Publicação: Detecção e genotipagem de Papilomavírus Humano (HPV) e sua relação com a ocorrência de lesões cervicais em mulheres coinfectadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
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Autores
Orientador
Rahal, Paula 

Coorientador
Pós-graduação
Microbiologia - IBILCE
Curso de graduação
Título da Revista
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Os papilomavírus são vírus de DNA circular fita dupla com diâmetro de aproximadamente 55 nm e forma icosaédrica. São não envelopados e podem induzir tumores epiteliais escamosos em diferentes localizações anatômicas. Eles pertencem à família Papillomaviridae e possuem um genoma de cerca de oito mil pares de bases, protegidos por proteínas do capsídeo. Mais de 200 tipos diferentes de papilomavírus humano (HPV) foram identificados e classificados em dois grupos distintos, alto risco e baixo risco, dependendo de sua associação com o desenvolvimento de câncer. A integração genômica do HPV é um mecanismo de infecção viral persistente, que eventualmente se desenvolve na fase de cancerização. Trata-se de um processo tipicamente aleatório, e pode ocorrer em qualquer local no DNA da célula hospedeira. Em alguns casos, a integração pode contribuir para o desenvolvimento do carcinoma cervical, que é precedido por lesões precursoras como neoplasia intraepitelial cervical ou lesões intraepiteliais escamosas. As infecções crônicas pelo HPV podem ser facilitadas pela coinfecção com o HIV, o que reduz a probabilidade de eliminação espontânea do HPV. Com base nisso, foi investigada a presença do HPV, bem como o seu genótipo em 80 amostras, coletadas em dois anos diferentes, de 40 pacientes coinfectadas com HIV. Como resultado, foi observada a presença do HPV em 59 amostras (73,75%) na qual, os tipos de alto risco foram predominantemente detectados (59,3%). Os tipos mais frequentes foram HPV56 (17%) seguido pelo HPV16 (15,3%). Os resultados foram correlacionados com os fatores de risco associados a coinfecção HPV/HIV apresentados pelas pacientes. Nesta análise, a carga viral do HIV foi associada à ocorrência de lesões cervicais (p=0,045). Desta forma, pode-se concluir que a maior frequência do HPV56 e HPV16 evidencia a importância de incluir o tipo 56 nas vacinas HPV uma vez que o monitoramento das pacientes infectadas pelo HPV56 poderia contribuir para um melhor prognóstico para a infecção pelo HPV. A associação entre a carga viral do HIV e as lesões confirma a importância de monitorizar as doentes coinfectadas com HIV/HPV com carga viral elevada de HIV.
Descrição
Palavras-chave
HPV, Lesões cervicais, Coinfecção HIV
Idioma
Português