Exposição dérmica de trabalhadores a resíduos de pesticidas presentes nas plantas, na reentrada na lavoura de algodão após pulverização

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Data

2011-02-25

Autores

Rotundo, Maurício [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Nas últimas décadas a consciência ecológica despertou a atenção de governos e da sociedade para o problema dos resíduos dos pesticidas nos alimentos e no ambiente, onde os amostradores de pragas agrícolas se enquadram dentro de um grupo de risco. A exposição dérmica de amostradores foi avaliada na reentrada em lavoura de algodoeiro após pulverização de três inseticidas. Aos 3 minutos após a aplicação quatro equipes vestiram um conjunto de vestimentas amostradoras (calça, camisa e luvas), entrando e permanecendo nas áreas tratadas por 30 minutos, simulando uma amostragem de pragas. O procedimento foi repetido aos 60 e 300 minutos e aos 1, 3, e 7 dias após a aplicação. As vestimentas amostradoras contaminadas após as exposições foram seccionadas em campo em 6 regiões distintas mais as luvas, embaladas e levadas ao Laboratório. Os inseticidas foram extraídos das vestimentas amostradoras com acetato de etila e a determinação quantitativa foi realizada por meio de cromatografia gasosa. As exposições dérmicas foram extrapoladas para uma jornada de trabalho de oito horas. Para classificar a segurança das condições de trabalho foram estimadas a margem de segurança (MS) e o tempo de trabalho seguro (TTS). O conjunto correspondente aos antebraços/braços/mãos concentrou 35% dos resíduos presentes nas vestimentas amostradoras. Partes correspondentes ao tronco (frente), coxas, pernas e tronco (atrás) alcançaram 19; 19; 10 e 16% dos resíduos, respectivamente. Constatou-se que o intervalo de reentrada estabelecido para os inseticidas comerciais Thiodan 350 CE (endosulfan) e Tamaron 600 BR (metamidofós) estão subestimados, enquanto que para o Marshal 200 SC (carbosulfan) o mesmo está superestimado, em relação aos intervalos de reentrada estabelecidos na legislação em vigor
The objective of this work was to study the dermal exposure of workers to residues of the pesticides, applied in cotton crop. After 3 minutes of application four people dressed a group with cotton clothes (pants, shirt and gloves), entered and stayed in the treated area by 30 minutes, simulating a sampling. The procedure was repeated after 60 and 300 minutes and 1, 3, and 7 days after application. The clothes were cut and put in plastic bags, and stored cold at -18oC until analyses was performed. The analytical method consisted on the extraction of pesticides residues with ethyl acetate and the quantitative determination was done by gas chromatography. Exposure was extrapolated to a work day of 8 hours. To evaluate safety conditions at work was estimated the Working Condition Unsafe (margin of safety – MOS <1) and the estimate of Safe Work Duration (SWD). The corresponding group for the forearms/arms/hands concentrated 35% of present residues in the clothes. The residues found on the clothes, trunk, lame, legs and trunk-back, were 19, 19, 10, and 16%, respectively. Results of carbosulfan amounts trapped on cotton clothes showed that 24h as a reentry interval is overestimated. For methamidophos and endosulfan a reentry interval is underestimated

Descrição

Palavras-chave

Saude e trabalho, Inseticidas - Exposição dérmica, Insecticides - Dermal exposition

Como citar

ROTUNDO, Maurício. Exposição dérmica de trabalhadores a resíduos de pesticidas presentes nas plantas, na reentrada na lavoura de algodão após pulverização. 2011. 110 f. Tese (doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, 2011.