Desenvolvimento de comunidade no assentamento 17 de abril

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Data

2003

Autores

Nunes, Paula de Souza [UNESP]
Merisse, Márcia [UNESP]
Silva, Semíramis Corsi [UNESP]
Cícero, Pedro Henrique de Moraes [UNESP]
Prado, Grace do [UNESP]
Uyeki, Sônia Satie [UNESP]
Salina, Luís Henrique [UNESP]
Silva, Janaína A. da [UNESP]
Silva, Fernanda P. [UNESP]
Freire, Paulo F. S. [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Artigo refere-se ao trabalho realizado pelo NATRA, Núcleo Agrário “Terra e Raiz”, grupo de extensão composto por alunos dos cursos da Faculdade de História, Direito e Serviço Social e coordenado por Raquel Santos Sant’Anna, que desde de 1997 discute a temática da reforma agrária e seus impactos na sociedade. A partir de 1998, com a ocupação e posterior assentamento das famílias no Horto Florestal, Fazenda Boa Sorte, em Restinga, SP, o NATRA passou a intervir diretamente naquela realidade. Desde 2000 o grupo desenvolve o projeto “Desenvolvimento de Comunidade no Assentamento “17 de Abril””. Objetivo: trabalhar com as minorias qualitativas do assentamento, jovens e mulheres, para auxiliar no processo de emancipação e participação efetiva dos mesmos na realidade, e ainda iniciar um trabalho de alfabetização de jovens e adultos, envolvendo toda a comunidade assentada. Metodologia: para melhor operacionalização do trabalho, o NATRA se subdividiu em três grupos. O Subgrupo das Mulheres, assim como o de Jovens, reúne-se quinzenalmente aos sábados no assentamento, com o objetivo de discutir relações familiares, de gênero, violência doméstica, e sua realidade. Além das discussões as assentadas realizam atividades artesanais, como pintura e crochê; este subgrupo ainda conta com a colaboradora Profª. Drª Israilde Chinalle. Outro Subgrupo, o dos Jovens, surgiu com a proposta de discutir a questão do protagonismo juvenil, drogas, sexo, educação, cultura, e ainda para proporcionar um espaço lúdico de entretenimento e aprendizado; o grupo trabalha com músicas, jornais, filmes, dinâmicas, para garantir maior participação dos jovens. A proposta de alfabetização surgiu devido à alta demanda; o Gapaterra propõe alfabetização através do “Método Paulo Freire”, neste momento realiza o levantamento das turmas. No segundo semestre pretende iniciar as aulas, com monitores do NATRA e do assentamento. Os extensionistas realizam seminários mensais sobre assuntos referentes à estrutura fundiária, intervenção na realidade, organização de assentamentos, visando formação teórica. Resultados: após dois anos do projeto, observou-se que o Grupo de Mulheres já é reconhecido dentro do assentamento, as assentadas participam de encontros e assembléias e ainda produzem artigos que serão comercializados e o dinheiro revertido para o grupo. Os jovens do assentamento reconhecem o grupo não só como espaço de lazer, mas de discussão e reflexão. Através das atividades realizadas, o NATRA procura reforçar o apoio à luta pela terra, bem como fortalecer a mobilização dos assentados na luta pela Reforma Agrária e uma sociedade mais justa; assim acreditamos estar cumprindo o tripé da universidade pública: ensino, pesquisa e extensão.

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