Parametria da associação do midazolam ou diazepam em cães pré-tratados pela atropina e tratados pela dexmedetomidina e quetamina

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Data

2006-04-01

Autores

Hatschbach, Eduardo [UNESP]
Massone, Flávio [UNESP]
Santos, Gustavo José von Glehn [UNESP]
Beier, Suzane Lílian [UNESP]

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Editor

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Resumo

Em Anestesiologia Veterinária, busca-se continuamente a contenção farmacológica para estabelecer tratamentos, cruentos ou não, permitindo manipulações seguras e duradouras, dispensando a anestesia geral sem alterar, sobremaneira, os parâmetros fisiológicos. Visou-se empregar a dexmedetomidina em associação com a quetamina e o midazolam ou diazepam. A técnica anestésica foi aplicada em 30 cães hígidos, machos ou fêmeas, com pesos de 10 a 15kg e idades de 2 a 4 anos, distribuídos aleatoriamente em três grupos (GI, GII, GIII). O grupo I recebeu um pré-tratamento de atropina (0,044mg kg-1 SC), e após 15 minutos, a dexmedetomidina (3mg kg-1 IV), em dose única, aplicada durante dois minutos e uma dose de manutenção de dexmedetomidina (3mg kg h-1) juntamente com a quetamina (2mg kgh-1), completando-se para 20ml de solução fisiológica para infusão contínua, perfazendo uma hora de aplicação. O grupo II recebeu o mesmo tratamento de GI, entretanto, recebeu juntamente com a dexmedetomidina, o midazolam (0,2mg kg-1 IV) durante os dois minutos e outra dose, de 0,2mg kg h-1 junto com a dose de manutenção da dexmedetomidina e quetamina. O grupo III recebeu o mesmo tratamento de GII só que ao invés do midazolam, foi usado o diazepam (0,5mg kg-1 IV) como dose de indução e 0,5mg kg h-1 junto com a dose de manutenção. Foi avaliado o efeito das benzodiazepinas frente à associação anestésica, além dos parâmetros respiratórios, oxicapnométricos, índice bispectral e período de recuperação. Após o término da colheita, a avaliação estatística foi efetuada por meio de Análise de Perfil. A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a associação dos benzodiazepínicos promoveu sinergismo na sedação e miorrelaxamento, além de estabilidade cardiorrespiratória após pré-tratamento com atropina, sendo de grande valia como contenção farmacológica.
Veterinary Anesthesiology is continuously in search of pharmacology containment to establish treatments, allowing safe and lasting manipulation, dispensing general anesthesia. The aim of the present study was to determine the use of dexmedetomidine in combination with ketamine and midazolam, or diazepam. The anesthetic technique was applied in 30 healthy dogs, male and female, weight between 10-15kg, and age between 2-4 years, divided in three groups (GI, GII and GIII). Group I (GI) received a pretreatment with atropine (0.044mg kg-1,SC), and 15 minutes later, a single dose of dexmedetomidine at 3µg kg, IV (induction), during two minutes. For maintenance was induced the same dose of dexmedetomidine (3µg kg h-1) combined with the ketamine (2mg kg h-1), all dilute in 20ml of distilled water, during one-hour infusion. Group II (GII) received the same treatment as GI, however, received midazolam at 0.2mg kg-1 in combination with dexmedetomidine, and another dose of 0.2mg kg h-1, in combination with dexmedetomidine and ketamine along with one hour maintenance. Group III (GIII) received the same treatment as GII, but diazepam was used instead of midazolam as induction dose at 0.5mg kg-1, and 0.5mg kg h-1 in the maintenance dose. Benzodiazepines effects were evaluated forward the cataleptic effects (contraction) of ketamine over dexmedetomidine. The respiratory and oxycapnomethetic parameters, bispectral index and recuperation period were also evaluated. After collection of the data, the statistic evaluation was done by Morrison s multivariate statistical methods. It was possible to conclude that the benzodiazepines combination showed synergistic interaction in sedation and muscle relaxant, with cardiorespiratory stability after pretreated with atropine, being a great value as in containment pharmacology.

Descrição

Palavras-chave

dexmedetomidina, quetamina, benzodiazepínicos, infusão contínua, cão, dexmedetomidine, ketamine, benzodiazepines, continuous infusion, dog

Como citar

Ciência Rural. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), v. 36, n. 2, p. 536-543, 2006.