Lente de contato biossintética com liberação gradual de ofloxacina para tratamento de ceratite experimental por Staphylococcus aureus em cães

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2008-02-28

Autores

Cremonini, Daniela Nogueira [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O contato da córnea com o meio externo torna-a a estrutura ocular mais passível de traumas e lesões, que podem acarretar em formação de intensa cicatriz ou até de perfuração, prejudicando a visão do animal. A utilização de lente de contato terapêutica em medicina veterinária é pouco difundida, devido à dificuldade de adaptação à superfície corneana. Avaliou-se um novo material para tratamento das afecções corneanas a partir de uma membrana de celulose microfibrilar biossintética, utilizada em lesões cutâneas graves. Induziu-se ceratite bacteriana experimental, comparando-se o tratamento com a lente de contato biossintética (LC), impregnada com ofloxacina, à terapia tópica convencional. Realizaram-se avaliações clínicas e morfológicas, além do controle microbiológico e da dosagem de ofloxacina no humor aquoso através do método de cromatografia líquida de alto rendimento (HPLC). Os olhos que receberam a LC desenvolveram reação inflamatória severa, associada à neovascularização profunda, opacidade corneana, secreção, quemose e hiperemia ocular. O exame histopatológico revelou afinamento epitelial com formação de microcistos, edema corneano e infiltrado inflamatório. Estas alterações foram possivelmente causadas pela hipóxia tecidual associada ao inadequado posicionamento da lente. O biomaterial, impregnado com ofloxacina, promoveu liberação gradual, dosada pelo método de HPLC, durante o período de avaliação, entretanto os valores obtidos pela análise foram inferiores aos olhos tratados com colírio, mas suficientes para controlar a infecção por Staphylococcus aureus. Concluiu-se que o material não foi adequado para auxiliar a reparação tecidual corneana, necessitando aprimorar suas características para tal finalidade.
The contact of the cornea with the external way become it to the ocular structure more likely of traumas and injuries, that can cause formation of intense scar or until perforation, harming the vision of the animal. The use of contact lens therapy in veterinary medicine is not very widespread, due to the difficulty of adjusting to the corneal surface. It was intended to study a new material for treatment of the corneal diseases from a cellulose membrane to microfibrillar biosynthetic, used in serious cutaneous injuries. Experimental bacterial keratitis was induced, comparing the treatment with the biosynthetic contact lens (CL) impregnated with ofloxacin, to the Conventional topical therapy. Clinical and morphological evaluations were performed, beyond the microbiologic control and dosage of ofloxacin in the aqueous humor by the high performance liquid chromatography method (HPLC). The eyes that received the CL developed severe inflammatory reaction, associated with neovascularization deep, corneal opacity, secretion, chemosis and ocular hyperemia. The histopathologic examination revealed epithelial thinning with training of microcysts, corneal edema, and inflammatory infiltrate. These alterations are possibly induced due tissue hypoxia associated to the inadequate positioning of the contact lens. The biomaterial, impregnated with ofloxacin, promoted gradual release, measured by HPLC method, during the assessment period, however the values obtained by the analysis were lower in the eyes treated with eye drops, but enough to control the infection by Staphylococcus aureus. It was concluded that the material was not appropriate for help the corneal tissue repair, requiring improvement of their characteristics for this purpose.

Descrição

Palavras-chave

Cão - Doenças, Oftalmologia veterinaria, Lentes de contato

Como citar

CREMONINI, Daniela Nogueira. Lente de contato biossintética com liberação gradual de ofloxacina para tratamento de ceratite experimental por Staphylococcus aureus em cães. 2008. 95 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, 2008.