Áurea Moretti a mulher, a resistência e a tortura: um estudo sobre a participação feminina contra a ditadura militar brasileira 1965-1975

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2015-10-29

Autores

Russo, Pedro Fernandes [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

This research aims at understanding the role and the daily life of women during the resistance to the Brazilian military government (1964-1985). Therefore, it will be analyzed the life path of the former political prisoner and left-wing partisan Áurea Moretti Pires, who was one of the leaders of Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN), a guerrilla group based in the Ribeirão Preto region - São Paulo state's interior - which was dismantled in 1969. With Vanderley Caixe, Mario Bugliani, Mario Lorenzato, and others, Áurea organized political demonstrations and the newspaper O Berro against the military government. As studies about the women's daily life in guerrilla are not well known, this research aims at analyzing, from Áurea's testimonies, how was her clandestine life; the difficulties during training and daily life among the guerrilla fighters; the physical and psychological tortures perpetrated by State operatives; the court case that sentenced her to prison for six years; as well as her experiences as political prisoner. This analysis covers the period from 1965 - when Áurea joined guerrilla - to 1975 - when she was released. However, in order to place the formation of Áurea's thought, her experiences before 1965 and after 1975 are also considered
A presente pesquisa pretende compreender a participação e o cotidiano femininos dentro da resistência a ditadura militar brasileira (1964-85). Para tanto, tem como analisa a vida da ex-presa e militante política, Áurea Moretti Pires. Áurea foi uma das líderes das Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN), movimento na região de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo, contrário à ditadura e que foi desmembrado em outubro de 1969. Na companhia de Vanderley Caixe, Mario Bugliani, Mario Lorenzato, dentre outros, organizavam manifestações políticas e um jornal, O Berro, adversos ao Estado autoritário. Tendo em vista que estudos sobre o cotidiano feminino na resistência armada à ditadura foram pouco divulgados, pretende-se analisar, a partir dos relatos de Áurea, como era a vida semi-clandestina, quais as dificuldades encontradas no treinamento e vida guerrilheiros, como foram enfrentadas por ela as torturas físicas e psicológicas desferidas pelos agentes do governo, como decorreu o processo que a condenou a seis anos de prisão, dos quais cumpriu três anos e meio em regime fechado e mais um ano em semi-aberto, assim como, suas experiências enquanto prisioneira política. O período escolhido (1965-1975) remete-se ao ano em que Áurea entrou para a luta armada, tendo sido presa em 1969 e torturada, levada à Organização Bandeirantes (Oban) e o período em que foi julgada e cumpriu sua pena. Entretanto, a fim de compreender melhor a formação da personagem, nos preocupamos também em pesquisar suas experiências antes e depois do período analisado, para empreendermos uma análise mais completa da personagem Áurea Moretti

Descrição

Palavras-chave

Moretti, Áurea, História, Mulheres - Questões sociais e morais, Ditadura, Mulheres na politica, Brasil - Historia - 1964-1985

Como citar

RUSSO, Pedro Fernandes. Áurea Moretti a mulher, a resistência e a tortura: um estudo sobre a participação feminina contra a ditadura militar brasileira 1965-1975. 2015. 154 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2015.