Por uma arqueologia da análise do discurso no Brasil

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2012-02-10

Autores

Kogawa, João Marcos Mateus [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Plus qu'accepter un champ de savoir sédimenté et enfermé dans ses origines démarquées, l’analyse archéologique foucaldienne nos fait aller au-delà les superficies. L’archéologie du savoir ne peut être, dans ce cas, qu’historique, car, elle incite à la réflexion autour des obstacles qu’ont empêchés un parcours autant du point de vue des événements historiques que des mutations théoriques. En effet, au moment où on lance le regarde vers le champ de l’Analyse du Discours par le biais de la perspective foucaldienne, il faut laisser en suspension ce que se cache derrière l’étiquète disciplinaire pour constituer une archéologie de la réception de la philosophie d’Althusser/Pêcheux au Brésil dans les années 1960/70. Parcours silencieuse, non disciplinarisé, mais qui peut parler à travers la discipline comme une première relecture de Marx, Saussure et Freud ; comme espace inaugural de la problématique que s’impose aujourd’hui à l’Analyse du Discours concernant leur rapport avec la Sémiologie ; comme moment de tension marqué par les persécutions politiques qui se sont déroulées pendant la dictature militaire, notamment, aux penseurs qu’ont osé réfléchir à partir des idées de Pêcheux et d’Althusser. A cet égard, la figure de Carlos Henrique de Escobar – nom d’auteur peu connu par les annalistes du discours – s’impose comme représentant d’un moment où il était cher de penser à partir d’une théorie marxiste du discours construite dans la jonction de la Linguistique avec la Psychanalyse et l’Histoire. Ainsi, quelles sont-elles les conditions de réception d’Althusser et Pêcheux dans les années 1960/70 au Brésil ? Quelle est l’importance de ce moment pour ce qu’on connaisse aujourd’hui comme Analyse Française... (Résumé complet accés életronique cidessous)
Mais do que aceitar um campo de saber sedimentado e fechado em suas origens assinaláveis, a análise arqueológica foucautiana nos incita a revolver as superfícies. A arqueologia do saber só pode ser, a esse respeito, histórica, pois, incita à reflexão dos obstáculos que inviabilizaram um percurso tanto do ponto de vista dos acontecimentos históricos quanto das mutações teóricas. Com efeito, ao lançarmos o olhar para o campo da Análise do Discurso no Brasil pela lente foucaultiana, faz-se necessário deixar em suspenso o que se esconde atrás do rótulo disciplinar para construir uma arqueologia da recepção da filosofia althussero-pecheutiana no Brasil dos anos 1960/70. Percurso silencioso, não disciplinarizado, mas que pode falar através da disciplina como um lugar de primeira re-leitura de Marx, Saussure e Freud; como espaço inicial da problemática que se impõe hoje à Análise do Discurso concernente à sua relação com a Semiologia; como momento de tensão marcado pelas perseguições políticas que se desenrolaram durante a ditadura militar, notadamente, aos pensadores que ousaram refletir com Pêcheux e Althusser. A esse respeito, a figura de Carlos Henrique de Escobar – nome de autor pouco conhecido pelos analistas do discurso – se impõe como representante de um momento em que era caro pensar valendo-se da teoria marxista do discurso construída no entroncamento da Linguística, com a Psicanálise e a História. Assim, quais as condições da recepção de Althusser e Pêcheux nos anos 1960/70 no Brasil? Qual a importância desse momento para o que se conhecemos hoje como Análise do Discurso de linha francesa? De que maneira a problemática discutida nesse momento distante não disciplinar pode interessar hoje para os analistas do discurso? Ao colocarmos essas questões...

Descrição

Palavras-chave

Althusser, Louis, 1918-1990, Escobar, Carlos Henrique de, 1936-, Pecheux, Michel, 1938-, Linguística, Análise do discurso, Archéologie du savoir, Histoire des idées en analyse du discours

Como citar

KOGAWA, João Marcos Mateus. Por uma arqueologia da análise do discurso no Brasil. 2012. 209 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2012.