Perdas de produtividade de 12 clones de eucalipto submetidos a desfolhas artificiais sucessivas

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Data

2016-08-09

Autores

Pizzi, Marcello Bontempi [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A produtividade de plantios de eucalipto no Brasil foi triplicada nas últimas quatro décadas graças, principalmente, à pesquisa intensiva, investimentos em tecnologia silvicultural, clonagem e melhoramento genético. Atualmente, existem diversas pesquisas relacionadas ao gênero Eucalyptus, mas são poucas as que abordam o tema estresse biótico por ser uma avaliação complexa e de difícil planejamento e execução. Em Piracicaba, em um sítio experimental com alta sanidade e sobrevivência, foram induzidas uma, duas e três desfolhas sucessivas, retirando-se manualmente todas as folhas da copa das árvores de 12 clones de eucalipto de extrema relevância à silvicultura brasileira. As desfolhas ocorreram aproximadamente aos 15, 19 e 23 meses de idade das árvores, e a avaliação final de perda de produtividade ocorreu aos 27 meses. O crescimento das árvores foi monitorado semanalmente, sendo possível ver o efeito das desfolhas ao longo do período. Os clones de eucalipto escolhidos para este estudo, apesar de pertencerem ao mesmo gênero, mostraram resultados bastante diferentes. O impacto das desfolhas no crescimento das árvores foi imediato e prolongado, com o crescimento próximo à zero por 50 a 120 dias após a desfolha. As desfolhas causaram redução de crescimento em DAP (Diâmetro à Altura do Peito), altura total, volume e biomassa de madeira. As árvores não desfolhadas acabaram dominando as desfolhadas. Isso causou o estiolamento das árvores desfolhadas e a redução da homogeneidade das parcelas. Aos 27 meses, as árvores que sofreram uma desfolha apresentaram biomassa de madeira 48% inferior ao das árvores que não sofreram desfolhas (variando entre 24 e 57% para clones). Duas desfolhas sucessivas causaram redução média de 59% de biomassa (variando entre 49 e 72%) e três desfolhas sucessivas causaram perdas médias de 68% (variando entre 57 e 80%).
The Brazilian Eucalyptus productivity has tripled in the last four decades, mainly because of intensive research, development of forestry and genetics. Nowadays, there are several studies related to the Eucalyptus genus, but only a few address biotic stress, as the subject is of complex evaluation, difficult planning and execution. In Piracicaba, in an experimental site with high health and survival rate, one, two and three successive defoliations were induced, manually removing all the canopy leaves of 12 extremely relevant clones to Brazilian forestry. The defoliations occurred in approximately 15, 19 and 23 months after planting and the final evaluation of productivity occurred at 27 months. Tree growth was weekly monitored, and the effect of defoliation over time was visible. The eucalypts clones chosen for this study, despite belonging to the same genus, showed quite different results. The impact of canopy defoliation on tree growth was immediate and prolonged, with growth close to zero for 50 to 120 days following defoliation. Defoliation caused growth reduction in DBH (Diameter at Breast Height), total height, volume and wood biomass. Defoliated trees were etiolated as the non-defoliated were the dominant trees in the plot. Defoliation reduced plot homogeneity. One year after the first defoliation, the 27-month-old trees that have undergone one defoliation showed 48% lower wood biomass, in comparison with non-defoliated trees (ranging from 24 to 57% by clones). Two successive defoliations caused an average reduction of 59% of biomass (ranging from 49 to 72%) and three successive defoliations caused 68% of losses (ranging from 57 to 80%).

Descrição

Palavras-chave

Estresse biótico, Herbivoria, Carboidratos não estruturais, Biotic stress, Herbivory, Nonstructural carbohydrates

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