Recuperação de larvas infectantes de Trichostrongylus colubriformis em três espécies de gramíneas contaminadas no verão

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Data

2008-12-01

Autores

Rocha, Raquel A. da [UNESP]
Rocha, Gilberto Pedroso da [UNESP]
Bricarello, Patrizia A. [UNESP]
Amarante, Alessandro Francisco Talamini do [UNESP]

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Editor

Colégio Brasileiro de Parasitologia Veterinária

Resumo

O experimento teve como objetivo avaliar a recuperação de larvas infectantes (L3) de Trichostrongylus colubriformis em Brachiaria decumbens cv. Australiana, Cynodon dactilon cv. Coast-cross e Panicum maximum cv. Aruana. Foram utilizados módulos experimentais constituídos por seis canteiros de 32,4 m² cada, perfazendo dois canteiros por espécie forrageira. Cada canteiro foi dividido em 36 parcelas, de 30 x 30 cm, de forma a permitir seis repetições por espécie e por altura da forragem em cada semana de colheita de material. A sobrevivência larval foi avaliada do meio do verão e até meados do outono, sob o efeito de duas alturas de poda das forragens: baixa, 5 cm e alta, 30 cm. A poda foi realizada imediatamente antes da deposição das fezes contaminadas com ovos de T. colubriformis, obtidos de ovinos, que ocorreu no dia 05/02/ 2004. A colheita das fezes e da forragem foi realizada uma, duas, quatro, oito, 12 e 16 semanas após a deposição das fezes nos canteiros experimentais. A altura da forragem foi medida em cada uma das subdivisões imediatamente antes da colheita. A forragem foi cortada rente ao solo, de uma área delimitada com o auxílio de um círculo de 10 cm de raio. As fezes foram recolhidas manualmente dos canteiros. O número de larvas infectantes recuperado foi muito pequeno em comparação com a quantidade de larvas produzidas nas culturas controle, mantidas no laboratório (máximo de 6,7% no capim Aruana com 30 cm de altura). Arecuperação de L3 das amostras fecais foi maior quando as fezes foram depositadas em meio ao capim alto (com 30 cm - P<0,05). Porém, a recuperação de L3 das forragens foi similar em ambos os cortes. em relação à concentração de L3 (número de L3/kg de matéria seca), não houve diferença entre o corte baixo e alto (P>0,05) em nenhuma das semanas experimentais. Dentre as espécies forrageiras, o capim aruana foi o que, no geral, apresentou maiores concentrações de L3 de T. colubriformis.
The purpose of the experiment was to evaluate infective Trichostrongylus colubriformis larvae (L3) survival in three forage species. Experimental plots, planted with Brachiaria decumbens cv. Australian, Cynodon dactilon cv. Coast-cross, and Panicum maximum cv. Aruana, were used in the study, totaling two plots for each species. Each plot (32.4 m²) was divided into 36 subplots (30 x 30 cm) in order to allow six replicates per forage species and per herbage height in each week of material collection. Larval recovery was evaluated from middle summer to middle autumn under the effect of two forage paring heights: low, 5 cm, and high, 30 cm. The paring was carried out immediately before the fecal samples with T. colubriformis eggs, taken from sheep, were deposited on pasture in 05/Feb/2004. Feces and forage collection was performed one, two, four, eight, 12 and 16 weeks after feces deposition in the experimental plots. Forage grass height was measured in each subdivision immediately before the collections. The forage sample was cut, close to the soil, from an area delimited with a circle with a 10-cm radius. The feces were collected from the subplots. The number of infective larvae recovered from pasture was very small in compa6rison with the amount of larvae produced in cultures maintained in laboratory (maximum 6.7% on Aruana grass with 30 cm). L3 recovery rates from fecal samples were bigger when the feces were deposited on high grass (measuring 30 cm - P<0.05). L3 recovery from pasture and L3 concentration on herbage (L3/Kg dry matter) were similar for both cuts (P> 0.05). Among the forage species, the Aruana grass was the one that, in general, harbored the biggest concentrations of infective T. colubriformis larvae.

Descrição

Palavras-chave

Brachiaria decumbens, Cynodon dactylon, Epidemiologia, Ovino, Panicum maximum, Sheep, Epidemiology, Brachiaria decumbens, Panicum maximum, Cynodon dactylon

Como citar

Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. Colégio Brasileiro de Parasitologia Veterinária, v. 17, n. 4, p. 227-234, 2008.