Considerações sobre a morte e o luto na psicanálise

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2013

Autores

Campos, Érico Bruno Viana [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

This paper presents the basic trends by which psychoanalytical thought understands the subject of death and mourning: the melancholic identification and the death instinct. The implications of these concepts to the comprehension of death and mourning are discussed, specially showing that the death instinct, differently than a wish to die, must be understood as a traumatic potentiality to the psychic apparatus, which needs to be bound and represented. In this sense, it is argued that the narcissist personality configurations in place on post-modernity lead to violence explosion on the field of culture. One of the results of this process can be traced in the lack of psychic elaboration work of mourning and death, which demonstrate the relevance of the definition of "wide-open death" as a social representation of death nowadays.
O artigo apresenta os caminhos básicos por meio dos quais o pensamento psicanalítico concebe as questões da morte e do luto: a identificação melancólica e a pulsão de morte. As implicações desses conceitos para a compreensão a morte e o luto são discutidas, em especial mostrando que a pulsão de morte, diferentemente de um desejo de morrer, deve ser entendida como uma potencialidade traumática para o aparelho psíquico, necessitando ser ligada e representada. Nesse sentido, argumenta-se que as configurações narcísicas de personalidade em jogo na pós-modernidade favoreçam a explosão da violência no campo da cultura. Um dos reflexos desse processo se dá na carência do trabalho de elaboração psíquica do luto e da morte, o que demonstra a pertinência da definição de "morte escancarada" como uma representação social da morte na atualidade.

Descrição

Palavras-chave

Death, Grief, Identification (Psychoanalysis), Death instinct, Morte, Luto, Identificação (Psicanálise), Pulsão de morte

Como citar

Revista de Psicologia da UNESP, v. 12, n. 1, p. 13-24, 2013.