de seus filhos.
Implementação de recursos de comunicação alternativa e/ou suplementar em um grupo de usuários
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Deliberato, Débora [UNESP]; Manzini, Eduardo José [UNESP]; Braccialli, Lígia Maria Presumido [UNESP]; Miura, Regina Keiko [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: Comunicação alternativa e/ou suplementar pode ser considerada um área na Educação Especial que se preocupa com recursos e procedimentos específicos para os indivíduos que apresentam grande dificuldade na comunicação oral, mesmo que seja temporariamente. Neste contexto, pesquisadores alertam profissionais da Educação Especial e áreas afins sobre os cuidados necessários para adequada seleção dos recursos comunicativos alternativos a serem utilizados, principalmente nos procedimentos iniciais de avaliação. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivos avaliar, implementar e acompanhar o uso de sistemas alternativos e/ou suplementares de comunicação para crianças, adolescentes e adultos que apresentam severos distúrbios na comunicação oral, bem como, iniciar alunos dos cursos de Pedagogia e Fonoaudiologia no manejo de procedimentos para implementar os sistemas de comunicação selecionados. Métodos: participam do projeto alunos do curso de Pedagogia e alunos do curso de Fonoaudiologia. O ingresso dos alunos no projeto dirigir-se-ão para as necessidades de atendimento de um grupo de usuários de comunicação alternativa. Os usuários iniciais dos sistemas de comunicação são alunos com deficiência mental, alunos com deficiência múltipla e alunos com paralisia cerebral. As atividades são realizadas no Centro de Estudos da Educação e da Saúde – Unidade Auxiliar da Unesp de Marília – e nas escolas freqüentadas pelos alunos. As várias etapas do projeto constam: avaliação da situação, avaliação comportamental dos usuários, delineamento de procedimentos de coleta de informações; seleção de sistemas alternativos; implementação de sistemas de comunicação alternativos e o acompanhamento. Resultados: estão em processo de avaliação inicial cinco alunos, no processo de implementação dos recursos: nove alunos e dois estão sendo acompanhados na utilização de recursos já implementados. Com relação aos alunos estagiários: 15 alunos do curso de Pedagogias (Habilitação em Educação Especial, Habilitação em Educação Infantil, Habilitação em Administração Escolar) e três alunos do curso de Fonoaudiologia participaram das atividades. Temos observado que a implementação de recursos alternativos e/ou suplementares de comunicação tem possibilitado maior participação dos alunos com severos distúrbios na comunicação oral nos procedimentos realizados na escola, facilitando, com isto, o processo de inclusão escolar e social.
Estimulação precoce: atendimento multidisciplinar de bebês com atraso no desenvolvimento sensório-motor
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Braccialli, Lígia Maria Presumido [UNESP]; Reganhan, Walquiria Gonçalves [UNESP]; Baleotti, Luciana Ramos [UNESP]; Tuler, Silvana Falcão [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O desenvolvimento sensório-motor de um bebê com necessidades especiais é estimulado se oferecermos oportunidades para que ele vivencie experiências e sensações diversificadas e adequadas para a fase em que se encontra. Portanto, intervir precocemente é fundamental para a reabilitação e inclusão social destas crianças. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivos: oferecer atendimento multidisciplinar, nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, a bebês com atraso no desenvolvimento sensório-motor; orientar familiares de crianças, inseridas no programa, sobre a importância da estimulação precoce, a utilização de técnicas corretas de manuseio e estimulação da criança em casa; proporcionar aos estagiários da pedagogia, fonoaudiologia e fisioterapia a atuação em um programa de intervenção precoce O programa vem sendo desenvolvido no Centro de Estudos da Ciência e da Saúde – UNESP – Marília desde 1997. A clientela atendida é constituída de bebês, de ambos os sexos, na faixa etária entre 0 e 3 anos que apresentam atraso no desenvolvimento sensório-motor. Todos os bebês inicialmente são avaliados pelos profissionais engajados no programa. A avaliação tem como objetivo detectar as dificuldades e potencialidades de cada criança em relação aos diferentes aspectos do desenvolvimento e direcionar o planejamento de atendimento. A seguir, os bebês, são encaminhados para atendimento individualizado nos setores de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. O atendimento é realizado duas vezes por semana, por um período de 30 minutos em cada área. Semanalmente os pais participam dos atendimentos, observando a atuação de cada profissional e recebendo orientações em relação às técnicas adequadas de manuseio e de estimulação precoce. Tem-se a preocupação de ensinar as técnicas corretas e de enfatizar os motivos e objetivos desejados em cada situação, tornando os pais participantes do processo. Além dos atendimentos aos clientes e aos familiares são realizadas orientações aos professores de educação infantil visando à inclusão destas crianças. Periodicamente os profissionais que atuam no programa reúnem-se com o objetivo de discutir as potencialidades e dificuldades encontradas, as metas a serem alcançados, as estratégias e recursos a serem utilizados, bem como a evolução dos bebês.
Sala de espera I: espaço com possibilidades de ações que integrem a saúde e educação
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Oliveira, Jáima Pinheiro de [UNESP]; Paula, Raquel de [UNESP]; Akamine, Giovana Akemi [UNESP]; Braga, Tânia Moron Saes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: Dados das características dos familiares, acompanhantes e indivíduos portadores de necessidades especiais nas áreas da comunicação, cognição e desenvolvimento que freqüentam a sala de espera, assim como do tempo que permanecem aguardando pelo atendimento na Unidade Auxiliar CEES (Centro de Estudos da Educação e Saúde) da UNESP, levaram a realização deste estudo. Acreditamos que este espaço deva ser utilizado para ações educativas. Objetivo: desenvolver atividades com os usuários da sala de espera durante o tempo que permanecessem aguardando e investigar como esta clientela se comporta em relação às atividades propostas. Método: Fizeram parte do estudo pais e acompanhantes dos pacientes que freqüentam atendimento multidisciplinar (pedagogia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e psicologia). Os materiais, pré-selecionados, utilizados no desenvolvimento das atividades foram: revistas, folhetos (coletados na Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília/SP) e vídeos. O local utilizado foi sala de espera e salas de atendimento do CEES. O procedimento constou de planejamento e execução das atividades em etapas (E): E1disposição de material de leitura (revistas com temas: atualidades, entretenimento, cuidados infantis etc.) - observação e registro de escolha e manuseio; E2 o mesmo que E1, mas acrescentaram-se folhetos informativos às revistas; E3 distribuição de folheto dirigida por orientação; E4 mostra de vídeos educativos. Resultados: serão apresentados de acordo com as etapas em que foram realizadas as atividades. Os dados apresentados correspondem a uma amostra de observações de cada etapa. Os resultados de seis sessões da E1 indicam que quando foram oferecidas as condições para leitura, 66%dos usuários leram, 14% manusearam as revistas e 20% não leu nem manuseou. Na E2 quando foram dispostos folhetos e revistas houve 40% de dedicação à leitura sendo que destes 12 leram revista e 4 folhetos. Na E3 verificou-se que no total de 12 que receberam o folheto apenas um teve dúvidas e fez perguntas. Na E4 83% participaram da atividade manifestando comentários favoráveis sobre assuntos abordados e participação ativa nas discussões dos temas trazendo exemplos de suas experiências pessoais e familiares. Os resultados permitem concluir que os usuários dedicam parte significativa do tempo à leitura quando o material está disponível. Apesar do interesse demonstrado por atividades informativas identificou-se como desejáveis atividades de entretenimento.
UNATI - núcleo Marília: uma experiência que deu certo
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Rodrigues, Cláudia Mara [UNESP]; Del-Masso, Maria Candida Soares [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: A inserção do idoso no contexto acadêmico é uma das funções sociais que a Universidade Pública pode oferecer à população que envelhece. Hoje o Brasil já não é mais considerado um país de jovens, haja vista o aumento do índice de longevidade que atinge, aproximadamente, 71 anos para as mulheres e 65 anos para os homens. Com o intuito de possibilitar o acesso dessa população à universidade, a UNATI – Núcleo Marília inicia suas atividades em 1995 após ampla discussão e análise do Projeto Sênior instituído pela PROEX-Unesp. Já passaram pela UNATI nesses 8 anos do projeto cerca de 300 alunos e em 2002 a UNATI conta com 120 alunos regularmente matriculados, de ambos os gêneros sendo 70% desses alunos com nível de escolaridade superior completo. Objetivo: Inserida nessa problemática e refletindo acerca do seu papel social, a Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP - Campus de Marília estruturou oficialmente a Universidade Aberta à 3ª Idade – UNATI com o objetivo de proporcionar condições para a integração social do participante, mediante o convívio no meio universitário. Método: A partir da realização de palestras sobre diferentes temas os alunos têm a possibilidade de refletir sobre esse momento de suas vidas compreendendo o que significa envelhecer com dignidade e com qualidade de vida. Paralelamente são realizados diferentes cursos os quais oferecem também vagas aos alunos dos cursos de graduação corroborando o objetivo da UNATI, qual seja, a integração no meio universitário. Resultados: No início do projeto, a UNATI possibilitava novos conhecimentos aos idosos, conhecimentos esses obtidos através das palestras sobre diferentes áreas do saber, dos cursos, da freqüência às aulas dos cursos de graduação. Atualmente, um novo perfil começa a ser observado entre os participantes, ou seja, o interesse desses alunos em participar mais ativamente da vida da universidade envolvendo-se em pesquisas, em movimentos acadêmicos e sociais, em atividades nas quais sentem-se úteis à sociedade local. Talvez esse comportamento seja esperado pela própria vivencia que a UNATI possibilitou aos alunos idosos durantes esses anos de atividade: o resgate da cidadania e o direito à participação ativa no meio acadêmico e social.
Programa de atendimento psipedagógico a alunos com necessidades educacionais especiais na área física
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Leite, Lúcia Pereira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Este projeto de extensão faz parte das atividades do estágio curricular realizado na disciplina Prática de Ensino, do Curso de Pedagogia, Habilitação em Educação Especial, área Deficiência Física, no Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES) da UNESP. Seu objetivo é oferecer um programa pedagógico de atendimento às necessidades educacionais apresentadas pela clientela, que compreende, atualmente, um grupo de alunos, composto de 11 crianças e/ou adolescentes com comprometimentos físicos ou deficiências múltiplas (deficiência física associada a uma outra deficiência em outra área, podendo ser mental, visual ou auditiva), que necessitam de uma intervenção pedagógica especializada. Os atendimentos são realizados pelos alunos estagiários sob orientação direta da supervisora de estágio, sendo realizados em duas turmas, uma no período vespertino e outra no matutino. A clientela recebe dois tipos de atendimento, um voltado para as necessidades educacionais especiais apresentadas por cada aluno, chamando atendimento pedagógico individualizado, e o outro que tem como objetivo favorecer e promover o desenvolvimento de padrões de interação sócio-afetiva entre os alunos, a partir de uma proposta de atendimento grupal. As atividades estendem-se durante o ano todo, exceto no período de férias dos estagiários. Atualmente, os atendimentos são semanais com duração de aproximadamente 03 horas, respectivamente dividas nas duas modalidades de atendimentos apresentadas acima. O programa de atendimento educacional está embasado no referencial teórico do sócio-interacionismo e é desenvolvido individualmente. Para cada aluno é realizada uma proposta de avaliação e intervenção psicopedagógica, que está direcionada para o trabalho das dificuldades pedagógicas apresentadas por cada aluno, a partir da identificação de suas potencialidades. A proposta de atendimento também abrange também visitas à escola, no caso dos alunos que freqüentam alguma modalidade educacional e visitas domiciliares. O programa ainda realiza orientações aos pais sobre como acompanhar o processo educacional dos seus filhos, além de realizar encaminhamentos a serviços presentes na comunidade, quando necessários. Como resultados da implementação desta proposta pode-se destacar: a integração de alunos com necessidades educacionais especiais freqüentando o ensino regular; possibilidade de atendimento educacional a uma parcela da população que não recebe nenhum tipo de atendimento na área, por serem considerados inelegíveis para inserção em escolas ou instituições educacionais; melhoria nas atividades de vida diária e no relacionamento interpessoal; desenvolvimento na aquisição de conhecimentos e das habilidades motoras.
Avaliação de habilidades e competências de pessoas com necessidades especiais em programa de educação para o trabalho
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Miura, Regina Keiko Kato [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A inclusão de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais no mercado de trabalho é um desafio para toda a sociedade. A falta de qualificação profissional, além da pequena participação da classe empresarial e a fiscalização em relação à legislação existente, prejudica seriamente a inserção destas pessoas no mercado de trabalho. Este estudo teve como objetivo estudar como avaliar as habilidades necessárias para a adequação das pessoas com atraso no desenvolvimento cognitivo, em ambiente de trabalho coletivo. Além disso, após a observação das habilidades necessárias para bom desempenho em serviço, iniciou-se a implementação de orientação para o ensino dessas habilidades. Participaram deste projeto de extensão cinco jovens, com faixa etária de 16 a 26 anos, cujo diagnóstico apresentam Síndrome de Down (4 pessoas) e Microcefalia (1 pessoa), clientes em atendimento educacional no Centro de Estudos da Educação e da Saúde – CEES/unidade auxiliar da Unesp/Marília. A avaliação inicial envolveu a elaboração de um instrumento de observação para verificação e acompanhamento do repertório de habilidades necessárias para o trabalho na brinquedoteca e auxiliar de secretaria. Os resultados de Implementação do Programa de Educação para o Trabalho mostraram melhoras nas habilidades e conhecimentos dos envolvidos na atividade profissional, bem como avanços no desenvolvimento nas áreas de socialização, comunicação interpessoal e em “pré-requisitos” profissionais (iniciativa, rapidez, compromisso, etc). O ensino de habilidades profissionais é voltado para o desenvolvimento de hábitos, posturas e atitudes em ambiente de trabalho; visa possibilitar maior independência nas diversas situações no meio social e profissional e sua provável inclusão na sociedade. É necessário favorecer oportunidades para que pessoas com necessidades educacionais especiais possam ser absorvidas pelo mercado de trabalho, que em todos os casos, privilegia a qualificação para as funções.
Um olhar sobre a influência da leitura no desenvolvimento cognitivo durante o processo de envelhecimento
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Paiva, Simone Borges [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O processo de envelhecimento humano vem sendo tratado de maneira mais séria e crítica pela comunidade científica, como também pela sociedade contemporânea que acompanha o declínio da taxa de natalidade e o aumento da população idosa. Nesse sentido, investigaremos quais procedimentos poderiam auxiliar na desmistificação do processo de envelhecimento humano, incluindo os preconceitos e os temores tão cultivados pela sociedade ao longo dos séculos. Além disso, analisaremos as implicações do envelhecimento no desenvolvimento e na manutenção da memória, assim como das habilidades cognitivas a ela relacionadas. Daremos especial ênfase aos aspectos presentes no meio ambiente e suas implicações no desenvolvimento cognitivo, aspectos esses discutidos pela teoria sóciocultural apresentada por Vygotsky. Para essa atividade utilizaremos a leitura como elo de ligação para a busca de novos conhecimentos a partir de conhecimentos já existentes, aspecto esses relacionados às habilidades cognitivas dos idosos. O contexto da pesquisa é a Universidade Aberta à 3ª Idade – UNATI – UNESP - Marília, onde foi instituído um grupo de leitura no qual são realizadas práticas de leitura livre e reflexiva, das quais extraímos os dados que são gravados em áudio, para posterior transcrição e análise. Através dessa experiência com o grupo, com reuniões semanais durante o 2º semestre de 2001 e o 1º semestre de 2002, nos foi possível verificar um aumento significativo na participação das alunas no tocante às discussões, uma vez que as participantes revelaram, ao longo das atividades, uma maior liberdade em exporem suas opiniões frente aos textos, frente aos outros colegas e até mesmo frente às antigas opiniões cultivadas por elas mesmas. Até o presente momento, as leituras em grupo também despertaram antigas lembranças de períodos da história de vida das participantes e até mesmo do desenvolvimento da cidade de Marília, sendo possível a reconstrução de fatos históricos e de momentos decisivos no desenvolvimento da cidade, possibilitando o desenvolvimento das habilidades cognitivas das participantes da oficina de leitura.
A contribuição dos alunos da UNATI com o processo de aprendizagem de alunos deficientes visuais: resultados iniciais
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Oliveira, Andréia de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O presente estudo tem o objetivo de investigar a integração dos alunos da UNATI – Universidade Aberta à 3ª Idade com os alunos da Habilitação em Educação Especial do Curso de Pedagogia portadores de deficiência visual através de atividades acadêmicas. Pretendemos compreender que contribuições podem surgir a partir dessa relação tão pouco vivenciada, as quais poderão refletir na melhoria do processo de aprendizagem dos alunos deficientes visuais. Além desse aspecto, também poderemos observar se há, ou não, a integração dos alunos da UNATI no convívio acadêmico. Para alcançar o objetivo proposto estamos realizando a oficina denominada Treinamento de Ledores para deficientes visuais que consiste no desenvolvimento de atividades de suporte pedagógico mediante a transcrição de textos em Braille e da gravação de textos em fitas cassetes, adequando parte dos conteúdos das disciplinas da Habilitação em Educação Especial facilitando o processo de aprendizagem. Ressaltamos que todo o material confeccionado será entregue uma cópia ao aluno deficiente e outra permanecerá no acervo do Laboratório de Educação Especial Ernani Vidon, para que possa ser utilizado por outros alunos que venham matricular-se na FFC. Utilizamos, primeiramente, entrevistas para verificar o interesse tanto dos alunos deficientes visuais, quanto dos alunos da UNATI em participar dessa atividade, obtendo se um resultado positivo. O estudo está em fase inicial de implantação, mas acreditamos, a priori, que a contribuição dessa atividade poderá auxiliar significativamente na melhora do processo de aprendizagem dos alunos com deficiência visual da FFC, assim como na efetiva integração social do aluno da UNATI no meio acadêmico.
Estimulação precoce: uma proposta de intervenção conjunta fisioterapia/pedagogia
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Reganhan. Walkiria Gonçalves [UNESP]; Lima, Douglas W. B. [UNESP]; Torrecilha, Bartira Micheletti [UNESP]; Braccialli, Lígia Maria Presumido [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O desenvolvimento global de um bebê com necessidades especiais é estimulado se oferecermos oportunidades para que ele vivencie experiências e sensações diversificadas e adequadas para a fase em que se encontra. A intervenção precoce é essencial, e as atividades devem ser direcionadas, significativas e adequadas às necessidades de cada indivíduo. O brincar é uma atividade natural da criança que possibilita uma livre exploração por parte da criança, estimulando o desenvolvimento de habilidades e conteúdos específicos tão necessários em uma proposta de intervenção precoce. Assim, a proposta deste projeto de extensão é estimular precocemente, por intermédio de um atendimento simultâneo de fisioterapia e pedagogia, bebês que apresentam atraso no desenvolvimento sensório-motor. Participam do projeto uma professora orientadora do departamento de educação especial, duas alunas de pedagogia, dois estagiários extracurriculares de fisioterapia, quatro bebês com atraso sensório-motor. O atendimento de cada bebê é realizado duas vezes por semana, com duração de 1 hora cada no Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES). Durante os atendimentos são realizados atividades que visam o desenvolvimento global de cada criança, estimulando tanto as habilidades sensório-motoras quanto os aspectos cognitivos por meio de atividades lúdicas. Semanalmente os alunos de fisioterapia, pedagogia e a professora responsável se reúnem para realizar o planejamento das atividades a serem desenvolvidas bem como realizar estudos teóricos pertinentes à temática. Os registros dos dados necessários para as discussões e mudanças de propostas, quando necessário, se dá por meio de anotações de planejamento e evolução dos clientes nos prontuários e por meio de gravações em fita de vídeo. O atendimento proposto tem-se mostrado viável e importante para o desenvolvimento destas crianças e para a formação dos alunos envolvidos. Esta forma de atuação desmistifica a crença da fragmentação do homem, na qual profissionais da reabilitação são responsáveis pelos aspectos relacionados ao corpo e o pedagogo responsável pela mente do cliente.
Sala de espera (2): programa de apoio educacional e de orientação a familiares e acompanhantes do CEES
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2003) Peluccio, Vanessa Aparecida Mariano [UNESP]; Campos, Carolina [UNESP]; Braga, Tânia Moron Saes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Introdução: Em estudos realizados na sala de espera do Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES), em 2000 e 2001, onde foram observados pacientes, familiares e acompanhantes. Foi possível identificar por meio das características dos usuários e pelo tempo de permanência na sala, a necessidade de se planejar e organizar ações que os envolvam neste período que aguardam pelo atendimento. Objetivos: organizar a sala de espera por meio da disposição de materiais e atividades afim de oferecer oportunidades de informação e lazer. Métodos: participaram dos estudos, os usuários da sala de espera ( pacientes, familiares e acompanhantes) do CEES. O procedimento consta do planejamento com antecedência de um mês dos materiais e práticas a serem desenvolvidas a cada semana. Segundo indicações de estudos anteriores estariam previstas, além de materiais informativos de saúde e educação, por meio de revistas e vídeos, atividades de lazer, clássicos da literatura, histórias em quadrinhos e outras práticas que estimulam o raciocínio da clientela. Resultados: os dados preliminares deste primeiro semestre de atuação permitiram comprovar que os usuários mantém o interesse pelo material disposto quando este é renovado e diversificado. Após uma reformulação e reorganização da disposição de materiais na sala de espera verificou-se que, tanto os adultos como as crianças, manifestam interesses referentes a todos os gêneros de revistas, histórias em quadrinhos e literaturas infantis Dentre as informações coletadas surgiu uma preocupação em como atender as preferências dos idosos, que por sua vez demonstram limitações quanto a leitura, escrita e em realizar outras atividades. No planejamento das atividades mantém um desafio de estar alterando a programação, bem como as dificuldades de preservação do material assim como das estratégias adotadas. Mesmo assim essas ações tem sido frutíferas com relação a sala de espera.
Estratégias de orientações psicoeducacionais para familiares de deficientes
(Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, 2004-12) Leite, Lúcia Pereira [UNESP]; Martins, Sandra Eli Sartoreto De Oliveira [UNESP]; Milanez, Simone Ghedini Costa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
The current work had the aim to provide the establishment of a proposal of psyco-educational intervention, in systematic meetings, with the respective parents and/or family members of handcaps, attempting to establish a discussion space about the problems related to the educational process. Thirty family members of students with auditive disabilities took part in this project and nine parents of students with physical disabilities who attended the pedagogical service at the Center of Education and Health Studies (Cees - Unesp/ Marília). After the implementation of the program of psyco-educational orientation for family members and consequently, the follow up of the performed activities, we noticed that the achievement of this program besides orienting the family members about educational aspects, it favored the elucidation of some questions concerning the global development of individuals with special educational necessities; the studied population confirmed the lack of psyco-educational orientation programs in public service, showing difficulty in having access to professionals and locals who offer this kind of support. The obtained results in this work reaffirm the importance of implementing proposals of orientations with family members, together with the services with individuals who present special educational necessities, as in the researched literature. According to what was proposed in the systemic approach, it is understood that the psyco-educational intervention will only be effective successfully when it stops forcing the individual and extends itself to its pairs, mainly those who live directly with him.
O contar histórias por idosos: um resgate da memória e da criatividade
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2005) Heradão, Roberta Gomes [UNESP]; Del-Masso, Maria Candida Soares [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A população idosa tem aumentado significativamente no mundo todo e a preocupação com um envelhecer saudável e com qualidade de vida estão cada vez mais em evidência. Com o passar dos anos, o ser humano encontra-se mais vulnerável às perdas das capacidades cognitivas, tal como a memória. As atividades que privilegiam a utilização de capacidades cognitivas, como preparar e contar histórias, podem ser uma das possibilidades para a superação dessas perdas. Contar histórias é uma arte que nasceu com o próprio homem pela necessidade de comunicação. Além disso, preservar os conhecimentos adquiridos é ainda hoje é um importante meio de relacionar-se com o outro. Este estudo consiste em investigar a relação entre a preparação e o ato de contar histórias entre idosos utilizando-se do desenvolvimento das habilidades cognitivas, entre elas a memória e a criatividade, visando contribuir para a inserção desses no meio social como colaboradores criativos e agentes difusores de conhecimento. O contador de histórias deverá motivar e fornecer aos seus respectivos ouvintes, o prazer em adentrar ao mundo imaginário, criando uma atmosfera de respeitabilidade entre as gerações (crianças e idosos). Os participantes deste estudo são os alunos da UNATI - Universidade Aberta à 3ª idade - FFC/UNESP/Marília. As atividades são organizadas em encontros semanais nos quais os participantes recebem uma introdução teórica sobre a temática do contar histórias incitando-os a discutir e analisar os conteúdos lidos. Durante os encontros, o propósito é o de liberdade para apresentarem suas experiências e lembranças como suplemento importantíssimo ao resgate e a transmissão de suas próprias histórias de vida. A Oficina tende a observar se as habilidades cognitivas envolvendo a preservação da memória e a ocorrência de processos criativos, por idosos, são mantidas através do contar histórias. Percebemos a participação efetiva dos envolvidos, o interesse crescente em contarem histórias para as crianças, a busca por novas histórias e a maneiras de contá-las, além do estabelecimento de relações aparentemente inexistentes entre fatos das histórias discutidas e acontecimentos de um passado próximo e/ou remoto de suas vidas. A metodologia utilizada é de cunho qualitativo, mais especificamente a pesquisa-ação, envolvendo parte teórica e parte prática. A coleta de informações está sendo realizada por meio de observações anotadas e entrevistas gravadas para posterior análise dos dados. Pretendemos sugerir que o contar histórias, enquanto um processo criativo, poderá auxiliar a preservação da memória durante o processo de envelhecimento humano, além de auxiliar a desmitificação do envelhecimento junto às crianças.
UNATI como espaço para o aumento da longevidade com qualidade de vida
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2005) Souza, Carla de Oliveira [UNESP]; Fernandes, Ariane Ferreira [UNESP]; Del-Masso, Maria Candida Soares [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A população idosa tem crescido significativamente devido ao aumento da expectativa de vida, afetando a estrutura social brasileira, uma vez que os idosos precisam de condições apropriadas para manter uma vida saudável e produtiva. Cumprindo o seu papel social, a Universidade Aberta à Terceira Idade UNATI Unesp Marília, desenvolve este projeto acadêmico, desde 1995, voltado aos indivíduos que envelhecem, possibilitando a inserção no meio acadêmico e social. A UNATI atende indivíduos com idade mínima de 55 anos, ambos os gêneros e independência em locomoção. Em 2005 foram matriculados 106 alunos, sendo 60 renovações e 46 novos alunos. As atividades desenvolvidas na UNATI, de cunho acadêmico, têm como objetivo propiciar aos participantes a integração no meio universitário, contribuindo para a melhoria da auto-estima e a autonomia para uma vida ativa e saudável. Para investigar como a UNATI interfere na vida dos idosos, foram realizadas atividades individuais e grupais com o intuito de identificar os aspectos positivos e negativos que ocorrem nesse espaço de convivência. As palestras, cursos, oficinas, viagens de estudo foram observadas pelos estagiários e algumas gravadas em VHS para análise de conteúdo. Também foram realizadas entrevistas individuais, com um roteiro definido previamente, para coletar dados a respeito das mudanças que os idosos sentem ao ingressarem na UNATI e identificar aspectos que interferem no seu cotidiano de vida. Pudemos observar mudanças no comportamento dos idosos, preocupação na manutenção da qualidade de vida, interesse em reavaliar conceitos cristalizados ao longo dos anos, melhora da auto-estima, interesse em conhecer novos temas de pertinência social e acadêmica, desejo de deixar o suposto isolamento social que muitas vezes enfrentam no cotidiano familiar. Interessante observar a integração entre os alunos da UNATI, dos cursos de graduação da UNESP e os bolsistas do projeto mediante a realização dos diferentes cursos, conferências e diversas atividades do projeto, além de campo fértil para pesquisas científicas, tanto em nível de graduação, quanto de pós-graduação. O projeto tem a participação de docentes e discentes oferecendo campo de estágio aos alunos de outras unidades da UNESP. Para os bolsistas da PROEX, a participação na UNATI abre caminhos para diversas pesquisas acerca do envelhecimento humano. Finalmente, observamos a mudança na qualidade de vida de todos os participantes envolvidos, tendo em vista o acesso a novos conhecimentos nas diferentes áreas do saber. O horizonte se abre à diversidade de culturas existentes no grupo, no meio universitário, entre funcionários, alunos e professores, colaborando para uma nova visão do processo de envelhecimento humano.
Universidade aberta à 3ª idade: uma experiência em extensão universitária
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2005) Del-Masso, Maria Candida Soares [UNESP]; Azevedo, Tania Cristina Arantes Macedo de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A Universidade Aberta à 3ª Idade - UNATI é resultado de uma série de discussões acerca da problemática que o idoso enfrenta em relação a sua integração no meio social. Inserida nessa problemática e refletindo o seu papel social, a Universidade Estadual Paulista UNESP - estruturou a UNATI com o objetivo de proporcionar condições para a integração social do participante mediante o convívio no meio acadêmico, utilizando-se de atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária. Nesse sentido, a UNESP contempla os anseios do público-alvo num ambiente diversificado culturalmente, como é o ambiente universitário, num trabalho interdisciplinar possibilitando novas formas de relacionamento estimuladas nos grupos de alunos das diferentes UNATIs em direção ao fortalecimento de uma visão positiva do processo de envelhecimento humano. A Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP PROEX deu continuidade às ações já existentes em suas unidades acadêmicas constituindo-se em iniciativa de grande aceitação na UNESP. Em 2001, o Projeto UNATI UNESP foi institucionalizado pela PROEX/Reitoria, projeto que é desenvolvido nos Campi de Araraquara, Araçatuba, Assis, Bauru, Botucatu, Franca, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo Instituto de Artes e Reitoria, sendo que cada UNATI possui autonomia de ação estando ligada à coordenação central junto a PROEX. Em 2005 estão ingressando ao projeto os campi de Jaboticabal e São Vicente. As UNATIs atendem alunos de ambos os gêneros, com independência em locomoção até os locais das atividades e com idade média de 55 anos de idade. As atividades das UNATIs envolvem a educação continuada através de palestras, ações culturais, esportivas, motivadoras, cursos temáticos com objetivo de estimular a atualização do conhecimento, a troca de experiências, volta ao convívio social e ao pleno exercício da cidadania, estimulando e capacitando os alunos às atividades socialmente produtivas, como também à freqüência, na condição de aluno especial, nas diferentes disciplinas dos cursos de graduação da UNESP. Alguns cursos desenvolvidos na UNATI são campos de estágio curricular supervisionado para alunos dos diferentes cursos de graduação. Grande parte das pesquisas objetiva conhecer as mudanças ocorridas no interior na UNESP junto aos alunos da UNATI, aos alunos dos cursos de graduação, de pós-graduação e corpo técnico-administrativo. Este projeto tem proporcionado à universidade uma nova maneira de conviver e entender as questões relacionadas ao envelhecimento humano.
O que os empregadores pensam sobre o trabalho da pessoa com deficiência?
(Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE, 2005-08) Tanaka, Eliza Dieko Oshiro; Manzini, Eduardo José [UNESP]; Universidade Estadual de Londrina; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
The aim of this study was to identify the view of the employers about the deficient people, their job and their admission in the company. The data were collected by semi-structured interview with six persons responsible for the Human Resources Department. The branches of these companies were commerce, industry and services. Results indicated that the enterprises had employers with different kinds of deficient and their admission was done because of the working laws. The people interviewed believed that the deficient once had conditions for working but they pointed out some difficulties like: a) lack education, interest and social and professional preparation of the deficient employee; b) inadequate physical and social conditions of the company and little knowledge of deficiency; c) inadequate professional and social training programs and awareness of the company needs; d) no access to school and transportation, no incentive for the company to promote ergonomic adaptation and development social responsibility programs. The position that the deficient staff had required little qualification and the training was taken in the workplace. The conception that their difficulties were caused by their organic conditions was in all the interviews.
Mudança de atitudes sociais em relação à inclusão
(Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, 2005-12) Omote, Sadao [UNESP]; Oliveira, Anna Augusta Sampaio De [UNESP]; Baleotti, Luciana Ramos [UNESP]; Martins, Sandra Eli Sartoreto De Oliveira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
This article reports a study on the social attitudes adjustment towards school inclusion of students with special educational needs. Fifty six students of CEFAM, distributed in two groups participated in the study. Based on some social attitude change techniques, some activities relating to the issue of inclusion were organized in a 14-hour shaped like course distributed in seven weekly two-hour meetings. The social attitudes toward inclusion were measured before and after that intervention by a Lickert type scale of social attitudes toward inclusion. In both groups of subjects, the scores of the post-test were significantly greater than that of the pre-test, indicating that future teachers' social attitudes toward inclusion became more favorable. The importance of including activities capable of modifying social attitudes toward inclusion in the curriculum of teachers' training courses is discussed.
Revisão por pares na Revista Brasileira de Educação Especial
(Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE, 2005-12-01) Omote, Sadao [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O artigo discute algumas questões relativas ao procedimento de revisão por pares na avaliação de originais submetidos a um periódico. Essa avaliação é aceita como necessária para assegurar a qualidade científica de artigos publicados, já que a integridade da literatura especializada é considerada essencial para o desenvolvimento da ciência. Entretanto, há críticas à revisão por pares, incluindo o longo tempo decorrido entre a entrega dos originais e a publicação, o tempo e a energia despendidos pelos autores e revisores, a subjetividade na avaliação e outros problemas que podem introduzir vieses na área. A Revista Brasileira de Educação Especial, que adota a avaliação cega por pares, tem-se mostrado relativamente versátil. O tempo médio entre o recebimento dos originais e o aceite final, depois de passar pela revisão por pares e conseqüente ajuste por parte dos autores, é de cerca de cinco meses e meio. Na literatura especializada, encontram-se sugestões como a eliminação de avaliação e publicação de todos os textos submetidos, em meios eletrônicos, menos onerosos e mais versáteis, deixando que os próprios leitores façam a sua avaliação. A análise procedida conclui que a revisão por pares é necessária. Aponta a necessidade de se realizarem discussões sobre a própria avaliação, para que se desenvolvam procedimentos mais eficientes de controle de qualidade das publicações. Sugere que a avaliação efetiva é feita pela própria comunidade acadêmica, após a publicação, mediante reconhecimento coletivo do valor científico da publicação, na forma de impacto que pode causar sobre novas investigações e construção do conhecimento na área.

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