Efeitos da fisioterapia respiratória convencional versus aumento do fluxo expiratório na saturação de O2, freqüência cardíaca e freqüência respiratória, em prematuros no período pós-extubação

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Data

2006-01-01

Autores

Antunes, LCO [UNESP]
Silva, EG [UNESP]
Bocardo, P [UNESP]
Daher, DR [UNESP]
Faggiotto, RD [UNESP]
Rugolo, LMSS [UNESP]

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Editor

Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Fisioterapia

Resumo

INTRODUÇÃO: Recém-nascidos (RN) prematuros apresentam elevada morbidade respiratória e necessidade de ventilação mecânica, assim, a fisioterapia respiratória é parte integrante da assistência neonatal. Objetivo: Comparar os efeitos da fisioterapia respiratória convencional (FRC) versus aumento do fluxo expiratório (AFE), na saturação de O2 (SpO2), freqüência cardíaca (FC) e na freqüência respiratória (FR) em prematuros no período pós-extubação. Método: Ensaio clínico randomizado realizado na UTI Neonatal do Hospital das Clínicas de BotucatuUNESP, comparando duas técnicas fisioterapêuticas, aplicadas em recém-nascidos prematuros, nas primeiras 48 horas pós-extubação. Para a análise estatística foram utilizados o teste t Student, Mann-Whitney, Qui-quadrado e o teste exato de Fisher, com nível de significância em 5%. Resultados: Os dois grupos de estudo: Grupo FRC (n= 20) e grupo AFE (n= 20), não diferiram quanto à idade gestacional (média de 28 semanas) e peso de nascimento (média de 1100 gramas). em ambos os grupos a síndrome do desconforto respiratório (SDR) foi o principal diagnóstico. A mediana da idade no início da fisioterapia foi de sete dias no grupo AFE e 11 dias na FRC. Ambas as técnicas produziram aumento significativo da SpO2 aos 10 e 30 minutos, sem alterações na FR. A FC aumentou significativamente após a FRC e não se alterou após o AFE. Conclusão: Os resultados sugerem que o AFE é menos estressante que a FRC e pode ser aplicado em prematuros no período pós-extubação. Nestes recém-nascidos o AFE parece ser seguro e benéfico a curto prazo.
Background: Respiratory morbidity and the need for mechanical ventilation are very high among preterm infants. Chest physical therapy is therefore an essential component of neonatal care. Objective: To compare the effects of conventional chest physical therapy (CCP) and increased expiratory flow (IEF) on the oxygen saturation (SpO2), heart rate, and respiratory rate (RR) of preterm infants following extubation. Method: This was a randomized clinical trial, in the neonatal intensive care unit of Botucatu Medical School-UNESP, comparing two physical therapy techniques applied to preterm infants during the first 48 hours following extubation. Statistical analyses were performed using the Student t, Mann-Whitney, chi-squared and Fisher exact tests, with a significance level of 5%. Results:The two study groups, CCP (n = 20) and IEF (n = 20), presented similar gestational ages (mean = 28 weeks) and birth weights (mean = 1100 g). In both groups, respiratory distress syndrome was the main diagnosis. The median age for starting physical therapy was seven days in the IEF group and 11 days in the CCP group. Both techniques produced significantly increased SpO2 after 10 and 30 minutes of chest physical therapy, with no change in RR. There was a significant increase in heart rate after CCP, but no change occurred after IEF. Conclusion: Our data suggest that the IEF technique is less stressful than CCP and can be used for preterm infants following extubation. In these infants, IEF was seen to be safe and beneficial over the short term.

Descrição

Palavras-chave

fisioterapia respiratória, fluxo expiratório, prematuro, chest physical therapy, expiratory flow, preterm infants

Como citar

Brazilian Journal of Physical Therapy. Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Fisioterapia , v. 10, n. 1, p. 97-103, 2006.