Vozes de Morazán: mulheres, resistência e organização popular

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Data

2014-05-23

Autores

Guillén Carías, María Gabriela [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

El Salvador é um país de origem colonial com uma formação social que historicamente impossibilitou a descolonização até suas últimas consequências, fato que perpetuou uma dupla articulação configurada pela dependência e subordinação estruturais frente aos paises capitalistas centrais e um sistema permanente de segregação e exclusão das maiorias populares. No último quartel do século XX o regime oligárquico tradicional entra em crise e eclodem os movimentos populares e as organizações político-militares. A presente pesquisa tem por objetivo analisar o processo histórico revolucionário acontecido em El Salvador por meio das narrações de mulheres de origem camponesa. Especificamente daquelas pertencentes às comunidades camponesas do norte de Morazán, onde a organização popular foi decisiva para o processo pelo surgimento das Comunidades Eclesiais de Base através das quais as mulheres passaram a se incorporar à guerrilha ou a colaborar desde a retaguarda com o Ejército Revolucionario del Pueblo, uma das cinco organizações armadas que constituíram a Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional. Uma análise é realizada das relações desiguais entre homens e mulheres nas diversas estruturas organizativas populares que foram surgindo ao longo de todo o processo de resistência e luta contra o regime oligárquico. São destacadas as experiências das mulheres durante a guerra e as possibilidades que tiveram de se reconhecer e auto-organizar como um grupo com demandas específicas para superar a opressão e a desigualdade. A premissa teórica fundamental para a análise é a divisão sexual do trabalho e como esta se concretizou nas diversas estruturas organizativas que se conformaram no conflito armado, seja produzindo relações alienadas que afetaram de maneira direta às mulheres ou subvertendo os papeis tradicionais das relações desiguais de poder entre homens e mulheres nos espaços de produção ...
El Salvador es un país de origen colonial con una formación social que históricamente imposibilitó la descolonización hasta sus últimas consecuencias, hecho que perpetuó una doble articulación configurada por la dependencia y subordinación estructurales frente a los países capitalistas centrales y un sistema permanente de segregación y exclusión de las mayorías populares. En el último cuarto del siglo XX el régimen oligárquico tradicional entra en crisis y eclosionan los movimientos populares y las organizaciones político-militares. La presente investigación tiene por objetivo analizar el proceso histórico revolucionario acaecido en El Salvador por medio de las narraciones de mujeres de origen campesino. Específicamente de aquellas pertenecientes a las comunidades campesinas del norte de Morazán, donde la organización popular fue decisiva para el proceso por el surgimiento de las Comunidades Eclesiales de Base a través de las cuales las mujeres pasaron a incorporarse a la guerrilla o a colaborar desde la retaguardia con el Ejército Revolucionario del Pueblo, una de las cinco organizaciones armadas que constituyeron el Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional. Un análisis es realizado de las relaciones desiguales entre hombres y mujeres en las diversas estructuras organizativas populares que fueron surgiendo a lo largo de todo el proceso de resistencia y lucha contra el régimen oligárquico. Se destacan las experiencias de las mujeres durante la guerra y las posibilidades que tuvieron de reconocerse y auto-organizarse como un grupo con demandas específicas para superar la opresión y la desigualdad. La premisa teórica fundamental para el análisis es la división sexual del trabajo y como esta se concretizó en las diversas estructuras organizativas que se conformaron en el conflicto armado, ya sea produciendo relaciones enajenadas que afectaron de manera directa a las mujeres o subvirtiendo los ...

Descrição

Palavras-chave

Mulheres, Divisão do trabalho, Divisão do trabalho por sexo, Papel sexual, America Central

Como citar

GUILLÉN CARÍAS, María Gabriela. Vozes de Morazán: mulheres, resistência e organização popular. 2014. 186 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciencias e Letras (Campus de Araraquara), 2014.