Publicação: Agronegócio e relações de sino-brasileiras: questão agrária e campesinato, Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional-SSAN e dependência
Carregando...
Data
2023-10-06
Autores
Orientador
Christoffoli, Pedro Ivan
Coorientador
Pós-graduação
Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe - IPPRI
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
As relações sino-brasileiras no âmbito do agronegócio se caracterizam como um dos mais estruturantes circuitos econômicos internacionais, protagonizando uma estrutura de comércio de commodities agrícolas co-dependente. Neste trabalho buscamos compreender como o fluxo de exportações do agronegócio brasileiro para a China, que impulsionou o crescimento econômico do setor no Brasil, se dá num contexto de conflitos agrários e ambientais que afetam diretamente as comunidades e territórios no Brasil por meio de violências estruturais. Essas relações de exportação beneficiam economicamente o agronegócio brasileiro; enquanto ao analisar a realidade agrícola da China vemos a importância das exportações brasileiras para a segurança alimentar do país, assegurando parte de sua cadeia de suprimentos agropecuários. No entanto, há uma falta de compreensão sobre as contradições do modelo agrícola em que se insere essa dinâmica de exportações, principalmente no que se refere às questões agrárias e ambientais brasileiras. Nesse sentido, entendemos que a problemática agrária brasileira, com danos sociais e ambientais para o campesinato e outros povos e territórios, causados pela transformação da fronteira agrícola, pelo avanço do agronegócio, não são causados apenas pela relação de exportação com a China, mas estão profundamente enraizados nas políticas agrárias e ambientais e na questão agrária brasileira (uso, posse e propriedade da terra). Dessa forma, reconhecemos as lutas de classes no campo e a necessidade da reforma agrária no Brasil, para construção de um novo modelo agrícola baseado na agricultura familiar camponesa agroecológica, configurando inclusive as relações com a China, frente ao modelo predatório do agronegócio.
Resumo (inglês)
Sino-Brazilian agribusiness relations are characterized as one of the most structuring international economic circuits, featuring a co-dependent agricultural commodity trade structure. In this paper we seek to understand how the flow of Brazilian agribusiness exports to China, which has boosted the sector's economic growth in Brazil, takes place in a context of agrarian and environmental conflicts that directly affect communities and territories in Brazil through structural violence. These export relationships benefit Brazilian agribusiness economically; while analyzing China's agricultural reality shows the importance of Brazilian exports for the country's food security, ensuring part of its agricultural supply chain. However, there is a lack of understanding of the contradictions of the agricultural model in which this export dynamic is embedded, especially with regard to Brazilian agrarian and environmental issues. In this sense, we understand that the Brazilian agrarian problem, with its social and environmental damage to the peasantry and other peoples and territories, caused by the transformation of the agricultural frontier, by the advance of agribusiness, is not only caused by the export relationship with China, but is deeply rooted in agrarian and environmental policies and in the Brazilian agrarian question (use, possession and ownership of land). In this way, we recognize the class struggles in the countryside and the need for agrarian reform in Brazil, in order to build a new agricultural model based on agro-ecological peasant family farming, including shaping relations with China, in the face of the predatory agribusiness model.
Resumo (espanhol)
Las relaciones chino-brasileñas en el ámbito del agronegocio se caracterizan por ser uno de los circuitos económicos internacionales más estructurantes, con una estructura de comercio de materias primas agrícolas codependiente. En este trabajo buscamos entender cómo el flujo de exportaciones del agronegocio brasileño a China, que ha impulsado el crecimiento económico del sector en Brasil, se da en un contexto de conflictos agrarios y ambientales que afectan directamente a las comunidades y territorios de Brasil a través de la violencia estructural. Estas relaciones de exportación benefician económicamente al agronegocio brasileño; al analizar la realidad agrícola de China vemos la importancia de las exportaciones brasileñas para la seguridad alimentaria del país, garantizando parte de su cadena de suministro agrícola. Sin embargo, no se comprenden las contradicciones del modelo agrícola en el que se inserta esta dinámica exportadora, especialmente en lo que se refiere a las cuestiones agrarias y medioambientales brasileñas. En este sentido, entendemos que el problema agrario de Brasil, con sus daños sociales y ambientales al campesinado y a otros pueblos y territorios, causados por la transformación de la frontera agrícola, por el avance del agronegocio, no es causado solamente por la relación de exportación con China, sino que está profundamente arraigado en las políticas agrarias y ambientales y en la cuestión agraria brasileña (uso, posesión y propiedad de la tierra). De esta forma, reconocemos las luchas de clases en el campo y la necesidad de una reforma agraria en Brasil para construir un nuevo modelo agrícola basado en la agricultura familiar campesina agroecológica, incluyendo las relaciones con China, frente al modelo depredador del agronegocio.
Descrição
Palavras-chave
Relações sino-brasileiras e agronegócio, Relações sino-brasileiras e dependência, Questão agrária e campesinato, Conflitos agrários e ambientais, Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional-SSAN, Sino-Brazilian relations and agribusiness, Sino-Brazilian relations and dependency, Agrarian question and peasantry, Agrarian and environmental conflicts, Food and Nutrition Security and Sovereignty-FNSS, Relaciones sino-brasileñas y agronegocios, Relaciones sino-brasileñas y dependencia, Cuestión agraria y campesinado, Conflictos agrarios y medioambientales, Seguridad y Soberanía Alimentaria y Nutricional-SSAN
Idioma
Português
Como citar
ALMEIDA, Janailson Santos de. Agronegócio e relações sino-brasileiras : questão agrária e campesinato, Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional-SSAN e dependência. Orientador: Pedro Ivan Christoffoli. 2023. 202 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, São Paulo, 2023.