Andromaque, de Jean Racine: duas leituras

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2012-12-20

Autores

Machado, Guacira Marcondes [UNESP]
Domingos, Norma [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Este artigo tem o objetivo de apresentar uma obra-prima do teatro clássico francês: Andromaque (1667), de Jean Racine. Primeiramente, efetuamos sua leitura segundo os princípios da doutrina clássica, que se formou entre 1620 e 1660, na França. Nessa perspectiva, Andrômaca, rainha troiana vencida e cativa, é a personagem triunfante, uma forte personalidade feminina fora do alcance do leitor/espectador: quem é de fato Andrômaca, enquanto Pirro não está morto? Em seguida, destacamos uma das análises realizadas pela crítica literária do século XX, a qual utilizou instrumentos interpretativos vários. A leitura que fez Roland Barthes (1963) em Sur Racine subverte a interpretação anterior que se fazia à luz da doutrina clássica, apresentando-nos Pirro como o grande herói trágico, e a personagem mais emancipada do teatro raciniano.
This article aims at presenting a masterpiece of French classical theater: Andromaque (1667), by Jean Racine. First, we made an analysis according to the principles of classical doctrine, which took shape between 1620 and 1660 in France. From this perspective, Andromaque, a defeated and captive Trojan queen, is the triumphant character, a strong female personality out of the reach of the reader/viewer: who is actually Andromaque, while Pyrrhus is not dead? Then, we highlighted one of the studies made by 20th century literary criticism, which used various interpretive tools. The reading that made Roland Barthes in Sur Racine (1963) overturns the earlier interpretation that was made in conformity to the classical doctrine, presenting Pyrrhus as the great tragic hero, and the most emancipated character of Racine’s theater.

Descrição

Palavras-chave

Andromaque, Jean Racine, Tragédia clássica, Sur Racine, Roland Barthes, Classical tragedy

Como citar

Itinerários: Revista de Literatura, n. 34, 2012.