Análise taxonômica de espécies simpátricas do gênero Rhinocricus por meio da morfometria, citogenética e marcadores moleculares

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2006-04-11

Autores

Calligaris, Izabela Braggião [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Foram estudados organismos pertencentes ao gênero Rhinocricus, muito semelhantes em seus caracteres diagnósticos; pela taxonomia clássica, inclui-se neste grupo Rhinocricus padbergi Verhoeff, 1938 e Rhinocricus varians Brolemann, 1901. Ambas as espécies apresentam, quando juntas, um gradiente de coloração que vai do marrom escuro ao bege claro, independente de sua idade ou tamanho. Para a realização deste trabalho, os organismos foram separados, de acordo com a coloração em escuros, médios e claros. Utilizou-se então de várias ferramentas no intuito de validar ou não estas espécies. A análise morfométrica, utilizando caracteres morfológicos comumente utilizados na descrição taxonômica clássica, demonstrou que os indivíduos de coloração escura estão mais distantes em relação às outras colorações. Este resultado sugere que os indivíduos de coloração escura pertenceriam a uma espécie distinta e os de coloração média e clara à outra, a qual apresentaria um alto polimorfismo quanto ao caráter coloração. Foi utilizado também o número de cones apicais desses indivíduos, que em diplópodos é espécie/específico. Os resultados demonstraram, estatísticamente, que os indivíduos de coloração escura apresentam número médio de cones apicais das antenas maior, quando comparado aos médios e claros. Observa-se também que no grupo analisado este caráter não é espécie/específico. Na análise molecular (RAPD), os resultados indicaram que o caráter coloração não auxilia na distinção das mesmas, pois ocorreram grupamentos de indivíduos de coloração escura com clara. Os dados obtidos sugerem ainda a presença de mais de uma espécie no grupo estudado. Na análise citogenética, o número diplóide para todas as colorações foi o mesmo (2n=20); não foi observado também nenhuma diferença no padrão de bandas C e de AgRON na amostra...
In this study we examined species of the genus Rhinocricus exhibiting very similar diagnostic traits. According to traditional taxonomy, members of this group include Rhinocricus padbergi Verhoeff, 1938 and Rhinocricus varians Brolemann, 1901. When compared, both species exhibit a gradient of colors ranging from dark brown to light beige, regardless of age or size. For this study, individuals were separated as dark, intermediate, and light colored. In order to validate or not these species, several tools were employed. Using morphological traits commonly applied in traditional taxonomy, morphometric analysis revealed that dark colored individuals are more distant compared to lighter colored individuals. This suggests that dark colored individuals might belong to a different species, while intermediate and light colored ones present high levels of color polymorphism. We also utilized the number of apical cones, as this is a species-specific trait in diplopods. The results statistically demonstrated that, on average, dark colored individuals present more apical cones of the antennae than intermediate and light colored ones. This trait, however, was not species-specific in the group analyzed. Molecular analysis (RAPD) revealed that color was not useful to distinguish assemblages, as dark and light colored individuals were observed in the same groups. Our data suggest the presence of one additional species in the study group. Cytogenetic analysis revealed that the diploid number of these animals is the same regardless of color (2n=20). In addition, we did not observe differences in the pattern of C bands and AgRON in the sample. Our results suggest that the analyzed group consists of more than one species... (Complete abstract, click electronic address below)

Descrição

Palavras-chave

Milipede, Diplópoda

Como citar

CALLIGARIS, Izabela Braggião. Análise taxonômica de espécies simpátricas do gênero Rhinocricus por meio da morfometria, citogenética e marcadores moleculares. 2006. iv, 110 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2006.