Avaliação dos protocolos de diagnóstico e de controle da hiperglicemia materna: impacto na prevalência de Diabetes Melito Gestacional (DMG) e de Hiperglicemia Gestacional Leve (HGL) e nos resultados perinatais

Imagem de Miniatura

Data

2016-02-29

Autores

Sirimarco, Mariana Pinto [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

JUSTIFICATIVA – desde agosto de 2011 o Serviço Especializado de Diabetes e Gravidez da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (SEDG-FMB/Unesp) adotou o novo protocolo diagnóstico para o DMG recomendado pela ADA/IADPSG. Entretanto, o Perfil Glicêmico (PG) continuou associado ao TOTG 75g, para diagnosticar a Hiperglicemia Gestacional Leve (HGL), reconhecida e tratada em nosso Serviço como se fosse DMG. A controvérsia sobre o custo-benefício do novo protocolo da ADA/IADPSG e a dúvida sobre a necessidade de manutenção do PG no protocolo do Serviço justificam o presente estudo. OBJETIVOS – avaliar o impacto do novo protocolo da ADA/IADPSG na prevalência de HGL e de DMG, na ocorrência de resultados perinatais adversos (RPNA) e na associação TOTG 75g e PG para diagnóstico de HGL no SEDG-FMB/Unesp. MÉTODO – estudo de corte transversal, incluindo gestantes, e seus recém-nascidos (RN), submetidas aos protocolos diagnósticos e que realizaram pré-natal e parto no Serviço, antes (janeiro de 2008 a 14 de agosto de 2011) e após (15 de agosto de 2011 a dezembro de 2014) à mudança do protocolo, definindo uma amostra por conveniência. Considerando os dois períodos, foram comparadas a prevalência de DMG e de HGL e a ocorrência de RN-GIG, macrossomia, primeira cesárea e tempo de internação dos RN. Na análise estatística foram utilizados análise de Poison e teste t-Student, teste do Qui-quadrado ou Exato de Fischer e cálculo de risco (RR e IC 95%) para os desfechos avaliados. O limite de significância estatística foi de 95% (p < 0,05). RESULTADOS – o NOVO protocolo resultou em aumento no número de mulheres com DMG e deixou de identificar 17,3% do total de gestantes, que mantiveram o diagnóstico de HGL, apesar do TOTG 75g normal. O novo protocolo ADA/IADPSG não influenciou o desfecho perinatal. CONCLUSÕES – esses resultados reforçam a validade da manutenção do PG no protocolo diagnóstico do SEDG-FMB/Unesp. Para concluir sobre o custo-benefício do NOVO protocolo, são necessários grandes estudos, multicêntricos e com tamanho amostral adequado.
BACKGROUND - since August 2011 the Specialized Center of Diabetes and Pregnancy of the Botucatu Medical School / Unesp (SEDG-FMB / Unesp) has adopted a new diagnostic protocol for Gestational Diabetes Mellitus (GDM) recommended by the ADA / IADPSG guidelines. However, the glycemic profile (GP) remained associated with the 75g OGTT to diagnose Mild Gestational Hyperglycemia Lite (MGH), recognized and treated in our department as if it were GDM. The controversy over the cost-effectiveness of the new ADA / IADPSG guideline and doubt about the need for GP maintenance in the service protocol justify this study. OBJECTIVES - To assess the impact of the new ADA / IADPSG guideline in the prevalence of MGH and GDM, in the incidence of adverse perinatal outcomes (APNO) and in the association 75g OGTT and PG for diagnosis of MGH at the SEDG-FMB / Unesp. METHOD - cross-sectional study, including pregnant women and their newborns (NB) that underwent diagnostic protocols and had their prenatal care and delivery at the service before (January 2008 to August 14, 2011) and after (15 August 2011 to December 2014) the protocol modification, defining a convenience sample. Considering the two periods, the prevalence of GDM and MGH and the occurrence of LGA-NB, macrosomia, first cesarean delivery and NB hospital stay were compared. For statistical analysis, Poison analysis and Student's t test, chi-square or Fisher's exact test were used and risk estimate (RR and 95% CI) for the assessed outcomes. The statistical significance threshold was 95% (p <0.05). RESULTS - The new protocol resulted in a increase in the number of women with GDM, but failed to identify 17.3% of pregnant women who maintained the diagnosis of MGH, despite normal 75g OGTT. The new ADA / IADPSG guideline did not influence the perinatal outcome. CONCLUSIONS - These results reinforce the validity of maintaining the GP in the diagnosis protocol at the SEDG-FMB / Unesp. To conclude on the cost-effective of the new protocol, large multicenter studies with adequate sample size are required

Descrição

Palavras-chave

Diabetes Melito Gestacional, Hiperglicemia Gestacional Leve, Teste oral de tolerância à glicose, Diagnóstico, Resultados perinatais, Gestational Diabetes Mellitus, Mild gestational hyperglycemia, Oral glucose tolerance test, Diagnosis, Perinatal outcomes

Como citar