Se (eu) não me engano... condicionalidade na modalização?

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Data

2011-05-30

Autores

Robuste, Taísa Barbosa [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Com base em um paradigma funcionalista da linguagem, o objetivo desta dissertação é avaliar a relação existente entre condicionalidade e modalização epistêmica, a ser obtida em análise de corpora disponíveis de língua falada e língua escrita contemporânea do Português do Brasil. Partiu-se da análise da condicional se (eu) não me engano para verificar se, e de que modo, essa condicional atua como modalizador epistêmico, assentada a hipótese de que ela leva a proposição a que se liga para o campo do possível. O exame desse papel de validação que aqui se propõe passou pela avaliação da diferença entre se (eu) não me engano e as condicionais prototípicas. A primeira verificação que se fez é que se (eu) não me engano não apresenta um comportamento prototípico de condicionalidade uma vez que não se relaciona com a apódose em tal linha direta de condicionalidade, embora se institua no nível da proposição. Para este trabalho foram pertinentes incursões relacionadas aos seguintes campos de investigação lingüística: relação entre condicionalidade, modalidade, evidencialidade e (inter)subjetividade; possibilidade e relevância da inserção de se (eu) não me engano em algum ponto do processo de gramaticalização; pertinência da mobilidade sintática para a definição de sua natureza modal; caracterização do tipo de âmbito de incidência da modalização. A partir dessas incursões foi feita uma descrição, com base em dados quantitativos e qualitativos, do comportamento sintático, semântico e pragmático de se (eu) não me engano. A principal observação que se fez é que essa condicional pode ser avaliada como um modalizador epistêmico, uma vez que atua sobre um âmbito de incidência, relativizando o seu valor de verdade
Based on a functionalist paradigm of the language, the objective of this thesis is to evaluate the existing relationship between epistemic modality and conditionality, obtained by analyzing the available corpora in spoken and written contemporary Brazilian Portuguese language. The staring point was the analysis of the conditional form se (eu) não me engano (if I'm not mistaken) to verify whether and how this conditional acts as an epistemic modalizer, assuring the hypothesis that this conditional takes the proposition to which it is connected to the field of possibility. The examination of this validation role that is proposed here went through the evaluation of the difference between the se (eu) não me engano conditional and the prototypical conditionals. The first verification that was made is that the se (eu) não me engano does not present a prototypical behavior of conditionality, since it does not relate to the apodosis in a direct line of conditionality, although it institutes itself on the level of proposition. Some incursions related to the following fields of linguistic investigation were relevant on this work: relationship between conditionality, modality, evidentiality and e (inter)subjectivity; possibility and relevance of the insertion of the se (eu) não me engano in some point of the grammaticalization process; relevance of syntactic mobility on the definition of its modal nature; characterization of the type of context of the modalization. A description of the syntactic, semantic and pragmatic behavior of the se (eu) não me engano was rendered from these incursions, based on quantitative and qualitative data. The major observation made is that this conditional can be valued as an epistemic modalizer, since it acts upon a scope of incidence, relativizing its value of verity

Descrição

Palavras-chave

Linguística, Língua portuguesa, Linguagem, Modalidade (Linguística), Modality (Linguistics)

Como citar

ROBUSTE, Taísa Barbosa. Se (eu) não me engano... condicionalidade na modalização?. 2011. 94 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciencias e Letras (Campus de Araraquara), 2011.