Análise de solo para fins de fertilidade
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Data
2001
Autores
Fernandes, Francisco Maximino [UNESP]
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
No Brasil, um dos maiores desafios atuais da pesquisa em ciências agrárias é propiciar aumentos significativos da produção e produtividade das diversas culturas, levando o agricultor a obter maiores retornos sobre o investimento e, consequentemente, a auferir maiores lucros. Neste contexto o uso da análise do solo como instrumento básico de diagnose da fertilidade do solo ocupa lugar de destaque, sendo mesmo indispensável em um programa de utilização de corretivos e fertilizantes em uma propriedade agrícola. O objetivo da análise de solo é determinar a habilidade do solo em fornecer nutrientes às plantas, e também determinar as necessidades de calcário e fertilizantes, além de diagnosticar problemas de toxidez de alguns elementos, excesso de sais e outros. O laboratório de fertilidade do solo da nossa unidade universitária iniciou suas atividades no ano de 1980, atendendo inicialmente a demanda interna, isto é, analisando amostras de solo proveniente dos projetos de pesquisa dos docentes da Faculdade. A medida que o Curso de Agronomia foi conquistando o seu espaço na região oeste do estado de São Paulo, iniciou-se a procura de análise de solo para fins de fertilidade por parte dos agricultores, o que foi crescendo ano a ano. A análise de solo para fins de fertilidade, no nosso laboratório, é uma atividade cuja demanda tem aumentado nestes últimos anos. Um dos elementos favoráveis, possivelmente, seja a preocupação e a necessidade do agricultor melhorar o seu índice de lucratividade. Outro aspecto a ser considerado é a facilidade de envio da amostra ao laboratório e o prazo de entrega do relatório com os resultados da análise. Nesta atividade encontram-se envolvidos o Departamento de Ciência do Solo e Engenharia Rural, os docentes da área de fertilidade do solo/nutrição de plantas/adubos e adubação, assim como os servidores técnicos-administrativos do laboratório. Na nossa visão, o sucesso desta prestação de serviço deve-se ao empenho de cada um dos segmentos, cuja motivação, é o produto final com qualidade semelhante a qualquer outro laboratório da mesma natureza e a certeza que aquele agricultor usuário, independente do nível técnico da propriedade, esta sendo beneficiado pelos resultados de pesquisa, tendo em vista que entendemos que a análise de solo é um veículo de transferência de tecnologia ao agricultor. Isto ocorre no momento em que o técnico faz a recomendação de corretivos e fertilizantes, baseando-se nos boletins, que são frutos dos resultados experimentais da área. Na implementação desta atividade, ao longo destes 19 anos, basicamente os obstáculos encontrados são relativos a equipamentos e a qualidade das drogas utilizadas. Com relação aos equipamentos, dependemos de verba específica para investimento e de aquisição do equipamento de menor valor e não o de melhor qualidade. Por outro lado, a aquisição de drogas segue o mesmo problema dos equipamentos, tendo em vista que a aquisição não depende da qualidade, mas sim a questão menor preço. Ultimamente, com um crescimento da demanda por análise de solo no nosso laboratório, surgiu um outro obstáculo, a necessidade de contratar mais funcionário (s), que será difícil de ser superado na atual conjutura da Universidade. Os resultados alcançados com esta iniciativa, considerando o período de execução, são vários. Entre eles, destacamos: efetiva prestação de serviço à população com qualidade, pois desde 1994 os nossos relatórios recebem o " selo de qualidade de análise de rotina pelo sitema IAC"; o uso da análise de solo pelos agricultores promove mudanças na realidade social da região; permite a difusão de conhecimentos pelo próprio uso da análise de solo no momento de recomendação de correção e/ou adubação e também pela presença do agricultor na Universidade, que muitas vezes desconhece a potencialidade da mesma; permite o uso de informações da análise de solo ou do contato com o agricultor, para nortear linhas de pesquisa ou para implementar novas prestações de serviço; pode gerar informações e condições formadoras para os alunos, intra e extra-muros.