O projeto de modernidade nas crônicas da seção De Palanque de Artur Azevedo

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2014-11-07

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

For this thesis we chose as corpus the chronicles subscribed by Arthur Azevedo, under the pseudonym Eloi, the hero, in Rio de Janeiro periodicals Diário de Notícias (Daily News) and Novidades (News) between the years 1885 and 1889. These chronicles were daily published in De palanque section, to which the maranhense jornalist presented a comprehensive program, promising to talk about art, culture and faits divers. As he wrote in a country that still bore some marks of its colonial past, but wanted to modernize, the chronicler was a keen observer and a scathing critic of political and social issues of the time, as can be seen in his writings, permeated by comicality. As we shall attempt to show, his dissatisfaction with this state of things led him to conceive a project of modernity carried out in that section. The penchant for laughter, revealed at an early age in São Luís, finds in the city of Rio de Janeiro, with its own problems and contrasts, the appropriate scenario for its development and is often used as a weapon to suggest changes in behavior and mindset both in those responsible for the functioning and organization of the city as in the common people, social actors that, usually listed as alibis for his criticism, were also constituted as agents of change. In addition to the physical structure of parts of the city as the Ouvidor street, the educational, political, legal and police systems, as well as practices of favor and patronage, considered scandalous by Arthur Azevedo, did not escape the mordacity of his pen. It was urgent to solve all the problems listed above since they did not fit with a modern city
Para esta tese escolhemos como corpus as crônicas subscritas por Artur Azevedo, com o pseudônimo de Eloi, o herói, nos periódicos fluminenses Diário de Notícias e Novidades entre os anos de 1885 e 1889. Tais crônicas eram publicadas diariamente na seção “De palanque”, para a qual o jornalista maranhense apresentou um programa amplo, prometendo falar sobre arte, cultura e faits divers. Como escrevesse em um país que ainda trazia algumas marcas do passado colonial, mas se queria modernizar, o cronista foi um grande observador e crítico mordaz das mazelas políticas e sociais da época, como podemos observar em seus escritos, permeados de comicidade. Como tentaremos mostrar, seu inconformismo com aquele estado de coisas levou-o a conceber um projeto de modernidade levado a efeito na referida seção. O pendor para o riso, revelado desde tenra idade na capital maranhense, encontra na cidade do Rio de Janeiro, com suas mazelas e contrastes, o cenário adequado para desenvolvimento, sendo, muitas vezes, utilizado como arma para sugerir mudanças de comportamento e de mentalidade tanto nos responsáveis pelo funcionamento e organização da cidade quanto nas pessoas comuns, atores sociais que, geralmente arrolados como álibis para suas críticas, constituíam-se também como agentes de transformação. Além da própria estrutura física de partes da cidade, como a rua do Ouvidor, não escapavam da mordacidade de sua pena os sistemas educacional, político, judiciário e policial, assim como práticas de favor e apadrinhamento, consideradas escandalosas por Artur Azevedo. Urgia sanar todos os problemas elencados acima uma vez que não condiziam com uma cidade moderna

Descrição

Palavras-chave

Azevedo, Arthur 1855-1908, Cronicas brasileiras, Periódicos brasileiros, Imprensa - Rio de Janeiro (RJ), Press

Como citar

SILVA, Esequiel Gomes da. O projeto de modernidade nas crônicas da seção De Palanque de Artur Azevedo. 2014. 253 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2014.