Associação entre a deficiência de vitamina D e os marcadores da síndrome metabólica em mulheres na pós-menopausa

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Data

2017-02-21

Autores

Schmitt, Eneida Maria Boteon [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Objetivo: avaliar a associação entre deficiência de vitamina D e os marcadores de risco para síndrome metabólica (SM) em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal com 466 mulheres, idade entre 45-75 anos, atendidas em Hospital Universitário. Foram incluídas mulheres em amenorréia >12 meses e idade ≥ 45 anos, sem uso de medicações ou condições clínicas que interfiram nos valores da vitamina D e sem doença cardiovascular estabelecida. Foram coletados dados clínicos, antropométricos e laboratoriais [colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicerídeos (TG), glicose, insulina e 25(OH) vitamina D]. Foram consideradas com SM as mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: circunferência da cintura (CC) > 88 cm; TG  150 mg/dL; HDL colesterol < 50 mg/dL; pressão arterial  130/85 mmHg; glicose  100 mg/dL. Foi considerada deficiência de vitamina D valores séricos de 25(OH)D < 30ng/mL. Para análise estatística foram empregados o teste t-student, a Distribuição Gama (variáveis assimétricas), teste do Qui-quadrado e a regressão logística (odds ratio-OR). Resultados: Valores suficientes de vitamina D foram detectados em 148 pacientes (31,8%) e deficientes em 318 pacientes (68,2%). As mulheres com baixos valores séricos de 25(OH)D eram mais velhas, com maior tempo de menopausa e apresentavam maiores valores de colesterol total, triglicerídeos, insulina e HOMA-IR (p<0.05). A SM foi diagnosticada em 57,9% (184/318) das mulheres com hipovitaminose D e em 39,8% (59/148) com valores de 25(OH)D suficientes (p=0.003). Na análise de risco ajustado para idade, tempo de menopausa e índice de massa corpórea, as pacientes com deficiência de vitamina D apresentaram maior risco para ocorrência da síndrome metabólica (OR 1.90; IC 95% 1.26-2.85), hipertrigliceridemia (OR 1.55; IC 95% 1.13-2.35) e HDL abaixo do desejável (OR 1.60; IC 95% 1.19-2.40) (p<0.05). Observou-se que a concentração média de 25(OH) D diminuiu de acordo com o aumento do número de componentes da SM (p=0.016). Conclusão: Em mulheres na pós-menopausa observou-se associação entre a hipovitaminose D e a síndrome metabólica. Em relação às mulheres com valores adequados de vitamina D, aquelas com deficiência apresentaram maior risco para ocorrência da síndrome metabólica, hipertrigliceridemia e baixos valores de HDL.
Objective: to evaluate the association between vitamin D deficiency and risk markers for metabolic syndrome (MetS) in postmenopausal women. Methods: An analytical cross sectional study was conducted with 466 women, aged 45-75 years, attended at University Hospital. Women in amenorrhea >12 months and age >45 years, without medication use or clinical conditions that interfere with vitamin D values, and without established cardiovascular disease were included. Clinical and anthropometric data were collected. Laboratory parameters, including total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides (TG), glucose, insulin and 25 (OH) vitamin D were measured. Women showing three or more diagnostic criteria were diagnosed as having MetS: waist circumference > 88 cm, TG ≥ 150 mg/dL, HDL cholesterol <50 mg/dL, blood pressure  130/85 mmHg, glucose  100 mg/dL. Serum values of 25 (OH) D <30ng / mL were considered as vitamin D deficiency. For statistical analysis, the t-student test, the Gamma Distribution (asymmetric variables), the chi-square test and the logistic regression (OR-odds ratio) were used. Results: Sufficient vitamin D values were detected in 148 patients (31.8%) and deficiency in 318 patients (68.2%). Women with low serum 25 (OH) D levels were older, with a longer time since menopause, and had higher total cholesterol, TG, insulin and HOMA-IR levels (p <0.05). MetS was detected in 57.9% (184/318) of women with hypovitaminosis D and 39.8% (59/148) of those with sufficient 25 (OH) D values (p = 0.003). In the multivariate logistic regression analysis, the lowest 25(OH)D level (<30 ng/mL) was significantly associated with MetS (OR 1.90, 95% CI 1.26-2.85), high triglycerides (OR 1.55, 95% CI 1.13 -2.35) and low HDL (OR 1.60, 95% CI 1.19-2.40) (p <0.05), compared with 25(OH)D levels ≥30 ng/mL after adjusting for age, time since menopausa and body mass index. It was observed that the mean concentration of 25 (OH) D decreased according to the increase in the number of components of MetS (p = 0.016). Conclusions: Vitamin D deficiency in postmenopausal women was associated with higher prevalence of metabolic syndrome. Compared to women with adequate vitamin D levels, those with deficiency had a higher risk of metabolic syndrome, hypertriglyceridemia and low HDL values.

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Palavras-chave

Vitamina D, Síndrome metabólica, Vitamin D, Metabolic syndrome, Postmenopause, Pós-menopausa

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